GRCES Unidos do Peruche
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Peruche | |
---|---|
Fundação | 4 de janeiro de 1956 (57 anos) |
Cores | Verde, amarelo, azul e branco |
Símbolo | Cruzeiro do Sul |
Bairro | Parque Peruche |
Presidente | Luiz Carlos Telles |
Presidente de honra | Seu Carlão |
Carnavalesco | Amarildo de Mello |
Intérprete oficial | Toninho Penteado |
Diretor de carnaval | Ednaldo Santos |
Diretor de harmonia | Comissão de Carnaval |
Diretor de bateria | Mestre Cal |
Rainha da bateria | Lola Melnick[1] |
Madrinha da bateria | Daniele França |
Musa da bateria | Juliana Guariglio |
Princesa da bateria | Stephanye Cristinne |
Mestre-sala e porta-bandeira | Ruhanan e Ana Paula |
Coreógrafo | Lívio Castro |
Desfile de 2013 | |
Enredo | O povo da floresta está em festa. A tribo da Peruche vai passar. |
Site | www.unidosdoperuche.org.br |
Índice[esconder] |
[editar] História
Entre seus fundadores estavam João Cândido da Silva, conhecido como Cachimbo e Carlos Alberto Caetano, conhecido como "Seu Carlão",(Luiza (Dona Leni) Seu Zebu, Sr. Alcides, Sr.Décio, Gilberto Bonga, entre outros) que junto com alguns sambistas, decidiram fundar o bloco de foliões no Parque Peruche. Surge então a Sociedade Esportiva Recreativa Beneficente Unidos do Parque Peruche, que possuía de início uma quadra para realização de seus ensaios no local chamado "Terreiro do Caqui".Os times de futebol da região ajudaram a escola emprestando instrumentos. Mesmo assim, eram insuficientes para o tamanho da escola, que crescia cada vez mais. até essa época, o Clube dos Lojistas da Lapa colaborava com a escola, mas em 1967, quando a prefeitura oficializou os desfiles, a escola perdeu o apoio e começou a encontrar dificuldades. Nesse mesmo período, a Peruche começou a ensaiar na Rua Zilda, uma vez que havia vendido seu terreno. Algum tempo depois, a entidade comprou um pequeno imóvel sendo impossível ensaiar em um espaço tão pequeno, adquiriram a quarta quadra, um terreno no Morro do Chapéu que mais tarde foi vendido, para poderem adquirir o espaço onde se encontra a atual quadra da escola, no Limão.
O Peruche tornou-se vice-campeão de 1968 à 1971 e também em 1989 e 1990. Mas um dos desfiles que mais marcaram a escola foi o de 1988, quando a escola, numa apresentação luxuosa com carros alegóricos gigantescos, contou com dois grandes intérpretes puxando seu samba: Jamelão e Eliana de Lima.[2] Devido à forte chuva que atrapalhou o desfile naquele ano, a escola conseguiu, no entanto, apenas um quinto lugar.
Em 1989, o conhecido carnavalesco carioca Joãozinho Trinta desenvolveu o enredo da escola, ocasião em que o também carioca Jamelão interpretou o samba-enredo. Em 1990 Joãozinho deixou um auxiliar em seu lugar, sendo Eliana de Lima a nova intérprete. Naquele ano, a Peruche desfilou com 2500 componentes, durante uma noite chuvosa, onde justamente seu desfile não foi atingido pela chuva.Devido a alguns problemas na evolução a escola terminou na apuração a um ponto da campeã.
Em 1991, a escola inova trazendo duas mulheres ao microfone: Bernardete e Eliana de Lima. Já o andamento do barracão não é o mesmo: às pressas a escola trocou de carnavalesco, com a chegada de Laíla. Eliana entra em trabalho de parto, tendo que sair às pressas e deixando Bernardete para cantar sozinha. Em 1992, a agremiação novamente a escola sucumbe diante de uma gama de problemas de harmonia e evolução. Já no ano de 1993, a Peruche levanta a arquibancada, porém problemas de alegorias fizeram com que a agremiação se atrasasse, perdesse pontos, iobtendo um 8º lugar muito pouco festejado.
