segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

ESTÁCIO DE SÁ

ESTÁCIO DE SÁ
FUNDAÇÃO 27/02/55 (Com o nome Unidos de São Carlos até 1983)
CORES Vermelho e Branco
QUADRA E BARRACÃOAv. Salvador de Sá, 206
Cidade Nova
20211-260
Telefone: 2273-9094
Fax: 2590-0078
SÍMBOLOLeão
HISTÓRICO
A Estácio de Sá tem hoje um contingente de aproximadamente 4 mil pessoas e uma excelente bateria, onde sobressaem os tamborins. A Estácio de Sá nasceu da fusão das mais tradicionais escolas de samba existentes no morro de São Carlos: Paraíso das Morenas, Recreio de São Carlos e Cada Ano Sai Melhor. Os componentes da Estácio de Sá são, em sua maioria, da Cidade Nova, Saúde, Morro da Favela, Gamboa, Catumbi, Morro da Providência, Estácio e Morro de São Carlos.
Fundadores: Miro (primeiro presidente), Caldez, Cândido Canário, Sidney Conceição, Zacharias do Estácio, José Botelho, Maurício Gomes da Silva, Walter Herrice, Manuel Bagulho entre outros. Suas cores primitivas eram azul e branco, passando a vermelho e branco a partir de 1965. E a troca de cores deu sorte: a escola levou o título do Grupo 3 com o enredo História do Teatro Municipal.
Antes do campeonato, a Estácio de Sá obteve sua melhor classificação em 1987, quando conquistou o 4° lugar com o enredo Ti-ti-ti do Sapoti. Dando continuidade a um tipo de enredo satírico, descontraído, mas conseqüente, a Estácio apresentou, em 1988, O boi dá bode e em 1989, Um, dois, feijão com arroz. Os três de autoria de Rosa Magalhães.
Desfilando no Grupo Especial, obteve o campeonato em 1992, com o enredo Paulicéia Desvairada - 70 anos de Modernismo, desenvolvido por Mário Monteiro e Chico Spinoza. Em 1997, no entanto, a escola tira o 13º lugar com o enredo Através da fumaça, o mágico cheiro do Carnaval, descendo para o Grupo de Acesso. Desde o descenso, a escola passou a enfrentar muitos problemas, acarretando inclusive um inédito rebaixamento para o Grupo B, o Terceiro Grupo, em 2004.
Mas, a partir daí, a escola mostrou poder de superação e, além do mais, passou a ser melhor dirigida e estruturada. Isso provocou uma ascensão meteórica, protagonizada pelas reedições de enredos clássicos da agremiação. Em 2005, com a reedição de seu tema de 1976, Arte Negra na Legendária Bahia, a Estácio conquistou o título do Grupo B. E, em 2006, a escola, assumida pelo já consagrado carnavalesco Paulo Barros, venceu o Grupo A com a reedição do enredo Quem é Você, de 1984. Depois de dez anos, a Estácio voltou ao Grupo Especial em 2007 e desfilou com o enredo de 1987 O Tititi do Sapoti, sua terceira reedição consecutiva. Porém, tirou último lugar e regressou ao Segundo Grupo, onde permanece até hoje.
Outro fato caracteriza a história da escola: até 1983, seu nome era Unidos de São Carlos. Nesse ano, a agremiação conseguiu a vitória no Grupo 1B com o enredo Orfeu no Carnaval, passando a integrar o time das grandes escolas do Rio.
A Estácio de Sá realiza seus ensaios no mesmo local onde funciona seu barracão. A antiga sede da agremiação ficava na Rua Miguel de Frias, na Cidade Nova, de onde foi despejada pela Prefeitura para a construção do Teleporto.
ESTÁCIO - O BERÇO DO SAMBA
O bairro do Estácio de Sá é indiscutivelmente o berço do samba carioca. Centro da grande "malandragem" do príncipio do século, vizinha da Praça Onze e do Mangue (Zona), foi passagem de todos os grandes sambistas que, na época, surgiram no Rio - da Mangueira à Portela, passando pelos compositores e cantores do rádio que, em pleno desenrolar da "década de ouro do samba", lá iam garimpar a base de seu repertório, sambas maravilhosamente eternos. Francisco Alves e Mário Reis são exemplos.
O início resume-se nas destacadas figuras de Mano Edgar, Bucy Moreira, Alcebíades Barcelos (Bide), e seu irmão Rubens, Armando Marçal, Heitor dos Prazeres, Ismael Silva, Baiaco, Brancura e Juvenal Lopes ("Nonel do Estácio ou "Juju das Candongas"), que mais tarde se mandou para a Mangueira, onde chegou à presidência.
Foi ali que surgiu a "Deixa Falar", considerada a Primeira Escola de Samba. Criada no dia 12 de agosto de 1928, a sede improvisada ficava no porão da casa número 27 da rua do Estácio, onde morava o fundador, Ismael Silva, líder dos sambistas do bairro. Como nas imediações funcionava uma Escola Normal, que formava professores para a rede escolar, Ismael Silva resolveu batizar seu grupo de Escola de Samba, já que formaria professores de samba. A Deixa Falar durou pouco tempo, desfilando na Praça Onze nos carnavais de 1929, 1930 e 1931, e nem chegou a participar do primeiro concurso das Escolas de Samba do Rio, organizado em 1932 pelo Jornal Mundo Sportivo pois preferiu passar para a categoria de rancho carnavalesco. No entanto, foi uma referência para o surgimento das outras Escolas.
"A maioria era 'almofadinha' e não se misturava muito". Quem saía dentro da corda mesmo eram o baliza Gaguinho, a porta-estandarte Caboquinha, o Chico Macaú que encourava barricas de mate ou de vinho para a bateria reforçada do Bloco da Carestia, em cuja casa havia Umbanda, Congo e Caxambu e a gente que vinha dos trabalhadores do cais, operários, artesãos, gráficos e ambulantes aos quais se juntavam malandros, cafetões e boêmios em geral, .
Entre as cabrochas: Tiana do Nabo, Anastácia do Nino, Celeste, Rosália, Odetinha, Agripina, Julieta, senhoras de respeito que faziam o coro de canto ou a fila de baianas. Entre os malandros batuqueiros, Bujú Velho, Gaguinho, Paulo Grande, o Chorro, Dadá Mulato, Alemãozinho, Neca Bonito e o maior malandro de todos os tempos do Estácio, Nino da Anastácia. Tinha ainda os mais esquecidos, os importantíssimos homens da corda como Jorge Burundú (da "Cada Ano Sai Melhor"), João Pimentão (da "Paraíso das Morenas"), e o Milú (da "Recreio de São Carlos"), gente que fazia questão de se expor, brigar, sofrer e carregar aquela estiva toda, ida e volta.
Após a "Deixa Falar" surgiram várias agremiações no bairro do Estácio como "Cada Ano Sai Melhor", "Sem Você Eu Vivo", "Vê Se Pode" que se transformou na "Recreio de São Carlos", "Paraíso do Grotão" e "Boi Azul". Em 27 de fevereiro de 1955 surgiu a "Unidos de São Carlos", criada a partir da fusão das escolas "Cada Ano Sai Melhor", "Paraíso das Morenas" e "Recreio de São Carlos". Em 1983, a "Unidos de São Carlos" passou a se chamar Estácio de Sá.
RESULTADOS DA ESCOLA
1956 - 5ª no Grupo 2
Glória aos Imortais do Samba

