UNIDOS DO VIRADOURO
FUNDAÇÃO | 24/06/46 |
CORES | Vermelho e Branco |
QUADRA | Av. do Contorno, 16 Barreto - Niterói Telefone: 2628-7840 |
BARRACÃO | Rua Rivadávia Correa, 60 Barracão 02 Cidade do Samba - Gamboa 20220-290 Telefone: 2516-3171 Fax: 2516-1301 |
HISTÓRICO
Fundada em 24 de junho de 1946, no bairro do Viradouro, em Niterói, a Unidos do Viradouro nasceu da paixão de Nelson dos Santos, o Jangada, pelo samba. Ele costumava organizar batucadas no quintal de sua casa em Capitão Roseira, no alto do Viradouro. O sucesso foi tanto que Jangada resolveu organizar uma escola de samba. Com as cores vermelho e branco, a escola desfilou pela primeira vez em 1947, conquistando o quarto lugar no carnaval de Niterói. O primeiro título veio em 1949.
Em 1965, ela saiu do bairro do Viradouro, trocando de endereço cinco vezes, até chegar à quadra atual, no bairro do Barreto. Em 1986, depois de conquistar 18 títulos em Niterói, a escola começou a se apresentar no carnaval carioca (a partir do Grupo 4). Em 1990, desfilou no Grupo 1, ganhando o título com o enredo "Só Vale o Escrito" e passando para o Grupo Especial em 1991, com uma homenagem a Dercy Gonçalves - que desfilou com os seios expostos em "Bravo, Bravíssimo". Neste ano, ela obteve o 7ºlugar, à frente da Mangueira no ano em que o Império Serrano foi rebaixado.
Em 1992, com o enredo "A magia da sorte chegou", a Viradouro contou a história dos ciganos, mas um dos carros que retratava a Sibéria pegou fogo. Os bombeiros tiveram que entrar no meio do desfile para tentar conter o incêndio. Ninguém se feriu e a escola continuou o desfile, mas a estourou o tempo e perdeu 13 pontos, ficando em 9º lugar. Se não tivesse sido punida, a escola chegaria em 3º,logo em seu segundo ano no Grupo Especial.
Em 1994, a Viradouro contratou Joãosinho Trinta, que havia se afastado da Beija-Flor dois anos antes. Logo em sua estréia, o carnavalesco obteve um 3º lugar. Depois, errou a mão por dois anos, chegando na 8ª e na 13ªposição. E então veio o grande desfile da escola, em 97. Saindo de um péssimo desfile em 96, quando quase foi rebaixada, a escola tinha o projeto de conseguir chegar ao Desfile das Campeãs. Mas o resultado final foi mais generoso e deu o primeiro título à escola de Niterói, com "Trevas, luz, a explosão do Universo". Desde então, a escola se firmou entre as grandes do carnaval e anualmente disputa o título, sempre participando do Desfile das Campeãs de sábado (à exceção de 2005). O presidente José Carlos Monassa Bessil, um dos responsáveis por tantos feitos da escola de Niterói, faleceu em agosto de 2005.
No desfile de 2007, o carnavalesco Paulo Barros fez da Viradouro uma atração a parte ao inovar, colocando a bateria para desfilar dentro de um carro alegórico, saindo de lá direto para o segundo recuo. Mesmo assim, a escola terminou apenas em quinto lugar. No ano seguinte, a Viradouro foi notícia no período pré-carnavalesco, em função da polêmica do carro do Holocausto, que apresentava o ditador Adolf Hitler vivo e acima de dezenas de cadáveres da época do extermínio de judeus na Segunda Guerra. Uma liminar impediu a utilização da alegoria a poucos dias do desfile. Paulo Barros então colocou na avenida um carro com Tiradentes e outras pessoas amordaçadas, com uma mensagem contra a censura, criticando o fato da história estar sendo escondida. Outro fato que chamou a atenção foi o abre-alas nada convencional, formado por uma pista de esqui com gelo de verdade e esquiadores profissionais. O enredo de 2008, que apresentava acontecimentos que provocavam diferentes tipos de arrepios (de medo, de frio, de felicidade, de prazer...), mesmo com as tantas inovações de Paulo Barros não convenceu os jurados, que deram à Viradouro apenas a sétima colocação. Em 2009, um confuso enredo que misturava orixás da Bahia com biocombustível deixou a escola pelo segundo ano seguido fora do Sábado das Campeãs, com a oitava colocação obtida.
O pior momento da história da escola chegaria em 2010. Mergulhado em problemas administrativos e financeiros, a Viradouro desfilou com um enredo sobre o México, cuja plástica deixou a desejar. Nada deu certo na apresentação da escola e, exatamente em seu vigésimo carnaval seguido na elite do carnaval, finalizou a apuração em último lugar e, 13 anos depois da consagração máxima com o campeonato, foi rebaixada para o Grupo de Acesso. Um duro golpe para a comunidade niteroiense. Atualmente, desfila no Grupo A.