No ano seguinte novamente Jamelão retorna ao posto de intérprete, novamente a Peruche desfila aspirando conquistar o título, mas novamente uma chuva forte e constante fez com que os carros fossem quebrando ao longo da avenida. Dois carros que não conseguiram passar acabaram ficando no recuo, ocasionando a perda de 14 pontos. Naquele ano, a Peruche terminou com, já descontadas as perdas, 272,50 pontos, enquanto a campeã Rosas de Ouro obteve no total fez 289,00 pontos.
Indignada com a perda dos pontos em 94, para 1995 a direção da escola preparou o enredo de protesto "Não Deixe o Samba Sambar", uma crítica irreverente às inovações do carnaval que desrespeitariam as tradições do samba. Na apuração, acabou disputando apenas o sétimo lugar com a vizinha Mocidade Alegre.
Durante algum tempo, por problemas internos da escola, parte da comunidade foi gradualmente se afastando, o que gerou inclusive uma dissidência, a Império de Casa Verde, que nascendo com o apoio do bicheiro Chico Ronda, viria a ser mais tarde uma das maiores escolas de samba de São Paulo, numa ascensão meteórica.
No final dos anos 90 a Peruche foi rebaixada, voltando em 2001 para o Grupo Especial ao ser vice do Grupo de Acesso. Em 2003, um acontecimento comovente: a poucos dias do Carnaval, o barracão do Peruche pega fogo e alguns carros são atingidos. Muitas escolas se solidarizam e doam material, fazendo com que a escola consiga desfilar, um problema similiar aconteceu em 2011, quando a Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, pegou fogo e três barracões foram atingidos, os das escolas Grande Rio, União da Ilha e Portela. Ainda assim isso não evita que ela termine em último lugar, sendo a princípio rebaixada, o que faz sua então presidente passar mal após ter uma crise de choro no fim da apuração, enquanto dava entrevistas. Ela alegava que depois de toda a dificuldade para sua escola entrar na avenida, não seria justo deixar de rebaixar o Império de Casa Verde (que deveria cair, mas numa decisão de última hora, o presidente da Liga resolveu que não cairia),e rebaixar a sua escola. Após uma série de discussões, Peruche e Barroca Zona Sul se mantiveram no Grupo Especial, porém ao contrário do Império, não conseguiram se firmar, e no ano seguinte a Peruche foi a penúltima colocada, caindo novamente (a Barroca conseguiu se manter por mais um ano).
Após desfilar no Grupo de acesso em 2005, a Unidos do Peruche conseguiu ser vice-campeã novamente, voltando ao Grupo Especial para 2006.
Neste ano, a Peruche, primeira a desfilar, fez um enredo em homenagem a Santos Dumont, e traz um dos carnavalescos campeões pelo Império no ano anterior. Se propondo a resgatar algumas das antigas tradições da escola, este vai de porta em porta chamar de volta alguns antigos componentes que estavam magoados com a escola. O desfile vem acima do esperado e a Peruche consegue se manter no Especial naquele ano, porém em 2007, ao homenagear a Turma da Mônica, novamente a escola termina em penúltimo, voltando ao Grupo de Acesso para 2008. No ano de 2009, juntamente com a Leandro de Itaquera, retorna ao Grupo Especial do Carnaval de São Paulo.
Em 2009 a Escola falou sobre jóias, com o enredo Do ventre da Terra a indomável cobiça do homem, porém acabou voltando para o Grupo de acesso, tendo terminado na última posição.
Em 2010, de volta ao grupo de acesso com outras duas tradicionalíssimas escolas de samba, a Nenê de Vila Matilde e o Camisa Verde e Branco, favoritas ao acesso, enredo sobre como as religiões chegaram e se desenvolveram na cidade de São Paulo intitulado "São Paulo, Olhai por Nós", conquistou o vice-campeonato com 268,00 os mesmos pontos que a Dragões da Real, desempatadas no quesito Alegoria.
Em 2011 falou sobre os 100 anos do Theatro Municipal de São Paulo com o enredo: "Bravo! Bravíssimo! Peruche Apresenta 100 Anos do Theatro Municipal de São Paulo - O Retrato da Arte Brasileira". Teve Toninho Penteado como cantor principal, sendo que Bernardete, Tiago Melodia, Manoel e Toninho Penteado gravaram no CD, com Tinga sendo auxiliar, além de ter a modelo Caroline Bittencourt como sua rainha de bateria. [3]. A escola ultrapassou o limite máximo do tempo em três minutos e o presidente optou por deixar dois carros de fora do desfile, pois poderia atrasar ainda mais o desfile.[4].
