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Nome Completo: Sílvio Pereira da Silva
Ano de nascimento: 1935
Ano de falecimento: 2001
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Para a Portela, escola que detém o maior número de campeonatos no carnaval do Rio de Janeiro, nada mais justo que estar bem servida de bons intérpretes ao longo de sua história. O que ficou mais tempo à frente foi Silvinho do Pandeiro. Durante 17 anos foi o puxador oficial da azul e branco de Madureira. Tamanha era sua identificação com a escola que logo ficou conhecido também como Silvinho da Portela.
Silvinho começou a desfilar na Portela aos 16 anos, na época em que a escola se firmou como a mais vitoriosa da história do carnaval carioca. Músico e freqüentador das rodas de samba nos subúrbios de Oswaldo Cruz e Madureira, logo em seguida ingressou na ala de compositores da escola. Assim como seus contemporâneos Ney Vianna e Aroldo Melodia, também viveu a transição do “puxador de samba” para o “intérprete”.
Silvinho do Pandeiro estreou como puxador oficial da Portela em 1969, com “Treze Naus” (Ary do Cavaco). Vivenciou uma época áurea de sambas antológicos não só na história da Portela como na da própria MPB. Entre os sambas, cantou “Lendas e mistérios da Amazônia” (Catoni, Jabolô e Waltenir), “Lapa em três tempos” (Ary do Cavaco e Rubens), “Ilu-Ayê” (Cabana e Norival Reis), “O mundo melhor de Pixinguinha” (Evaldo Gouvêa, Jair Amorim e Velha), “Macunaíma” (David Corrêa e Norival Reis) e “Contos de Areia” (Dedé da Portela e Norival Reis). Em algumas oportunidades, tinha o luxo de dividir o microfone com nomes do quilate de Clara Nunes, Candeia e David Corrêa.
Em 1978, o sambista gravou o seu único disco: "Silvinho e suas cabrochas". Na década de 80, Silvinho do Pandeiro também integrou a ala de compositores da Unidos da Viradouro. Venceu vários carnavais puxando o samba no tempo em que a escola vermelha e branco desfilava em Niterói. Na Portela, conquistou três vezes o Estandarte de Ouro, um deles em 1983, por interpretar o samba-enredo "A ressurreição das coroas”. Silvinho foi Cidadão Samba em 1970.
Silvinho fez seu último desfile na Portela ocorreu em 1986. Já planejava a aposentadoria quando a diretoria do Império Serrano o convidou para novamente cantar um samba na avenida. Junto com Paulo Samara (ex-puxador do Arranco) Silvinho interpretou “Jorge Amado, axé Brasil”.
Silvinho do Pandeiro faleceu às vésperas do carnaval de 2001, aos 66 anos, em decorrência de um câncer na próstata. Meses antes de falecer, participou da escolha do samba-enredo para o carnaval daquele ano, concorrendo com um samba de sua autoria. A escola? “Minha Portela querida/ és razão da minha própria vida...”
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INÍCIO: Portela
Da década de 60 até 1986 – Portela
1980 a 1984 – Unidos do Viradouro (desfile na Amaral Ferrador, em Niterói)
1989 – Império Serrano
GRITO DE GUERRA: Silvinho era da época em que o grito de guerra não era comum entre os puxadores. Só adotou o recurso bem mais tarde, já no início da década de 80 e limitava-se a gritar o nome da escola, no caso, Pooorteeelaaa! Em seu último carnaval, gritou Impéério Serraaanooo!!
GRITOS DE EMPOLGAÇÃO: não tinha.
Estandartes de Ouro: 1983, como intérprete.
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MAIS FOTOS DE SILVINHO DO PANDEIRO
Silvinho canta, na avenida, o lindo samba "A Ressurreição das Coroas" durante o desfile portelense de 1983 e abocanha o seu único Estandarte de Ouro na carreira (merecia mais). Na primeira foto, ao seu lado, aparece Hilton Veneno, um dos autores do samba da Portela de 1983. Fotos by Rixxa Jr.
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domingo, 24 de fevereiro de 2013
SILVINHO DO PANDEIRO(1935-2001)
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