1958 - 4ª no Grupo 2
Homenagem a Alberto Santos Dumont

1959 - 11ª no Grupo 2
Marechal Rondon

1960 - 19ª no Grupo 2
Enredo não disponível

1961 - 8ª no Grupo 3
Música, Poesia e Arte

1962 - 5ª no Grupo 3
História da música brasileira
José Coelho

1963 - 9ª no Grupo 3
Quatro Séculos de Glórias da Bahia
José Coelho
1964 - 8ª no Grupo 3
História da Música Brasileira
José Coelho

1965 - 1ª no Grupo 3
História do Teatro Municipal
José Coelho

1966 - 3ª no Grupo 2
História da Escola Nacional de Belas Artes
José Coelho

1967 - 1ª no Grupo 2
Lendas e Costumes do Brasil
José Coelho

1968 - 7ª no Grupo 1
Visita ao Museu Imperial
José Coelho e Francisco Henrique

1969 - 6ª no Grupo 1
Gabriela, Cravo e Canela

1970 - 7ª no Grupo 1
Terra de Caruaru

1971 - 6ª no Grupo 1
Brasil Turístico

1972 - 9ª no Grupo 1
Rio Grande do Sul na Festa do Preto Forro

1973 - 1ª no Grupo 2
Trá, Lá, Lá, um Hino ao Carnaval Brasileiro de Lamartine Babo

1974 - 9ª no Grupo 1
Heroínas dos Romances Brasileiros

1975 - 10ª no Grupo 1
A Festa do Círio de Nazaré

1976 - 10ª no Grupo 1
Arte Negra na Legendária Bahia
Aelson Nova Trindade

1977 - 10ª no Grupo 1
Alô, Alô, Brasil, 40 anos de Rádio Nacional
Geraldo Sobreiro

1978 - 1ª no Grupo 2
Céu de Orestes no chão de estrelas
Comissão de Carnaval

1979 - 8ª no Grupo 1A
Das Trevas ao Sol, uma Odisséia dos Karajás
Roberto Nascimento, Célia Oliveira, Elizabeth Filipecki e Paulo Luís

1980 - 6ª no Grupo 1A
Deixa Falar
Francisco Fabian

1981 - 1ª no Grupo 1B
Quem Diria, da Monarquia à Boemia ao Esplendor da Praça Tiradentes

1982 - 12ª no Grupo 1A
Onde há Rede há Renda
Edílson Ferreira

1983 - 1ª no Grupo 1B
Orfeu do Carnaval
Sílvio Cunha
1984 - 6ª no Grupo 1A
Quem é Você?
Sílvio Cunha

1985 - 10ª no Grupo 1A
Chora Chorões
Fernando Álvarez

1986 - 10ª no Grupo 1A
Prata da Noite - Grande Otelo
Oswaldo Jardim

1987 - 4ª no Grupo 1
O Ti-Ti-Ti do Sapoti
Rosa Magalhães e Lícia Lacerda

1988 - 9ª no Grupo 1
O Boi Dá Bode
Rosa Magalhães

1989 - 9ª no Grupo 1
Um, Dois, Feijão com Arroz
Rosa Magalhães

1990 - 5ª no Grupo Especial
Langsdorff, Delírio na Sapucaí
Mário Monteiro

1991 - 5ª no Grupo Especial
Brasil, Brega e Kitsch
Mário Monteiro

1992 - 1ª no Grupo Especial
Paulicéia Desvairada, 70 anos de Modernismo no Brasil
Mário Monteiro e Chiquinho Spinoza

1993 - 6ª no Grupo Especial
A Dança da Lua
Chiquinho Spinoza

1994 - 13ª no Grupo Especial
Saara... A Estácio chegou no Iê Iê Iê de Alalaô
Alexandre Louzada

1995 - 5ª no Grupo Especial
Uma Vez Flamengo...
Mário Borriello

1996 - 10ª no Grupo Especial
De um Novo Mundo eu sou e uma Nova Cidade Será
Sílvio Cunha

1997 - 13ª no Grupo Especial
Através da Fumaça, O Mágico Cheiro do Carnaval
Max Lopes

1998 - 8ª no Grupo A
Cem Anos de Cultura - Academia Brasileira de Letras
Sílvio Cunha

1999 - 3ª no Grupo A
No passo do Compasso, a Estácio no Sapatinho
Lilian Rabelo

2000 - 8ª no Grupo A
Envergo, Mas Não Quebro
Jorge Cunha e Paulo Trabachini

2001 - 7ª no Grupo A
E aí Tem Patrocínio ? Tenho, José
Jorge Cunha e Paulo Trabachini

2002 - 8ª no Grupo A
Nos Braços do Povo, na Passarela do Samba... Cinqüenta Anos de O Dia
Roberto Szaniecki

2003 - 5ª no Grupo A
Um Banho da Natureza. Cachoeiras de Macacu
Roberto Szaniecki

2004 - 9ª no Grupo A
A Estácio é Dez, o Brasil é Mil e a Fome é Zero
Sílvio Cunha
2005 - 1ª no Grupo B
Arte Negra na Legendária Bahia
Sílvio Cunha
2006 - 1ª no Grupo A
Quem é Você?
Paulo Barros
2007 - 13ª no Grupo Especial
O Tititi do Sapoti
Paulo Menezes
2008 - 7ª no Grupo A
A História do Futuro
Cid Carvalho
2009 - 5ª no Grupo A
Que Chita Bacana
Cid Carvalho
.
2010 - 3ª no Grupo A
Deixa falar. A Estácio é isso ai! Eu visto esse manto e vou por ai...
Chico Spinoza e Gebran Smera
.
2011 - 3ª no Grupo A
Rosas
Marcus Ferreira
.
2012 - 7ª no Grupo A
Luma de Oliveira: coração de um país em festa!
Marcus Ferreira
1968
Enredo: Visita ao Museu Imperial
Compositores: Wanderlei e Jorge Canário
Lá vem a mais bela recordação
Promovida à inspiração
Ao ver uma obra monumental
E neste samba, meu mensageiro feliz
Lembra a visita que fiz
Ao museu imperial
E no conviver de tanta beleza
No requinte, a riqueza
Do majestoso cenário
Encerra passagem da nossa história
Todo o passado de glória (bis)
Deste exuberante relicário
Então ergue sua voz o trovador
Pra exaltar com muito amor
O rico manancial
Revive na singela melodia
O fardo da monarquia
Da mania imperial
Relembro as jóias maravilhosas
Carruagens majestosas
O manto e a coroa do imperador
O leque sem semblante de pilar
Sapatilhas de cristais
Figuras e esculturas de real valor
Assim enfeitiçando a imensidão
Implorando na canção
Vai o feliz trovador
Lalalalarará...
1969
Enredo: Gabriela, cravo e canela
Autor(es): Sidney da Conceição, Velha e Geninho
Foi na Bahia
Na cidade de Ilhéus
Que surgiu um grupo de sertanejos
Fugindo da seca do sertão
Junto estava Gabriela
Maltrapilha com uma trouxa na mão
E a poeira escondendo
Todo o seu encanto e sedução
Nacib ao contratá-la não esperava
Que ela fosse tão bela
E a retirante sertaneja
Tivesse as mãos tão divinas e habilidosas
Nos saborosos quitutes da Bahia
Nacib exclamou com tanta beleza que via
Tão bela, ô tão bela (bis)
O cheiro de cravo e a cor de canela
Ele se apaixonou
E com ela se casou
Gabriela, moça pobre do sertão
Gostava de cantiga de roda
E de dançar com os pé no chão
Festejava o ano novo
No salão mais rico de Ilhéus
Quando passou a "Pastorinha"
Festejando reisado a cantar
Gabriela abandonou luxo e riqueza
Saiu correndo, pegou o estandarte e foi pular
Toda aquela gente importante
Foi para a rua com ela festejar
Mais uma vez a mulata
Demonstrando seu valor
Uniu pobres e ricos
Com a força do amor
Toda a cidade de Ilhéus
Comentava o idílio de Gabriela
Mas Nacib compreendeu
Que ela era uma flor
Nasceu para enfeitar a vida
De prazeres e de amor
1970
Enredo: Terra de Caruaru
Compositores: Sidney da Conceição e Geninho
Em Pernambuco, na terra de Caruaru
Berço de tantas tradições
Do frevo e maracatu
Os violeiros, cancioneiros
Zabumbas, tantãs e pandeiros
Uma canção e sanfoneiros
Pregoeiros na feira
Viajantes caixeiros
Negros trabalhavam
Na colheita do algodão
Filhos de pioneiros estudavam
Para o progresso da nação
Na casa grande da fazenda
Igreja da Conceição
O requinte deste tema
O passado de glória
Na cidade moderna de Caruaru
Enriquecem nosso poema
A festa junina, o ciclo do natal
E o maracatu no carnaval
Oi, maracatu, maracatu cantarei (bis)
Oi, maracatu, maracatu gingarei
1971
Enredo: Brasil Turístico
Compositores: Darci do Nascimento, Olivieli Oliveira e Nilo Mendes
Brilha sob este céu azul
O que me faz sentir
Orgulho e sedução
Exaltando os bravos bandeirantes
Seus lindos campos floridos
Suas flores verdejantes
As cataratas do Iguaçu
Gruta de Maquiné
Terra do Batuquejê de Aruanda
E do famoso candomblé
Do frevo e maracatu
Salve Iracema
Oh, lugar (bis)
Beleza suprema, poema
Boi bumba oi
Turismo tem
Em todos os recantos
Tem no norte, tem no leste
Tem no centro, oeste, sul
Quem parte leva saudade de alguém
Do clima tropical
Quem fica pela cidade
Desse país majestade
Vai ficar lembrando o carnaval
Vaquejada, o mestre Aleijadinho
São riquezas que enobrecem
Novos caminhos
Pelos lindos cantos e recantos
É que eu canto:
Venham ver o meu Brasil Tri-Campeão
La la la ia la
La ia la ia la ia la...

