segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

PARAÍSO DO TUIUTI

PARAÍSO DO TUIUTI
FUNDAÇÃO 05/04/54
CORES Azul-Pavão e Ouro
QUADRA Campo de São Cristóvão, 33
São Cristóvão
20921-440
Telefone: 3860-6298
Fax: 3860-6999
BARRACÃORua Almirante Mariath, 205
HISTÓRICO
A ocupação do morro do Corujá ou Tuiuti é tão antiga quanto a do bairro de São Cristóvão. Remonta aos tempos do Reinado e do Império. A primeira escola de samba do morro foi a Unidos do Tuiuti, que tinha as cores azul e rosa (e, depois, azul e branco), fundada em 1934.
A escola, que teve um bom desempenho na década de 30 (conseguiu um honroso 3° lugar, abaixo apenas da Portela e da Mangueira), entrou em decadência na década de 40, surgindo então outras agremiações na comunidade, sendo a principal a Paraíso das Baianas, de cores amarelo e branco.
Depois da II Guerra Mundial, a Unidos do Tuiuti desapareceu, e em seu lugar nasceu o bloco que tinha o nome de Bloco dos Brotinhos. O pessoal do morro, sem dinheiro para acompanhar um carnaval mais sofisticado, preferia sair no bloco, desprezando a Paraíso das baianas. Foi então que um grupo de sambistas se reuniu, entre eles Nelson Forró e Júlio Matos (nesse tempo morava no morro), e resolveu terminar com o bloco e também com a Paraíso da Baianas (A Unidos do Tuiuti não existia mais). E fundaram, em 5 de abril de 1954, a Paraíso do Tuiuti, que ganhou as cores amarelo e azul. O amarelo foi herdado da Paraíso das baianas e o azul, da Unidos do Tuiuti.
A atuação da nova agremiação, de inicio, foi discreta, mas em 1968, com o enredo de Júlio Matos homenageando o bairro de São Cristóvão, tira o 1° lugar no Grupo 3 e vai para o Grupo 2. Logo no ano seguinte repete a atuação no Grupo 2, mas consegue apenas um terceiro lugar, com um ponto atrás da vice-campeã, a Unidos do Jacarezinho.
De fato, até o início da década de 80 quase ninguém ouviu falar da escola: mas a partir daquele momento, a escola viveu um momento de grande euforia, graças ao empenho da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, que deu um campeonato e um lugar no Grupo A para a escola. Em 1980, a carnavalesca, levada por Nelson Forró, faz seu primeiro trabalho para a Escola - "É a Sorte", e tira o titulo no Grupo 2-B. Júlio Matos colaborou muito com a escola, onde fez diversos carnavais.
O Paraíso do Tuiuti é uma escola eminentemente comunitária. Seus componentes, moradores do morro do Tuiuti e adjacências, em São Cristóvão, têm na agremiação uma de suas poucas opções de lazer. Por isso, o papel desempenhado pela escola transcende em muito o mero desfile do Carnaval.
Não tendo patrono, fenômeno típico das grandes escolas, que conferem fama e prestígio a quem delas se aproxima, o Paraíso do Tuiuti não pode contar senão com a pequena subvenção oficial para fazer frente aos altos gastos que o Carnaval, com as características que tomou nos nossos dias, exige.
Esta é a razão por que sua atual diretoria, composta por um grupo de jovens moradores do morro do Tuiuti, com média de idade em torno de 35 anos, optou nos últimos anos por uma administração voltada para a comunidade, com grande participação dela até mesmo na escolha do enredo.
A fórmula parece ter dado certo: nos últimos sete anos, a escola não cessou de crescer e fortalecer-se, até que, no Grupo A no Carnaval de 2000, sagrou-se vice-campeã, adquirindo o direito de desfilar em 2001 no Grupo Especial. Infelizmente a escola foi rebaixada, mas mesmo assim a sua comunidade tem motivos de sobra para se orgulhar. A escola, em 2005, amargou uma nova queda, do Grupo A para o B. Após três carnavais, a Tuiuti, com uma homenagem ao centenário de Cartola, obteve o vice-campeonato do Grupo B, retornando assim ao Segundo Grupo em 2009. Porém, em 2010, o último lugar no Grupo A rebaixou novamente a escola para o Terceiro Grupo. Na ocasião, a Tuiuti reeditou o enredo de 1990 "Eneida, o Pierrot está de Volta", porém com um samba-enredo diferente.
Com um enredo sobre Caetano Veloso, o Paraíso do Tuiuti regressou mais uma vez ao Grupo A com o título do Grupo B de 2011.
RESULTADOS DA ESCOLA
1955 - 10ª no Grupo 1
Apoteose a Edgar Roquete Pinto

1956 - 11ª no Grupo 1
O Circo, A Grande Parada

1957 - 17ª no Grupo 1
Meus Sonhos de Criança

1958 - 3ª no Grupo 2
Homenagem às Forças Armadas

1959 - 15ª no Grupo 1
Batalha do Tuiuti
Júlio Matos

1960 - 11ª no Grupo 2
Enredo não disponível

1961 - 14ª no Grupo 2
Exaltação a Pedro Américo, Castro Alves e Rui Barbosa
Júlio Matos