RESULTADOS DA ESCOLA
1947 - no Grupo Não Houve Enredo
1948 - no Grupo Não Houve Enredo
1949 - no Grupo Araribóia - Niterói
1950 - no Grupo Tiradentes - Mártir da Independência - Niterói
1951 - no Grupo Não houve desfile em Niterói
1952 - no Grupo Vultos nacionais - Niterói
1953 - no Grupo Cândido Rondon - Niterói
1954 - no Grupo Homenagem ao Estado do Rio - Niterói
1955 - no Grupo Batalha Naval do Riachuelo - Niterói
1956 - no Grupo Independência do Brasil - Niterói
1957 - no Grupo Quatro grandes feitos da história - Niterói
1958 - no Grupo Primeiro Reinado - Niterói
1959 - no Grupo Carlos Gomes - Niterói
1960 - no Grupo Catulo da Paixão Cearense - Niterói
1961 - no Grupo Festa junina em pleno carnaval - Niterói
1962 - no Grupo Chegada da família real - Niterói
1963 - no Grupo Último baile imperial - Niterói
1964 - no Grupo Maria Quitéria – Desfilou no Rio
1965 - 26ª no Grupo 3 Rio Quarto Centenário – Desfilou no Rio
1966 - no Grupo Homenagem a Niterói - Niterói
1967 - no Grupo Chico Rei - Niterói
1968 - no Grupo Rugendas - viagem pitoresca através do Brasil - Niterói
1969 - no Grupo Festa do Divino - Niterói
1970 - no Grupo Quilombo dos Palmares - Niterói
1971 - no Grupo São Francisco, Rio da Integração Nacional - Niterói
1972 - no Grupo Três festas tradicionais brasileiras - Niterói
1973 - no Grupo Niterói - sua origem e evolução - Niterói
1974 - no Grupo Pleito de vassalagem de Olorum - Niterói
1975 - no Grupo Rei Midas de Catas Atlas - Niterói
1976 - no Grupo Só mesmo na Bahia - Niterói
1977 - no Grupo No Mundo Encantado da Fantasia - Niterói
1978 - no Grupo Ídolos de Ébano - Niterói
1979 - no Grupo Ainda um País Tropical - Niterói
1980 - no Grupo Os três encantos do rei - Niterói
1981 - no Grupo Amor em tom maior - Niterói
1982 - no Grupo Mutou Muido Kitoko - Niterói
1983 - no Grupo Acredite se Quiser - Desfile em Niterói
1984 - no Grupo O sonho de Ilê Ayé - Niterói
1985 - no Grupo Na Terra de Antônio Mário, Só não Viu quem não Quis - Desfile em Niterói
1986 - no Grupo Novos Ventos, Novos Tempos - História de uma Integração - Desfile em Niterói
1987 - 5ª no Grupo 4 Na Boca e na Ponta da Língua ... É carnaval
1988 - 2ª no Grupo 4 Contribuição do Negro ao Folclore Brasileiro
1989 - 1ª no Grupo 3 Mercadores e Mascates
1990 - 1ª no Grupo A Só Vale o que está Escrito Max Lopes
1991 - 7ª no Grupo Especial Bravo, Bravíssimo - Dercy, o Retrato de um Povo Max Lopes e Mauro Quintaes
1992 - 9ª no Grupo Especial E A Magia da Sorte Chegou Max Lopes e Mauro Quintaes
1993 - 7ª no Grupo Especial Amor, Sublime Amor Max Lopes e Mauro Quintaes
1994 - 3ª no Grupo Especial Tereza de Benguela, uma Rainha Negra no Pantanal Joãosinho Trinta
1995 - 6ª no Grupo Especial O Rei e os Três Espantos de Debret Joãosinho Trinta
1996 - 13ª no Grupo Especial Aquarela do Brasil Ano 2.000 Joãosinho Trinta
1997 - 1ª no Grupo Especial Trevas! Luz! A Explosão do Universo Joãosinho Trinta
1998 - 5ª no Grupo Especial Orfeu, o Negro do Carnaval Joãosinho Trinta
1999 - 3ª no Grupo Especial Anita Garibaldi, Heroína das Sete Magias Joãosinho Trinta
2000 - 3ª no Grupo Especial Brasil: Visões de Paraísos e Infernos Joãosinho Trinta
2001 - 5ª no Grupo Especial Os Sete Pecados Capitais Roberto Szaniecki e Comissão de Carnaval
2002 - 5ª no Grupo Especial Viradouro, Vira-Mundo, Rei do Mundo Chiquinho Spinoza
2003 - 6ª no Grupo Especial A Viradouro Canta e Conta Bibi – Uma Homenagem ao Teatro Brasileiro Mauro Quintaes
2004 - 4ª no Grupo Especial Pediu pra Pará, parou! Com a Viradouro eu vou pro Círio de Nazaré Mauro Quintaes
2005 - 8ª no Grupo Especial A Viradouro é só Sorriso! Mauro Quintaes
2006 - 3ª no Grupo Especial Arquitetando Folias Milton Cunha e Mário Monteiro
2007 - 5ª no Grupo Especial A Viradouro Vira o Jogo Paulo Barros
2007 - 5ª no Grupo Especial A Viradouro Vira o Jogo Paulo Barros
2008 - 7ª no Grupo Especial É de Arrepiar! Paulo Barros
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2009 - 8ª no Grupo Especial Vira-Bahia, Pura Energia Milton Cunha
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2010 - 12ª no Grupo EspecialMéxico, o paraíso das cores, sob o signo do Sol Junior Schall e Edson Pereira
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2011 - 2ª no Grupo AQuem sou eu sem você? Jack Vasconcelos. 2012 - 5ª no Grupo AA vida como ela é, bonitinha, mas ordinária... Assim falou Nelson Rodrigues Alexandre Louzada
1974
Enredo: Pleito de Vassalagem de Olorun Autores: ????