1972
Enredo: Rio Grande do Sul, na festa do preto forro
Compositores: Nilo Mendes e Dario Marciano
O negro na senzala cruciante
Olhando o céu pedia a todo instante
Em seu canto e lamentos de saudade (bis)
Apenas uma coisa, liberdade
Na região denominada Preto Forro
Lá na Serra do Mateus
Na Boca do Mato
Todo negro dono de sua liberdade
Na maior felicidade
Se dirigia para lá
Reunidos davam inicio à festança
Com pandeiros, tamborins, xexeréis e ganzás
Oeô, oea
Saravá meu povo (bis)
E salve todos os Orixás
Sob o clarão da lua
E o fosco do lampião
A capoeira era jogada
Sempre ao som de um refrão
"Você me chamou de moleque (bis)
Moleque é tu"
Rio Grande do Sul
Seu folclore sua gente
Também participaram
Desta festa diferente
Oeô, oea
Saravá meu povo (bis)
E salve todos os Orixás
1973
Enredo: Trá, la, la, la, um hino ao carnaval brasileiro de Lamartine Babo
Compositores: Oliviel e Darcy do Nascimento
Os clarins anunciando a festa
Em louvor de um gênio imortal
Desde os treze anos já mostrava
Que seria um mito nacional
Ele prosperou e se consagrou no carnaval
Cibele, Viva o Amor e Lola
São obras desse mestre criador (bis)
Tempo bom que não volta mais
Só deixou lembranças desses carnavais
Quem não se lembra da marcha Linda Morena
Ride Palhaço quando os cordões entravam em cena
Luzes coloridas, chuvas de confete e serpentina
A nossa bela escola vai passar
Com arlequins, pierrots, colombinas
Entrei na ginga, moringa pinga prá cá
Quem não tem ginga, moringa pinga prá lá (bis)
Entrei na hora e agora, vou me acabar
Lamartinando no hino Trá, Lá, Lá, Lá
1974
Enredo: Heroínas do Romance Brasileiro
Compositores: Djalma das Mercês e Maneca
Na festa que Rei Momo anuncia
Com suprema alegria, carnaval
São Carlos nas asas da poesia
Cantará com galhardia
Um enredo original
Com arte, grandes mestres escritores
Perpetuaram amores imortais

Fixando na posteridade (bis)
Damas da sociedade nacional
Na suntuosidade dos salões
Ou nos agrestes, sertões e saraus
Um clima de romance se fazia
Quando uma delas surgia
Com seu porte escultural
E com seus requintes e maneiras
Projetando a mulher brasileira
No cenário mundial
Músicos, poetas e pintores
Inspirados em seus amores
As fizeram imortais
São conhecidas pelo mundo inteiro
As heroínas do romance brasileiro
Ô ô ô vamos cantar
Com as heroínas neste tema singular
Ô ô ô vamos sambar
Com as heroínas que viemos exaltar

1975
Enredo: Festa do Círio de Nazaré
Compositores: Aderbal Moreira, Dario Marciano e Nilo Esmera Mendes
No mês de outubro
Em Belém do Pará
São dias de alegria e muita fé
Começa com intensa romaria matinal (bis)
O Círio de Nazaré
Que maravilha a procissão
E como é linda a Santa em sua berlinda
E o romeiro a implorar
Pedindo a Dona em oração
Para lhe ajudar
Oh! Virgem Santa
Olhai por nós
Olhai por nós (bis)
Oh! Virgem Santa
Pois precisamos de paz
Em torno da Matriz
As barraquinhas com seus pregoeiros
Moças e senhoras do lugar
Três vestidos fazem pra se apresentar
Tem o circo dos horrores
Berro-Boi, Roda Gigante
As crianças se divertem
Em seu mundo fascinante
E o vendeiro de iguarias a pronunciar
Comidas típicas do Estado do Pará
Tem pato no tucupi
Muçuã e tacacá (bis)
Maniçoba e tucumã
Açaí e aluá
1976
Enredo: Arte negra na legendária Bahia
Compositores: Caruso, Caramba e Dominguinhos do Estácio
Abram alas meus tumbeiros
Aos sete portais da Bahia
É a arte negra que desfila
Com seus encantos e magia
Da sua terra, trouxeram a saudade
A capoeira, o berimbau
Os enfeites coloridos
O pilão, colher de pau
Iorubá, Bantos, Gegês
No terreiro dançavam (bis)
Samba e batuquegê
Falavam a língua nagô
Rezavam forte com fé
Talhando arte deixaram
Imagens do candomblé
Pro mau olhado, figa de guiné (bis)
Ricas mucamas de branco
Com flores num só canto
Vão a igreja do Bonfim ofertar
Água no pote ao Pai Oxalá
Saravá, Atotô Obaluaiê (bis)
Yemanjá, Ogum, Oxumarê
1977
Enredo: Alô! Alô! Brasil, quarenta anos de Rádio Nacional
Compositores: Dominguinhos do Estácio
A Rádio Nacional
Está presente neste carnaval
E vem contar a sua história
Quatro décadas de glória
Descrita de maneira genial
Divino é recordar
Seu auditório cheio de alegria
Animado por Cezar de Alencar (bis)
Outrora campeão da simpatia
Locutores e cantores
Que lhe deram aquela dimensão
Sobrevive ainda Jorge Cúri
Dos tempos de Cordeiro e de Frasão
Fazem parte da sua aquarela
Roberto e Floriano Faissal
Cauê Filho, Henriqueta Brieba
Ísis de Oliveira e Elza Gomes
Filho de Maria homem nasceu
Serro bravo foi seu berço natal (bis)
O Detetive Anjo e o Metralha
São partes da parte policial
O Primo Pobre procurava o Primo Rico
Sempre que se via em aflição
O Peladinho dava o pulo da vitória
Depois de cada jogo do Mengão
Balança, balança, balança, mas não cai (bis)
1978
Enredo: Céu de Orestes no chão de estrelas
Compositores: Augusto Nunes, Oswaldo Guedes e Darci Branco
É a vez de um poeta
E os seus versos despertam
Uma grande atenção
E as noites eram suas
As estrelas e a lua
Eram temas pra canção
Jornalista de conceito
Escrevia a respeito
Do Rio onde nasceu
Além de ser patriota
Era um bom carioca (bis)
Seu nome o Rio jamais esqueceu
Ele disse que o samba não é branco
Não é preto, é brasileiro (bis)
Ele é verde e amarelo
É marcado com pandeiro
O poeta seresteiro
Que São Carlos vem mostrar
Era grande cancioneiro
Quando o samba de terreiro
Era no Estácio de Sá
Saudades da luz de lampião
Da flauta, cavaquinho e violão (bis)
Do poema e da prosa
Jamais vamos esquecer Orestes Barbosa
1979
Enredo: Das trevas a luz do Sol, Uma odisséia Karajá
Compositores: Elinto Pires e Leleco
Olê, olê
Olê lá (bis)
Se avida tem segredo
Urubu-Rei podew contar
Conta a lenda
Que os Karajás
Vieram do furo das pedras
Tal e qual os Javaés
E os Xambioás
No seu mundo encantado
Só na velhice que a morte acontecia
E a siriema despertou ô ô
A curiosidade que havia
Kaboi o Avoengo reuniu
Guerreiros para explorar a terra
E ficou desiludido
Resolveu contar tudo a seu povo
Que dividido partiu para um mundo novo
Kanaxivue
Bravo guerreiro casou com Mareicó
E foi procurar a luz
Para tornar o seu mundo bem melhor
Morreu numa imensa odisséia
Quando Urubu-Rei apareceu
Lhe deu a vida, o Sol, as estrelas
E o luar
E assim surgiu a lenda dos Karajás

