segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

TRADIÇÃO

TRADIÇÃO
FUNDAÇÃO 01/10/84
CORES Azul Turquesa e Royal, Branco, Ouro e Prata
QUADRA Est. Intendente Magalhães, 160
Campinho
21341-330
Telefone: N/D
Fax: N/D
BARRACÃO Praça Dinah de Queiroz, s/n
Santo Cristo
20220-300
SÍMBOLOCondor
HISTÓRICO
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Tradição nasceu em 1984, depois de um desentendimento na Portela. Sete alas da Portela foram eliminadas da escola pelo então presidente Carlinhos Maracanã e alguns membros da diretoria e outras figuras importantes, como Nézio Nascimento, filho de Natal, um dos presidentes da Portela, se uniram para formar a nova agremiação. Além de Nézio, Léa, Odiléa, Tureca, Mazinho, João Nogueira, Vilma Nascimento e Paulo César Pinheiro também foram fundadores.
De início, porém, a escola não teve o nome que tem hoje. Foi chamada de Sociedade Cultural e Recreativa Portela Tradição. Mas devido a vários contratempos e processos na Justiça (com a proibição do uso do nome Portela), o nome foi mudado para S.C.R. Amor e Tradição e, finalmente, após uma reunião histórica, para G.R.E.S. Tradição.
Nézio procurou então Maria Augusta e a convidou para assumir o departamento de carnaval. Ela sugeriu que se reunisse um grupo de artistas plásticos (inclusive a própria) para fazerem o carnaval da escola, o que ocorreu. Os carnavalescos escolhidos, e, que participaram em conjunto até 1988, foram Rosa Magalhães, Lícia Lacerda, Paulino Espírito Santo, Edmundo Braga, Viriato Ferreira e Maria Augusta, tendo como assistente o mineiro João Rozendo. Este foi o responsável pelo carnaval de 1989.
Nézio Nascimento convidou vários compositores famosos para a composição do samba-enredo da escola, mas os únicos que aceitaram foram Paulo César Pinheiro e João Nogueira que, em 1984, tinham um samba já gravado chamado "Xingu", que acabou sendo o tema do enredo. A escola ficou sem ala de compositores até o carnaval de 1989. Durante esse tempo, os dois compositores ficaram responsáveis pelas produções musicais da escola. A ala de compositores foi criada em 1990.
Apesar de estar há pouco tempo na estrada do samba, a Tradição teve uma trajetória rápida: foi campeã por três anos consecutivos nos desfiles secundários, passando do quarto para o primeiro grupo - atualmente Grupo Especial - em tempo recorde. Em seus 20 anos de história, a Tradição vivenciou bons e maus momentos: chegou a desfilar no Sábado das Campeãs, no carnaval de 1994, mas também sofreu rebaixamentos em outras ocasiões (nos anos de 1989, 1992, 1996, 2005 e 2007).
A escola tinha muitas dificuldades para se manter no Grupo Especial, onde permaneceu de 1998 a 2005. Fora a oitava colocação de 2001 com um belo desfile sobre o apresentador Sílvio Santos, a escola vinha adquirindo posições medíocres, como duas penúltimas colocações em 2002 e 2003 e uma modesta 12ª colocação entre 14 escolas em 1999, 2000 e 2004, quando reeditou o enredo "Contos de Areia", da Portela de 1984. Tanto que, com essa reedição, cogitou-se até uma fusão entre Tradição e Portela já a partir de 2005. Mas a volta da Tradição às suas raízes portelenses é constantemente negada por Nézio Nascimento. Rebaixada em 2005, a Tradição desfilou no Acesso A em 2006 reeditando, mais uma vez, um enredo de uma outra escola. Dessa vez, o tema escolhido foi "Bahia de Todos os Deuses", utilizado pelo Salgueiro em 1969. Terminou na quarta colocação.
A escola de Campinho resolveu apelar para mais uma reedição no desfile de 2007. Dessa vez, apelou para um tema próprio, que proporcionou à Tradição o seu melhor desfile na história: "Passarinho, Passarola, Quero Ver Voar" de 1994. Porém, por problemas financeiros e administrativos, a escola só começou a sua preparação para o desfile a poucos dias do carnaval. Resultado: a Tradição terminou em penúltimo lugar, amargando mais um rebaixamento apenas dois anos depois da queda no Especial. Até hoje a escola permanece no Grupo B. Em 2010, reeditou o samba-enredo de 1986 "Rei Senhor, Rei Zumbi, Rei Nagô".
RESULTADOS DA ESCOLA
1985 - 1ª no Grupo 2B
Pássaro Guerreiro, Xingu
Maria Augusta e Paulino Espírito Santo

1986 - 1ª no Grupo 2A
Rei Senhor, Rei Zumbi, Rei Nagô
Maria Augusta e Paulino Espírito Santo

