segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

ACADÊMICOS DO CUBANGO

ACADÊMICOS DO CUBANGO

FUNDAÇÃO 17/12/59
CORES Verde e Branco
QUADRA Rua Noronha Torrezão, 560
Cubango
Niterói
24240-183
Telefone: 2718-6884
Fax: 2717-2224
BARRACÃOAv. Rodrigues Alves, 431
Saúde
LEMA A Cubango não é a maior nem a melhor, é a do povo
HISTÓRICO
No dia 17 de dezembro de 1959 foi fundado o G.R.E.S Acadêmicos do Cubango, no bairro de mesmo nome, na cidade de Niterói. Em muito pouco tempo tornou-se a mais popular e querida escola da cidade, ao lado da Viradouro. Afinal, foram quinze títulos de campeã niteroiense, cinco dos quais obtidos consecutivamente.

Após uma vitoriosa carreira como escola de samba na cidade de Niterói, a Acadêmicos do Cubango pediu filiação à Associação das Escolas de Samba para desfilar na cidade do Rio de Janeiro.

Em 1986 atravessa a Baía de Guanabara sendo então avaliada e aprovada por suas co-irmãs do Rio de Janeiro. Fez sua primeira apresentação na capital, juntamente com sua co-irmã, a Viradouro, porém, não concorrendo. Ano seguinte, foi vice-campeã no Grupo 4.

A Cubango, como é conhecida, é uma escola popular que conta quase que exclusivamente com a força de vontade e o carinho de sua comunidade para superar as dificuldades comuns às escolas de samba. No entanto, sem a ajuda de "padrinhos", tudo é sempre muito difícil. Hoje, a verde e branco niteroiense conta com uma legião de abnegados admiradores que a auxiliam e juntos caminham para levá-la ao tão sonhado desfile no Grupo Especial. A Cubango chegou a cair para o Grupo B em 2008, mas venceu o carnaval do Terceiro Grupo de 2009, dividindo o título com a Unidos de Padre Miguel. A escola investiu bastante para o desfile de 2010, mas terminou o carnaval do Grupo A numa modesta nona colocação, o que levou o presidente Olivier Pelé a protestar contra a LESGA em plena apuração. A raiva do mandatário da escola contra a liga perdurou até ela ser dissolvida, logo após o Carnaval 2012. Na ocasião, Pelé simulou o enterro da LESGA, com caixão e tudo, em frente à sua sede.


A CUBANGO NÃO É A MAIOR NEM É A MELHOR - A CUBANGO É DO POVO. E A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS.

São fundadores da Acadêmicos do Cubango: Nei Ferreira, Luiz Carlos Ferreira, Dona Denetildes, Tia Lourdes, Mãe Luizinha, Sebastião B. Rosa, Onorio.

1960 - no Grupo
Homenagem ao Rei Momo

1961 - no Grupo
Liberdade dos Escravos

1962 - no Grupo
Carlos Gomes

1963 - no Grupo
Sonho das Esmeraldas

1964 - no Grupo
Maurício de Nassau

1965 - no Grupo
República Negra de Palmares

1966 - no Grupo
Marquesa de Santos

1967 - no Grupo
Brasil Pintado por Debret

1968 - no Grupo
Reisado

1969 - no Grupo
Dançada - Niterói

1970 - no Grupo
Zé Pereira

1971 - no Grupo
Nega Rosa

1972 - no Grupo
Coroação de um Rei Congo em Sabará

1973 - no Grupo
Homenagem ao 4° Centenário

1974 - no Grupo
Festas Tradicionais Fluminenses

1975 - no Grupo
Folclore e Riqueza do Nordeste

1977 - no Grupo
Sapucaia Oroca

1978 - no Grupo
Madrugada - Niterói

1979 - no Grupo
Afoxé

1980 - no Grupo
Mundo Mágico

1981 - no Grupo
Fruto do Amor Proibido

1982 - no Grupo
O Olimpo de Olímpia

1983 - no Grupo
Metais e Pedrarias que Embelezam o Brasil

1984 - no Grupo
Porque Oxalá usa Ekodidé

1985 - no Grupo
Explode Saudade - Desfile em Niterói

1986 - no Grupo
Vamos ao Teatro - Desfile em Niterói

1987 - 2ª no Grupo 4
O Encantamento de Soboadan
Paulo Roberto da Costa e Paulo Flores

1988 - 4ª no Grupo 3
Ave Bahia, Cheia de Graça
Max Lopes

1989 - 4ª no Grupo 3
Dançadas
Alexandre Louzada

1990 - 4ª no Grupo B
O Místico José Ferreira
Paulo Roberto da Costa

1991 - 3ª no Grupo B
Terra de Santa Cruz, dos Abacaxis e dos Filhos da Fruta
Gil Gouveia

1992 - 2ª no Grupo B
Negro que te Quero Negro
José Luiz Melo e Ronaldo Silva

1993 - 11ª no Grupo A
Do Fogo às Águas Recriando a Terra
José Luiz Melo e Ronaldo Silva

1994 - 15ª no Grupo A
Ao Mestre com Carinho (Homenagem a Fernando Pamplona)
Etevaldo Brandão e Sônia Regina

1995 - 7ª no Grupo A
Da Aldeia de São Lourenço a Niterói, a Cidade Sorriso
Rosângela e Renato Dias

1996 - 9ª no Grupo A
Dos Brasões do Reino de Portugal, Ao Esplendor da Bandeira Nacional
Rosângela e Renato Dias

1997 - 2ª no Grupo B
Os Pontos de Nossos Contos
Rosângela e Renato Dias

1998 - 4ª no Grupo A
Nausicaa - A Odisséia Cubanga nos Verdes Mares
Carlinhos D&rsquoAndrade