O Viradouro se engalana E vem apresentar seu carnaval A avenida é o terreiro Para mostrar o mais lindo ritual Quando os negros aqui chegaram Trazendo de além-mar Seus costumes, suas crenças Seus deuses e orixás Era fé de gente sofrida Que foram arrancados da vida Pro cativeiro cruel Pro cativeiro cruel Hoje são flores e alegria Acabou-se a agonia Os orixás vêm saravá Dando graças a Oxalá Tem Oxossi, tem Xangô Iansã e tem Ogum Tem todo santo de fé No pleito a Olorum
Oxalá, meu pai Tem pena de mim, tem dó (bis)A volta do mundo é grande Mas seu poder é maior
1979
Enredo: Ainda um Paraíso Tropical Autores: ????
Liberdade, liberdade Reflete nesse berço brasileiro Que lindo este meu país É um paraíso hospitaleiro Brasil, um cenário de encantos Recantos de beleza e sedução
Eterno despertar da natureza (bis) Um canto de amor e emoção
Na primavera, as flores O sol ilumina as nossas matas Raças, mistura de cores Praias, rios e cascatas Brasil, de riquezas naturais No futebol e dos lindos carnavais
É uma beleza sem igual (bis) Ainda um paraíso tropical
Salve todos os Orixás Agô, meu Pai Oxalá (bis) Viradouro na avenida Fazendo o povo cantar
1981
Enredo: Amor em tom maior
Autores: Passarinho, Silvinho e Zelito
Sinto a brisa meu corpo afagar com ardor
E seu manto de pureza faz de mim o amor
Surgi então na mitologia, doce como fantasia
Me perdi na imensidão
Fiz a musa apaixonar poetas
Embelezei serestas e lindas canções
Me vesti de natureza (bis)
Dei-lhe só beleza, vida, luz e cor
A pureza dos contos infantis colori
Idade, sonhos e fantasias
E o sorriso que o palhaço irradia
Bailam as rosas ao vento
Prateado do luar (bis)
Sorri feliz a criança
Na ciranda, cirandá
Neste carnaval (neste carnaval)
Também estou na brincadeira
Cantar, sambar, cantar, sambar
Até quarta-feira
1982
Enredo: Mutou Muido Kitoko Autores: ????
Vestiram a avenida de alegria Antes de raiar o dia Dando um show de visual Viradouro vem completar a beleza Desse nosso carnaval Mutou Muido Kitoko Nesta história genial
Do negro sensacional (bis)
Iererê iererê (bis) Na magia do samba negro vem saber
Vindo da África distante Através dos mares O negro aqui chegou (aqui chegou) Ecoando o canto de nobreza Que a nossa música influenciou Na arte e na cultura Na ciência e na literatura Podemos sentir no ar A contribuição que o negro dá
Negro tem a cor mais linda que a noite (bis) As estrelas como esplendor A lua como seu amor
1983
Enredo: Acredite se Quiser Autores: ????
Roda baiana Levanta a poeira, diz no pé (bis) Esse enredo é Viradouro Acredite se quiser
Caí nos braços de Morfeu Sonhei, eu sonhei Era um mundo de ilusões e fantasias E o reino da natureza eu encontrei No jardim do rei Menino ô Ouvi borboletas falantes E sapo engolindo cobra Anão carregando gigante E o palácio espelhado no Rei Sol E a história da formiga e o elefante
Voando na carruagem Veio o rei e a rainha (bis) Me levaram para conhecer Seu castelo que é de mentirinha
No meio de um lindo lago azul Prateado, surge um castelo dourado O povo de prata, que beleza E a lua dourada, brilhando a realeza Vendo o príncipe adorando a Cinderela Eu acordei ouvindo um bumbo original Era o tom da alegria, luxuosas fantasias Era dia de carnaval
1984
Enredo: O sonho de Ilê Ifé Compositores: Joel do Cavaco e Odair Conceição
No limiar desta aurora de alegria Festejando a integração racial Hoje, o Viradouro canta a liberdade Nesta Manhã de carnaval Olorum, supremo Deus do Olímpico Africano A pedido convocou Os deuses yorubanos Para proteger seu povo Escravizados pela ambição Que estavam em trabalhos forçados Na lavoura e na mineração
Oké, okê Oxossi Ogum grande guerreiro Eparrei Iansã Xangô justiceiro (bis) Oxum, encanta Com seu majestoso encanto Iemanjá, cobre com seu lindo manto
Donos do próprio destino Partiram para construir as suas vidas Quem vier por amor A liberdade fica Ainda ecoa pelos ares O mais puro canto de Zumbi O Quilombo dos Palmares Sempre haverá de existir
E hoje, e para sempre a humanidade (bis) Jamais esquecerá o sonho de liberdade
1985
Enredo: Na Terra de Antônio Maris, Só não Viu quem não Quis Autores: ?????
Vou me abraçar com a folia Chegou o dia do meu carnaval E neste palco ornamentado em multicores Sou eu o artista principal Nasci onde o bonde virava Com muita garra, resto de um sangue novo Meu berço foi no celeiro de bamba Eu sou raiz, eu sou o samba Com Araribóia ganhei meu primeiro carnaval Vibrei com meu povo, os antigos reis E no quarto centenário Fui campeão outra vez Embaraçado em confetes e serpentinas Pierrots e colombinas Mascarados e arlequins E no futuro, eu serei a poesia Vou sambar em raio laser Por este mundo sem fim E lá vou eu cantando assim No computar do som do surdo e dos tamborins Minha querida Portela Foi ela quem me batizou ôô Sou o símbolo do samba De Nelson Jangada E agradeço à Beija-Flor Albano Porto querido Sonhava comigo Girava a roleta Bancava o jogo do bicho E dava Viradouro na cabeça
Barreira é barro Pedra preciosa é ouro (bis) Niterói é água-viva Carnaval é Viradouro
1986
Enredo: Novos Ventos, Novos Tempos - História de uma Integração Autores: ????