1987 - 2ª no Grupo 2
Sonhos de Natal
Paulino Espírito Santo

1988 - 8ª no Grupo 1
O Melhor da Raça, O Melhor do Carnaval
João Rosendo

1989 - 16ª no Grupo 1
Rio, Samba, Amor e Tradição
João Rosendo

1990 - 4ª no Grupo A
A Coroação

1991 - 1ª no Grupo A
De Geração à Geração Nas Asas da Tradição
Jorge Luiz Vilela

1992 - 14ª no Grupo Especial
O Espetáculo Maior... As Flores
Jorge Luiz Vilela

1993 - 1ª no Grupo A
Não me Leve a Mal, Hoje é Carnaval
Lícia Lacerda

1994 - 6ª no Grupo Especial
Passarinho, Passarola quero ver Voar
Lícia Lacerda

1995 - 11ª no Grupo Especial
Gira Roda, Roda Gira
Lícia Lacerda

1996 - 16ª no Grupo Especial
Do Barril ao Brasil
Lícia Lacerda

1997 - 1ª no Grupo A
Os Balagandãs
Orlando Júnior

1998 - 11ª no Grupo Especial
Viagem Fantástica ao Pulmão do Mundo
Orlando Júnior

1999 - 12ª no Grupo Especial
Nos Braços da História, Jacarepaguá, Quatro Séculos de Glórias
Orlando Junior

2000 - 12ª no Grupo Especial
Liberdade! Sou Negro, Raça e Tradição
Orlando Junior

2001 - 8ª no Grupo Especial
Hoje é Domingo, é Alegria. Vamos Sorrir e Cantar !
Orlando Júnior

2002 - 13ª no Grupo Especial
Os Encantos da Costa do Sol
Orlando Júnior

2003 - 13ª no Grupo Especial
O Brasil é Penta, R é 9 - O Fenômeno Iluminado
Orlando Júnior

2004 - 12ª no Grupo Especial
Contos de Areia
Orlando Júnior

2005 - 14ª no Grupo Especial
De Sol a Sol, de Sol à Soja. Um Negócio da China!
Mario Borrielo

2006 - 4ª no Grupo A
Bahia de Todos os Deuses
Comissão de Carnaval

2007 - 9ª no Grupo A
Passarinho, Passarola, Quero Ver Voar
Orlando Júnior

2008 - 7ª no Grupo B
Isto Sim é a Tradição!
Orlando Júnior

2009 - 10ª no Grupo BSaquarema, princesinha da Costa do Sol. De capital do surfe à casa do vôleiComissão de Carnaval
2010 - 7ª no Grupo B
Rei Senhor, Rei Zumbi, Rei Nagô... E tô aí, tô aí sim senhor
Sandro Gomes

2011 - 7ª no Grupo B
Juazeiro do Norte, terra de oração e trabalho. Cem anos de fé, poder e Tradição
Augusto de Oliveira

2012 - 5ª no Grupo B
Ziraldo: páginas da vida de um maluco genial!
Augusto de Oliveira

SAMBAS-ENREDO
1985
ENREDO: Xingu, o pássaro guerreiroAUTOR(ES): João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro
Pintado com tinta de guerra
O índio despertou
Raoni cercou
Os limites da aldeia
Bordunas e arcos e flechas e facões
De repente eram mais que canhões
Na mão de quem guerreia

Caraíba quer civilizar o índio nu
Caraíba quer tomar as terras do Xingu (bis)

Quando o sol resplandece os raios da manhã
Na folha, na fruta, na flor e na cascata
Reclama o pagé pra Tupã
Que o curimatã sumiu dos rios
E o uirapuru fugiu pro alto da mata
Toda caça ali se dispersou
Ô Deus Tupã
Benze a pedra verde, a muiraquitá
Que os índios
Estão se juntando igual jamais se viu
Pelas terras do pau-Brasil

É Kren-Akarore, Kaiabi, Kamaiurá
É Tchukarramãe, é Kretire, é Carajá (bis)

Eh, Xingu
Ouvindo o som do seu tambor
As asas do Condor, o pássaro guerreiro
Também bateram se juntando ao seu clamor
Na luta em defesa do solo brasileiro
Um grito de guerra ecoou
Calando o uirapuru lá no alto da serra
A nação Xingu retumbou
Mostrando que ainda é o índio o dono da terra
1986
ENREDO: Rei Sinhô, rei Zumbi, rei Nagô - Eu também tô aí, tô aí sim sinhô
AUTOR(ES): João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro
O negro lá na África era um rei
Foi artesão, foi caçador
Guerreiro, feiticeiro, camponês
Exímio dançador
Tinha sua própria lei
E a liberdade sem favor

Dono dos ouros, das pratas
Dos rios, das matas (bis)
O Rei senhor ô ô ô

Um dia chegou o branco invasor
De armas nas mãos, brutais e cruéis
Sangue pelo chão, correntes nos pés
Vinham das galés, lamentos de dor
Mas da escravidão surgiu
Zumbi que foi o rei libertador
O tempo passou
E a raça no Brasil tem uma nova cor
O samba vingou
E o negro no Brasil tornou-se o Rei Nagô

Morena de Angola, me faz cafuné
Mulato frajola de lá da Guiné
Que deita e que rola
Na ponta do pé
Veio dentro de gaiola
Transformou-se em quilombola
Veja agora o que ele é
Rei do carnaval da escola
Rei das artes, rei da bola
E a rainha mãe quelé
1987
ENREDO: Sonhos de Natal
AUTOR(ES): João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro

Vem chegando a Tradição
Benzendo o chão da passarela
E pra falar dos sonhos de Natal
Pedimos licença a nossa querida Portela
Entre Oswaldo Cruz e Madureira
Ele pôs sua bandeira
E fez seu estado maior

Senhor da fé e patrono da alegria
Samba, jogo e valentia (bis)
Comandou com um braço só

Com um braço só, já dei tapa em vagabundo
Dei a volta pelo mundo, mas também já fiz o bem
Com um braço só, vou viver a vida inteira
Mandando em Madureira e em outras terras também
(Oh, Natal)
Oh, Natal, que saudade
Foram dezenove Carnavais
Toda cidade era felicidade
Sonhos bonitos que já não voltam mais
Vem e guia seus filhos
No derradeiro sonho do seu coração

Volta pra avenida iluminada
Mostra, pra rapaziada (bis)
O que é a Tradição

Chegou, chegou, mas só vem quem quer
Quem é sonhador, como a gente é
Chegou, chegou pra dizer no pé
Respeitando os sonhos do senhor da fé
1988
ENREDO: O melhor da raça, o melhor do Carnaval
AUTOR(ES): João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro

Vem meu amor
Do teu coração abre a janela
Conquistando a passarela
Com saudades da Portela
Vem de novo a Tradição (graças a Deus)
Vem mostrar um pouco da aquarela
Que o Brasil tem no coração
Tem deus Tupã, tem Boitatá, tem Guaracy
Tem o Quarup e as danças de guerra
Tem Sapain, tem Aritana e Raoni
Lutando ainda pela posse da terra
Tem Carimbó, tem Caxambu, tem Ticumbi
Maracatus e jongos
Tem Chico Rei, Mãe Quelé, tem Zumbi
Regando até hoje a semente dos quilombos
Quem faz a festa é o Chalaça
O imperador vai gostar
Vai ter seresta e cachaça
Mucama vai se enfeitar
Salve a mistura da raça
Que nunca vai se acabar
Até o dia de Graça chegar
Vem, acende a chama
Da nossa história
Vamos exaltar a escola de samba
Nosso panteon de glória
Vem, me dê a mão
Que na folia é todo mundo igual
Vem, vem cantar junto com a Tradição
O melhor do Carnaval (vem, meu amor)
1989
ENREDO: Rio, samba, amor e Tradição
AUTOR(ES): João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro

Rio de Janeiro
Salve São Sebastião
Santo padroeiro
Samba, amor e Tradição (é Tradição, é Tradição)
Esquece a tristeza
Que é hora do Rio cantar
Com tanta beleza
A gente não pode chorar
É na Passarela
É na Cinelândia
A Tribuna Popular
Quero da Vista Chinesa
Ver a natureza se descortinar
Quero outra vez ver meu time
Fazendo esse meu Maracanã vibrar
Copacabana é princesinha a vida inteira
A capital do samba ainda é Madureira
Em Paquetá tem flores
Ilha dos meus amores
Que lembra o amor do Imperador pela marquesa
Lá nos jardins do bairro imperial

Ai, como é lindo a criança
Entrando na dança desse Carnaval (bis)

Rio do mar de Ipanema
A Lapa boêmia
Malandro tem que respeitar
Rio, vem cantar de novo
Sorria, meu povo
Que o Cristo Redentor quer te abraçar
Hoje a minha escola
Veio desfilar
Pra mostrar que o samba
Não pode parar
Oh, linda morena
Quero ver passar
Num doce balanço
Caminho do mar
Ê, ê, o mar, ê ê o mar
Ê ê o mar, ê ê o mar
(Oh, meu Rio...)
1990
ENREDO: A coroação
AUTOR(ES): Tarcísio de Guadalupe, De Moraes, Chiquinho e Jorge Makumba

É Tradição
É Tradição no Carnaval
Maracatu, ô ô
Festa do folclore nacional
Outros ritos importantes
Vieram homenagear
Este evento exuberante
A rainha vamos coroar

Folia de reis, frevo e congada
É bonito de se ver, vamos lá rapaziada
Meu boi morreu, bumba meu boi-bumbá (bis)
Mas no fim da brincadeira
Ele vai ressuscitar

Ao longe o badalar dos sinos
Anuncia o divino
Que também vem prestigiar
Vem da Bahia, a lavagem do Bonfim
Iaôs com pés no chão
Num ritual de louvação
Caboclinhos e suas flautas vem anunciar
O ponto alto desta festa popular
A coroação
Da rainha do maracatu
A realeza, dando um toque de nobreza
Nesta festa de beleza
Pontilhada de emoção
O luxo e a riqueza
Deslumbrando a multidão

Maracatu da coroa real
Maracatu, a sensação do Carnaval (bis)
1991
ENREDO: De geração a geração nas asas da Tradição
AUTOR(ES): Cesar Paladino, Picolé e Hermes de Marechal

Mais uma vez eletrizante
Belo e emocionante
O condor vai voar, vai voar
Levando para bem distante
A filosofia popular
Da bela época
Em que tudo era fantasia
Brilhando, a caçulinha anuncia
De geração a geração
Nas asas da Tradição

Voa condor, vai viajar
Leva no bico
A poesia popular (bis)
O povo sabe, vovó dizia
Legou castelos de sabedoria