1999 - 8ª no Grupo A
Tempero, uma Pitada na História
Alexandre Louzada

2000 - 11ª no Grupo A
Por uma Independência de Fato
Max Lopes e Amarildo de Melo

2001 - 6ª no Grupo B
A Cubango Mostra tua Raça, Niterói é teu Berço, a Cidade te Abraça
Roberto Reis

2002 - 1ª no Grupo B
África, o Exuberante Paraíso Negro
Beto Reis

2003 - 9ª no Grupo A
Cândido Mendes, Um Século de Paixão na História da Educação
Beto Reis

2004 - 5ª no Grupo A
Cubango é Shopping no mundo do toma lá, dá cá
Antônio Sérgio e Beto Reis
2005 - 6ª no Grupo A
O Fruto da África de Todos os Deuses no Brasil de Fé. Candomblé...
Jaime Cezário
2006 - 8ª no Grupo A
Na Magia da Escrita, a Viagem do Saber
Jaime Cezário
2007 - 7ª no Grupo A
De Fio a Fio na Real, para lá, para li, Paracambi
Comissão de Carnaval
2008 - 9ª no Grupo A
Mercedes Batista, de Passo a Passo, um Passo
Wagner Gonçalves
2009 - 1ª no Grupo B
Afoxé
Léo Morais e Sérgio Silva
'
2010 - 9ª no Grupo A
Os Loucos da Praia Chamada Saudade
Milton Cunha
'
2011 - 4ª no Grupo A
A Emoção está no Ar
Jaime Cezário
'
2012 - 4ª no Grupo A
Barão de Mauá — Sonho de um Brasil moderno
Jaime Cezário
1972
Enredo: Coroação de um Rei Congo em Sabará
Compositores: Coutinho e Betinho
Toda a cidade engalanada
Os negros festejam a coroação
Do Rei Congo, Sua Majestade
Era lindo ver
O ato cerimonial
A Rainha Ginga e o Rei
Com seus trajes divinais
Suas faces mascaradas
Suas coroas brilhavam
Como um astro no céu
Que eles receavam
Oi, Lua vem rompendo
Dancem Guerreiros
Deixar de ser negro
Violeiro, eu tenho medo
Ô ô ô ô negro é Rei
Negro é senhor
Na corte
A alegria imperava
No festival de cores
Destacava-se a nobreza
Que beleza
Este fato original
Que o Cubango se Agiganta
E traz para esse carnaval
Ê ê ê ô baê, Ê ê ê ô baa
Tem pandeiro, marimba
Atabaque, ganzá
1974 Enredo: Festas Tradicionais Fluminenses
Compositor: Wilson Mendonça

As grandes festas tradicionais
É o que a Cubango apresenta e traz
Em 6 de janeiro
Angra dos Reis é o primeiro
A começar os festejos municipais
As camponesas vestidas de trajes típicos
Vão pelas ruas a desfilar
Saudando os Reis Magos, aniversário do lugar
Em São Fidélis
A festa da lagosta é sensasional
Aproveitando a época
O movimento é colossal
A festa da laranja de Nova Iguaçu à Itaboraí

Mas que beleza, minha gente (bis)
Dá prazer de assistir

Em 31 de dezembro
Todo umbandista dá seu saravá
Vai levar suas oferendas
Á senhora Rainha do mar
E em Bom Jesus, o povo comemora com fervor

Lembrando o rei e a rainha (bis)
Faz a festa do imperador

Também nas festas juninas
De São Pedro e São João
Vamos ver as sinhazinhas
Pulando fogueira e soltando balão
A festa das flores
Em Friburgo é de beleza sem igual

E afinal
Com palhaços, pierrots e colombinas
Confetes, arlequins e serpentinas (bis)
Apresentamos carnavais
Dentro do próprio carnaval
1978
Enredo: Madrugada
Compositor: Heraldo Faria
Faz parte da natureza
O esplendor da madrugada
A Cubango com sua graça e beleza
Faz dela sua eterna namorada
Madrugada, oh, madrugada
Das boates, cassinos e hotéis
Do boêmio, no bar e na calçada
Entoando canções à sua amada
Das gafieiras e majestosos salões
Damas da noite vendedoras de ilusões
E sob o luar prateado lá no lendário sertão
O caboclo canta lendas dedilhando o seu violão

Vai, vai, vai pescador
Joga a rede no mar (bis)
É madrugada, tem alguém a lhe esperar
Confetes e serpentinas
As escolas na avenida em evolução
Pierrot, arlequim e colombina
É o carnaval da multidão
Tem umbanda e candomblé nos mais lindos rituais
O povo cheio de fé
Presta homenagem aos Orixás

Ao romper da alvorada vendedores a gritar
E baianas vendendo cocadas (bis)
Olha aí, quem vai comprar
O Bloco de Sujo desfilando
Quando o sol resplandece no horizonte
Pássaros cantando em revoadas
Surge um novo dia radiante
Tudo isso é madrugada
1979
Enredo: Afoxé
Compositores: Heraldo Faria e João Belém

Abrindo o portão imaginário
Do longínquo solo africano
A Cubango traz para o cenário
Afoxé, tema original
Do reino de Oloxum
Na festa de Domurixá
Em homenagem a Oxum
Deusa da nação Ijexá
Onde a figura principal
Era o boneco Babalotim
Mensageiro da alegria, da força do axé
Um ídolo menino, levado por menino em sua fé
E assim teve origem o afoxé

Afoxé lorin, é lorin (bis)
Afoxé loriô, é loriô

Nesta festa desfilavam com riquezas
Os soberanos orientais
O adivinho joga búzios com presteza
Desvendando o futuro e o que ficou pra trás
Tem as cortes dos Reis Lobossi e Obá Alaké
Xangô em seu camelo sagrado
Esta é a história do afoxé
Que hoje desfila pelas ruas em rituais
Louvando os orixás