1980
Enredo: Deixa Falar
Compositores: Elinto Pires e Sidney da Conceição
Vai levantar poeira
Oi deixa o couro comer (Lêo Lelê)
O Estácio virou tema
Seu passado é um poema
Agora é que eu quero ver
É o samba, iaiá
É o samba, ioiô
Mostrando pro mundo inteiro (bis)
O seu berço verdadeiro
Onde nasceu e se criou
É samba de roda
Batucada e candomblé (bis)
Tem capoeira e gafieira dando olé
Foi Ismael
O criador da primeira escola
Ao som do surdo e da viola
Fez o nosso povo cantar
Poesia e fantasia
Num carrossel de ilusão
Viemos mostrar agora
O velho Estácio de outrora -
Revivendo a tradição
Deixa Falar, ô ô
Deixa Falar (bis)
Relembrando aquele tempo
Que não pode mais voltar
1981
Enredo: Quem diria, da monarquia à Boemia, ao esplendor da Praça Tiradentes
Compositores: Caruso e Oliviel
Nesta avenida iluminada
Vem o artista louvar
O esplendor da velha praça
Relíquia da cultura popular
Destacando nosso imperador
A liberdade, a monarquia
Saudando o namorador
Sua corte e a boemia

Quem diria, quem diria (bis)
Que o passado ao presente viria

(Na Praça...)
Na Praça Tiradentes
Quando a noite chegava
Havia uma explosão de cores
Ao som da gafieira, boêmios pelas calçadas
Iam conquistando seus amores
E os artistas nos teatros engalanados
Desempenhavam seus papéis (seus papéis)
Jornais e as revistas publicavam as notícias
Que tiravam os chapéus
Tornei-me um ébrio na bebida para esquecer
Pois não sabia que o passado eu ia reviver
E até hoje continua animado
O baile dos enxutos que não pára de crescer
Vira mexe, mexe vira
Vestido de homem e de mulher (bis)
Vem o bonde vinte e quatro
Todos sabem que ele é
1982
Enredo: Onde há rede há renda
Compositores: Caruso e Djalma Branco
Me preparei
Para o desfile principal
Já mandei fazer a fantasia
De renda bordada
Lá da ilha da Madeira
Já estou pronto
Para entrar na brincadeira

Ô ô ô ô ô ô
No rendar, rendou (bis)
A lenda diz que a moça índia foi primeira
Tecelã e que a renda é brasileira

Vem de Portugal, eu sei
Quem joga a rede
Pega o peixe e faz a renda
Sá Maria, artesã e bordadeira imperial
Fazia renda no tear do casarão colonial
E a rendeira do sertão
Virou poema, cantiga de Lampião
Tudo isto vem mostrar
Que há rede e renda
Tanto aqui quanto além-mar