(Tradição)
Tradicionalmente
Quem conta um conto
Aumenta um ponto
Vou também cascatear
Quem espera sempre alcança
Eu chego lá
Vou feliz sem ti ti ti
De azul e branco na Sapucaí
(A galera é o quê)
A galera é esperta
Vai comigo, tem Q.I.
(E vai brilhar)
Vai brilhar no céu
Com esplendor a terra azul
Vou computar na minha mente
Quem quiser que conte outra
É carnaval

Gira baiana
O que reluz é ouro (bis)
Tradição
É o meu tesouro
1992
ENREDO: O espetáculo maior... As flores
AUTOR(ES): Moisés Santiago, Luizinho Professor e Toninho

Hoje
O meu coração se encanta
Tradição se agiganta
Para decantar
Essa apoteose de beleza
Obra da Mãe Natureza
Gerou do fundo do mar
Um mistério em maravilhas sem igual
Faz a primavera multicor
Exala sensibilidade
Em todo o seu esplendor
Enaltece a paisagem
É razão dos meus ais
Uma sensação de liberdade
Devia ser o símbolo da paz

Voa, voa, colibri
Lado a lado, flor em flor
Mas deixe um pouco pra mim
Desse néctar do amor (bis)
Voa perto da alegria
Rumo à felicidade
Vai buscar quem mora longe
Pra matar minha saudade

É tempo
De começar a refletir
A mão que pode destruir
Também serve pra plantar
Pois as flores
Dão à vida mais encanto
Enfeitando os quatro cantos
Desse reino de Oxalá
Inspiração para canções e poesias
É um gesto carinhoso
E ameniza qualquer dor
Uma das sete maravilhas desse mundo
Sentimento mais profundo
Que ao Éden perfumou

Odoyá, Yemanjá
Trago oferendas para lhe presentear (bis)
Abençoe o meu sonho mais sonhado
E minhas flores para o seu lindo reinado
1993
ENREDO: Não me leve a mal, hoje é Carnaval
AUTOR(ES): Jajá Maravilha, Tonho, Aniceto e Sandro Maneca

Não me leve a mal, é Carnaval
E eu vou cair na folia
Caia na real com a Tradição (bis)
Veste outra máscara
Esquecendo o dia a dia

Usada como ritual
Para "Deus Baco" na Roma pagã
Entre os povos faz cultura
Como apelo fez teatro
Na era cristã
Na bela época, o Bal-Masquê
Juntou a plebe à realeza
Lá no baile de Veneza
Revelar ou esconder
No teatro que é a vida
Cada um tem seu papel
Assumindo outra identidade
A sua verdadeira vai ao léu
Vem extravasar o seu prazer
Libere o seu jeito de ser
Abrace a felicidade
Desmascarando a maldade
Seja ele, seja ela
A máscara não esconde
Mas revela

Se o seu sorriso é de prazer
Ou de desgosto (bis)
Tire a máscara da face
Deixa ver seu lindo rosto
1994
ENREDO: Passarinho, passarola, quero ver voar!
AUTOR(ES): Jajá Maravilha, Aniceto, Tonho, Sandro Maneca, Jurandir da Tradição, Jorge Makumba e Lourenço

Desde o começar dos tempos
Eu ficava observando a passarada revoar
E tive um sonho tão bonito, ir além do infinito
As estrelas ir buscar
Conta a Mitologia, de carruagem
"Apolo" o céu vai alcançar
"Pégasus" levava os deuses
Pra no "Paraíso" repousar
Meus sonhos não têm limites
Sou bicho homem vivo a devanear, devanear
"Passarinho, passarola, quero ver voar" (eu quero)
Quero ver voar
Com sua pena, profetizava o escritor
Revolucionava com seus projetos o pintor

Será verdade (ô será, será...)
Ícaro marcou bobeira (ô viajando)
Viajando para o sol (bis)
Com um par de asas de cera

Incrível, fantástico
Com meus balões encantei Paris
Deixando o mundo deslumbrado
Decola o "14 Bis"
Da minha nave eu vi que "a Terra é azul"
Voei bem alto, "já pousei na lua"
Hoje com a Tradição no coração
Voando pra qualquer lugar eu vou

Vou voar de asa delta
O céu do meu Rio de Janeiro vou voar (bis)
Delirar com a natureza
Refletir no espelho azul do mar
1995
ENREDO: Gira roda! Roda gira!
AUTOR(ES): Lourenço, Jurandir, Jorge Makumba, Marcos Glorioso, J. Nascimento e Lima

Vamos girar
Na velocidade da emoção
Roda, rodar
Neste carnaval com a Tradição
Que vem mostrar
O giro de uma imaginação
Que fez mudar
O curso da civilização
Trazendo facilidade pra toda humanidade
Melhor jeito de viver
Oleiro faz a forma do barro
Engrenagem, o movimento, e moinho faz moer
Telefono pra comunicar
Marco o tempo no relógio, que não pára de rodar

Eh, eh, baiana, baiana roda
Menina roda o bambolê, ê, ê (bis)
Roda babá
O carrinho do bebê