É de prata o jubileu Amor sou eu (bis) A Universidade Federal Viradouro, Niterói, sou carnaval
O mar cantava poesia Que o homem branco transformou ôô No índio, liberdade e alegria Que o jesuíta relutou Amor, amor e emoção Na negra canção O meu país se agigantou Nessa linda miscinegação
E lá vou eu, e lá vou eu Nos braços da sociedade (bis) Quem sou eu, quem sou eu Sou a pura liberdade
O amanhã (o amanhã, o amanhã) Se faz agora A soprar novos ventos na história A quem se dedicou a educação Decanta em versos, que emoção Reconstruiremos a nação Meus sonhos realizar Na arte e na integração ôô Na garra desse povo a cantar
1989
Enredo: Mercadores e mascates Autores: Gilberto, Mário, Odar, Nilo, Charuto, Carlos, Japona e Delfim
As histórias que vovó contava Não passavam de uma afirmação Depois que encontraram Este solo varonil Levaram ouro e pau-brasil "Oh, Minas"
Oh, Minas Gerais Quantas saudades nos traz (bis) Lá em Vila Rica, bons tempos Que não voltam mais
Eu compro e vendo No varejo e atacado (bis) Vendo barato Pra não vender fiado
Venha enfeitar o seu amor Eu tenho blusas de seda estampadas Rendas, fitas e rosas Pérolas e pedras preciosas Sempre fiz de tudo nesta vida Pra freguesia se sentir numa legal O bom mascate deve ser malabarista Humorista e artista Fazer de tudo pra agradar o pessoal "Ê baiana", ê baiana No seu tabuleiro tem quindim Sou Viradouro E vou cantando assim
1990
Enredo: Só vale o escrito Autores: Adir, Odir, Sereno, Gelson e Gilberto Barros
Riscando a pedra com sangue e semente O homem a escrita projetou O esperto do chinês, o papel criou E o Egito a grande idéia tratou de copiar (de lá pra cá) De lá pra cá até a honra sem "h", "h" virou E ninguém mais acredita no bigode enganador Ah, dona cegonha Traga no bico minha certidão Quero estudar pra ter um canudo na mão
Deu meu bicho na cabeça, deu, deu, deu É a grana do aluguel que o cartório comeu (bis)
Eu vim rezar Pro olho grande se afastar daqui (da Sapucaí) Sete galhos de arruda e azeite de dendê Foi a receita que a vovó passou pra mim O doutor pra me curar O desquite receitou Mas o meu mal era mal de amor Não há remédio pra curar a minha dor Dando adeus a esta vida Só a paz é que me importa E no baile das caveiras tudo à brasileira Meu Deus, ainda encontro um agiota
Eu acredito, oi eu acredito Assinado "Viradouro" (bis) Só vale o escrito
1991
Enredo: Bravíssimo - Dercy Gonçalves, o retrato de um povo Autores: Gelson, Rubinho, Odir Sereno e Adir
Ah, obrigado Dercy Mercy Dercy Abriu-se a cortina pro seu show São cinco letras a sorrir De Madalena pra Sapucaí Um dia, lá no trem da esperança Vai o sonho de criança Descendo a serra, tão linda e feliz A luz então brilhou, o palco se acendeu O show vai começar Na Casa de Caboclo A menina deslumbrou (ô ô, ô ô) E no seu primeiro ato O sucesso abriu os braços Pra você Brilhante no Teatro de Revista Em cena o talento de Dercy (oi, fala Dercy) Da comédia à piada Com humor e gargalhada Eu vou me acabar Quá, quá, quá, quá, quá No cassino e no cinema No sangue o dom de criar (ô, e viajou) E viajou, lá foi Dolores Que dor no coração Mas quem pensou que a luz se apagou Se enganou, ela voltou Ela voltou, com mais garra e inspiração Cada vez mais sapeca, quem diria Soltando a perereca da vizinha Vou entrar no circo E com você sonhar No fim da peça Pra você gritar, um bravo
Bravo, bravíssimo Mil aplausos pra você, Dercy (bis) Ao retrato de um povo A homenagem da Viradouro
1992
Enredo: E a magia da sorte chegou Autores: Heraldo Faria, Flavinho Machado e Gelson Rubinho
Uma estrela brilhou Brilhou, brilhou, brilhou Tão cintilante e os magos iluminou Será, será O novo sol do amanhã (do amanhã) O arco-íris da aliança Que não se apagará Vem do Oriente Com sua arte de criar Na palma da mão lê a sorte Com a magia do seu olhar Chegando ao velho continente A marca da desilusão Castigo, degredo, açoite Por que tanta discriminação
A cada passo A poeira levanta do chão (bis) Ferreiro, feiticeiro, bandoleiro A liberdade é sua religião
E vem chegando O dono desse chão No berço, a mão do menino Abriu-se ao destino Eis a nova Canaã Ê, ê cigano Bandeirante em busca de cristais Canta, dança, representa Dá vida a nossos laços culturais Cigano-rei, mineiro iluminado O mundo não vai esquecer Plantou no solo brasileiro A realização do amanhecer É uma nova era, ô, ô A magia da sorte chegou
O sol brilhará, oi Surge a estrela-guia (bis) E sob a proteção da lua Canta Viradouro que a sorte é sua
1993
Enredo: Amor, sublime amor Autores: Heraldo Faria, Flavinho Machado e Gelson
Vou levantar minha bandeira Amor sublime amor Meu sonho eu vou realizar Esse futuro o que será Vou apertar o botão do coração E vencer a força da razão Da paixão primitiva à natureza em flor É, ninguém resiste aos encantos do amor Nasceu na floresta Um guerreiro, um artesão Na fonte da vida O dono da terra defende seu chão Negra Xica, eu te amo
Amor que renuncia, a corte zombou Que divino exemplo, que lição de amor (bis)
Bandido amor no sertão Em Palmares o grito do rei No sonho do herói inconfidente Mesmo que tarde a liberdade Na arte o amor no gênio mulato No Guarani e Orfeu do Carnaval A Colombina não foi embora Hoje o Pierrot não chora