1963 - 18ª no Grupo 3
Enredo não disponível

1964 - 3ª no Grupo 3
Uma Formatura nas Agulhas Negras

1965 - 8ª no Grupo 2
Enredo não disponível

1966 - 15ª no Grupo 2
Sonho de uma Noite de Carnaval

1968 - 1ª no Grupo 3
São Cristóvão, Bairro Imperial
Júlio Matos

1969 - 3ª no Grupo 2
O Mundo da Poesia de Olavo Bilac
Júlio Matos

1970 - 7ª no Grupo 2
Alencar, Patriarca da Literatura Brasileira
Júlio Matos

1971 - 6ª no Grupo 2
Rio, Carnaval e Batucada

1972 - 3ª no Grupo 2
Brasil de Ponta a Ponta

1973 - 5ª no Grupo 2
Os imortais da música brasileira

1974 - 12ª no Grupo 2
Olimpíadas, Festa de um Povo

1975 - 7ª no Grupo 2
Obra e Vida de Cecília Meireles
Júlio Matos

1976 - 8ª no Grupo 2
Cobra Norato

1977 - 17ª no Grupo 2
Brasil Caboclo
Ildebrando

1978 - 6ª no Grupo 3
Carnaval de Ontem e de Hoje

1979 - 6ª no Grupo 2B
Orlando Silva

1980 - 1ª no Grupo 2B
É a Sorte
Maria Augusta Rodrigues

1981 - 9ª no Grupo 2A
Exaltação a Vinícius de Moraes

1982 - 2ª no Grupo 2A
Alegria
Maria Augusta Rodrigues

1983 - 8ª no Grupo 1B
Vamos Falar de Amor
Maria Augusta Rodrigues

1984 - 11ª no Grupo 1B
1984 - um Ano de Otimismo
Billy Acioli

1985 - 3ª no Grupo 2A
Axé Raça Negra
Billy Acioli

1986 - 4ª no Grupo 2A
A Neta de Chiquita Bacana
Billy Acioli

1987 - 1ª no Grupo 3
Força Viva do Samba, Pagode
Júlio Matos

1988 - 6ª no Grupo 2
Filho de Branco é Menino, e Filho de Negro é Moleque
Júlio Matos

1989 - 6ª no Grupo 2
Folclore, Tradição Popular
Júlio Matos

1990 - 9ª no Grupo A
Eneida, o Pierrot está de Volta
Júlio Matos

1991 - 11ª no Grupo A
Asa Branca
Beto Maia e Lu Ferreira

1992 - 10ª no Grupo B
Será que vai Dar Praia?
Máslova Valença e Fernanda Junqueira

1993 - 11ª no Grupo B
Os Anjos
Guilherme

1994 - 10ª no Grupo B
Nas Asas do Tuiuti
Billy Acioli

1995 - 5ª no Grupo B
Recicla Brasil, o Lixo é um Luxo
Sérgio Marimba

1996 - 3ª no Grupo C
A Raça em Movimento
Sérgio Marimba

1997 - 1ª no Grupo C
Um Príncipe Negro nas Ruas do Rio
Sérgio Marimba

1998 - 4ª no Grupo B
Oui Oui, a França Esteve Aqui!
Soller Divino

1999 - 3ª no Grupo B
Uma Delícia Glacial no País do Carnaval
Paulo Menezes

2000 - 2ª no Grupo A
Um Monarca na Fuzarca
Paulo Menezes e José Carlos Amato

2001 - 14ª no Grupo Especial
Um Mouro no Quilombo. Isto a História Registra!
Paulo Menezes

2002 - 4ª no Grupo A
Arlindo, Arlequins e Querubins: Um Carnaval no Paraíso
Paulo Menezes