Feixes de faróis
Sons estridentes de buzinas pelo ar (fon-fon)
Ronco de motores
A era sobre rodas a chegar
Já está fazendo um século
Que a pista se tornou uma paixão
De tantos estrangeiros e brasileiros
De taça na mão
Gira roda, roda gira
Acelera o coração
Pisa fundo na felicidade
Mostra pro mundo a cena de um campeão

Acelera aí que eu quero ver
Na Fórmula-1 o lema é vencer
Sem limites nem fronteiras (bis)
Vou zunir a passarela
Com a Tradição sacudindo essa galera
1996
ENREDO: Do barril ao Brasil
AUTOR(ES): Moisés Santiago e Luizinho Professor

Eu vou deixar rolar
Bebemorar nesta folia
Na onda de Dom João
Que trouxe na embarcação toda alegria
Mas por aqui o índio bebia seu cauim
O negro no engenho preparava
Da cana-de-açúcar à cachaça
Na evolução e indústria surgiu
Fez chopp em garrafa, tirou do barril
Bebida que a massa tão logo aderiu, ô
E hoje é a preferida do Brasil

Bota o copo, eu tomo um copo, meu amor
Da pretinha, da lourinha, vem que eu vô (bis)
Mais um copo eu bebo logo, eu tô que tô ô
Da ruiva também quero, sim sinhô

No vira-vira eu vou
Apostar pra não perder
No cabelo da menina
Também uma simpatia pro leite do bebê
Bem geladinha, cerveja em qualquer lugar
Faz bem pra comemorar num fim-de-semana
Tem sempre a saideira
Na praia ou no futebol
Lá vem minha companheira

É Carnaval, eu vou, eu vou
Vou festejar, curtir, sacudir, sacudir (bis)
Sou Tradição, sou raça
Numa cerva bem gelada, na Sapucaí
1997
ENREDO: Os balangandãs
AUTOR(ES): Sandro Maneca e Taroba
Ô Bahia, os orixás
Que nos dêem muito axé
Sai pra lá, mau olhado (bis)
Tenho o meu corpo fechado
Uso figa de Guiné

Foram nossos ancestrais
Artesãos geniais
Trouxeram arte e cultura
Deixaram riquezas sem iguais
Da África misteriosa
Brincos, colares, pulseiras
Imagens de cera, anéis talismãs
Que beleza, é fantástico
Ver as baianas
Enfeitadas a dançar
Cantarolando uma cantiga sem parar

Quem não tem balangandãs
Não vai ao Bonfim (bis)
Quem mexe com o que não pode
Sai de mim

Mas uma pequena notável
Galgou a fama, cruzou fronteiras
Mostrando para o mundo a sua arte
E divulgando a cultura brasileira
Vestiu uma camisa listrada
Tocando pandeiro e saiu por aí
Hoje a Tradição balangandada
Nesta avenida colorida
Dá um lindo show de visual
Vendo ouro, vendo prata
Bijuteria na minha mão é barata
Vai nessa onda ioiô
Vem nesse embalo iaiá
Eu tenho tudo se quiser comprar
Um bracelete, um cordão
Um chapeado legal
Eu vendo tudo nesse carnaval
1998
ENREDO: Viagem fantástica ao pulmão do mundo
AUTOR(ES): Taroba, Lima da Tradição, Sandro Maneca, Jonas Camiseta, Marcos Glorioso e Arismar Ubaldino

É fantástica, essa viagem emocionante
O condor alçou seu vôo
Em busca de mistério tão distante
Amazônia, quanta beleza sem igual
Fonte de tanta riqueza
Que Orellana se encantou
Eu vi mulheres guerreiras
A fauna e a flora, naveguei no Rio-Mar
A lenda da vitória-régia
O boto cor-de-rosa a brincar
O homem branco surgiu
E o sossego acabou
O índio logo sentiu
Perigo devastador

Ô ô ô ô
Um grito na floresta ecoou (bis)
Ô ô ô ô
O índio vem dançar o seu louvor

Hoje, tanta emoção traz essa festa
Parintins vem da Amazônia, pra Sapucaí
Meu boi-bumbá, meu boi-bumbá
Menina linda se enfeitiçou
Contos de fazer sorrir
Magias de arrepiar
Histórias que é pra boi dormir
Do folclore popular

Verde que te quero verde
A mãe-d'água para abençoar (bis)
Ah, é linda a Amazônia
Nosso pulmão respira com a Tradição
1999
ENREDO: Nos braços da história, Jacarepaguá, quatro séculos de glórias
AUTOR(ES): Jorge Makumba, Erô Baianinho, Jurandir da Tradição e Antonio Português

Divina luz iluminou
A aura azul de Arthur Bispo do Rosário
Cinqüenta anos na colônia
Em seus delírios criou um mundo libertário
Abre a cortina da história, para homenagear
Quatro séculos de Jacarepaguá
A mando da coroa portuguesa
Donos da terra chegam pra colonizar
Encontram índios, fauna e flora
E solo fértil para cultivar

O senhor de engenho
Plantou cana-de-açúcar e café (bis)
No terreirão da casa-grande
Ergueu templos em louvor à sua fé