Clareia mãe Oxum, clareia minha fé Para as crianças a pureza Do bem me quer, do mal me quer (bis) A Viradouro clama em versos Paz e amor no Universo
1994
Enredo: Tereza de Benguela - Uma rainha negra no Pantanal Autores: Cláudio Fabrino, Paulo César Portugal, Jorge Baiano e Rico Medeiros
Amor, amor, amor Sou a viola de cocho dolente Vim da Pérsia, no Oriente Para chegar ao Pantanal Pela Mongólia eu passei Atravessei a Europa medieval Nos meus acordes vou contar A saga de Tereza de Benguela Uma rainha africana Escravizada em Vila Bela O ciclo do ouro iniciava No cativeiro, sofrimento e agonia A rebeldia, acendeu a chama da liberdade No Quilombo, o sonho de felicidade
Ilê Ayê, Ara Ayê Ilu Ayê Um grito forte ecoou (bis) A esperança, no quariterê O negro abraçou
No seio de Mato Grosso, a festança começava Com o parlamento, a rainha negra governava Índios, caboclos e mestiços, numa civilização O sangue latino vem na miscigenação A invasão gananciosa, um ideal aniquilava A rainha enlouqueceu, foi sacrificada Quando a maldição, a opressão exterminou No infinito uma estrela cintilou
Vai clarear, oi vai clarear Um sol dourado de Quimera (bis) A luz de Tereza não apagará E a Viradouro brilhará na nova era
1995
Enredo: O rei e os três espantos de Debret Autores: José Antonio, Gonzaga, Olivério, Rico Medeiros, Wilsinho, Fabrino, Portugal, Bernardo, Gilberto e João Sergio
Que felicidade Eu vim da França convidado pelo rei Eu trouxe a arte e me espantei maravilhado Quando aqui um paraíso encantado encontrei Índios, brancos e negros Em harmonia racial Realçando a natureza deste país tropical
Todo encanto em poesia, oi Traduzi nos meus painéis (eu pintei) (bis) Pintei, bordei, aquarelei Coloquei amor nos meus pincéis
(Iluminado) Iluminado parti No céu fui descansar Tempos depois em Paris renasci Um triste espanto me fez lamentar Notícias más, de homens maus Perturbando a paz, criando o caos Voltei, o que havia Desigualdades da evolução Quanto um grito de alegria Prenuncia a nova civilização Brasil, Brasil, Brasil ô ô É campeão (é campeão)
Vai raiar o dia O meu terceiro espanto aconteceu (bis) Eu sou Debret, a minha arte é fantasia Explode Viradouro, o carnaval sou eu
1996
Enredo: Aquarela do Brasil ano 2000 Autores: Heraldo Faria, Jorge Baiano, Mocotó e Flavinho Machado
Vem o sol, com seus raios dourados Iluminando a natureza, do Oiapoque ao Chuí Tenho forma de coração Sou encanto, sou beleza Sou Brasil, sou nação Amazônia é meu rio, é meu ar O seu manto verdejante Faz o mundo respirar
Meu Nordeste exuberante Bumba-meu-boi, meu boi-bumbá (bis) Dos meninos de Olodum De louvor aos orixás
No Centro-Oeste ainda se vê Os majestosos Pantanais A capital das capitais Seu misterioso Vale do Amanhecer No Sul, o vaqueiro trovador Canta a história do gigante que um dia despertou Sudeste, fonte de inspiração Do carnaval, da emoção Do jeitinho brasileiro Do meu Rio de Janeiro Ainda tendo céu anil Vou seguindo meu destino Com meu peito varonil
Pierrot cara pintada No ano 2000 (bis) Com a Viradouro na aquarela do Brasil
1997
Enredo: Trevas! Luz! A explosão do universo Autores: Dominguinhos do Estácio, Mocotó, Flavinho Machado, Heraldo Faria
Lá vem a Viradouro aí, meu amor É Big-Bang, coisa igual eu nunca vi (bis) Que esplendor
Vem das trevas, tudo pode acontecer A noite vira dia, luz de um novo amanhecer Vai, meu verso, buscar a Terra em embrião Da poeira do universo Desabrocha a natureza em expansão Oh, Mãe Iemanjá, deusa das águas Nanã, deixa o solo se banhar
Ora, iê, iê, ô, mamãe Oxum (bis) Vem com ondinas reinar
No fogo, a salamandra a dançar As pombas brancas simbolizando o ar Explodem as maravilhas Vejo a vida brilhando afinal Surge o homem iluminado Com hinos de luta e cantos de paz É o equilíbrio entre o bem e o mal E com o coração nesta folia Seja noite ou seja dia, amor Eu quero me acabar
Vou cair na gandaia Com a minha bateria (bis) No balanço da mulata A explosão de alegria
1998
Enredo: Orfeu - O negro do Carnaval Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P. C. Portugal e Dadinho
Lá, onde a vida faz a prece E o sol brilhante desce para ouvir Acordes geniais de um violão É o reino de Orfeu, rei das cabrochas Seduzidas pela sua inspiração Eurídice, o verdadeiro amor Do vencedor por aclamação geral Da escola de samba do morro Que vai decantar nos seus versos A história do carnaval
É na magia do sonho que eu vou Mitologia no samba, amor (bis)
Aí, o zumbido da fatalidade Que atinge a cidade Traz mais uma desilusão Orfeu caiu no abismo da saudade E voa para a eternidade Levado pela ira da paixão Tem no seu talento, reconhecimento Num desfile magistral O Grêmio do morro venceu E o samba do negro Orfeu Tem um retorno triunfal
Hoje o amor está no ar Vai conquistar seu coração (bis) "Tristeza não tem fim, felicidade sim" Sou Viradouro, sou paixão
1999
Enredo: Anita Garibaldi - Heroína das 7 magias Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P. C. Portugal e Dadinho