Vou deitar na rede
Vou sonhar os sonhos dela (bis)
E trazer muié rendeira
Pra rendá na passarela
1983
Enredo: Orfeu do Carnaval
Compositores: Caruso e Djalma Branco
No verso apaixonado de Orfeu
Reina uma mulher somente sua
Por este amor maior que o envolveu
Enlouqueceu e vagou pela rua
No amor ferido de Aristeu
E o feitiço de Mira
A amante abandonada
A dama negra a ele apareceu
Levando para sempre a sua amada
O morro emudeceu
Explode a dor no peito de Orfeu
E o poeta apaixonado
Canta ao céu desesperado
O grande amor que perdeu
(Oh lua)
Lua, oh lua
Musa amada, branca e nua (bis)
Quero lhe beijar e lhe dizer, sou seu
E você dizer sou toda sua
Desceu do morro
Enfeitou sua tristeza
Fez seu reino de beleza
Das mágoas do seu coração
E este menestrel moderno
Procura até no inferno
A voz de sua razão
(e vai)
Vai aos orixás do Candomblé (bis)
Demonstrando sua fé
Cai na orgia
Porém nada mas fascina
Ao Pierrô sem Colombina
Na sua alucinação
Morreu Orfeu
Vencido pelo mal (bis)
Mas há sempre
Um Orfeu no carnaval
1984
Enredo: Quem é você (Vem de lá)
Compositores: Darcy do Nascimento, Jangada e Dominguinhos do Estácio
Chegou a hora
A hora da cobra fumar
É o velho Estácio na avenida
Que feliz da vida
Vem se apresentar
Que idéia feliz
Teve o artista
Num repente genial
Quem é você (bis)
Que brilha neste Carnaval
Posso ser colombina
Ou talvez pierrô
Quem sabe arlequim
Ou um grande amor
Vem de lá, vem de lá, vem de lá
Ô ô ô (bis)
Vem de lá, vem de lá, vem de lá
Um abraço forte dado com amor
Neste enredo esfuziante
Importante como quê
Maravilhas que se mostram
Coisas tão bonitas de se ver
Roda gira, gira roda
Gira o meu coração
Gira a arte e a folia
O show, a cenografia
Gira ilusão
Vou cair na gandaia
Vou me acabar (bis)
Nos braços da lira
Eu quero é rosetá
1985
Enredo: Chora, Chorões
Compositores: Djalma Branco, Caruso, Jangada e Djalma das Mercês
Embalados neste som dolente
Vamos nessa minha gente
Unir os corações
Anda, meu amor, a hora é esta
Os chorões estão em festa
Gemem primas e bordões nos salões
Soluça bem alto um cavaquinho
Chorando acordes, um pinho
Diz que é tempo de sonhar e recordar
E lá vou eu
Meu bem, também (bis)
Choramingar
E nesta festa
Sou chorão e vou chorar
Sou carinhoso desde bem pequenininho
Tico-tico sai do ninho
Pra comer o meu fubá
(E em noite alta...)
Em noite alta
Murmura a flauta
Apanhei-te cavaquinho
André de sapato novo
Pede ao povo
Pra chorar também brasileirinho
Urubu malandro
É dengoso e quer dançar (bis)
Agarradinho
Nas cadeiras de iaiá
1986
Enredo: Prata da Noite
Compositores: Darcy do Nascimento e Dominguinhos do Estácio
Deixa o samba correr, chuê, chuê
Deixa a água rolar, chuá, chuá, oi (bis)
Que hoje tem chuva de prata
A fina flor, a nata e a raiz
Fez do palco uma bandeira
E da carreira uma religião
Guarda banca no cinema
No rádio e na televisão
Seu nome criou fama
Seu talento corre chão
Construindo seu castelo (bis)
Vem surgindo Grande Otelo
O rei da ilusão
No tabuleiro da baiana tem
Amor e fantasia
No tabuleiro da baiana também tem
Quindins de alegria
Fez Chacrinha na Lapa
Briga de tapa nunca rejeitou
Teve atrito com Satã
E Madame Satã acreditou
Morou no berço do samba
Foi bamba compositor
Onde deu volta por cima (bis)
Fez rima de amor e dor
1987
Enredo: O Tititi do Sapoti
Compositores: Darcy do Nascimento, Djalma Branco e Dominguinhos do Estácio
Que tititi é esse
Que vem da Sapucaí (bis)
Tá que tá danado
Tá cheirando a sapoti
Baila no céu a esperança
O cheiro doce e perfume
Vêm no ar
Olê, olê, olê
Vem de terra mexicana
Mandei buscar prá você
Sacode prá colher
Do pé que eu quero ver (bis)
Até o dia amanhecer
Dom João achou bom
Depois que o sapoti saboreou
Deu pra Dona Leopoldina
A Corte se empapuçou
E mandou rapidamente
Espalhar no continente
Até o Oriente conheceu
E hoje no quintal da vida sou criança
Me dá que o sapoti é meu
Isso virou tutti-fruti
Tutti-multinacional
Virou goma de mascar (bis)
Roda prá lá e prá cá
Na boca do pessoal
1988
Enredo: O boi dá bode
Compositores: Djalma Branco e Caruso
A onda que me levou
Me embalou
De lá pra cá numa legal
E o vento que soprou
Me avisou que tinha boi no Carnaval
Procurei
E achei o boi "Ápis", o boi dourado
A minha fantasia
E também o "Minotauro"
O boi grego da mitologia
Lá no Norte dancei
O "boi bumbá" (bis)
Bumba-meu-boi
Lá pras bandas do Ceará
Em Pernambuco
Ouvi contar que "Maurício de Nassau"
Por uma ponte fez o boi voar
Foi 171 que enganou o pessoal
No compasso
Oi, joguei o laço pra pegar o boi (que fracasso...)
Que fracasso
Não sei pra onde o mandingueiro foi
Se matar esse boi
O mocotó é meu (bis)
Pra pagar a corrida
Que esse boi me deu
Tem boi no pasto e de presépio
Boicote em qualquer lugar
E o boi da cara preta
Que fez careta pra me assustar
O boi de corte virou vaca
A carne é fraca, é isso aí (bis)
O boi dá bode na Sapucaí
1989
Enredo: Um, dois, feijão com arroz
Compositores: Djalma das Mercês, Déo, Gustavo, Bajão, Marinho e Pereira
Parece que o arroz, ô ô ô ô
Veio da China pra cá
Até seu imperador, botou banca na corte
Era o primeiro a plantar
Nessa história
Árabe não leva fé (bis)
O arroz nasceu
De uma gota de suor de Maomé
Saboreia o estrangeiro
Esse arroz que vai e vem (e vem, e vem)
E o povo brasileiro
Quando pode come também
Dívida externa, prato antigo
Nilo Peçanha já teve que comer, oi
Foi na Maria Fumaça que "vendeu" capim
Com arroz pra inglês ver
Vem, meu amor
Linda noivinha, vem comigo pro altar
Eu quero um bom banho de arroz
Para nos fertilizar
Axé, Axé, pai Oxalá
Na sua ceia (bis)
Tem arroz de Haussá
E no Sul
O gira, gira, gira mundo do feijão (vejam só)
Vejam só, comemos arroz doce
E o feijão é docinho no Japão
Ê mulata
Ê Brasil trigueiro (laiá, laiá...)
Põe o preto no branco (bis)
É feijão com arroz
Viva o povo brasileiro
O feijão e o arroz
Num tempero especial
É a Estácio
Sacudindo o Carnaval
1990
Enredo: Langsdorff, Delírio na Sapucaí
Compositores: Jorge Magalhães, Adalto Magalha, Adilson Gavião e Maneco
Num desfile fascinante
A Estácio vem mostrar e contar
A viagem deslumbrante
Que Langsdorff fez a mando do Tzar
(Foi em Minas Gerais)
Minas Gerais
Onde a odisséia começou
Flora, fauna, minerais
Catalogando tudo aquilo que encontrou
Empalhando os animais
E revelando seus achados a Moscou
(Com muito amor)
Em Cuiabá, margeando um igarapé
Viu a tribo Apiacá
Povoação ribeirinha ao Guaporé
Alucinado com a febre do sertão
Viu a Rússia na Amazônia (bis)
Num delírio de ilusão
(Fascinação...)
Fascinação
O palácio do Tzar estava ali
Por incrível que pareça
Viu a mula-sem-cabeça
Galopando com Saci
E os colibris
Num bailar tão sutil
Borboletas revoando entre as flores
Matizando em muitas cores
A aquarela do Brasil
Que maravilha
Coisa igual não vi (bis)
A Estácio é delírio
Na Sapucaí
1991
Enredo: Brasil Brega e Kitsch
Compositores: Maneco, Orlando e Jangada
Veja, tanta beleza e poesia
Traz o o circo Brasil, Brasil, Brasil
A Estácio em melodia
Ironiza o dia-a-dia
"Hello my baby", sente o toque
O dólar é nosso dinheiro
O meu samba dança rock
Tudo falso-verdadeiro
Gira baiana, girou
Carmem Miranda virou
Americana, rumbeira (bis)
Olha o que o malandro fez
Voltou falando inglês
O "Brazil" marcou bobeira
(Televisão)
Televisão, deusa da fascinação
Balcão de fantasia
De produto sempre nobre
Cega rico, cega pobre
É consumo, hipocrisia
Quanta saudade
De nossos valores culturais
Pixinguinha e Noel
O fundador Ismael
E outros imortais
Oh. meu Brasil
É kitsch, é brega (bis)
Se pagar o bicho come
Se dever o bicho pega
1992
Enredo: Paulicéia Desvairada - 70 anos de modernismo
Compositores: Djalma Branco, Déo, Maneco, Caruso
Eu vi (ai meu Deus eu vi)
O arco-íris clarear
O céu da minha fantasia
No brilho da Estácio a desfilar
A brisa espalha no ar
Um buquê de poesia
Na Paulicéia desvairada lá vou eu
Fazer poemas, e cantar minha emoção
Quero a arte pro meu povo
Ser feliz de novo
E flutuar nas asas da ilusão
Me dê, me dá, me dá, me dê (bis)
Onde você for eu vou com você
Lá vem o trem do caipira
Prum dia novo encontrar
Pela terra, corta o mar
Na passarela a girar
Músicos, atores, escultores
Pintores, poetas e compositores
Expoentes de um grande país
Mostraram ao mundo o perfil do brasileiro
Malandro, bonito, sagaz e maneiro
Que canta e dança, pinta e borda e é feliz
E assim transformaram os conceitos sociais
E resgataram pra nossa cultura
A beleza do folclore
E a riqueza do barroco nacional
Modernismo movimento cultural
No país da Tropicália (bis)
Tudo acaba em carnaval
1993
Enredo: A Dança da Lua
Compositores: Wilsinho Paz e Luciano Primo
Clareou, clareou, clareou (clareou)
A dança já vai começar (obá, obá)
Clareou, clareou, clareou
A Estácio tem a Lua como par (bis)
Ouvi contar, os índios Carajás
Que nada existia, até Kananciuê criar
Na frágil luz da "Lua Nova"
Faz a Terra e a flora, a fauna, o rio e o mar
O verdadeiro paraíso, Jardim do Éden
Ou quem sabe Shangrilah
E assim a lua dançou e se faz crescente
E revelou (e revelou) o reino das pedras verdes
Os Guaquaris e os Sacis, Cancão e a Mãe da Mata
Que protegiam as amazonas
Bravas guerreiras da nação Icamiabas
Bota fogo na fogueira, pra clarear
Caipora flamejante, não quer parar (bis)
Se vaga-lume mau ilumina, manda soltar
Aprisiona o urubu-rei, pra "Lua Cheia" libertar
Dragão lunar me conceda, o prazer de contemplar
Estas deusas que estão sob sua proteção
Que a "Lua Minguante" não tarda a chegar
Quando vier, reduzirá a claridade
Trará consigo a maldade, o zodíaco dançará
As bruxas negras casarão com Satanás
Muita orgia e algo mais, um verdadeiro sabá
A deusa Lua partiu
A "Lua Negra" chegou
Na busca do amor
O preto e branco é colorido
Tudo é mais lindo no nosso interior