Na estrada real de Santa Cruz
Caminhos da Corte do Imperador
Yacaré-Upaá-guá
Voa nas asas do meu condor
Trouxe o progresso, a Maria Fumaça
O motorneiro, o bonde assumiu
Dando um toque de modernidade
Na "belle epóque", o cinema surgiu
Centro das grandes convenções
Gigantesco parque industrial
Palco da velocidade
Paraíso do esporte radical
Foi com sua elegância e simpatia
Capital mundial da ecologia

Vou sacudir, vou balançar
Sou emergente, que emoção (bis)
Hoje eu sou Jacarepaguá
E Jacarepaguá é Tradição
2000
ENREDO: Liberdade! Sou negro, sou raça, sou Tradição
AUTOR(ES): Lourenço e Adalto Magalha

Liberdade
Sou negro, raça e Tradição
Vim de Angola, da minha mãe África
Num navio negreiro, clamando por Zambi
Vim para um solo bonito e maneiro
Caí na senzala para trabalhar
Mas negro é forte, valente e guerreiro
Até hoje se ouve um lamento ecoar (ôôô)
Ôôô, ôôô, ôôô

Baiana gira baiana
Dance pro seu Orixá (bis)
Vamos firmar a Kizomba
Fazer o povo sambar

Maracatu
Maculelê e cavalhadas (valeu Zumbi)
Valeu Zumbi
O negro é rei nas batucadas
Na arte, o negro encanta
Cultura tradicional
É resistência do samba
A alma do carnaval
Hoje é só felicidade
Negro quer comemorar
Parabéns pra você
Que foi descoberto em 22 de abril

Desperta gigante
Chegou tua hora (bis)
Pra frente Brasil
2001
ENREDO: O Homem do Baú - Hoje é domingo, é alegria, vamos sorrir e cantar
AUTOR(ES): Lourenço e Adalto Magalha

Olha que glória, que beleza de destino
Pra esse menino Deus reservou, ô ô
Ele cresceu, ele venceu, vive sorrindo
Com muito orgulho, foi camelô
Nasceu na Lapa
No Rio de Janeiro
Esse artista é o enredo da nossa Tradição
Foi do rádio, minha gente
Hoje na televisão, oi, patrão
Faz o dia mais contente, a alegria do povão

Qual é o prêmio, Lombardi, diz aí
"Qual é a Música", quem sabe, canta aí (bis)
Quem quer dinheiro
O aviãozinho vai subir

Minhas colegas de trabalho
Que beleza de auditório
Abre a "Porta da Esperança"
É "Namoro na TV"
"Boa Noite, Cinderela"
Gosto de você
"Em Nome do Amor"
Eu quero morrer de prazer
Laiá, laiá, oi
Laiá, laiá, oi
É um baú de felicidade

Vamos cantar
Vamos brincar (bis)
Vamos sorrir
É domingo, é alegria
Sílvio Santos vem aí
2002
ENREDO: Os encantos da Costa do Sol
AUTOR(ES): Lourenço e Adalto Magalha

Vou atravessar a ponte
Ver o sol dourar o horizonte
O céu e o mar se encontrar no infinito
Ai, meu Deus, como é bonito
As gaivotas bailando pelo ar
Hoje eu quero, amor, te namorar
Vem na onda desse mar, ioiô, ô ô ô
Vem pro sol se bronzear, iaiá, a a a
É a Região dos Lagos
É sal, é emoção
Os encantos da Costa do Sol
Com a Tradição

Roda, roda, baiana, que o clima esquentou
Mostra, que o teu sorriso é uma flor (bis)

Joga a rede no mar, pescador
Tem riquezas pra você buscar
Se um canto de amor ecoou, ô ô
É de mãe Iemanjá
Vem a noite e a nobreza
No brilho do luar
Um convite pra se amar
E de prazer
Vou me acabar

Olê lê lê
Tem areia no Ganzá (bis)
Olê lê lê
Tem magia esse lugar
2003
ENREDO: O Brasil é penta, o R é 9 - O fenômeno iluminado
AUTOR(ES): Lourenço e Adalto Magalha

É fantástico, ser brasileiro
Com muito orgulho, muita paz e muito amor (ôôô)
E o globo vai girando, a gente fazendo história
E vitórias conquistando
Quando Deus criou a Terra, nos deu a luz do sol
Também fez nosso Brasil, o país do futebol
Começou lá na Suécia, a segunda vez no Chile
A alegria da nação, ai que paixão
E no solo mexicano, depois no americano
Foi aquela emoção, pro meu povão
Se formou uma família, uma grande seleção
Foi aquele show de bola, na Coréia e no Japão

Ai ai ai, oh, vida me leva
Ai ai ai, deixa a vida me levar (bis)
Ai ai ai, eu tô nessa festa
Eu quero mais é festejar

O Ronaldo iluminado, dono da camisa nove
Nasceu em Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro
Um menino inspirado, pelo mundo consagrado
O fenômeno brasileiro
Da bola que era um brinquedo
Dadado fez seu reinado
Destino não tem segredo
Já veio nele traçado
Um guerreiro abençoado, nos campos que jogou
Ninguém pode duvidar, ele tem cheiro de gol

É bola na rede
A nossa Tradição (bis)
É bola na rede
É pentacampeão
2004
ENREDO: Contos de Areia
AUTOR(ES): Dedé da Portela e Norival Reis