Clareou na ilha da magia No esplendor era um ser de prata que surgia E voou em busca da sabedoria Os mistérios do Oriente nas asas da poesia Está em festa a aldeia da tribo Carijós É força que semia poder em nossa voz Vêm desbravando mares Corsários, aventureiros Abraindo caminhos para a liberdade De um povo guerreiro
Rufam os tambores mãe África Nossa gente quer dançar (bis) Invocando a magia Com a paz de Oxalá
Heranças culturais nas etnias teus ideais Nos verdes campos de Santa Catarina Berço dessa menina, voa borboleta voa Guerreira, brava loba romana Heroína que encanta os dois mundos Hoje o samba te aclama
Viradouro está aqui, vai sacudir Agitar essa cidade inteira (bis) E com Anita eu vou, é Garibaldi, amor Espelho da mulher brasileira
2000
Enredo: Brasil: visões de paraísos e infernos Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P.C. Portugal e Dadinho
Na era medieval começa o meu carnaval No paraíso eu me vesti de branco E no "martírio eterno", o vermelho é meu manto Navegando ao Oriente, "seu" Cabral O "Jardim das Delícias" descobriu "Seu" Caminha escreveu o que ele viu Maravilhas do Brasil Bordunas, tacapes e Ajarés Na dança o índio põe ao seus pés Mas nascem idéias diversas, são mentes perversas Não foi essa a lição dos pajés
Irê, irê, pra agba yê O negro canta, o negro dança em liberdade (bis) Irê, irê, pra agba yê Pra agba yê, felicidade
Bem longe daqui, na festa da coroação O negro africano, nos seus desenganos Desfaz-se dos planos, pro branco explorar Preso nas correntes da vida São marcas que jamais esquecerá Mas o tempo passou e a felicidade eu vejo brotar Na luz da esperança, há paz e alegria Pro rei do universo abençoar
O dia vai raiar, amor, amor Com a Viradouro eu vou, eu vou, eu vou (bis) Meu canto de amor se espalha no ar Quinhentos anos vamos festejar
2001
Enredo: Os sete pecados capitais Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P.C. Portugal e Dadinho
Eu vi brilhar E para os vícios minha mente me conduz Eu quero e quero muito mais Eu quero o ouro, pois o ouro me seduz Sou o narcisista, o melhor artista Nesta festa popular Com o meu encanto, o meu acalanto Vou te conquistar
Me dá o teu calor e vem me enfeitiçar Seduz à bel prazer que eu vou delirar (bis) Se o cupido jogou, a flecha vai me pegar Vou amar
Pra que tanta raiva Mais amor no coração Vivendo em paz o homem faz o mundo lindo E quem tem amor pra dar Sente alegria se o outro está sorrindo
Traz a figa-de-guiné, me dá o meu patuá Cada um com sua fé, olho grande sai pra lá (bis)
Quero sombra e água fresca Eu quero na minha rede balançar Brasil, meu Brasil Em nossa terra se plantando tudo dá Tem uns que vivem pra comer Tem gente que só come se sobrar
Eu vou me acabar Abrir meu coração (bis) A Viradouro é meu tesouro No Carnaval da redenção
2002
Enredo: Viradouro, Vira-Mundo, Rei do Mundo Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P.C. Portugal e Dadinho
Okê, okê Sou Viradouro, Vira-Mundo eu sou Escravizado, sem destino Meu desatino, meu dissabor Pra vencer os grilhões do dia-a-dia Pra esquecer a solidão, a agonia É carnaval, o meu peito explode de alegria E no encontro com o rei Eu também sou um rei nesta magia
Em liberdade eu peço axé Vou na onda do afoxé (bis)
Os negros na sua fé, trazendo a paz No canto dos orixás E nas visões dos Xamãs, a cura Que a raça vermelha traz Ao som dos gurus, um manto em harmonia Vêm chegando os povos amarelos Com incenso que nos contagia Então, em forma de oração A raça branca faz a sintonia E nesta festa de coroação O rei do mundo é o rei da folia
Nesta ciranda é que eu vou Contagiando esta cidade (bis) Hoje eu quero paz, amor
E um mundo de felicidade
2003
Enredo: A Viradouro canta e conta Bibi, uma homenagem ao teatro brasileiro Autores: Gustavo, Gilberto Gomes, Heraldo Faria, Gelson
Abram as cortinas, que o show vai começar É "manhã de sol", um rouxinol vem despertar Voa, vai tocar no seu coração Amor, nessa avenida quanta emoção Em cada gesto, em cada expressão Em cada lágrima que vai sorrir Diva, brilha a voz dos grandes musicais Nesse palco, os artistas imortais Hoje vão te aplaudir
Se um vento soprar, eu vou Deixa o "dom" me levar, amor (bis) Vou em busca de um ideal No meu sonho de carnaval
Em toda forma de arte Uma luz acendeu A "Gota d'Água" faz parte Dos seus encontros com Deus "Piaf, um hino ao amor" "A vida de uma estrela da canção" Em uma noite de esplendor "Amália" foi a sua inspiração E quando o sol se põe Desce uma estrela lá do céu Vem reviver ao seu lado Bibi O seu mais brilhante papel
O teatro consagrou e pede passagem A Viradouro, meu amor, faz a homenagem (bis)
2004
Enredo: Pediu pra Pará, parou! Com a Viradouro eu vou... pro Círio de Nazaré Autores: Dário Marciano, Nilo Mendes (Esmera), Aderbal Moreira
No mês de Outubro, em Belém do Pará
São dias de alegria e muita fé
Começa com extensa romaria matinal
O Círio de Nazaré (bis)
Que maravilha a procissão
E como é linda a Santa em sua berlinda
E o romeiro a implorar
Pedindo à dona em oração para lhe ajudar
Oh, Virgem Santa, olhai por nós
Olhai por nós, oh, Virgem Santa (bis)
Pois precisamos de paz
Em torno da Matriz
