sábado, 23 de fevereiro de 2013

QUINHO


QUINHO

Nome Completo: Melquisedeque Marins Marques
Ano de nascimento: 1957

O público que assistiu ao desfile da União da Ilha do Governador pela tevê ou nas arquibancadas surpreendeu-se com o show de animação e empolgação de Quinho ao cantar o samba “Festa profana”. O cantor estava inspirado naquele dia e foi um espetáculo à parte. Irriquieto, inventou cacos a cada estrofe do samba e conduziu sempre em alta o samba. A performance chamou atenção de todos para aquele ex-feirante surgido no mundo do samba como puxador do extinto bloco Boi da Freguesia (atual Escola de Samba Boi da Ilha do Governador) em 1976, quando assumiu o lugar de Aroldo Melodia, que havia se transferido para a União da Ilha.
Em 1984, Quinho foi integrado à ala de compositores da União da Ilha e, já no ano seguinte, assumia o posto de primeiro puxador da escola para cantar o samba “Um enredo, um herói, uma canção”. Com o retorno de Aroldo Melodia para a tricolor, em 1986 e 1987, Quinho passou a ser apoio do veterano puxador. Voltou em 1988 e teve seu auge no formidável desfile de 1989, em que a escola conquistou o terceiro lugar. Em 1990, Quinho ainda defendeu a União da Ilha e a partir do ano seguinte passou a mostrar seu talento no Salgueiro, onde obteve grande identificação. Em 1993, conduziu a escola ao título de campeã do carnaval, com o inesquecível “Peguei um Ita no Norte”. Um pequeno retorno à Ilha em 94, e novamente de volta ao Salgueiro em 95. No ano 2000, trocou a Marquês de Sapucaí pelo Anhembi e foi para São Paulo puxar “Yes, nós temos mais que bananas”, na Rosas de Ouro.
De volta ao Rio de Janeiro, o irrequieto puxador esteve dois anos na Grande Rio e um novo retorno ao Salgueiro em 2003, no ano do cinqüentenário da escola. Em 2005, além do samba salgueirense, Quinho também puxou a União da Vila do IAPI no carnaval de Porto Alegre. Durante o desfile do Salgueiro de 2005, Quinho, enquanto puxava o samba, teve uma crise de choro devido à lembrança do patrono Miro e seu filho Maninho, mortos em 2004. Em 2009, conquistou seu segundo título pelo Salgueiro, com o enredo "Tambor". Após o desfile de 2010, chegou a anunciar que deixaria o Salgueiro, em virtude de desentendimento com membros da diretoria. Mas Quinho voltou atrás e deverá seguir na Academia nos próximos carnavais.
Quinho é constantemente criticado por não ter uma boa dicção e exagerar nos cacos durante o desfile. No entanto, sua performance na avenida é um verdadeiro show que anima as arquibancadas e os componentes da escola que defende.

Início: União da Ilha do Governador, nos anos 70.
Primeiro ano como intérprete oficial: 1985 (União da Ilha). Seguiu como apoio de Aroldo Melodia em 1986 e 1987.
1988 a 1990 – União da Ilha
1990 - Reino Unido da Liberdade (Manaus, na gravação do LP)
1991 a 1993 – Salgueiro
1993 - São Clemente (Grupo A)
1994 e 1995 – União da Ilha
1996 a 1999 – Salgueiro
2000 – Rosas de Ouro (SP)
2001 e 2002 – Grande Rio
Desde 2003 – Salgueiro
2005 - União da Vila do IAPI (Porto Alegre)
Desde 2008 - Unidos de Vila Maria (SP)
GRITO DE GUERRA: Arrepiiiiaaaaa Salgueeeeeeeeiroooo (ou Ilha ou Grande Rio)! Pimba, pimba! Ai, que lindo! Que lindo!
GRITOS DE EMPOLGAÇÃO:vai que dá”; “futuca, futuca”; “siiiim”; “tá certo”; “minha bateria baqueta de ouro”; “volte logo”; “tá sabendo”; “tique-tá”; “assim, Salgueiro... Salgueiro é assim”; “na ginga, na ginga”; “feliz daquele que tem o Salgueiro no seu coração”; "é leso, é leso"; "biito, biito", “ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô-ô...uh!”, “se joga”, “é assim sim”, “ai que lindo, que lindo”, “há... haaaaaai”, "arreda que lá vem Salgueiro"; "já vai?"; "tá surdo?"; "segura, seu Miro"; "será?"; "ai ai ai, ai ai ai".
SAMBAS DE SUA AUTORIA: “Um caso por acaso” (95, com Adalto Magalha e Márcio Paiva), “Anarquistas sim, mas nem todos” (96, com Adalto Magalha, Eduardo Dias e Márcio Paiva), “De poeta, carnavalesco e louco... todo mundo tem um pouco” (97, com Adalto Magalha, Eduardo Dias e Márcio Paiva), “Salgueiro, minha paixão, minha raiz – 50 anos de glória” (2003, com Claudinho, Leonel, Luizinho Professor, Serginho 20 e Sidney Sã), “A cana que aqui se planta tudo dá, até energia... álcool, o combustível” (2004, com Claudinho, Leonel, Luizinho Professor, Newtão, Serginho 20 e Sidney Sã), "Do Fogo que ilumina a vida, Salgueiro é chama que não se apaga" (2005, com Moisés Santiago, Waltinho Honorato, Fernando Magaça e Luiz Antonio) e "Microcosmos - O que os olhos não vêem, o coração sente" (Salgueiro/2006, com Tiãozinho do Salgueiro, Abs, Leonel, Luizinho Professor, Moisés Santiago, Waltinho Honorato, Fernando Magaça e Paulo Shell).
MAIS FOTOS DE QUINHO









Com o bicheiro salgueirense Maninho (assassinado em 2004)

Com Serginho do Porto

Com Aroldo Melodia

Na vinheta do carnaval de 1989, cantando "Festa Profana"

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