Ofi la laê, Olê loá (bis)
Ofi la laê, Olê loá
1980
Enredo: Esse Nosso Mundo Mágico
Compositores: Heraldo Faria e Flavinho Machado
Evoluindo
Num turbilhão de alegria
A Cubango se transforma neste dia
Num mundo de magia
Em devaneios
Sou levado para o reino encantado
Do carrossel da infância e da fascinação
Oh, que beleza
A criançada faz cantar a natureza

Bicho-papão, Cuca, Saci-pererê (bis)
Boi da Cara-Preta, Feiticeiro e Boitatá

Que lindo é ver desabrochar
As flores em bom floral
No Rio Verde as irmãs virgens
Aos homens vão encantar
A Caipora, mulher flecheira
Perturbava com suas brincadeiras
Os domínios dos Orixás
Vislumbrei o palácio imaginário de Oxalá
E o povo irmanado em sua fé
Entoando canções de candomblé

Eba-bá Pai Oxalá (bis)
Agô-iê Oni-Babá

Depois resplandece o infinito
Acendendo a chama da esperança
Volto a ilusão de uma criança
De um paraíso sem dor, sem desamor
Acordo deste sonho de esplendor
1981
Enredo: Fruto do amor proibido
Compositores: Flavinho Machado e Heraldo Faria

Quando o sol
Riscava o infinito céu
Criando o entardecer
Numa explosão de amor
Procurando a lua em seu esplendor
Nesta tarde de verão
Oxossi descobriu Oxum (descobriu Oxum)
A rainha do Efan
Perdeu-se de amor
Do rei de Alaketu

A la la la ê
A la la la ô (bis)
Okê okê arô arô oxé o rei
Alalaô

Fruto deste amor proibido
Logun, concebido menino
Herdeiros de nações rivais
Que dividiam seu destino
Em Ketu, caçador de animais
Em Efan, vestia roupa de princesa
Bailava com encanto e leveza
Vivia neste mundo de magia
Meio rei, meio rainha (mais um dia)
Um dia, sentiu a força da razão
E na imensidão do lago negro sumiu
O sol não mais achou a lua
Morreu Logun na solidão

O ra ei ê ê ô
O ra ei ê ê ô
Para seus filhos todo axé (bis)
Canta Cubango
Com o povo em sua fé
1983
Enredo: Metais e Pedrarias que Embelezam o Brasil
Compositores: Gelson Devaneio, Hugo, Camburão, Coutinho e Betinho

Oh, natureza
Me fez um paraíso verde cheio de riqueza
E quando os brancos aqui chegaram
Os índios tudo isso desfrutavam
Oiana, outras tribos Carajás
O Brasil sempre foi rico em pedras minerais
Bravo bandeirante Fernão Dias Paes
Encontrou uma jazida
Mas esmeralda não havia
Escravo ludibriava senhor
Para comprar sua alforria
Pro garimpo vem gente
Da cidade, do sertão e da vila, oi
Pro garimpo vem gente
Pra garimpar nas grimpas ou nas cacimbas

Garimpeiro Oi
Garimpeiro vai (bis)
Metais e pedrarias que embelezam o Brasil
Vejam só que maravilha

Prata, ouro, diamante, esmeralda
Hoje é tesouro nacional, Serra Pelada
E no Palácio de Cristal a corte bailava
Com jóias raras

Que hoje se vêm em manequins (bis)
Que a Cubango mostra assim

1984
Enredo: Porque Oxalá usa Ekodidé
Compositores: Heraldo Faria, Flavinho Miranda e Jair

É manhã
A natureza parece cantar
O sol resplandece sobre a terra
Colorindo o campo, a serra e o mar
E nessa manha em Ilê Ifé
O povo começou a adorar
Numa procissão de fé
O culto das águas de Oxalá
Omom Oxum, guardiã escolhida
Os invejosos perturbaram sua vida
Roubaram a coroa de Oxalá
Mas sua filha encontrou num peixe do mar
O Jurê aia lá é mamajo é mamajo (bis)
O Jurê aia lá é mamajo é mamajo
Depois lhe fizeram um ebó
Causando sofrimento e tristeza
Só Oxum, rainha da beleza
Lhe curou com Ekodidé, fazendo um bem maior
Quando Oxalá chegou
E soube de tudo que passou
Levou Omom de volta ao palácio
Lhe devolvendo o Axé
Oxalá passou a usar a Pena Vermelha, "o Ekodidé"
Arerê ia Oxum Arerê (bis)
Arerê ia Oxum, Arerê
1985 Enredo:Explode Saudade
Compositores Getúlio Só e Diskonha

Extasiado pela emoção
Viveu o compositor
Momentos de rara beleza
Leila Diniz despontou
São cores, são luzes, é festa
A alegria já contagiou
Num toque tão carinhoso
Pixinguinha também desfilou
Na apoteose do sonho
Carmem Miranda deslumbrava
Baiana, colares e brincos
Brejeirice não lhe faltava

Quem é quem é
Que faz a alegria do povo (bis)
Flutua diante aos teus olhos
Ataulfo e Ari Barroso

Puro som de sinfonia
Mestre André, regia a bateria
Neide com encanto e leveza
Brilhava como a luz do dia
Cartola entende a sorrir
Bate outra vez seu coração
Clara guerreira
Sob um manto de aplausos cantou ô ô
Giram através da poesia
São pierrots em multicores
Eneida, amor e fantasia

A brisa toca em teu corpo
Desperta enfim (bis)
Explode em saudade
Esta saudade dói em mim
1986
Enredo: Vamos ao teatro
Autores: Sardinha, Rogerinho, Rolian do Cavaco e Gira

Abrindo
As portas da cultura
No Brasil ele surgiu
Trazido pelos padres jesuítas
O teatro então evoluiu
Autores e atores, personagens teatrais
Deixaram suas marcas neste meu país
Com suas obras imortais
Ceci, Peri, amor e paixão
Vividos em "O Guarani"
A comédia que nos faz sorrir
O rebolado com o show de travestis