1994
Enredo: S.A.A.R.A. ... A Estácio chegou no lê lê lê de alalaô
Compositores: Fininho, Pereira, Edmilson e Marinho
Tem balangandã
E jóia rara (bis)
Nesse canaã
Que é o Saara
Paraíso que um dia encontrei
No coração desta cidade
Vim, venci, fiquei
São cem anos de idade
Hoje a Estácio de Sá
Tem história pra contar
Bem pra lá de Bagdá
É leilão, é leiloeiro
É pregão, é pregoeiro
A promoção vai começar
Carrega, vamos moço
Quem paga um leva três (bis)
Eu perco tudo
Mas não preço o freguês
Babel
Do comércio de sonhos
Um pedaço do céu
Pedi a São Jorge guerreiro
Pra nos ajudar
Achei nesse canto
Um recanto, para descansar
Sonhei, acordei
Na minha visão (bis)
Na cabeça dá leão
1995
Enredo: Uma vez Flamengo...
Compositores: David Correa, Adilson Torres, Déo e Caruso
O céu rasgou
Na noite que reluzia
Um show de estrelas
Brilhou nos olhos
De um novo dia
A poesia
Enfeitada de luar
Encantou o Estácio (a paixão)
Paixão que arde sem parar
É tengo tengo
No meu quengo é só Flamengo (bis)
Uh, tererê
Sou Flamengo até morrer
Seis jovens remadores
Fundam o grupo de regatas
Campeão o seu destino (ô)
É ganhar em terra e mar
Fazendo sol
Pode queimar, pode chover
Vou ver Fla-Flu
Fla-Vas vou ver
Diamante Negro, Fio Maravilha
Domingos da Guia, Zizinho, Pavão
Gazela negra
Corre o tempo no olhar
Será que você lembra
Como eu lembro o mundial
Que o Zico foi buscar
Só amor
Na alegria e na dor (ô ô)
Parabéns dessa galera
Cem anos de primavera
Cobra coral
Papagaio vintém (bis)
Vesti rubro-negro
Não tem pra ninguém
1996
Enredo: De um novo mundo eu sou e uma nova cidade será
Compositores: Adilson Gavião, Déo, Orlando Landão e Caruso
Em águas claras naveguei
Aqui cheguei
Vim em busca de riqueza, que beleza
Me encantei
Bravo Estácio foi à luta
Um herói nesta disputa
Tudo que ele fez valeu
Assim o Rio passa a ser a capital
Da relação entre Brasil e Portugal
Balança, balança quero ver pesar (bis)
Os portos se abrem, vamos exportar
Ciclo do pau-brasil, ouro e café
Na industrialização entrei com fé
Sou capital, eu sou, das artes no país
Minha beleza natural deixa você feliz
É o artista pintando a sua emoção
Entrando em cena o seu coração
Do peito brotando uma linda canção
Enfim, uma nova cidade no Estácio fluiu
É o mundo mais perto do nosso Brasil
A notícia, o fato, a informação
Então a evolução vai pedindo passagem
O samba fazendo a sua homenagem
À telecomunicação
O teleporto está no ar
É nessa que eu vou me ligar (bis)
Na era da modernidade
Uma nova cidade será
1997
Enredo: Através da fumaça, o mágico cheiro do carnaval
Compositores: Basílio, Zé Luiz, Gabrielzinho do Pandeiro e Baby
Canta, meu povo
Mê dê o seu calor
Sou fumaça perfumando a passarela (bis)
Sou a Estácio, na magia do amor
Minha vida é história
Noé no Ararat me usou
Em agradecimento
Ao criador
Na minha epopéia de glória
Andei na Babilônia, do Deus Baal
Em Jerusalém, a Rainha de Sabá
Jogava seu perfume
Pra seu amor conquistar
No Olimpo, minha fragrância aconteceu
Em Roma, ganhei meu apogeu
Na Judéia, Salomão caiu nas malhas da sedução
Dos Reis Magos, meu poder, meu coração
Das cruzadas, passei à Europa medieval
De rei, rainha e Imperatriz
Sou oriundo do vegetal
E também do animal
Nos índios e negros
Simbolizei a fé de um país
Com a lança-perfume embriaguei
Arlequim, Colombina e o Pierrô
No carnaval sou o sonho de esplendor (bis)
Sou a rosa a exalar o perfume da flor
1998
Enredo: Academia Brasileira de Letras, Cem anos de Cultura
Compositores: Elcy, Marcelinho, Roberto e Eduardo Martins
Vamos exaltar com euforia
O centenário da academia
Guardiã da Língua Portuguesa
Tem a sua existência
Na influência francesa
Glória da cultura brasileira
Foi Machado de Assis
Seu presidente imortal
Consagrado na história do Brasil
Romancista universal
Deixe a sua magia me contagiar
Moreninha, romantismo (bis)Que me faz sonhar
Ah, que sedução
A literatura consagrou
Dona Flor um grande amor
No cinema encantou
E a linda Gabriela na televisão
Morte e vida Severina no teatro
Que fascinação
E num céu de poesias
De escritores geniais
Brilha a mulher, estrela guia
Na constelação dos imortais
No gingado da mulata vou sambar
Academia no samba vai passar (bis)
E na Estácio e vou me acabar
A bateria me faz delirar
1999
Enredo: No Passo do Compasso... A Estácio no Sapatinho!
Compositores: Roberto Eloy, Wagner Cristal e Cacá
Vou delirar
Curtindo a minha Estácio de Sá
No compasso desse passo eu vou que vou
Dançar no sapatinho meu amor
Surge um ser iluminado
Abrindo o meu caminho que alegria
Vem fazer feliz
Meu povo quer cantar, sambar
(Olha a Estácio de Sá)
Brilhar, dizer no pé
Com o pisante que vier
Nem que suba nas tamancas
Vou brincar o carnaval (bis)
Sem salto alto, no maior astral
Veio evoluindo passo a passo
De couro, sola e cadarço
Até a era industrial
Tem a plataforma, o botinão
Coturno e cromo alemão
E o sapatinho de cristal
Se apertar então eu calço um chinelo
Ou aquele tênis velho
E dou um bico na tristeza
Que beleza, vamos nessa meu Leão
Sapatilha, sapatão
Pisa forte nesse chão
A mão no couro faz bum
Estácio ziriguidumMeu samba é "Franca" paixão que dá no pé (bis)Vem ver o céu clarearPra ser feliz e sonharVem brincar
2000
Enredo: Envergo, mas não quebro
Compositores: Gílio, Ricardo, Russo, Carlinhos Tizil, J. Araújo e Dominguinhos do Estácio
Lá vou eu
Com a Estácio de Sá na avenida
De vermelho-e-branco colorir seu carnaval
Balançar a Sapucaí
Sou a planta mais formosa
Que a natureza cultivou, com amor
Diferente, tão bela
E a mão do homem modelou
Sou a lança do índio pra caçar
A pipa está no alto, vem brincar (bis)
No arraial pra alegrar eu vou
Vou enfeitar
E no Japão
Na cerimônia do chá estou
Trazendo paz ao seu interior
Equilíbrio e harmonia
No Taj-Mahal o templo do amor
Irmão do homem eu sou
Na alegria ou na tristeza
Oyá, oyá ôôô me fiz palco de suas oferendas
Oh, quanto esplendor
Na decoração dei um toque sutil
Na culinária o sabor seduziu
O meu som vai ecoar, ecoar
Eu balancei mas não caí
Envergo, mas não quebro, que legal (bis)
Virei enredo, minha vida é história
E poesia neste carnaval
2001
Enredo: E aí, têm patrocínio? Temos: "José"
Compositores: Edyr Carvalho, Zé Pezão e Zé Carlos
Vem comigo conhecer
A história de um homem que nasceu pra vencer
Sofreu com preconceito racial
Muito jovem, viu na corte imperial
Os escravos que sofriam
Mas foi em frente e conquistou
Amizades verdadeiras
Na Gazeta de Notícias
O romancista se inspirou
Na abolição abraçou um ideal e deixou
Uma lição (bis)
Mas o milagre surgiu quando a princesa assinou
O final da escravidão
Aclamou nossa república
Foi no Amazonas exilado
Viu o futuro dos transportes
E Patrocínio ficou deslumbrado
Com uma coisa impossível
Era o sonho do balão (balão)
Depois do canto do cisne
Veio a dor de uma partida
Essa figura imortal
Sempre estará em nossas vidas
E aí, tem Patrocínio, temos José
Estácio, quanta sedução
Esse grande brasileiro (bis)
Que mostrou ao mundo inteiro
O sonho da libertação
2002
Enredo: Nos braços do Povo , na passarela do Samba ...... 50 anos de O Dia
Compositores: Edyr Carvalho, Zé Pezão, Zé Carlos e Fabinho Paz
Sou Estácio, meu samba é raiz
Vou nos braços do povo feliz (bis)Sou internet, jornal, rádio da alegriaCom cinqüenta anos de "O Dia"
Hoje, sou a luz que te ilumina
Trago informação pra enriquecer, teu ser
A voz e o anseio deste povo
Meu samba é alerta pra você
Basta de tanta impunidade
Mostro a realidade
Pintando a cara, meu protesto te conduz
Eu quero postura de honestidade
De braços dados com a verdade
Na economia, indicar a direção
Na luta contra a inflação
Meu ataque é defesa, tênis e futebol
E o vôlei, a pelada, num dia de sol (bis)Tem surfista e ciclista em velocidadeCom esporte e lazer, boto banca na cidade
Eu sou "O Dia D", estou na moda
O meu estilo se renova
Com teatro, cinema e televisão
Sou carioca antenado, roqueiro sarado e funkeiro de opinião
Vou curtindo dança de salão
Vai meu leão, com garra exaltar tua bandeira
Tão bela, na história pioneira
E faz nossa gente sonhar
Informação é arma pra se defender na vida
"O Dia" irreverente na avenida
É bom de samba e bom de briga
2003
Enredo: Um banho da Natureza. Cachoeiras de Macacu
Compositores: Reginaldo, Tião Larrieu, Magrão, Arthur 104, Ge de Ogun e Batista Coqueiral
Sou Estácio, chuê, chuá
Vou dar um banho de alegria
Sapucaí vai balançar
Oh mãe natureza, abençoada pelo criador
Até o malfeitor se encantou com tanta beleza
Cadê meu pau-brasil
Ciclo da cana e ouro, ninguém viu
O comércio alavancou
As riquezas do país
Os índios guerreiros, os donos da terra
Foram escravizados (bis)
Perderam a crença, perderam a guerra
Perderam o seu Eldorado