2003 - 4ª no Grupo A
Tuiuti desfila o Brasil nas Telas de Portinari
Paulo Barros

2004 - 8ª no Grupo A
Olha que coisa mais linda, o Poeta está no Paraíso
Jaime Cesário
2005 - 9ª no Grupo A
Cravo de Ouro, eu também sou da Lira e não quero Negar
Rodrigo Siqueira
2006 - 2ª no Grupo B
O Imperador Morava Ali, do Outro Lado do Tuiuti
Sandro Carvalho
2007 - 3ª no Grupo B
Vamos Falar de Amor
Marcelo Andrade
2008 - 2ª no Grupo B
Cartola, teu Cenário é uma Beleza
Eduardo Silva
.
2009 - 7ª no Grupo A
O Cassino da Urca
Eduardo Gonçalves
.
2010 - 12ª no Grupo A
Eneida, o Pierrot está de Volta
Eduardo Gonçalves
.
2011 - 1ª no Grupo B
O Mais Doce Bárbaro - Caetano Veloso
Eduardo Gonçalves
.
2012 - 9ª no Grupo A
A Tal Mineira
Jack Vasconcelos
1957
Enredo: Meus sonhos de criança (Glória da Literatura Nacional)
Compositores: Ala dos Compositores
Glória a este grande escritor
Que ardentemente batalhou
Pela causa educacional
Assim como eu, devem trazer na memória
Este grande vulto que tem seu nome na história
Teve loucura pela cultura
É astro da literatura nacional
Com sua sabedoria
Divertindo instruía
Que sempre foi seu ideal
Por isso hoje cantamos em louvor
A este literato de valor
Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô
José Bento Monteiro Lobato
Foi um escritor genial
Que será sempre lembrado
Na literatura nacional
Sua fama atravessou fronteiras
Com seus famosos contos infantis
E tem seu nome consagrado
Na história literária do país
1969
Enredo: O mundo da poesia de Olavo Bilac
Compositores: ???
Exaltamos, com grande galhardia
O mundo, da poesia
De Olavo Bilac
Nascido em 1865, no Rio de Janeiro
Sentimo-nos honrados ao relembrar
Este grande poeta brasileiro
Foi quintanista, de medicina
Seus estudos de direito em São Paulo iniciou
De volta ao Rio dedicou-se a letras
Mas foi como poeta que se consagrou
Foi em 1902
No lançamento de uma segunda edição
Em lindas poesias, Olavo Bilac mostrou
Com grande sucesso sua inspiração
“Alma inquieta”, “As viagens” e “O Caçador de Esmeraldas”
Em poesia o heroísmo, de Fernão Dias Paes Leme contou
Suas obras até hoje são lembradas
Pois este imenso Brasil, o consagrou.
Descreveu Bilac o sertão pátria
No virginal pudor das primitivas eras
A chegada dos conquistadores portugueses
E o heróico afã dos bandeirantes em poesias belas
É imensa a história
De Olavo Bilac, poeta imortal
Por isto exaltamos com orgulho e glória
Este grande vulto da história nacional
1970
Enredo: Alencar, o Patriarca da Literatura Brasileira
Compositores: ????
José de Alencar
O patriarca da literatura
Vamos glorificar
Este baluarte da cultura
Com as suas artes
O intelectual
Seu nome ficou imortal
Iracema, Peri e Ceci
Quantos poemas e o romance "Guarani"
Sem esquecer uma passagem tão bela
Do tronco do Ipê
O casamento na capela
Lalalala...
Nasceu em Messegena, Ceará
O gênio escritor José de Alencar
Só depois de falecido
Que o seu valor foi enaltecido
Através de suas obras geniais
As Minas de Prata, Guerra dos Mascates
O Gaúcho e outras mais

Seu nome cruzou fronteira (bis)
É o patriarca da literatura brasileira
1971
Enredo: Rio, carnaval e batucada
Compositores: Noca e Poliba
Vamos cantar nesta
Passarela enganalada (bis)
Rio, carnaval e batucada
Rio, a natureza beleza te ofertou
E a mão do homem ornamentou
E te fez empório de riquezas mil
Motivo de orgulho do nosso Brasil
Depois do Entrudo, Zé Pereira, carnaval
Festa tradicional, euforia
A alegria contagia os foliões
Nas ruas e nos salões
Batucada
Batucada, lembra a velha praça onze
Tia Ciata mulata faceira
Batuqueiros famosos
E exímios capoeiras
E o samba batido na palma da mão
Que o cantador chamava
A moçada pra roda
Com este refrão
Poeira
Poeira oi poeira (bis)
Segura o samba que vai
Levantar poeira
1972
Enredo: Sempre Brasil
Compositores: Sirley, Savi e Marçal
Brasil ô ô Brasil
Terra da promissão
País hospitaleiro
Oh, feliz rincão
O teu povo é forte
Bravo e varonil
Ontem, hoje, sempre Brasil
No céu, no mar, na terra
Tua armada impera
Transamazônica
Obra orgulho da nação
Ordem e progresso
Simbolizam o teu pavilhão
O caboclo do nordeste
Jangadeiro e valente
Frevo e Maracatu, Maracatu
Faz feliz aquela gente
Bahia do berimbau
Capoeira e Candomblé
Bahia de São Salvador
Senhor do Bonfim e da fé
Oh, Rio
Rio de belezas naturais
Dos festivais e majestosos carnavais
Ao sul, o gaúcho boiadeiro
Salve, salve o brasileiro
Brasil
1973
Enredo: Os imortais da música brasileira
Compositores: Noca e Poliba
Musa, a divina deusa da música
Iluminou a imaginação de compositores geniais
Glorificação para os imortais
Que cobriram de glória esse Brasil gigante
Através de notas musicais
Dom Pedro I, o nobre compositor
Da nossa música, o grande incentivador
E surgiram outros nomes
Villa-Lobos, Carlos Gomes
Exemplo de arte de compor
(é maravilhoso)
É maravilhoso recordar
Do nosso cancioneiro popular
De Catulo Cearense, o mago da composição
(luar do sertão)
“Não há ó gente ó não, luar como esse do sertão”
Noel Rosa, lá da Vila, foi um gênio musical
Ataulfo, o bom mineiro, outro mestre sem igual
O mundo inteiro aplaudiu
Ary Barroso, autor da Aquarela do Brasil
E as Escolas de Samba
Dão sambistas de primeira
(quantas saudades)
Quantas saudades de Paulo da Portela e Silas de Oliveira
Que fascinação, ver cantar uma nação
E Miguel Gustavo fez
Num momento de inspiração
“Pra frente Brasil, salve, salve a seleção”
1974
Enredo: Olimpíadas, festa de um povo
Compositores: Sirley, Savi e Marçal