No ano seguinte Anderson Paz, intérprete consagrado, com passagens em escolas, como São Clemente e Estácio. assume o posto de intérprete[5], além disso continua com Amarildo de Mello, como carnavalesco.
[editar] Curiosidades
A Unidos do Peruche teve 3 símbolos: O primeiro eram duas mãozinhas, o segundo era o Cruzeiro do Sul e o terceiro é um sambista caracterizado com a roupagem sambistica de antigamente, como um nobre da corte real, tocando um tamborim (conhecido como Peruchinho). Atualmente, mesclou-se os dois últimos símbolos para a formação do recente brasão da escola, ou seja, o Peruchinho com o Cruzeiro do Sul ao fundo.No início da década de 90, o presidente Walter Gariglio, o Waltinho, fez vários intercâmbios com os carnavalescos cariocas, o que impulsionou a Peruche a um grande salto de qualidade em alegorias e fantasias, fato este que culminou com o enriquecimento estético da escola, do carnaval paulistano e na forma de evolução das alas que se vê hoje em dia.
O Peruche tambem é reverenciado pelo belíssimo time de compositores e interpretes, nomes como Jamelão e Eliana de Lima já fizeram parte desta história. Mas o fato talvez mais marcante deste elenco se deu no ano de 1991, na inauguração do Sambódromo do Anhembi, quando Eliana de Lima, grávida, teve que deixar o desfile nas mãos de Bernadete, para dar a luz ao seu 1º filho.
Carlos Alberto Caetano, o "Seu Carlão", recebeu da Câmara Municipal de São Paulo, por indicação do político Chico Macena, a Medalha de Anchieta e o Diploma de Gratidão. A homenagem, solicitada por toda comunidade da Unidos do Peruche, deve-se ao reconhecimento da cidade de São Paulo, a toda sua obra e anos de contribuição ao Samba Paulista.[6]
[editar] Rainha e madrinhas de bateria
Período | Nome | Ref. |
---|---|---|
2004-2006 | Valquíria Ribeiro [RA-BAT] | |
2007 | Aline Barbosa [RA-BAT] | |
2008-2009 | Mara Kelly [RA-BAT] | |
2010- | Danielle França [MAD-BAT] | |
2011 | Caroline Bittencourt [RA-BAT] | |
2012 | Claudia Colucci [RA-BAT] | [7] |
2013 | Lola Melnick [RA-BAT] | [1] |
Unidos do Peruche | |||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Ano | Colocação | Grupo | Enredo | Carnavalesco | |||||
1965 | Campeã[div1965 1] | Especial | IV Centenário do Rio de Janeiro | ||||||
1966 | Campeã | Especial | Homenagem a Carlos Gomes | ||||||
1967 | Campeã | Especial | Exaltação à São Paulo | ||||||
1968 | Vice-Campeã | Especial | 50 Anos de Samba - Meio Século de Glórias | ||||||
1969 | Vice-Campeã | Especial | História da Casa Verde | ||||||
1970 | Vice-Campeã | Especial | O Rei Café | ||||||
1971 | Vice-Campeã | Especial | Festa de Pirapora | ||||||
1972 | 6º Lugar | Especial | Chamada aos Heróis da Independência | ||||||
1973 | 6º Lugar | Especial | Brasilidade | ||||||
1974 | 6º Lugar | Especial | Quatro Festas do Folclore Brasileiro | ||||||
1975 | 7º Lugar | Especial | Felipe Mina, o Senhor dos Diamantes | ||||||
1976 | 8º Lugar | Especial | Afoxé da Bahia | ||||||
1977 | 10º Lugar | Especial | Eternos Vigilantes - Homenagem ao Corpo de Bombeiros | ||||||
1978 | 9º Lugar | Especial | Di Cavalcanti "Dos Carnavais e das Mulatas" | ||||||
1979 | 9º Lugar | Especial | Abertura dos Portos | ||||||
1980 | 9º Lugar | Especial | Fábulas Fabulosas | ||||||