O progresso aqui chegou
Com a corte e a realeza
A Leopoldina inaugurou
Sigam o "Caminho do Imperador"
Quem cultivou o café
A fauna e a flora de belezas naturais
Agora alguém me viu
Sou jóia rara
Da coroa do Brasil
Samba, suor e cerveja
Um batuque na mesa,
"Schindô" (bis)
Onde o céu é mais azul
Em Cachoeiras de Macacu
2004
Enredo: A Estácio é dez, o Brasil é mil e a fome é zero
Compositores: Marquinhos, Da Latinha, Pedrinho, Julinho e Pinto
Vem vamos mudar
Acreditar, ser brasileiro
O nosso país tem mais Brasis
Que o mundo inteiro
Fome nunca mais
Lá no Egito um faraó sonhou
Pão e circo em Roma
Pro povo a ilusão
Na França, a revolução
Maria Antonieta a cabeça perdeu
A própria sorte dela se esqueceu
Oh, Deus Pai faz meu sol brilhar
A miséria corrói, faz chorar (bis)
Pobre olha pro céu, por caridade
Pede saúde e felicidade
Vida severina
Meu Nordeste, meu sertão
Migalhas de sonhos
São deixadas pelo chão
Vamos dar as mãos
Cidadania prá valer
Brasil, teu povo clama igualdade
Praticando a fraternidade
A fome vai ter fim
Gerando emprego, trabalho e amor
Rico estou
Vermelho e branco é sedução
Pra ser sincero (bis)
Estácio é dez
Brasil é mil e a fome é zero
2005
Enredo: Arte negra na legendária Bahia
Compositores: Caruso, Caramba e Dominguinhos do Estácio
Abram alas meus tumbeiros
Aos sete portais da Bahia
É a arte negra que desfila
Com seus encantos e magia
Da sua terra, trouxeram a saudade
A capoeira, o berimbau
Os enfeites coloridos
O pilão, colher de pau
Iorubá, Bantos, Gegês
No terreiro dançavam (bis)
Samba e batuquegê
Falavam a língua nagô
Rezavam forte com fé
Talhando arte deixaram
Imagens do candomblé
Pro mau olhado, figa de guiné (bis)
Ricas mucamas de branco
Com flores num só canto
Vão a igreja do Bonfim ofertar
Água no pote ao Pai Oxalá
Saravá, Atotô Obaluaiê (bis)
Yemanjá, Ogum, Oxumarê
2006
Enredo: Quem é você (Vem de lá)
Compositores: Darcy do Nascimento, Jangada e Dominguinhos do Estácio
Chegou a hora
A hora da cobra fumar
É o velho Estácio na avenida
Que feliz da vida
Vem se apresentar
Que idéia feliz
Teve o artista
Num repente genial
Quem é você (bis)
Que brilha neste Carnaval
Posso ser colombina
Ou talvez pierrô
Quem sabe arlequim
Ou um grande amor
Vem de lá, vem de lá, vem de lá
Ô ô ô (bis)
Vem de lá, vem de lá, vem de lá
Um abraço forte dado com amor
Neste enredo esfuziante
Importante como quê
Maravilhas que se mostram
Coisas tão bonitas de se ver
Roda gira, gira roda
Gira o meu coração
Gira a arte e a folia
O show, a cenografia
Gira ilusão
Vou cair na gandaia
Vou me acabar (bis)
Nos braços da lira
Eu quero é rosetá
2007
Enredo: O Tititi do Sapoti
Compositores: Darcy do Nascimento, Djalma Branco e Dominguinhos do Estácio
Que tititi é esse
Que vem da Sapucaí (bis)
Tá que tá danado
Tá cheirando a sapoti
Baila no céu a esperança
O cheiro doce e perfume
Vêm no ar
Olê, olê, olê
Vem de terra mexicana
Mandei buscar prá você
Sacode prá colher
Do pé que eu quero ver (bis)
Até o dia amanhecer
Dom João achou bom
Depois que o sapoti saboreou
Deu pra Dona Leopoldina
A Corte se empapuçou
E mandou rapidamente
Espalhar no continente
Até o Oriente conheceu
E hoje no quintal da vida sou criança
Me dá que o sapoti é meu
Isso virou tutti-fruti
Tutti-multinacional
Virou goma de mascar (bis)
Roda prá lá e prá cá
Na boca do pessoal
2008
Enredo: A História do FuturoCompositores: Edson Marinho, Alexandre D'Mendes, Marechal, Luizinho do Goró e Zé Luiz
Reluzente meu Leão
A história do futuro vem mostrar
Que a lua tem encanto, tem segredos
No infinito universo estrelar
E os "Senhores das Estrelas" vão contar
Vai Orfeu, pai de todos os mistérios
Fim do Milênio, o Juízo Final
São João e a Corte Celestial
Tem bruxaria, feitiçaria
Na fogueira da Inquisição
Virava cinzas, quem fazia previsão