Avante, exército brioso
Deste Brasil novo
Suas Olimpíadas surgiu
Festa de um povo
Nas cidades em que passou (oô, oô)
Com grandes competições
Basta citar o Recife
Oh, quantas recordações

Governo e povo unidos
Um abraço fraternal (bis)
É isso, minha gente
Integração nacional

Bumba-meu-boi, vaquejada
A dança do cachambu
Chimarrão, Festa da Uva
O frevo e o maracatu

As escolas de samba dando um brilho especial
Mostrando o folclore, o esplendor do carnaval

Povo unido, só você (oô, oô) (bis)
Faz esse país crescer (ooô)

1975
Enredo: Vida e Obra de Cecília Meirelles
Compositores: Noca da Portela e Poliba
Hoje
Estou nos braços da poesia
Num paraíso de alegria
Está em festa o meu interior
Louvor a Cecília Meireles poetisa
Que a mulher brasileira simboliza
Na arte, na cultura e no amor
Quando seus poemas escrevia
A natureza sorria
Ó, que esplendor
A viagem nunca mais
Poema dos poemas (bis)
Obras verdadeiramente geniais

É tão sublime
Reviver na avenida
A personagem tão querida
Estrela-mor de uma constelação
Canta, meu povo
Este samba original (bis)
Em memória à grande dama
Da literatura nacional
1977
Enredo: Brasil Caboclo
Compositores: Mauro Rosas, Otolino Lopes e Carlos Martins
Eu vi, eu vi
A terra cansada
Eu vi, eu vi
Lavradores na enxada
Eu vi, eu vi
O vaqueiro galopando
E também Brasil caboclo
Na viola assim tocando
Lararararararará...
Nossa terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
O nordeste tem belezas
Para o mundo admirar
Usinas de açúcar, milharais
Grandes postais
Tem Catulo Cearense
Luiz Gonzaga e outros mais
Jangadeiros cantadores
Povo sábio e viril
O nordeste representa
O cenário do Brasil
1982
Enredo: Alegria
Compositores: ???
Carnaval
O povo em festa veste a fantasia
A cidade se enfeita e é toda alegria

Gloriosas as Escolas de Samba a desfilar
Eu fico radiante de felicidade (bis)
Quando vejo o meu time ganhar

A liberdade que sonhei
É ver um jardim florido
E o revoar da passarada
E o astro-rei, fonte eterna de alegria
Eu vou pro mar, vou velejar
E no circo é o palhaço
Quem comanda a euforia
Viagem ao mundo maravilhoso
Do amor e poesia
Do jeito alegre de viver