As barraquinhas com seus pregoeiros
Moças e senhoras do lugar
Três vestidos fazem pra se apresentar
Tem o circo dos horrores
Berro-boi, roda-gigante
As crianças se divertem
Em seu mundo fascinante
E o vendeiro de iguarias a pronunciar
Comidas típicas do Estado do Pará
Tem pato no tucupi
Muçuã e tacacá (bis)
Maniçoba e tucumã
Açaí e aluá
2005
Enredo: A Viradouro é só Sorriso
Compositores: Gusttavo, Gilberto Gomes, P. C. Portugal, José Antonio e Dominguinhos do Estácio
Numa expressão de amor Com meu jeito de encantar O divino Criador Me deu o dom de conquistar Às vezes me entrego por simples prazer Juízo não nego, até posso perder Na Grécia brinquei da maneira que quis Em Roma fiz o povo mais feliz Já fui contido e proibido Como um vilão qualquer Mas um sonho em mim se realiza Desvendei em Monalisa Os segredos de Molière
Iluminado eu sou, palhaço do amor Na bossa da bateria eu vou (bis) E no compasso eu traço a arte, e assim A vida vai sorrir pra mim
É mais um dia de graça Na simpatia do artista Aquarelando ele passa O bom humor em revista Os amigos do sorriso Brilham no meu clarear É carnaval, oh, quanto riso Sou criança vou brincar Eu quero ver você cantar, extravasar Quando a Cidade-Sorriso passar
Eu quero ver, eu quero ver Geral gritar, já é, já é (bis) Na Viradouro eu levo fé
2006
Enredo: Arquitetando Folias Autores: Waldeir Melodia, Dadinho, Evaldo, Tamiro e Peralta
Brasil, terra de encantos mil Em que a miscigenação Alterando os conceitos incentiva a criação Vindos de além-mar, não poderiam imaginar Quanta beleza, a natureza Pros nativos era um lar Nas obras de pedra-sabão Barroco, fé e devoção Nas senzalas eu vi brotar A nova raça brasileira
Com a moda de Paris A burguesia faz seu carnaval (bis) Resiste, reluz o samba E o artista, arquiteta o visual
Chega de ver tanto sonho desabar A humanidade deve mudar Favela oh, favela O teu passado me faz lembrar Dos tempos em que a noite estrelada Salpicava a morada Obrigado meu Senhor, por ter iluminado A mente desse homem, pelo mundo consagrado Que fez cidade sem igual Museu como nave espacial Arquitetando folias Na apoteose, sou o astro principal
De vermelho e branco amor, vou sambar Seja onde for, terra, céu e mar (bis) De braços abertos, que emoção A Viradouro mora no meu coração
2007
Enredo: A Viradouro Vira o Jogo Autores: Gusttavo Clarão, Gilberto Gomes, Nando, Pablo, PC Portugal e Dominguinhos do Estácio
Vamos mergulhar nessa jogada A sorte está lançada Hoje é o grande dia No tabuleiro da emoção Vou apostar na alegria Pra ganhar seu coração Meu cassino é fantasia Vi nas cartas do tarô O que o destino reservou Mas se o tempo mudar Aos búzios eu vou
E nesse jogo vou amar Você é a dama do prazer (bis) Um xeque-mate vou te dar Quero vencer
Faço qualquer coisa Pra deixar você feliz De cartas, um castelo De peças, um país Essa diversão É adrenalina em minha vida A euforia toma conta da avenida Respiro fundo No pinball quero brincar É perceber e desvendar Quebrar a cabeça pra encontrar Achar você no meio dessa multidão Chama que acende um povo E faz do jogo a paixão
Sou Viradouro e vou cantar Com muito orgulho, com muito amor (bis) Esse jogo vai virar Eu quero ser o vencedor
2008
Enredo: É de Arrepiar... Compositores: Paulo César Portugal, Evaldo, Tamiro e Lima Andrade
Amor, olha só quem vem lá É de arrepiar com tanto frio Vem cá me abraçar Sentir o meu arrepio Mexa, remexa, sacode a cabeça, me faz delirar Vou no fricote, dou lhe um beijo no cangote Eu quero ver a semente germinar
O show da bateria me alucina Traz numa corrente a emoção (bis) É arte, é criação que me fascina Faz vibrar meu coração
Porém nem tudo são flores Há dissabores, infelicidades Vidas perdidas, nesse mundo de maldade Eu sou sincero, com esses seres eu me pelo De vassoura ou de chinelo, chame alguém pra me ajudar Na tela uma cena de terror De arrepio e de calafrio, você vai se assustar Peguei o Ita no Norte, gostei tive sorte, e kizombei Mesmo proibido, desfilei Em versos e poesias menestrel Vou cumprindo o meu papel
Bate outra vez o meu coração Pois já vai terminando o verão (bis) As rosas não falam na Viradouro exalam O perfume de uma canção
2009
Enredo: Vira Bahia, Pura Energia Compositores: Heraldo Faria, Flavinho Machado, Edu, Rafael e Floriano
Quando Orum se encontra com ayê Oh! Mãe pátria! Salve a sabedoria Eu quero caminhar com a natureza Me ensina a desvendar toda essa riqueza Recebo do seu chão a energia E bate bem forte o tambor Nas ruas de São Salvador Conduz os meus passos, Senhor do Bonfim Olorum mandou cuidar do seu jardim E disse mais: "vai buscar na mata No biocombustível, a nossa proteção" Filha do sertão no tabuleiro Dendê, meu dengo, óleo de cheiro
Um dia Oxalá iluminou Tocou no coração da nossa gente (bis) O acordo do bem se faz oração O mar não pode invadir o meu sertão
Sopra um vento dos canaviais Brota a doce esperança de paz Na força do trabalho dessa gente Do bagaço nasce um tesouro O lixo se veste de luxo, reluz em ouro A água deixa o céu e se abraça com o chão Renova a energia sob as bençãos de um trovão Vermelho e branco... que paixão!