"É fogo na Jaca"
"Bububu no bobobó" (bis)
Vamos ao teatro
Curtição não tem melhor

Mostrando a todos seu valor
O teatro infantil
Com seus aprendizes no Tablado
Encanta todo este Brasil
Na dramaturgia
Zé do Burro é o personagem principal
Caminhando sete-léguas para a morte
Em busca de um ideal

Ô baiana, gira na roda
Amarra a saia c'oa paia da cana (bis)
1987
Enredo: O encantamento de Soboadam
Autores: Sardinha, Rolian do Cavaco, Ribeiro e Gira
A passarela
Hoje é o Palácio encantado de Xangô
Abrindo os portais
Exu e os guardiões (bis)
Recebem as nações
Iabás, Iabás, Iabás
Orantos incrustados exibiam os Orixás
Ecoam batais e berrantes
Surgem então fascinantes
O Deus de todos Orixás
Oxalá
Nem o mar (Nem o mar...)
Com suas belezas divinais
Alegrou a Oxun
Foi preciso recorrer a rituais
Entre raios e trovões
Feitiço e magia
Soboadam encantador aparecia
É canto, é dança
Os negros no atabaque a rufar
Oxun dengosa e faceira
Ijexá
Consagrou Soboadam
Na mais bela lenda de Orixás
Alaafim yó, rei de Kossô
Grande Orixá, Xangô (bis)
1988
Enredo: Ave Bahia cheia de graça
Compositores: Heraldo Faria, Huguinho e Flavinho Machado

Axé, axé deseja a Cubango
(bis)
A todo povo que tem fé
Oh, legendária Bahia
De mistérios e rituais
Quando os atabaques anunciam
A semana dos orixás
Exú, o mensageiro, e Omulú, o curandeiro
São cultuados na segunda-feira
Em Nova Aurora, vem Ogum Guerreiro
Na quarta vem Xangô
Grande orixá Nagô
E Inhan-Sã, dona dos ventos, bela como o amanhã

Ia-io de, oiá
(bis)
Afefé, oiá

Resplandece novo sol
Com Oxosse e Oxum
Ela, deusa menina, ele, rei de Alaketú
Na sexta reina Oxalá
Filho de Olurum e o maior dos orixás
No sexto dia o canto de magia
De Yemanjá, a princesa de Aiocá
E no domingo
Nanã Buruquê acende a esperança
Com Ibeji divindade da criança

Auê, auê, auê, auê
Ave Bahia cheia de graça
(bis)
Agô-iê babá-okê
1989
Enredo: Dançadas
Autor: Zequinha

Apresentamos neste carnaval
Em cenário de sonhos e de fantasias
As mais belas danças brasileiras
Nesta apoteose triunfal
Que maravilha, que fascinação
Ao rever folguedos e bailados
Com muita beleza e sedução

É no frevo que eu vou brincar
Em Recife ou em Salvador (bis)
Entre blocos e pastorinhas
Com muito brilho e fulgor

De origem africana
Veio o maracatu
Das folias, o reisado e o Bumba-meu-boi
E os moçambiques
Entoando sempre o seu cantar
Ogum, obá, Oxumarè, Ilê
No candomblé são Orixás
Olha o berimbau, rabo-de-arraia e bananeira
Ô abram alas para ver a capoeira
Samba
Que ao mundo inteiro faz vibrar (bis)
E todo povo se encanta
Orgulho da nossa cultura popular
1991
Enredo: Terra de Santa Cruz, dos abacaxis e dos filhos da fruta
Compositores: Sardinha, Eduardo Poeta, Mário de Minas e Quinzinho

Vem dos tempos da Monarquia
A anarquia neste meu país (dos abacaxis)
Seu Cabral só não previa
Que tanta patifaria estivesse por um triz
Em meio a tanta riqueza
Caminha escrevia ao Rei de Além-Mar
A terra é Santa (Cruz)
O que se planta dá pra explorar
Lá lá laiá...
& ldquoOi esse coqueiro que dá coco&rdquo
Dizia na aquarela o Ary
Mas coqueiro brasileiro
No sufoco, pode dar abacaxi
Nordeste do frevo, do maracatu
Escandalosa, a mandioca deu rebu
Vem de lá (ô e vem de lá) os minérios de Carajás
Onde está, nosso tesouro onde é que foi parar
Arrancaram nosso couro, Multi-Mistério do Ouro
As oferendas à Bahia vou levar
Carmem Miranda &ldquoAlô Alô&rdquo,& ldquoTaí&rdquo
Roda a baiana em verde e branco a sorrir
Os índios perdem suas terras
Cansados de guerra com o branco explorador
E lá em Minas Gerais
Pedras preciosas nunca mais
Vem a Cubango
Amargando o abacaxi
Dos filhos da fruta na Sapucaí
(E mais eu digo que vem...)
1992
Enredo: Negro que te quero negro
Compositores: Ismael do Nascimento, Odir Sereno e Plínio

Se um negro vai, um outro vem
(bis)
Um história a mais que tem

Obrigado Zumbi
Que o nosso criador lhe abençoe lá no céu
Glórias a José do Patrocínio
Conseguiu que a Princesa assinasse o papel
Viva o Rei, viva o Rei, viva o Rei
Seu sangue é de outra cor
Como os olhos da Anastácia
Escrava que por nós lutou

Chica da Silva, oh, mudou de vida
Mãe Menininha viveu para nossas vidas
(bis)
E a Clementina que parou de vadiar
Ainda hoje ouço o seu cantar