Bahia é um encanto a mais
Visão de aquarela
E no ABC dos Orixás
Oranian é Paulo da Portela
Um mundo azul e branco
O deus negro fez nascer
Paulo Benjamim de Oliveira
Fez esse mundo crescer (okê, okê)
Okê-okê Oxossi
Faz nossa gente sambar (bis)
Okê-okê, Natal
Portela é canto no ar
Jogo feito, banca forte
Qual foi o bicho que deu
Deu Águia, símbolo da sorte
Pois vinte vezes venceu
É cheiro de mato
É terra molhada (bis)
É Clara Guerreira
Lá vem trovoada
Epa hei, Iansã, epa hei (bis)
Na ginga do estandarte
Portela derrama arte
Neste enredo sem igual
Faz da vida poesia
E canta sua alegria
Em tempo de carnaval
2005
Enredo: De Sol a Sol, de Sol a Soja... Um Negócio da China!
Autores: Tonho, Lu Gama e Nascimento

Havia festa no palácio imperial
Onde se comemorava o sucesso da colheita
A realeza conduzida em palanquins
Admirava tigres brancos
Com Jade na "terra dos mandarins"
Brasil (meu Brasil), meu Brasil se fez presente
Elevando a economia nacional
Cana-de-açúcar e café
Pro mundo foi genial
Hoje tem soja e Tradição no carnaval

O imigrante veio plantar (oba)
Nessa pátria mãe gentil (bis)
Da China pra cá, em solo fértil
Terra de encantos mil

De grão em grão (ô, de grão em grão)
O milagre acontece
Ao raiar de cada dia
Pro mundo se alimentar
E os anjos abençoando
Nossa alegria nessa festa popular
Eu também vou voar, eu vou voar, na passarela

De sol a sol nesse chão
Vou semeando esse grão (bis)
Abençoada seja a plantação
2006
Enredo: Bahia de todos os deuses
Autores: Bala e Manuel Rosa

Bahia, os meus olhos estão brilhando
Meu coração palpitando
De tanta felicidade
És a rainha da beleza universal
Minha querida Bahia
Muito antes do Império
Foste a primeira capital
Preto Velho Benedito já dizia
Felicidade também mora na Bahia
Tua história, tua glória
Teu nome é tradição
Bahia do velho mercado
Subida da Conceição
És tão rica em minerais
Tens cacau, tens carnaúba
Famoso jacarandá
Terra abençoada pelos deuses
E o petróleo a jorrar
Nega baiana
Tabuleiro de quindim
Todo dia ela está
Na igreja do Bonfim, oi
Na ladeira tem, tem capoeira
Zum, zum, zum
Zum, zum, zum (bis)
Capoeira mata um
2007
ENREDO: Passarinho, passarola, quero ver voar!
AUTOR(ES): Jajá Maravilha, Aniceto, Tonho, Sandro Maneca, Jurandir da Tradição, Jorge Makumba e Lourenço

Desde o começar dos tempos
Eu ficava observando a passarada revoar
E tive um sonho tão bonito, ir além do infinito
As estrelas ir buscar
Conta a Mitologia, de carruagem
"Apolo" o céu vai alcançar
"Pégasus" levava os deuses
Pra no "Paraíso" repousar
Meus sonhos não têm limites
Sou bicho homem vivo a devanear, devanear
"Passarinho, passarola, quero ver voar" (eu quero)
Quero ver voar
Com sua pena, profetizava o escritor
Revolucionava com seus projetos o pintor

Será verdade (ô será, será...)
Ícaro marcou bobeira (ô viajando)
Viajando para o sol (bis)
Com um par de asas de cera

Incrível, fantástico
Com meus balões encantei Paris
Deixando o mundo deslumbrado
Decola o "14 Bis"
Da minha nave eu vi que "a Terra é azul"
Voei bem alto, "já pousei na lua"
Hoje com a Tradição no coração
Voando pra qualquer lugar eu vou

Vou voar de asa delta
O céu do meu Rio de Janeiro vou voar (bis)
Delirar com a natureza
Refletir no espelho azul do mar
2008
Enredo: Isto sim é a Tradição
Compositores: Jorge Nascimento, Eli Penteado, Marquinho Imperador e Marcos Glorioso
"Pintado com tinta de guerra", o condor ecoou
Um grito de alerta pelo ar, pelo ar
Despertando os “Sonhos de Natal”
“O melhor da raça, o melhor do carnaval”
“Samba, amor e Tradição”
É a caçulinha guerreira
Vitória, orgulho e emoção
Garra, alegria e união

Isto sim é a Tradição, amor, amor
Um beijo no seu coração (bis)
Voa “Xingu, pássaro guerreiro”
Valeu a luta pelo solo brasileiro

Doce saudade, me leva
A lona do circo recordar, recordar!
O grande João Nogueira
Jorge Paes Leme, Vicentina e outros mais
Nossos bambas não esqueceremos jamais
A coroação, festa do maracatu
“Quatro séculos de glória” viajei
Nos braços de Jacarepaguá
Conquistei a minha identidade
Nesta trajetória de paixão
Qual é o prêmio, Lombardi, diz aí...
Qual é a música quem sabe, canta aí...
Com Silvio Santos brinquei na Sapucaí