1981 | Campeã | Acesso | Moço de Prata, Vitória-régia no Carnaval | ||||||
1982 | 7º Lugar | Especial | No Reino da Mãe D'Água | Mory Balmaceda | |||||
1983 | 8º Lugar | Especial | O Criador de Ilusões | ||||||
1984 | 7º Lugar | Especial | No Reino da Carochinha | Mory Balmaceda | |||||
1985 | 5º Lugar | Especial | Água Cristalina | Raul Diniz | |||||
1986 | 5º Lugar | Especial | Benjamin de Oliveira, o "Palhaço Negro" | ||||||
1987 | 4º Lugar | Especial | O Rei do Dia Numa Noite de Carnaval - o Sol, a Luz da Vida | Raul Diniz | |||||
1988 | 5º Lugar | Especial | Filhos da Mãe Preta | Raul Diniz | |||||
1989 | Vice-Campeã | Especial | Os Sete Tronos dos Divinos Orixás | Joãozinho Trinta | |||||
1990 | Vice-Campeã | Especial | De Roma Pagã ao Esplendor da Paulicéia | Joãozinho Trinta | |||||
1991 | 4º Lugar | Especial | Quem não Arrisca não Petisca | Raul Diniz | |||||
1992 | 4º Lugar | Especial | O Brasil Mostra Suas Cores | Raul Diniz | |||||
1993 | 8° Lugar | Especial | Mercado, Mercador, Mercadoria | Raul Diniz | |||||
1994 | 7º Lugar | Especial | O Reino de Oyó Visto Pelos Olhos de Xangô | Albeci Pereira e Carlo Negri | |||||
1995 | 8° Lugar | Especial | Não Deixe o Samba Sambar | Albeci Pereira | |||||
1996 | 5° Lugar | Especial | A Cor do Pecado - o Chocolate | Albeci Pereira | |||||
1997 | 8º Lugar | Especial | Todo Brasileiro é um Rei com a Coroa Sideral | Sidinho Ramos | |||||
1998 | 7º Lugar | Especial | Mamma África | Raul Diniz | |||||
1999 | 9° Lugar | Especial | Bill Gates - o Cérebro do Futuro | Sidinho Ramos e Frank Gal | |||||
2000 | 11º Lugar | Especial | Cara e Coroa, as Duas Faces de um Império | Fábio Borges | |||||
2001 | Vice-Campeã | Acesso | Raça Pura, Mistura Brasil | Fábio Borges | |||||
2002 | 12º Lugar | Especial | Guarujá, A Pérola do Atlântico | Jerônimo Guimarães | |||||
2003 | 13° Lugar | Especial | Sou Caipira e Caiçara, da Terra Encantada e do Rio Sagrado, Sou Cone Leste Paulista, Com a Bênção da Senhora Aparecida | Jerônimo Guimarães e Jonathas Marinho | |||||
2004 | 15º Lugar | Especial | São Paulo é Como Coração de Mãe... Sempre Cabe Mais Um | Dirceu Aga | |||||
2005 | Vice-Campeã | Acesso | Na Terra, no Mar, no Infinito, Somos Todos Irmãos | Comissão de Carnaval | |||||
2006 | 10º Lugar | Especial | Santos Dumont - Brasil e França Navegando Pelos Ares [nota 1] | Paulo Führo | |||||
2007 | 13º Lugar | Especial | Com Mauricio de Sousa, a Unidos do Peruche, Abre-Alas, Abre-Livros, Abre-Mentes e Faz Sonhar [nota 2] | Augusto de Oliveira | |||||
2008 | Campeã | Acesso | Quilombos, Quilombolas, Kizomba, Meu Quilombo é Peruche! [nota 3] | Hernane Siqueira | |||||
2009 | 14º Lugar | Especial | Do ventre da Terra à indomável cobiça do homem [nota 4] | Raul Diniz | |||||
2010 | Vice-Campeã | Acesso | São Paulo, olhai por nós! | Amarildo de Mello | |||||
2011 | 14º Lugar | Especial | Bravo! Bravíssimo! Peruche Apresenta 100 Anos do Theatro Municipal de São Paulo - O Retrato da Arte Brasileira [nota 5] | Amarildo de Mello | |||||
2012 | 6º Lugar | Acesso | Vamos fugir do Juízo Final - Ainda há tempo. | Amarildo de Mello | |||||
2013 | 6º Lugar | Acesso | O povo da floresta está em festa. A tribo da Peruche vai passar | Amarildo de Mello | |||||
2014 | Acesso |
Nenhum comentário:
Postar um comentário