Otelo tão pequeno, mas enorme no talento
Watusi fez do Scala o seu momento
Zé Kéti liberou do morro a sua voz
Martinho kizombando canta e samba entre nós
Cartola no jardim do coração
Colheu sua Zica como rosa
Mãe Luizinha negra flor
Exemplo na avenida toda prosa
Mãe Tiana que se foi
Razão do meu cantar e meu sorrir
E a camisa 10 de ouro, Rei Pelé
Sacudiu o mundo inteiro com o tri
Negro que te quero negro
A Cubango mostra na Sapucaí

1993
Enredo: Do fogo às águas recriando a terra
Compositores: Bujico, Maneco e Chico

Quando a Terra
Girava na imensidão
Era bola encandecente
O iniciar da criação
Deus Leba indiferente
Assistia o padecer de sua gente
Aí surge Olufã, deus maior
Com piedade e seu amor profundo
Cria uma estrada para um novo mundo
Põe Ogum de guardião
E para anunciar um novo dia
Xangô, para o bem e o mal avaliar
E Obaluaê para curar
A to to Obaluaê, a to to ê ê (bis)
A to to Obaluaê, a to to ê ê

E para criar as matas
Vem Oxossi caçador
Para lavar as profundezas
E levar todo o sinal de dor
Oxum, sublime deusa do amor
A fertilidade infinda
Cobre o manto verde do mar
E a procriação da vida
É a força de Iemanjá
Resplandece o amanhã
Ressoam as trombetas
Vai pai Olufã levar paz
A outro planeta

É Jurê Êba, é Jurê Êba
Canta a Cubango em seu louvor
(bis)
Epa babá, Epa babá
1994
Enredo: Ao mestre com carinho (Homenagem a Fernando Pamplona)
Compositores: Huguinho, Marcelo e Aloizio

Eu vou sorrir para o saudade
Olha eu aí, sou a felicidade
Não sou a maior, nem tampouco a melhor
Eu sou Cubango, eu sou do povo
Estou aqui, trago um sorriso novo
Pioneiro, teceu sua arte
No barracão deu vida ao estandarte
A chama da paixão moldou Palmares
Surgiu um menino campeão
Espelho de uma geração
Quando não se tem o que se quer (se faz o quê)
Usa-se o imaginação
Põe-se no papel, cria-se então
É tudo uma grande emoção

Vem ver amor
Ver Fernando, um talento, um esplendor
(bis)
Vem ver amor
Que a vida passa mas Pamplona não passou

Lindo é ver
No horizonte um novo amanhecer
De esperança e paz
Eis a nossa homenagem ao mestre dos carnavais
Meu cantar vai ecoar no céu, na mar, no ar
Então eu vou te ver feliz, envolvido no meu manto
Pois você é a raiz

Eu vim cantando
Eu vim cantando oi pra mostrar como é que
(bis)
Trago no samba
Trago no samba minha força, minha fé
1995
Enredo: Da aldeia de São Lourenço a Niterói "cidade-sorriso"
Compositores: Ismael Nascimento, Odir Sereno e Rolian do Cavaco

Minha aldeia é um lindo paraíso
De um eterno sorriso que jamais se viu igual
Araribóia fundador desta cidade
Que nos enche de vaidade, foi também Vila Real
Nasce a cidade litorânea, com orgulho a gente ama
Batizada Niterói, onde tudo é belo e natural
Os imigrantes fixaram residências
E Dom João se fez um grande anfitrião
É tudo alegria em plena luz do dia na festa do beija-mão
A vila virou cidade e o sonho se realizou (bis)
Ficou cheia de vaidade porque se emancipou

Com a ajuda de Dom Pedro tudo nessa terra expandiu
A indústria foi crescendo, o comércio aparecendo
Sendo um marco no Brasil
De lá pra cá, daqui pra lá, a Barca da Cantareira
Chegou o grande dia, é pura cantoria
Bate o bumbo, Zé Pereira
As sociedades entraram na história do carnaval
Nascem as primeiras escolas
O sambista deita e rola no desfile principal
Veio a Cubango e Viradouro pra avenida
Neste duelo, foi o povo quem ganhou
Niterói se sente vaidosa, mais bonita e orgulhosa
Onde só existe amor

A cultura e o esporte a evoluir
(bis)
Niterói hoje é Cubango na Sapucaí
1996
Enredo: Dos Brasões do Reino de Portugal, ao Esplendor da Bandeira Nacional
Compositores: Henrique Inspiração, Paulinho Degrau, Huguinho e Maneco

Quando a Idade Média despontou
Renasceu um novo dia
Brilharam os brasões
Que enalteceram a nobreza
Vem nas ondas como herança
Ordem de Cristo e minha esperança
Com o poder da esfera armilar
E os sete castelos dourados
Um grande Reino foi criado
A pomba branca do divino
Bumba-meu-boi, maracatu
(bis)
Meu folclore em aquarela
Aconteceu de norte a sul

Foi riscada neste chão
A liberdade sonhada
Anseios de um povo
Oh, Pátria amada
Em meio a tantas bandeiras
Erguidas no país
Surge a soberana
Sob um céu azul anil
Ordem e progresso, Brasil

A fé que me leva (oi)
Me leva ao infinito
(bis)
Meu brasão é o coração
Minha bandeira é minha paixão
1997
Enredo: Os pontos dos nossos contos
Compositores: Marcio Souto, Marcio André e Boró do Porto

Vem ser criança, vem
Neste carnaval
São livros abertos de pura magia
Ilusões desfilando na avenida
Libertando um furacão de alegria ôô
Nesse mundo de encanto e fantasia
Vem sonhar, lembrar
Das histórias da vovó, amor
Que os pontos são poemas na canção
E os contos se revelam neste chão
Vem comigo, vem brincar (vem brincar)
Levantar o seu astral (que legal)
E no faz de conta aprender
(bis)
O que é o bem e o mal

E assim, o teatro infantil me levou
Lindo universo de luz e de cor
Mágica do amor, lendas e mitos
Castelos e tesouros escondidos
Eu vou, no disco voador
Viajar na imaginação
Do escritor que não pára de criar
Meu samba vem te homenagear