Levantou poeira em Madureira
Vilma Nascimento o mundo encantou ôô (bis)
Lá vem o cisne da passarela
Contando nossa história, que visão tão bela


2009
ENREDO: Saquarema, Princesinha da Costa do Sol. De Capital do Surfe à Casa do Vôlei
AUTORES: Alex Alves, Josemar Luciano, Duda e Wagner Araújo

Desbravando os mares
Bravos portugueses
“Barrinha” abençoada pelo Deus senhor
Nativos desse chão, guerreiros protetores
Da terra brota o sustento
Na fé, religião...
Força na economia
Nascem engenhos, surgem “barões”
Povo valente, lutou contra opressões

“Os Saquaremas”, nobres senhores
Uniram a corte e ao império sustentaram (bis)
Dos trilhos do progresso, evoluções
Novas culturas, descobertas, inovações

Morada onde o rei sol se fez senhor
Gigante em seu desenvolvimento
Ao turista encantou
Exemplo de amor, preservação
A casa do rock, grandes festivais
Paraíso de artistas imortais
Cultura, vida social
Folia ... de reis ou do divino
Cenário de beleza sem igual
Templo do surf e do nosso voleibol

Voa meu condor
Vem declamar o mais belo poema (bis)
À minha princesa da costa do sol
Eternamente hei de te amar oh! Saquarema

2010
ENREDO: Rei Sinhô, rei Zumbi, rei Nagô - Eu também tô aí, tô aí sim sinhô
AUTORES: João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro
O negro lá na África era um rei
Foi artesão, foi caçador
Guerreiro, feiticeiro, camponês
Exímio dançador
Tinha sua própria lei
E a liberdade sem favor

Dono dos ouros, das pratas
Dos rios, das matas (bis)
O Rei senhor ô ô ô

Um dia chegou o branco invasor
De armas nas mãos, brutais e cruéis
Sangue pelo chão, correntes nos pés
Vinham das galés, lamentos de dor
Mas da escravidão surgiu
Zumbi que foi o rei libertador
O tempo passou
E a raça no Brasil tem uma nova cor
O samba vingou
E o negro no Brasil tornou-se o Rei Nagô

Morena de Angola, me faz cafuné
Mulato frajola de lá da Guiné
Que deita e que rola
Na ponta do pé
Veio dentro de gaiola (bis)
Transformou-se em quilombola
Veja agora o que ele é
Rei do carnaval da escola
Rei das artes, rei da bola
E a rainha mãe quelé

2011
ENREDO: Juazeiro do Norte, terra de oração e trabalho. 100 anos de Fé, Poder e Tradição
AUTORES:
Zé Gomes, Darlan Alves, Emerson Sam e Rodrigo Jacopetti
Vem, no calor da bateria
É hora de seguir a procissão
Tá aí, meu querido Padim Ciço
A nossa romaria em teu louvor
Oh pai desse povo tão mestiço
Seu Santo, e padrinho protetor
Um líder natural, poder de comandar
Mão firme... Virou lenda do sertão

Ah! Pode abrir o seu sorriso
A alma, e também o coração (bis)
Pois nessa festa abençoada
Ecoa o tambor da Tradição!

Nas asas do “Condor” então voei
Em busca do que foi sua missão
Da saga nordestina que assusta
A seca que destrói as plantações
A Terra, o Homem, a Luta...
Mistérios da eterna evolução

O verde da vida, lá no Cariri
Cordéis e santeiros, na Sapucaí (bis)

Contrastes da história do Nordeste
Mosaico da cultura nacional
Terra de “cabra da peste”
“Óxente”! É o Ceará no Carnaval!

Hoje eu sou romeiro e canto forte
Um samba de amor e devoção (bis)
À Juazeiro do Norte
100 anos de fé e oração!

2012

Enredo: Ziraldo: páginas de uma vida de um maluco genial
Autores: Zé Gomes, Darlan Alves, Emerson Sam e Rodrigo Jacopetti

Nesta noite de magia, a alegria está no ar
Meu Condor vai prá folia
Abre o livro e faz sonhar
No universo encantado vem comigo viajar
No pulsar da batucada vamos todos "Ziraldar"
Da infância em Caratinga
Trouxe a arte como herança
Desenhando fez a vida
Ter a cara de criança
Do gibi para o cinema chega ao mundo virtual
"Comequieto" este mineiro... é orgulho nacional

Das histórias em quadrinhos no jornal
"O Menino Maluquinho", genial! (bis)
Em seu sonho de esperança, cada conto uma aquarela
Qual desenho de criança seu chapéu é uma panela

Mensageiro da cultura, visionário do saber
Disse não a ditadura, fez a hora acontecer
No combate a censura, general tupiniquim
Sua arma era a ternura, seu torpedo "O Pasquim"
Numa nave imaginária pro espaço ele voou
Foi criar a cor da lua, o astronauta constatou
Nesse mundo colorido tem folclore do Brasil
O "Saci" e sua turma, obra-prima infantil
Canta aí arquibancada, vou brincando com você
Ensinando a garotada como é bom gostar de ler

Hoje a festa da leitura
É no palco da ilusão
(bis)
Em homenagem ao Ziraldo
Vem chegando a Tradição

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