O carrossel, onde as crianças vão brincar
E o festival de melodia (bis)
Deixa alegria pelo ar
1983
Enredo: Vamos falar de amor
Compositores: Beto Xangô e Dentinho
Bailando eu abraço o novo mundo
Deslumbrante cenário de ilusão
Deixei o meu colo materno
Pra viver um sonho de emoção
Vou amando o dia-a-dia
No auge da minha sedução
Espero num sorriso colorido
Conquistar seu coração
Tô louco, tô louco (bis)
Cheio de amor pra dar
No céu (ô)
Brilhou uma linda estrela
Iluminando o sublime amor
E eu, amante da folia
Pra lhe conquistar trago uma flor
Estou perdidamente apaixonado
E nesse beijo quero ser seu namorado
Está no universo a maior força da razão
Até os astros trazem amor no coração
O cupido chegou
Na Sapucaí (bis)
Cantando forte e abraçando a Tuiuti
1984
Enredo: 1984, um ano de otimismo
Compositores: Vicente Arides
Vamos computar, ô
No computador
Para mostrar
Existe liberdade
Alegria, paz e amor
Tem bangue-bangue nas televisões
O Chacrinha e o Sílvio Santos
Vamos rir com os Trapalhões
E outros mais a censura proibiu
Foi legal a abertura
O custo de vida subiu
É natural
Ainda há carnaval (bis)
No meu Brasil
Clóvis bate-bate, bate bola
Desfile de bloco de sujo
Grandes escolas
A esperança nunca terá fim
Crianças brincam e passeiam nos jardins
Vão às praias nas manhãs de sol
Nos parques de diversões
Circo e o futebol
O Rio continua sorrindo
Trabalhando e se divertindo
O mal que alguém previu
Não aconteceu, foi boato (bis)
Estamos em 1984
1986
Enredo: A neta da Chiquita Bacana
Compositores: Jorge Cabeleira, Oliba, Geraldo Martins e Madeira
Vamos falar de mulher
Entenda quem quiser
Seja lá como for
Que seja mãe amiga
Amante à moda antiga
Escrava do amor
Neste dia de folia
Vou brindar em seu louvor
Desde Eva até Amélia
Tudo era Ilusão
A roda foi girando lentamente
E a mulher independente
Hoje é dona da razão
Quando essa roda gira
Eu me ponho a recordar (bis)
Nos seus braços me ninei
No seu colo eu vou sonhar
Todo o meu ser se engalana
Viajando além da imaginação
Na Martinica, Chiquita Bacana
Fazia o que mandava o coração
Vestida numa casca de banana nanica
Mudou o curso de uma geração
A mulher se faz presente aqui
E em qualquer lugar
Vou erguer a minha taça
A roda vai girar
Gira gira essa roda
Deixar essa roda girar (bis)
Girando essa roda a vida vai continuar
1988
Enredo: Filho de branco é menino, filho de negro é moleque. Moleque taí, moleque vem cá vem cá apanhar
Compositores: Zé Lobo, Cocada, Bidubi do Tuiuti, Jorge Neguinho e Rodolfo da Bacia
Percorrendo pelos caminhos da vida
Esta terra que germina
Tudo que se planta dá
A cor púrpura predomina
Paz e amor não se separam
A raça, a distância
Por rios, montanhas e mar
Ô pega, ô larga
Não dá mais para agüentar (bis)
Abre o elo da corrente
Pra gente se libertar
(Na ilusão...)
Na ilusão vou no compasso
Para conquistar
Moleque taí
Moleque vem cá
Ê, ê, ê, ê, ê, a
Tuiuti lembra a infância (bis)
Vamos brincar
Bumba-meu-boi
Tem burrinha de criança
E no circo o palhaço
Com sorriso de esperança
Pula, pula, pula
Pula eu quero ver (bis)
Cachimbo não cai
Saci-pererê
1989
Enredo: Folclore, tradição popular
Compositores: Poliba, Jorge Cabeleira, Toninho 70 e Fernando M.
Vou cantar ô
Extravasar minha alegria
Hoje estou
Estou por conta da folia
Vem amor
Na minha escola desfilar
Meu Tuiuti também é glória
Nessa história
Folclore é Tradição Popular
É Tupã
Proteja nossa imensa aldeia
Que nos traga sorte (bis)
O canto do uirapuru
Jaci clareia
Os bravos navegadores fascinados
Ao encontrar o Eldorado
Atraídos pelo canto da sereia
Trouxeram lá da África distante
Em navios negreiros
Outra cultura que é mistura
Na alma e no sangue brasileiro
Hoje tem
Magia, lendas e crendices
Mitos e rituais
Literatos de cordel
Cantadores repentistas
E nas festas tradicionais
Tem samba de roda
Caxambu (bis)
Dança da capoeira
Frevo e maracatu
1990
Enredo: Eneida, o pierrot está de volta
Compositores: Aldir, Parim, Jorge Neguinho e Fernando J.
É carnaval, é alegria
É manifestação popular
A emoção que alegra a vida
Folclore e fantasia
O povo quer cantar
Eneida
O seu amor foi carnaval
E na arte e na cultura
Marco da literatura foi sem igual
Deslumbrando as escolas de samba
Raízes de gente bamba
Que faz a passarela delirar
Vem burrinhas, vem Zé Pequeno
Pirata da perna de pau (bis)
Arlequins, bloco de sujo
A euforia é geral
Desfilam luxuosas fantasias
No baile do Municipal
O corso pelas ruas da cidade
Ranchos e sociedades tradicionais
Eu sou pierrot
Tu és minha colombina (bis)
No salão todo enfeitado
De confete e serpentina
1991
Enredo: Asa Branca
Compositores: Valéria, Fernanda e Carmen
Vem meu amor
Cantar a dor com emoção (olha o Paraíso aí)
O Paraíso está aberto
O Tuiuti vem bem de perto
O astro-rei brilhando em outra dimensão
Rei do baião, deus da canção
Filho de Exú, sonhava ser lampeão
Buscando um caminho melhor
Viu o cão amigo de Jacó
Morrer na solidão
Conhecendo a dor e a rebeldia
Cantava o amor pelos cantos do sertão
Lembro do velho chapéu de couro
Sobre seus cabelos brancos
Na festa de São João
Feira de Caruaru (ô bumba-meu-boi)
No Nordeste é tradição (é tradição)
Cangaceiro e boiadeiro (bis)
Lavradores e sanfoneiros
Lembram o Rei do Baião
O Nordeste hoje chora
Asa Branca foi embora
Mas um dia vai voltar
Canta, canta Gonzaguinha
Que o show não pode terminar
Vem do céu uma chuva de prata
Para atender às matas
Num clima emocional
São lágrimas de uma sanfona branca
Que chora no espaço sideral
Tô que tô
Eu vou partir no Pau de Arara (bis)
Vem amor
Que a festa hoje é do Gonzaga
1998
Enredo: Oui Oiu, a França esteve aqui
Compositores: Sirley, Jurandir, Alceu, Binho e Moreno
Alegria
Oui oui a França esteve aqui
E mais forte que armas de fogo