Lá vem Cubango, canta meu povo
Lá vem raiz
(bis)
Juntando os pontos, dos nossos contos
Fazendo um sonho tão feliz
1998
Enredo: Nausicaa, Uma Odisséia Cubanga nos Verdes Mares
Compositores: Boró do Porto, Márcio Souto, Huguinho, Fernando de Lima e Márcio André

Em verdes mares, baila a poesia
Lá vou eu desvendar
Fazendo uma odisséia na avenida
Deságua minha luta pelo mar
De lá pra cá
Daqui pra lá
Vou navegar
No reino de Netuno
No fundo desse mar
A beleza encontrar
E com povos navegantes
Oceanos conquistar
E a poluição
Quem não viu
(bis)
Riquezas desse mar, destruiu
Nosso alerta assim surgiu

Salve as nossas águas cristalinas
Os rios, mares e baías
Pesquisadores, alquimistas
E hoje o ideal é preservar
A fauna e a flora
Um banho de mar
Sambando nas ondas
Minha escola vem cantar

É nessa onda que eu vou
Eu vou, eu vou
(bis)
Vem nessa despoluir
Cubango na Sapucaí
1999
Enredo: Tempero &ndash Uma Pitada na História
Compositores: Eduardo Poeta, Mário Di Minas, Quinzinho, Jo Ennes, Lênio da Cotia e Eduzinho

Por "mãos divinas"
Teci minha sina em uma era milenar
Sou o "sal da Terra"
Planta de cheiro, sou erva
Temperei com meu feitiço
Deu rebuliço, sedução (que sedução)
Dei um toque de magia
Fiz arder seu coração

"Tirei onda" de tesouro, encantei
Tem capricho nesse molho, vem provar
(bis)
Fui jardim, curei, eu sei
Nobreza coroar

Disputado por nações
Riqueza de um profeta iluminado
Um mistério do oriente
Pelo velho mundo cobiçado
Um dia, a luz se apagou
De heresia que em "trevas" se ocultou
Renasci, naveguei
Ao novo mundo mostrei meu sabor
Mistura na cor, gosto, raça e raiz
Receita que me faz feliz

O aroma me chamou, me leva
Me leva que tempero é de iaiá
(bis)
Cubango põe água na boca e a galera
Faz carnaval com um gostoso paladar
2000
Enredo: Por uma Independência de Fato
Compositores: Celso Tropical, Rolian do Cavaco, Pepê, William e Altair

Gigante pela própria natureza
Ainda menino se deixou sonhar
Um grito às margens do Ipiranga
Literatura e dragões na aquarela
Quem sabe faz a hora, é o despertar
"Por uma independência de fato"
É um ato pra se libertar
Velas ao vento, caravelas
Sofrimento lamentar (bis)
Para a esperança iluminar

Ganga Zumba, grande rei Zumbi
(bis)
Palmares inda ecoa por aqui

Oh, mulher, o sutiã em chamas
Em teus seios, a liberdade
Espaço é condição humana
Vestido de noiva em cena
Na arte, a bravura
Teatro, tropicália e cinema
A independência da cultura
Folia sem repressão, erradicado o mal
São três dias de alegria
A magia do meu carnaval

Sou Cubango, sou felicidade
Meu sonho eu fiz verdade
(bis)
Guerreiro da liberdade
2001
Enredo: Cubango mostra tua raça, Niterói é teu berço e a cidade te abraça
Compositores: Flavinho Machado, Rogerão, João Belém, Paulinho Hadad, William, Juarez e Maurilinho

Quando o sol iluminou a arena da folia
Um guerreiro anunciou o duelo de paz e alegria
Veio de lá da Grécia milenar
Como passei a me chamar
Minha cultura, minha arte é soberana
É de origem africana
Tenho orgulho do que herdei de um rio de Angola
Meu pavilhão, é meu tesouro real
Minha paixão maior, é o carnaval

Eu sou batuque, sou raça
Negritude é hora de sorrir
(bis)
Nesta festa que congraça
Todas as raças na Sapucaí

(Meu verde)
Lembra dessas matas, desse meu Brasil
Branco estandarte de encantos mil
Sementes de bambas plantei
O mais puro samba cantei
Cidade sorriso, do índio guerreiro
Sou a Cubango, simplesmente
Desfilando em seu louvor (em seu louvor)
Trazendo este samba de presente

De Niterói sou raiz
Da fina flor do samba verdadeiro
(bis)
Aqui trago um abraço feliz
Pra você, oh Rio de Janeiro
2002
Enredo: África, o exuberante paraíso negro
Compositores: Jacy Inspiração, Celso Tropical, Rogerão e Gilberth Castro

Tão linda igual a cor da noite
Pureza, simboliza a raça
Nesse paraíso exuberante
Onde a natureza é divinal
Doce fonte de riquezas que seduz (bis)

A força da mensagem cristalina
Que o negro traduz na fé
Na crença, no rito e na reza
Momentos de pedir axé
Nas oferendas em louvor aos orixás
No ecoar do toque do tambor

O negro canta, o negro dança
(bis)
Esperança de um tempo promissor

Com inteligência e imaginação
Desperta o poder de criação
A beleza do artesanato
É o retrato que fascina a multidão
É arte, é cultura e poesia
Obras desta raça milenar
Multicolorindo o dia-a-dia
A gente não se cansa de exaltar

Ilu-ayê, mãe África
Negra forma de viver
(bis)
Ago-iê, mãe África
Hoje a Cubango é você
2003
Enredo: Cândido Mendes, um Século de Paixão na história da educação
Compositores: Quinzinho, Eduardo Poeta, Eduzinho, Lenio da Cotia e Sardinha