A Viradouro pede axé Caô, Xangô, Iansã, Yalodé (bis) Vira-Bahia, pura energia Explode num canto de fé
2010
Enredo: México, o Paraíso das Cores, sob o Signo do Sol Autores: Floriano do Carangueijo, Gustavo da Marbela e Sacadura Cabral
Brilhou o quinto sol, o povo se manifesta Sopra um "vento mestiço", uma avenida em festa Traz o gênio que ilumina a canção As cores que dão forma à "criação" Chegou o áureo tempo de reviver A história, o alvorecer, de uma nação guerreira Os templos sagrados vão resplandecer Palácios bordados irão renascer Obras de uma "vida inteira" Um dia sangra o chão, desejo do invasor Sofri na traição do opressor
Chegam piratas, jóias se vão Olhos "vidrados" em busca do ouro (bis) Pro fundo do mar vai a ambição Ninguém vai levar o meu tesouro
Meu sangue eu entrego à terra, à liberdade "O grito", vai raiar o sonho de felicidade! A fé que desata os nós une a gente de novo Caudilhos guerreiros se abraçam ao povo Ouve-se a voz da revolução São dias pra guardar no coração Eu vi a força da arte popular E com meus versos "colori" o azul do mar Ao sabor do tempero, receitas pra dar e vender Vi a cidade maior se render à magia de uma paixão A dor da saudade vou festejar, é tradição Hoje eu peço a sua benção, senhora do meu coração!
Arriba Viradouro! Uma tequila pra comemorar (bis) Um lenço vermelho, sombrero na mão O México em cores vou cantar!
2011
Enredo: Quem sou eu sem você? Autores: Renan Gemeo, P.C. Portugal, Rodrigo, Fernando Johara, Diego Moura e Jeferson Lima
Juntos, vamos chegar Ao nosso lugar tão especial Unidos por um pavilhão Um aperto de mãos e o mesmo ideal Quando a solidão me abraçou Pediu, por favor: me deixa ficar Fiz gestos, sinais, mostrei ser capaz Encontrei a luz em outro olhar O fogo esquentou o sentimento A arte pintou o entendimento O verbo coloriu o saber E o verso sorriu ao te escrever
Venci barreiras, distâncias, fronteiras Busquei maneiras de te encontrar (bis) Segui teus passos, liguei nossas vidas Num forte laço pra não desatar
A comunicação Une o irmão, traz felicidade Eu quero ver sempre mais perto De peito aberto a humanidade Aproximar, conectar Enxergar no espaço um caminho Em universos paralelos E no plano mais belo: não ser sozinho Se até a dor precisa de alguém Eu, sem você, sou ninguém
O amor está dentro de nós Na paz, na voz do coração (bis) Na Viradouro, a esperança É aliança, é união
2012
Enredo: A vida como ela é, bonitinha mas ordinária… Assim falou Nelson Rodrigues Autores: Renan Gêmeo, P.C. Portugal, Rodrigo, Diego Nicolau, Fernando Johara, Felipe Filósofo, Diego Moura, Fábio Borges, Claudinho Mattos, Erik Borges, Ênio Almeida, Vitor Adolfo, Daniel Louzada, Dudu Oliveira e Marcello Bertolo
Eu vou viajar pela luz do teu olhar Amar demais, pecar sem medo Mentir a verdade, trair o segredo Tal qual você... em um subúrbio, o pierrô A eloquência sem pudor A flor da emoção (ôôôô) Quero te ver, ó bela dama pecadora A inocência tentadora Reviver... Amante, "engraçadinha"... me faz enlouquecer Ordinária, bonitinha... meu prazer
Domingo no Maraca... magia É sobrenatural essa paixão (bis) Salve as três cores tão lindas Na fantasia do meu coração
Quando a cortina se abrir No palco da ilusão Visto a nudez da liberdade Nas asas da imaginação Serei o filme mais belo que vai desfilar A trilha sonora é o nosso cantar De corpo e alma eu me entrego anjo sedutor Vou além dos verbos Pra te conquistar O teu universo a me guiar
Vou me perder... amor E no meu sonho te encontrar (bis) Nelson Rodrigues... Sou Viradouro Quero ver me censurar |
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