Sua cultura conquistou o nosso povo
A missão francesa trouxe arte e ciência
O Jornal do Comércio a influência
O Rio imitou Paris
A Bela Época foi um tempo feliz
Tinha o brilho do teatro de revista
Hoje na Sapucaí eu sou artista
Marinheiros e mulheres
O amor nos cabarés
O can-can alegria dos cafés
O que ficou entre nós
Teatro, cinema, literatura
A culinária dá água na boca
Do pão francês o Rio é freguês
Dos arraiais, avante anarriê
Nossas quadrilhas encantando outra vez
E também o perfume
A moda e muito mais
Tem chofer nessa folia
A minha escola
É toda charme e alegria
1999
Enredo: Uma delícia glacial no país do carnaval
Compositores: Rafael, Humberto e Shabba do Pandeiro
Meu Tuiuti traz alegria pra Avenida
Colorindo a Sapucaí
É saboroso sim
Uma delícia glacial
Que agora encanta o país do carnaval
Cruzando o mundo hoje ele é raiz
Da China antiga chegou aqui
Tudo começou no Oriente
Vindo de um povo inteligente
Essa mistura logo se originou
Que ao viajante Marco Polo encantou
Chega à Europa, quem diria
Gelo com frutas e mel
Que delícia
Conquista a corte, libertários e a nobreza
Encanta a França esta doce sobremesa
Assim
Dos cafés parisienses
Ganha novo continente
Às terras do Tio Sam
Se torna arte e comércio industrial
E se implanta o seu dia nacional
Sorvete a quilo
Eu vou provar mais que legal
Uma banana split
Meu picolé é demais
É a Paraíso com gosto de quero mais
2000
Enredo: Um monarca na fuzarca
Compositores: Meia Noite, Jurandir, Gil Azeitona, Mestre Arerê, Tunico do Pandeiro, Serginho da Ilha e César Som Livre
Brilhou, brilhou, brilhou
Desde menino seu destino transformou
E ainda adolescente
Dom Pedro é coroado Imperador
Mecenas das artes
Explosão cultural
Resgata a imagem do índio, que antes esquecido
Como herói nacional
Para o mundo conhecer, navegou
Nessas viagens, o intercâmbio propagou (bis)
A boa imagem do Brasil no exterior
Com o desenvolvimento da ciência
A economia floresceu
Para o país trouxe a fotografia
Expondo a arte
Nosso povo a conheceu
Piuí, piuí
Alô, alô, meu bem
No mar, no ar
Faço o meu vai-e-vem
No grande baile da Ilha Fiscal
A minha escola faz seu carnaval
Um monarca na fuzarca
Vem a Tuiuti
Vai balançar o povo (bis)
Ao desfilar de novo
Na Sapucaí
2001
Enredo: Um mouro no Quilombo. Isto a história registra
Compositores: César Som Livre, Kleber Rodrigues, David Lima e Cláudio Martins
Pra agradecer
O dom da vida
O mais sublime dom de Alah
No mar, um bravo mouro se aventurou
Ao risco de tenebrosas tormentas
Piratas, batalhas sangrentas
Mas naufragou
E o destino lhe sorriu
Nas mãos de um salvador
O trouxe pro Brasil de Zumbi
Ê ô Zumbi
Todo o Quilombo coragem
É força pra resistir (bis)
É fé que vem acudir
É fibra que brota em ti, Palmares
Assim surgiu
O desejo de escrever
A própria história
E quem quiser chegar
Pra construir essa vitória
Um povo mais feliz
A Meca de um país
Justiça e igualdade
Tu és meu sonho Tuiuti
Tens um destino à cumprir
É brilhar no carnaval (bis)
No desfile principal
Todo o povo a te aplaudir
2002
Enredo: Arlindo, arlequins e querubins: um carnaval no Paraíso
Compositores: Waltinho Fontoura, Bahia, Luiz Pinheiro e Catimba do Tuiuti
Iluminado
Entre arcanjos e querubins
Trazendo a mensagem que encanta
És Arlindo dos arlequins
Um facho de esperança
Nesse país sem fronteiras
Onde sua obra é forte lembrança
Na arte e na cultura brasileira
Uirapuru, maracatu, boi-bumbá
E o reisado vem mostrar (bis)
Que o povo constrói a sua lenda
Sob as bençãos de Oxalá
A vida brota
Nas mãos de mestre Vitalino
Nos olhos da dama do Gantois
Vejo a festa do divino
E a lavagem do Bonfim
Renova a alma do negro sonhador ô ô ô
Que descobre um passado de esplendor
Chica da Silva e Chico Rei
Estórias que a história não contou
A princesa do fidalgo português
E o escravo que reinou
Na luz do novo amanhecer
Sou o arlequim do carnaval (bis)
A passarela é meu teatro, meu feitiço
Nesse paraíso divinal
2003
Enredo: Tuiuti desfila o Brasil nas telas de Portinari
Compositores: Fernando de Lima, Silvão, Doutor e Eli Penteado
Brasil, vai me deixa sonhar
Sua arte mostrar, quanta magia
Nas obras que a óleo pintei
O universo encantei com fantasias
A luta do trabalhador
E o mundo infantil reproduzi
Retratos da vida
Que, em cores vivas eu descobri
Em telas, tintas e pincéis, eu viajei
Realidades sociais descortinei (bis)
A nossa pátria mãe gentil
De inspiração meu sonho coloriu
Vem pra navegar em telas
Sou Portinari, é carnaval
Cem anos vou brindar
Pintando a emoção
Enredo do meu coração
Vem pincel mágico iluminar os meus versos
E destilar cores, fantasias
Fraternidade e paz a minha arte deixou
Neste cenário multicor
Meu Tuiuti chegou
O meu país pintou (bis)
Retrata feliz a paz que sonhei
De um mundo que eu imaginei
2004
Enredo: Olha que coisa mais linda, o Poeta está no Paraíso!
Compositores: Eric e Zezé
Venha mergulhar
Num lindo mar de fantasias
Meu canto está no ar
Com um leve toque de magia
Vejo no amanhecer
Versos e canções de amor
Uma doce aquarela
De um paraíso multicor
Com a luz e a poesia
De um boêmio sonhador (bis)
Garota de Ipanema
Que o Poetinha consagrou
Hoje o Tuiuti está em festa
Em verso e prosa desse gênio brasileiro
Criou a bossa nova, totalmente carioca
Que despontou pro mundo inteiro
Obras que até hoje contagiam
Em sua arca tem Orfeu da Conceição
E da sua banheira emergia
Com versos que inebriam o coração
E ao desfilar
Eu levo a vida como deve ser
Alegre, triste ou cheia de prazer
Venho celebrar o amor (bis)
E hoje
Minha escola canta em prece
Nosso povo não te esquece (e diz)
Vinicius de Moraes amo você
2005
Enredo: Cravo de Ouro, eu também sou da Lira e não quero negar
Compositores: Ceí, Reza, Pelé, Jurandir e Wanderlei