Na bela época
O charme do meu Rio encantou
E na sedução da história
A academia do comércio despontou
Uma geração cristã, guerreira
Trazia um sonho lá do Maranhão
Nas asas da nobreza abençoada
Iluminada, ensina que eu viajo na emoção

Eu vou ao paço
Que eu não passo sem você
(bis)
Tradição e liberdade, vem ver

Pioneira na economia
Prêmio latino de comércio exterior (sim, senhor)
Faz direito que é direito
Justiça a um povo que merece ser doutor
No silêncio da Nação
Palavra é crença, a bandeira tremulou
Sob a força da opressão, uma voz não se calou (oh, mãe)
África, Oriente, centro de estudos sem igual
Cultura faz quem sabe a arte
Espaço infinito, o destino é social
No meu olhar, vai brilhar a jóia rara
A universidade mostra a cara
Hoje o centenário é carnaval

Vem, meu amor, eu vou
Pós-graduar, paixão
(bis)
Sou Cubango, sou Cândido Mendes
Cem anos de educação
2004
Enredo: Cubango é shopping, no mundo do toma lá, dá cá
Compositores: Fábio Gomes, Fernando Gaguinho, Gegê, Aderbal e Délio

Cubango dá um toque de magia
Do troca-troca ao camelô, ô ô
As caravanas, a feira livre, loja de rua
E o comércio se instalou
Há muito tempo antes de Cristo
Hoje se informatizou
Vender é arte e não há quem disfarce
O dom de ser vendedor
Olhe nossa vitrine e se ilumine com o esplendor
Apaixonado eu sou, e neste dia eu vou
Dar um presente pra agradar o meu amor

Já que a data é especial
Aproveite a promoção
(bis)
Vale cheque pré-datado
Crediário ou cartão

Bem-vindo à praça de alimentação
Um chope pode ser uma opção
Teatro e cinema é cultura
A beleza é postura
O shopping é sedução
Tem área de lazer, presente pra você
Esse show não vou perder

É um sonho
Hoje eu fui sorteado
(bis)
A verde-e-branco na avenida
É um shopping iluminado
2005
Enredo: O Fruto da África de todos os Deuses no Brasil de fé: Candomblé
Autores: Flavinho Machado, Rogerão, Gilberth de Castro, Rubinho e Carlinho da Penha

Surgiu, no raiar de um novo dia
Nasceu, no solo fértil da mãe África
A nação guerreira, Yorubá
E hoje a Cubango vem mostrar
Com braços fortes e valentia
Oduduá se fez senhor
E o destemido Oranian rei de Oyó
Criou a suprema dinastia
Bravos na luta
Não se entregavam jamais
Nas suas crenças e seus rituais
Cultuavam as forças naturais

Do pranto à união, um canto em oração
Que o ideal da liberdade (bis)
Não seja ilusão

E nessa "viagem", surge a imagem
De um "mundo" promissor
Em nosso chão a reunião de tradições e louvações
As sementes floresceram na sagrada Bahia
Na casa branca do engenho velho
Em Salvador de todos os orixás
O Candomblé ergue o seu império
A chama que não se desfaz

O toque do tambor, embala minha fé
Salve a nação Nagô
Raiz do Candomblé (bis)
Auê yorubá auê
Agô alafiá axé
2006
Enredo: Na Magia da Escrita, a Viagem do Saber

Autores: Diego Nicolau, Marcelo Camões, Gustavo Soares, Luciano Tinoco e Bruno Derani

Vai, minha imaginação
Voa com o livro ao infinito
Deixa essa máquina do tempo
Decifrar cada momento
Desse sonho tão bonito
Mergulhei
Nessa magia, me tornei aventureiro da ilusão
Me fiz, um viajante das constelações
Achei no brilho das estrelas, o caminho
Para novas civilizações

Viajei, e na ciência encontrei
Fonte de conhecimento
Vi o "mal" explodir (bis)
Surgindo assim o clamor
Que a natureza, preservou

Sou herói em contos de amor
Sonhos trago na palma da mão
A sabedoria é uma arte divinal
Passa geração a geração
Virá, um verso lá do céu
E fará no papel, a obra "imortal"
Renascerá
Um novo mundo repleto de paz
Na liberdade que eu sempre quis
Escrevo um final feliz

Eu vou viajar nas asas de um livro
Pra construir um universo ideal (bis)
Contando história, nessa passarela
Cubango faz seu Carnaval

2007
Enredo: De Fio a Fio na Real, pa-ra-lá, pa-ra-alí - Paracambi
Autore(s): Arthur Bernardes, Sardinha, Junior Duarte, Carlinhos da Penha e Edson Carvalho

Terra dominada pelos índios
Local de caça e pesca
No Rio dos Macacos minha origem nascerá
Na colonização, o jesuíta construindo faz brotar
A nova &ldquoluz&rdquo, para ao futuro me guiar
Fazenda Santa Cruz, o meu pilar
O bravo bandeirante desbrava o meu chão
Em busca de riquezas naturais
A caminho das Minas Gerais
Na força de uma raça, lamento e escravidão
O ciclo do café enriquecendo a região

E nesse vai e vem, de lá pra cá
Lá vem o trem pra estação (bis)
Com o progresso da industrial revolução

O imigrante ao chegar
Se encantou, foi divinal
Foi erguendo seu mundo
Na Companhia Têxtil Brasil Industrial
& ldquoDe fio a fio na real&rdquo
Teci o amor no coração
Qualidade de vida em meu berço
É cultura da população
Em minhas matas &ldquoverdejar&rdquo
Em águas claras me &ldquobanhar&rdquo
Na fábrica de sonhos &ldquodespertar&rdquo

Eu sou Cubango, amor ô ô
Paracambi, meu bosque em flor (bis)
Um canto vai ecoar, o curió faz-se ouvir
Com a verde e branco na Sapucaí