Profecia pelo ar... pelo ar
E nessas águas um perfume a exalar
Com a nobreza dos salões, infestando os corações (bis)
Um novo mundo assim renascerá

Enfim, o recomeço da bondade
Da justiça e da verdade
O mago em poesia revelou
Brasil, mistura de raça e fé
Tempero da alma de um povo
Baralho Cigano, Búzios e Tarô
A bela cigana, com o brilho do olhar
Na magia de um encanto me envolveu
Estava escrito, a previsão aconteceu

Pisa forte na avenida, meu Leão
Vermelho e Branco, num desfile triunfal (bis)
O futuro a moça leu, escreveu
Estácio vai brilhar no carnaval

2009
Enredo: Que Chita Bacana
Compositores: Osmar, Antonio da Conceição, Magu, Marcelo Buda, Neneu, Hugo Bruno e Lucio Moraes

Sou bonita e faceira nasci na Índia
Para o mundo conquistar
Deserto atravessei
Cruzei as ondas da mar
Na epopéia uma viagem fascinante
Na Europa deslumbrante então cheguei
No Chá das cinco porcelanas decorei
Através dos portugueses
No Brasil desembarquei

Desbravando esta terra na imensidão
Me pintei com o colorido deste chão (bis)
Com a fauna e a flora ergui sua bandeira
Sou a Chita Brasileira

Com fé cultivei a esperança
Num sorriso de criança
O palhaço colori
Vesti cortejo do Maracatu
Dancei em quadrilhas de São João
Na Festa do Divino minha devoção
O movimento Hippie representei
Com o Velho Guerreiro buzinei
Na Tropicália fui a sensação
Conquistei de vez esta nação

Sou a Chita Bacana a brilhar
No batuque da Estácio de Sá (bis)
Sou o samba raiz felicidade
Na força da Comunidade

2010
Enredo: Deixa falar. A Estácio é isso ai! Eu visto esse manto e vou por ai...
Autores: Gusttavo Clarão, Thiago Daniel, Da Latinha, Igor e Claudinho Vagareza

Ê, favela!
Da batucada, do meu grande amor
Eu sou malandro e faço história
Na zona do mangue onde tudo começou
Nascia em forma de oração
Nas mesas do café, uma canção
Bambas que o berço do samba um dia embalou
Versos de Ismael, "se você jurar"
Te dou em poesia, "a dona do lugar"
Vai minha inspiração... Deixa Falar

Eu vou, "bem junto ao passo"
Bem no compasso da marcação (bis)
Eu sou do "velho Estácio"
E se morrer é de emoção

A "cada ano", "vê se pode"
Meu "paraíso" é mais feliz
Fez da arte negra romaria
Se vestiu de fantasia e criou sua raiz
Do terreiro grande, a doce voz
Que emociona a todos nós
"Teu menino desceu o São Carlos"
Brota "melodia" desse chão
"Eu vi, ai meu deus eu vi"
A minha escola levantar a multidão
E "quero a arte pro meu povo
Ser feliz de novo", meu leão

Estácio é o meu amor
E esse amor tem seu lugar (bis)
Um coração vermelho e branco
Que bate forte sem parar

2011
Enredo: Rosas
Compositores: Luiz Sapatinho, Paulinho Pintor, Regina, Fábio Bomba e Cesar Nascimento

Vou exalando em poesia
O aroma se espalha no ar
Pelas ruas da cidade, colorindo o carnaval
A rosa nasceu quando Afrodite chorou
Por gratidão, o rei semeou
Enfeitando os salões, num cortejo de amor
Na Índia, cultuada em louvor

Consagrada na religião
Ornando a santa em devoção (bis)
Desenhada em catedrais
Oferenda aos Orixás

Rosas encantam, dão cores à minha emoção
Na arte, retratadas por inteiro
Presentes no folclore brasileiro
Rosa da paz e impiedosa
Das cantigas de roda
De Caymmi a Cartola
De todas, a mais bela
É minha escola na passarela

Vejam a beleza
Que a natureza criou (bis)
Simbolizando o amor
Estácio é o perfume da flor

2012

Enredo:Luma de Oliveira: Coração de um país em festa!
Autores: Wilsinho Paz, Alexandre Moraes, Osmar, Hugo Bruno, Comendador Elói e Zé Luiz

Cai o sol, surge a lua a brilhar
O morro desce pra desfilar
Nobreza mistura de raças
Num estado de graça
É a força do meu samba a me guiar
E nessa onda eu vou
A Rio Branco é emoção
Dos brasis aquele abraço
No compasso dos seus passos
A eterna criação

Descendo a ladeira na quebradeira... no rufar do tambor
Filhos de Gandhi, povo de Ketu... Timbaleiro chegou (bis)
Lapa tá quente é Orunmilá... ao som do Ijexá
Todos pra te ver sambar

No Cordão da Bola Preta a fantasia
Cinelândia, onde tudo acotecia
Arlequins, pierrôs e colombinas
Chuva de confete e serpentina
E num imenso cortejo a desfilar
Com o apito do mestre a ecoar
Luma, és a luz que nos conduz
Iluminando a minha Estácio de paixão
Neste mundo de ilusão

É carnaval, muito prazer sou alegria
Medalha de ouro é minha bateria (bis)
Meu samba me diz que a inspiração é você
Luma eu vim aqui só pra te ver


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