Germinou no berço dourado
A semente de Tupã que floresceu
E o cravo carioca
Com "C" de índio na Bahia nasceu (as almas)
Almas das matas verdejantes
Trazem força e energia, seduzindo a emoção
O morro da Urca, que herdou
Transformou no instituto cultural
Notável pesquisador da musicalidade nacional
Em seus primeiros passos
Com reco-recos e pandeiros
Índios e negros foram pioneiros

Chiquinha guerreira
Atabaques e terreiro, a Tia Ciata (bis)
O primeiro samba "Pelo Telefone", malandro
Nasceu na Lapa

Vem, estão voltando as flores
Na sublime poesia
Passeando na imaginação
Grandes bailes da MPB
Máscaras bailando no salão
Cinema, cultura e arte
Liberdade, não calem nossa voz
Gira baiana a anunciar
Quem é do samba não pode faltar

Sou Tuiuti não vou negar
Sou da Lira, sou assim
O Cravo de Ouro (bis)
Ricardo Cravo Albin
2006
Enredo: O Imperador morava logo ali, do outro lado do Tuiuti
Autores: Du Pagode, Fabio Malafaia, J. Junior e Marcelo Pagodeiro

São Cristóvão, meu bairro imperial
Que já foi morada da família real
O Imperador, a Marquesa e o Barão
Moravam logo ali
Do outro lado do meu Tuiuti
Me fascina o teu passado de glória
Casarões e avenidas
Retratando a história
Quinta da Boa Vista
Meu jardim de rara beleza
Presente da mãe natureza

Tem cultura do Nordeste
Culinária de primeira, lá na feira
Bebo uma pinga boa (bis)
E no embalo do forró
Vou dançar a noite inteira

É arte, ciência, indústria
O comércio se alastra na região
Louvor ao padroeiro
Que protege a direção
Parece obra divina
Variedades, auto-peças, oficinas
No esporte, o cadete e a Cruz de Malta
Tem lugar no coração
E o jardim zoológico
Pra família é lazer e diversão

No domingo eu vou à Quinta passear
Me divertir, extravasar (bis)
Meu Paraíso, vamos aplaudir
É o orgulho do meu Tuiuti

2007
Enredo: Vamos falar de amor
Compositores: Beto Xangô e Dentinho
Bailando eu abraço o novo mundo
Deslumbrante cenário de ilusão
Deixei o meu colo materno
Pra viver um sonho de emoção
Vou amando o dia-a-dia
No auge da minha sedução
Espero num sorriso colorido
Conquistar seu coração
Tô louco, tô louco (bis)
Cheio de amor pra dar
No céu (ô)
Brilhou uma linda estrela
Iluminando o sublime amor
E eu, amante da folia
Pra lhe conquistar trago uma flor
Estou perdidamente apaixonado
E nesse beijo quero ser seu namorado
Está no universo a maior força da razão
Até os astros trazem amor no coração
O cupido chegou
Na Sapucaí (bis)
Cantando forte e abraçando a Tuiuti
2008
Enredo:Cartola – Teu Cenário é uma Beleza
Composição: Betinho do Cavaco, Cássia Novelli, Silvão, Aníbal e Jeronimo GG
Hoje a Tuiuti vem retratar
A arte resplandece em poesia
Cem anos de um poeta singular
Que em notas deu o tom da sua vida
E foi num sonho
Verde e rosa que me conquistou... ô ô ô
Dos Arengueiros
A Estação Primeira ele criou
Sua canção ao mundo inteiro encantou
E semeou amor
Deu frutos em tão lindas melodias (bis)
São letras dando vida ao papel
Divina inspiração que nos fascina
Num jardim de grandes amores
A mais bela das flores
Conquistou seu coração
Num cenário de tanta beleza
Vou cantando com emoção
Parabéns! 80 anos de Mangueira
A sua casa verdadeira
No Zicartola vou brindar
Dizem que as rosas não falam
Apenas exalam
São os versos do poeta, que inspirou
Meu pavilhão, minha raiz
Voa, voa Tuiuti
Voa num sonho Tuiuti
No Paraíso vai buscar (bis)
Desperta Cartola
Vem pra avenida desfilar