2008
Enredo: Mercedes Batista, de passo a passo, um passo
Compositores: Arthur Bernardes, Sardinha, Diego Nicolau, Junior Duarte e Carlinhos da Penha
Jubà Ìbamolé
Pro sonho dessa noite de magia
Abra as cortinas, oh Municipal
Pra ópera do povo, o samba em sinfonia
Onde houver a fé, o axé dos orixás, vitória
Louvar a natureza, legado ancestral
Negra e verdadeira herança cultural
Viva em nosso carnaval

O violino com batuque do tambor
& ldquoCorta-jaca&rdquo, Mondongô... me leva! (bis)
Ao &ldquopás de deux&rdquo no jongo e entrechat no Congo
Início de uma nova era

O Alvorecer
Dourava a corte em sua realeza
Salve a academia tijucana
Onde a negritude era nobreza
A mãe do balé afro com os pés no chão
Revela seu poder de sedução
Vai acontecer
Florescer cultura popular
Na força dos heróis do novo mundo
A minha academia vai brilhar
O tão sonhado passo avançar

Baila...
Vem fazer parte dessa emoção
Teu manto verde e branco é tradição (bis)
Cubango, luz da minha vida
Mercedes Baptista, divina tu és
Ponho a avenida a teus pés

2009
Enredo: Afoxé
Compositores: Heraldo Faria e João Belém

Abrindo o portão imaginário
Do longínquo solo africano
A Cubango traz para o cenário
Afoxé, tema original
Do reino de Oloxum
Na festa de Domurixá
Em homenagem a Oxum
Deusa da nação Ijexá
Onde a figura principal
Era o boneco Babalotim
Mensageiro da alegria, da força do axé
Um ídolo menino, levado por menino em sua fé
E assim teve origem o afoxé

Afoxé lorin, é lorin (bis)
Afoxé loriô, é loriô

Nesta festa desfilavam com riquezas
Os soberanos orientais
O adivinho joga búzios com presteza
Desvendando o futuro e o que ficou pra trás
Tem as cortes dos Reis Lobossi e Obá Alaké
Xangô em seu camelo sagrado
Esta é a história do afoxé
Que hoje desfila pelas ruas em rituais
Louvando os orixás

Ofi la laê, Olê loá (bis)
Ofi la laê, Olê loá

2010
Enredo: Os Loucos da Praia Chamada Saudade

Autores: Sardinha, Carlinhos da Penha, Junior Duarte, Diego Nicolau, Dílson Marimba e Raphael Prates

O trono enlouqueceu
Essa epopéia decifre ou lhe devora
O palácio se ergueu no toque do marquês
E o monarca nessa zorra deita e rola
Insano que sou, viajei
E vi a beleza maquiar a clausura
Os loucos de pedra fazendo a história
Camisas de força tolindo memórias
E a nova banana, tremenda baderna
Mais doido é o povo ou quem te governa?

Tá lotado de maluco... Fechou!
Assombrado, o artista pintou (bis)
Já é hora da virada nesse surto imaginário!!!
Tô por conta do cenário, sou um louco sonhador

Renasce das cinzas pra vida
Bossa nova, um hino contra a opressão
Em uma nudez incontida
Da dura que dita, sangrando a nação
Clareia minerva assanhada
Ergui a bandeira nas diretas já
Pra ver meu país mais feliz
De cara pintada, eu fui protestar
E o meu Brasil pinel desperta pra folia
Sambando no raiar de um novo dia

É mais que paixão, beirando a loucura
Vesti verde e branco, ninguém me segura (bis)
Cubango encanta e traz liberdade
Aos loucos da praia chamada saudade

2011
Enredo: A Emoção está no Ar!
Autores: Sardinha, Carlinhos da Penha, Junior Duarte, Gustavo Soares, Zé Glória e Bruno Derani

Eu sou...
Na pura essência, expressão
Sou eu, sou eu...
Quem toca o seu coração
Emano traços da vida, mexo com sua razão
Sorriso de criança, poder da criação
E ao explodir... Chorar, sorrir
Nas luzes da ribalta, encantei
É arte que hoje passo em revista
Cenário de escritores e artistas

Vem nessa onda, amor! Que o show vai começar
No rádio, informação e astros a cantar (bis)
Pode aplaudir porque a emoção está no ar

À minha luz
Sétima arte, a grande tela
Aos quatro cantos se revela
O sonho em preto e branco ganha cores
Realidade, fantasia, sedução
Um momento de paixão
E na TV sou a imagem em movimento
Que no olhar reflete cada sentimento
Sou a emoção que nasce da alma, estende a mão
Coragem pra lutar e força pra cantar
O show tem que continuar

É carnaval, me leva que eu vou
Brilhar na avenida, mostrar meu valor (bis)
Com teu verde branco correndo na veia
Cubango incendeia

2012
Enredo: Barão de Mauá - Sonho de um Brasil moderno
Compositores: Belo, Beto Gama, Emerson, Regina Angélica e Totonho
Novos tempos
O Império em transformação
Um nome surgia então
Renovando as esperanças
O sonho da modernidade
Seguiu Irineu em viagem
No rio à cidade, seu grande destino
E descobriu valores
Tornou-se maçom a prosperar
Trabalho e dedicação
Na arte de comerciar

E o progresso chegou
Me diz quem foi condutor, o Barão (bis)
Em Niterói, a indústria semeia
É ponta d'areia movendo esse chão

Assim, segue pelos trilhos a buscar
O país modernizar
Com todo gás as ruas iluminou
Seus efeitos são valorizados
E a nobreza então conquistou
Barão de Mauá homem forte
Do sul ao norte são projetos mil
O banco, a honra e a história
Daquele que não desistiu
Guerreiro além do seu tempo
Cubango segue seu exemplo

Chegou a Cubango, paixão verdadeira
Nação verde e branco, levanta a bandeira (bis)
Da fé no trabalho com dignidade
Um nobre legado para a eternidade

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