.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL |
Sinopse 2013
|
"EU VOU DE MOCIDADE COM SAMBA E ROCK IN RIO - POR UM MUNDO MELHOR"
Rasgando
o espaço, como um cometa,
Que
viaja na contramão,
Neste
universo de sambas,
De
estrelas “bambas”
Como
rocha que rola solta ao léu,
Um
coração aberto, alado,
Com asas
de liberdade
Que se
abrem pra Mocidade,
E se
desfaz no céu,
Faço-me
um “PULSAR”, “SUPER NOVA”,
A “Pop
Star”, com luz que irradia,
A
energia que atrai e guia
Sou o
Rock and Roll, a rebeldia,
Independente de Padre Miguel.
Num
“Big-Bang” musical,
Venho
trazer algo de novo,
Romper
barreiras, invadir a festa,
Pra
contagiar o povo,
E com o
poder da criação,
Como a
terra assim se fez,
Imaginar... que bom seria,
“Se a vida começasse agora”,
“E o mundo fosse nosso outra vez...”
Num
gesto de estender a mão,
Venho
apagar preconceitos
E com
ousadia, conduzir com bravura
Todos
numa só direção,
“Uma só voz, uma canção...”,
Canção
de amor e respeito,
Que
propõe união,
Uma doce
mistura,
Fazer um
“swing” bacana,
Do
“Chiclete com Banana”,
Da
Guitarra e do Pandeiro,
Do
teclado e do Tamborim,
Do
Roqueiro e do Sambista,
Num
encontro maneiro,
“Pro meu samba ficar assim”.
Bebop,
baticumbum
“É o Samba-Rock, meu irmão...”,
Juntos,
na mesma praça,
Num
sonho de carnaval,
Vem me
dá tua mão,
Somos
“dois em um”, que o Rio abraça,
E que
nos mostra, mundo a fora,
Vem,
vamos juntos com a Mocidade,
Mudar de
vez a história,
E nela,
escrever mais um capítulo,
No sonho
que começa agora
Era uma vez...
Houve um
tempo,
Que uma
cortina de chumbo,
O Brasil
envolvia,
Porém,
um sonho verde esperança,
Também
nascia,
Vislumbrando um horizonte novo,
E dele,
um brado forte e direto se ouvia,
Livre e
jovem, na voz de seu povo,
Foi
então, que um certo homem,
Com um
sonho certo,
Imaginou
o Rio, um palco aberto,
A taba
de todas as tribos
Unidas
num festival,
A
celebração da música
Da arte
e da cultura
E da
vida, em alto astral
E o
sonho se construiu em aço
E da
lama se fez brotar a flor,
Um belo
lírio de paz,
Uma
ideia feliz de futuro,
Um
pensamento capaz,
De unir
o mundo através da música,
Num
pequeno planeta a se formar,
Diverso,
repleto,
Daquilo
que há de mais profundo,
Ou, que
imaginamos sonhar,
De tudo
um pouco,
Um pouco
de tudo e mais,
Muito de
música, muito de gente,
Diferentes, juntos, iguais,
E foram
dias de felicidade,
Incandescentes,
Noites
inesquecíveis,
Envolventes,
Noites
de estrelas,
Que
iluminaram legiões,
Preencheram mentes e corações,
Com o
que há de bom de vida,
O melhor
que dela flui,
Sentimento que ficou como tatuagem,
Naqueles
que seguiram em frente,
A
lembrar com alegria e orgulho,
E a
dizer simplesmente: Eu Fui!
E assim se passaram 06 anos...
E a vida
segue, o mundo roda,
Solto
como uma bola,
E no
templo do futebol,
É o rock
que rola,
No tempo
marcado, o tempo de cantar,
Levei
craques da música,
A pisar
o gramado,
Driblando a rivalidade,
Fiz de
cada lance, um momento encantado,
E todo
estádio se transformar,
Era como
um anel de luz, aliança,
A se
envolver e se encontrar,
Como uma
linha de passe,
A
sintonia,
O “que
antes dividia,” “versus”,
Uniu-se
em versos, numa canção,
E virou
sinergia,
E o som
se tornou uma só bandeira,
A
balançar na melodia,
Como um
show à parte,
Ou parte
do show
E se
propagou no agito,
De pura
emoção e de alegria
A
explodir o coração,
Numa
imensa “hola”, como magia,
Num
mesmo grito
É
Maraca, Rock in Rio,
É
massa!
É
gol!
Uma década se passa...
E na
roda do tempo,
O amanhã
é incerto,
De um
mundo disperso,
Sem
atenção,
Eu fiz
soar um sino de alerta,
O
silêncio que desperta,
À
conscientização,
Tempo de
refletir,
Hora de
pensar,
E fazer
a música impedir,
O
progresso que avança,
Lançar o
som que alcança,
O mundo
que corre,
E
fazê-lo parar,
Era hora
de acordar,
De usar
a mente, em cena aberta,
E fazer
do rock, a voz da razão,
Ecoar
sons por todo o planeta,
Amplificar a canção
Em
música e letra,
Como
instrumento de ação,
Ser
acordes do bem maior,
Acordes
pela vida,
Por um
futuro de paz,
E me fiz
à rocha, um marco,
De um
“Rock in Rio” que faz,
Cantar
“por um mundo melhor”
Tempo que avança, tempo de mudança,
Mas
“navegar é preciso”
E foi
preciso mudar,
Jogar-me
ao mar e esquecer,
Outro,
de lágrimas,
Daqueles
que aqui deixei ficar,
E segui
os ventos,
Pra
respirar outros ares,
Onde a
música pode levar,
E “por
mares nunca dantes navegados”
Ao
contrario dos descobridores,
Eu fui o
navegante inverso,
Rumo ao
velho porto de além-mar,
Num mar
de fados e de versos,
Pronto a
me aventurar,
Seria o
acaso,
Ou uma
brisa boa?
Descrito
por “Camões”
Ou num
poema de “Pessoa”
Que fez
do Tejo Lusitano,
Outro
Rio por abraçar?
A
resposta não tarda,
O poeta
faz explicar,
“tudo vale à pena
Se a
alma não é pequena”
Valeu a
pena navegar,
E
descobrir numa boa,
Que
apesar do grande mar que nos separa,
Maior é
o coração que nos une,
E a alma
que nos ampara,
Na mesma
língua, a voz que ecoa,
Na
música, no Rock in Rio ou em Lisboa,
E a Europa jamais seria a mesma...
E
assim... Eu segui meu caminho,
E o
velho mundo se abriu,
E
abraçou o sonho novo,
O sonho
por viver,
De se
entregar, se dar,
Um mundo
a se entender,
Através
da música sem fronteiras,
Cigana
sem pátria, sem bandeiras,
Livre a
percorrer estradas,
E por
elas se deixar levar,
Como
linhas da vida, do destino,
Portas
abertas por adentrar,
E rompi
a terra de sangue e areia,
Com a
força implacável de um touro,
Indomável Rock, “olé” que incendeia,
O chão
ibérico de rubro e ouro,
Tangendo
as guitarras flamencas,
Na arena
feita de aço,
Eu
desbravei, conquistei passo a passo,
A terra
madre, Madrid,
“España, soñada”
De
Galdi, Miró e Picasso
E foram mais 10 anos...
Sim,
tudo na vida passa,
Só não
passa a saudade,
Da
cidade-mãe que um dia deixei,
E cruzei
novamente o oceano,
Como um
filho a correr pro abraço,
Pra
dizer feliz pro meu Rio:
Estou
aqui, “Eu voltei!”,
Voltei
renovado, ainda mais forte,
Tanto
quanto eu sempre quis,
Fiz do
meu sonho, realidade,
Da Taba,
uma cidade-diversidade,
A
fórmula para um mundo mais feliz,
Sou o
“Rock In Rio”, rocha em fusão,
Amálgama
a ligar culturas,
Em
constante transformação,
A cidade
eterna da alegria,
Sou a
magia em forma de emoção,
Na arte
viva de luz e som,
De
corpo, alma e coração,
Pronto a
romper a linha do horizonte
Pra
levar ao mundo a minha mensagem.
Eu
irei!
Seguir a
minha viagem, essa história sem ponto final
Que se
escreve a cada momento
Como som
que hoje bate em meu peito,
Um
sentimento,
Um
desafio, um novo sonho, um ideal,
De ver
juntos, “na Apoteose”,
Numa só
voz, no carnaval,
O samba
e o rock, uma overdose,
De
união, paz e felicidade,
Uma
insólita mistura, delírio, loucura,
Que com
certeza não faz mal,
O futuro
a Deus pertence,
O nosso
começa agora,
A
Mocidade traz o novo, de novo,
Indiferente aos velhos preconceitos,
Abre o
seu coração ao povo,
Independente de ser samba ou rock,
É a
arte, é a música, é o presente,
Ou
melhor, um presente,
Para o
mundo inteiro receber
E
perceber
Como
seria bom imaginar
“Que a vida começasse agora,
E a
gente não parasse de amar,
De se
dar, de viver...”
ÔÔÔÔÔÔÔÔ
ROCK IN RIO...
Alexandre Louzada Carnavalesco |
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