2009
Enredo: O Cassino da Urca

Autores: Aníbal, Gilmar Silva, Jurandir, Jerônimo GG, Fábio Malafaia e Jurandir Terra
Hoje ao me envolver nessa magia
Num beijo sob a luz do luar
Entro na festa, ouço a orquestra
O show vai começar
Chegou o dia
Roda roleta minha escola gira
A noite em clima glamour... no ar
Reluz Cassino da Urca
Na luz que te reflete sobre o mar

Vou recordar e reviver
Um tempo bom, o croupier (bis)
Fantasia é doce magia
Da bombonieré

E assim
Surgiu nova era
Calouros, artistas, novelas
Entram em cena brilham na tela
TV Tupi revela
O tempo passa a luz se apaga
Outra saudade pro seu coração
Tu és a morada pra arte cultura
A forma mais pura de expressão
Um “paraíso” no Tuiuti
Eterno destino de glória
Desenhando nova trajetória

O dado rolou e o jogo mostrou
Que vai dar Tuiuti (Ah! meu Tuiuti)
Segue a sua sina (bis)
Da volta por cima na Sapucaí

2010
Enredo: Eneida, o Pierrot está de volta
Autores: Aníbal, Jr. Fionda, Luis Caxias, Marcio de Campos Novos, Reza e Ceí

Guerreira mulher
Um marco na história
Estrela em meus versos vou dizer
Seu brilho está guardado na memória
Quis assim um deus menino
Ao traçar o seu destino
Contar o que o tempo não levou
Luta pelo povo, impõe seu ideal
Rompe as barreiras do bem e do mal
Escreve a história do carnaval
Faz da vida imortal

Viaja Tuiuti nessa canção de amor
Voa e vai buscar na lua (bis)
Onde ainda chora o seu pierrot
E diz a ele que a saudade terminou

Onde andará a colombina
O banho de confete e serpentina
A chuva prateada que cai sobre mim
Me faz lembrar o arlequim
Personagens fascinantes
Rainhas, piratas, amantes
No carnaval o novo artista
Me faz recordar
A mais pura arte popular
Que vou eternizar

Dando um baile na avenida
Pra te seduzir... Sou Tuiuti (bis)
A essência do samba não morrerá jamais
Meu Paraíso canta Eneida de Moraes

2011

Enredo: O Mais Doce Bárbaro - Caetano Veloso
Autores: Eric Souza, Elton Divino, Rodrigo Monteiro, Zezé e Gê Tuiuti

Vem, vem no bailar da melodia
Do pop ao samba poesia
Fruto de uma "jóia rara"
Vai, vai seguindo o seu destino
Foi assim desde menino
Canções e poemas de amor
Doce bárbaro, hoje canto pra você
Filho de Gandhi és tesouro da Bahia
Sua música irradia "alegria"
Tropicalista na sua filosofia

Um artista consagrado, filho de dona Canô
Que ao mundo encantou (bis)
"Sem lenço e sem documento", eu vou
Vou na lavagem do Bonfim, nosso senhor

Deixou a sua marca na história
Bradou o grito de uma nova era
Brilhou a sua estrela em aquarela
E hoje ao desfilar na passarela
Adoça a bossa no mel da "abelha rainha"
Tem samba no pé, "oh, baby", "oh, neguinha"
Afina o coro com a minha bateria
Caetano é o rei nessa folia

Homenagem sincera, uma prova de amor
Ao nosso poeta de raro valor (bis)
É Caetano Veloso, pode aplaudir
No Paraíso do Tuiuti

2012

Enredo: A Tal Mineira
Compositores: Jurandir, Anibal, Adauto Alves, Reza e Pelé

Oh, quanta saudade
Da tal mineira... Doce inspiração
Que felicidade!
Meu Tuiuti vai revivendo a emoção
Um ser de luz
A iluminar meu caminhar
Quem nos conduz
Nesta avenida é o sabiá
A natureza sorrindo
Fazendo a vida florescer
Eternizando a bela voz
Que não da mais pra esquecer
É agua no mar... É maré cheia
Com a proteção de Oxalá, clareia

E lá no infinito seu canto ecoou
Morena mineira, mestiça raiz
(bis)
Encontro das raças, rufar do tambor
Trazendo axé pra nos fazer feliz

(Mas vem)
Vem de longe a batucada
Entre morros e vielas
Salve a deusa, salve o samba
Encantando a passarela
Seu canto
Traz a paz ao coração
É mais que uma prece, é devoção
E o povo vai fazer seu ritual
E na simplicidade
Acende a chama do meu carnaval

Hoje eu vi uma estrela... No céu
Sorrindo pro morro do meu Tuiuti
(bis)
É Clara guerreira, num gesto de amor
Iluminando a Sapucaí! (Eu vi! Eu vi!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário