quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

IMPERIAIS DO SAMBA

IMPERIAIS DO SAMBA
PRESIDENTEWellington Kirmeliene (Imperial)
CARNAVALESCOJoão Sane Malagutti
INTÉRPRETESRodrigo Raposa
CORES Vermelho, Amarelo e Preto
FUNDAÇÃO19/04/1999
CIDADE-SEDESanto André-SP
Nascida em 19 de Abril de 1999, a Imperiais do Samba foi a primeira Escola de Samba Virtual a ser criada. O evento foi narrado de forma carnavalesca pelo seu presidente, Wellington Kirmeliene, conhecido como Imperial: “Num dia Deus falou: ‘Onde houver trevas que se faça luz!’. Em seguida, um poeta maior disse: ‘Onde houver tristeza que haja alegria!’. Assim todo o universo se iluminou e nasceu a Imperiais do Samba...”.
A escola é uma das fundadoras da LIESV. Os carnavais da Imperiais têm como característica os sambas “valentes” e os enredos altamente elaborados, feitos a partir de pesquisas extremamente minuciosas. A Imperiais foi a grande campeã do desfile do Grupo Especial de 2004, quando teve a honra de ser a primeira escola da LIESV a ter um samba transmitido pelas ondas de uma rádio–a Rádio Gaúcha, que exibiu o clássico “O Cio da Terra - O Que Se Plantou, Deu; E O Que Não Deu, Dará!”.
Nos anos seguintes, a escola teve seguidos problemas com seus carnavalescos, mas sempre deu a volta por cima, sendo recebida com entusiasmo pelos espectadores. A comunicação com o público, aliás, é o seu grande trunfo – a escola possui a maior torcida do carnaval virtual.
Ano
Enredo
Colocação
2013A Voz que vem de Dentro -
2012Um Lugar Chamado Esperança 17º(Único)
2011Adeus, China! 9º (Especial)
2010Labirintos da Alma - Um Rosário de Fé, um Inventário para Deus e uma Lição para os Homens6º (Especial)
2009Somniu Aeternitatium Imperiale – Só quem é pode saber!
3º(Especial)
2008Ressurreição
3º(Especial)
2007Imperiais sur-realista - Nem freude explica!
8º(Especial)
2006Made in Brazil - Um por todos, todos por 171
8º(Especial)
2005Imperiais Africanos! Eis a História de Nossos Ancestrais - Os Filhos de Afra!!4º(Especial)
2004O Cio da Terra - O Que Se Plantou, Deu; E O Que Não Deu, Dará!1º(Especial)
2003E brilhava mais que o sol... 3º(Especial)

SINOPSE ENREDO 2013
A Voz que vem de Dentro

SINOPSE:
Axé!
Se coloque de pé, valente nação imperiana!
Junte seus sonhos partidos, seque suas lágrimas de orgulho ferido, sinta o sabor do seu próprio sangue a correr das chagas lançadas pela burrice humana que julga sem saber.
Desfralde seu pavilhão tricolor. Erga os olhos e veja-o! Quero perceber o brilho de nossa coroa no fundo dos seus olhos. Levanta-te!! Exploda das cinzas, grandiosa fênix dos carnavais!! Podem te roubar o espaço, podem te perseguir, mas eu lhe dou a fibra e a coragem para lutar e vencer. Ninguém irá roubar a nossa história, a minha e a tua!
Vamos à luta!
Sou a voz interior que habita os corações daqueles que se sentem presos aos grilhões obscuros da perseguição. No interior da blindada pele negra "arrastei" correntes, senti a chibata e resisti. Enfrentei e venci. Antes embargada na garganta, rompi o silêncio e com o meu canto cortei ares e disse "NÃO". Ergui minha fortaleza na mata, fui quilombola e estourei correntes conhecendo a branca e áurea liberdade. Marquei com lágrimas a festa de minha alegria. Vi a união de vozes junto aos tambores entoando ao largo do giro das saias rendadas das mães negras, mulheres que carregavam as crianças no alto das cabeças como símbolo da pureza liberta de toda uma raça. Também minha raça!
Ousei combater o peso das autoridades, independente se usavam uma coroa ou uma farda. Gravei palavras de ordem, narrei fatos de cada canto onde a opressão lançava suas sombras. Subi os morros e toquei os céus. Lancei mais estrelas no infinito sob "os barracões de zinco". Olhando assim, cada cidade rusticamente iluminada "mais parecia o céu no chão"! Não me coloquei nas alturas para fugir, mas para poder entender melhor, ver melhor meus perseguidores. Meu samba foi a arma capaz de encantar branquinhas e mulatas, quebrar o quadril de marechais, doutores e intelectuais. Sou a voz que se propaga e faz arrepiar, mexer os pés e alucinar. Sou resistência pé no chão vindo do morro e fazendo miséria no asfalto. Me empurra às margens que eu causo uma onda de euforia que te desafia e te enlouquece. Mascarada ou colorida, dei voz ao morro que desceu por toda a cidade.
Não importa quem manda, não me rendo e não me curvo. Me persegue e eu te assombro! Manda-me calar a boca e eu fujo pelas frestas da mordaça! Parto do interior e ganho o mundo com minha vibração. Crio a imagem da arte que não se cala. Ressoo e posso me multiplicar. Falo por muitas pessoas, rasgo as cortinas, escapo da coxia e, sob a luz da ribalta, enceno minha fibra. Ensino que não há porque calar. Meu sonho, minha filosofia, meu mundo em cores fazem a cena do novo Brasil. Render-se jamais, silenciar-me, nunca!
E então propalo. Viajo em notas musicais e em acordes para que o mundo acorde e perceba: resistir é preciso, pois aquele que persegue não pode vencer. Não pode ser o predador, há de ser a presa! Assim eu tropicalizo, radicalizo e escandalizo! Eu sou o novo!
Contra a ditadura meu som se une ao sorriso. Viro crítica e denuncio a galhofa nacional. Se prefere "o cheiro do cavalo ao cheiro do povo", saiba que prefiro te desafiar com o escárnio. Não adianta mais querer me prender, censurar e impedir! Sou o reflexo do povo e choramos juntos cada sonho partido. Tancredão partiu, o povo chorou, mas não desistiu: avançou! Assim me uno ao som da viola e ao rock pauleira. Sim, sou rock, pois também sou santeiro. Tardo, mas não falho! "To certo ou to errado?".
De pernas para o ar e coração leve eu digo: enfim sou livre para ser o que quero ser! Deixe então o vento levar livremente tudo o que é ruim. Deixe o vento levar o que é bom, deixe o vento levar o que sou...
Deixe o vento me levar para mais uma vez dizer: Imperiais teu povo te ama!!!

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