terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Carnaval de São Paulo

Carnaval de São Paulo

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Carro abre-alas da Gaviões da Fiel no desfile da escola no grupo de acesso, em 2005.
O Carnaval de São Paulo é uma tradicional festa carnavalesca que ocorre todos os anos na cidade de São Paulo. O desfile das escolas de samba paulistanas ocorre no Sambódromo do Anhembi, projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, que também projetou o Sambódromo da Marquês de Sapucaí no Rio de Janeiro. O desfile do Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo acontece na sexta-feira e no sábado da semana do carnaval.[1]

Índice

[esconder]

[editar] História

Depois do embarque do minique entrudo em terras brasileiras, a festa, que viria a se tornar o Carnaval, desenvolveu-se de forma diferente nos diversos lugares em que floresceu: na Bahia, de forma ligada aos fortes ritmos africanos; no Rio de Janeiro, já desde muito cedo organizado em sociedades, o embrião das futuras Escolas de Samba; em São Paulo, objeto do verbete, sob forte influência das populações que migravam do campo para a cidade, já no contexto da crise da economia cafeeira. Foi a população resultante do êxodo rural causado pela crise do café que desencadeou o início do Carnaval paulistano.[1]
As comemorações carnavalescas e o próprio samba diferiam pouco do Rio de Janeiro para São Paulo, exceto por uma nítida diferença de andamento, ou seja, a grosso modo, de velocidade, de tempo da música. O sambista paulista, acostumado à árdua lida nas lavouras de café e migrando para a cidade para o trabalho operário, fazia o que Plínio Marcos denominou de "samba de trabalho, durão, puxado para o batuque", contrastando com o lirismo e a cadência do samba carioca. Além disso, o samba paulistano era decisivamente influenciado por outros ritmos fortemente percussivos, como o jongo-macumba, também conhecido por caxambu. Data dessa época o início da relação entre o Carnaval e o direito: a repressão policial sofrida pelos sambistas, feita de forma dura e descriteriosa. Os sambistas, não só no Carnaval, mas durante todo o ano, eram vistos como vagabundos, marginais que eram duramente perseguidos pelas autoridades.
Na periferia marginalizada de uma São Paulo em construção, o som retumbante dos batuques anunciava uma cultura imigrante que mais tarde influenciaria a cultura brasileira de forma definitiva. Os negros, últimas gerações de escravos do final do século XIX, resgatavam sua identidade perdida nos navios negreiros com o som dos seus instrumentos peculiares em um samba rural e popular, improvisado em meio às lavouras cafeeiras. Não eram poetas ou compositores, mas cantavam sua vida em ritmo dançante e contagiante.
Quando os negros chegam das lavouras de café à capital após a instauração da Lei Áurea de 1888, trazem consigo toda a cultura musical do interior. A cidade não os aceita e eles partem para a periferia em um movimento urbanístico de marginalização. Nas fronteiras da cidade, eles constroem centros de resistência e terreiros onde podem desenvolver sua cultura.
A história do samba em São Paulo é feita de alguns grandes nomes. Um deles e talvez o primeiro é Dionísio Barbosa, negro da primeira geração de escravos livres que veio para a capital em busca de oportunidades como liberto. Aqui, foi para a Barra Funda, reduto negro da cidade.
Nascido em 1891, Dionísio uniu a expressão do interior paulista com a influência do samba do Rio de Janeiro, onde conheceu a Festa da Penha e todas as tradições carnavalescas cariocas. Em 1914, reuniu sua família e foi para as ruas festejar, cantar e tocar o samba que iniciou a tradição dos cordões. Já havia na cidade eventos carnavalescos, mas eram manifestações da classe rica e branca. O Cordão Barra Funda era o primeiro movimento cultural organizado dos negros, o primeiro cordão da cidade, algo pequeno, composto por 15 a 20 pessoas. No Cordão da Barra Funda, os homens ensaiavam e desfilavam pelas ruas vestidos com camisas verdes e calças brancas. Este movimento foi o embrião do hoje a.C.S.E.S.M. CAMISA VERDE E BRANCO, ressurgida como escola de samba em 4 de setembro de 1953. (fonte Jornal USP ano XXII no.790)
O surgimento do Carnaval paulistano ocorrido da forma descrita determina que a origem geográfica das manifestações de samba em São Paulo esteja ligada às zonas fabris, o que de certa forma explica que duas das mais tradicionais Escolas de Samba paulistanas da atualidade estejam localizadas em bairros de concentração operária: o Vai - Vai, na Bela Vista, e o Camisa Verde e Branco, na Barra Funda.
A tradição carnavalesca paulistana, além do chamado "Carnaval de Rua", consistente em bailes e brincadeiras populares pelas ruas da cidade, era centralizada na figura dos cordões, entre os quais destacavam-se justamente o Vae-Vae (grafía usada na época de fundação) e o Camisa Verde e Branco. A festa nas ruas e os desfiles de cordões ocorriam paralelamente e em harmonia, compondo o quadro cultural paulistano. Data de 1885 a primeira intervenção da Prefeitura Municipal de São Paulo no Carnaval, promovendo o primeiro desfile carnavalesco dos cordões existentes à época. Os cordões por longo tempo definiram a musicalidade da população operária paulistana, e neles é que se desenvolvia o samba paulistano.
Na década de 1950, começaram a surgir as primeiras Escolas de Samba, claramente inspiradas nas sociedades de mesmo nome existentes do Rio de Janeiro. Os desfiles organizados entre tais entidades eram dominados pelas tradicionais Escolas de Samba Lavapés, Unidos do Peruche e Nenê de Vila Matilde, as mais antigas Escolas de Samba paulistanas, sendo está última a mais antiga já como escola. O primeiro desfile realizou-se no Ibirapuera, em 1955.
O marco definitivo das implicações jurídico-administrativas do Carnaval é a sanção, pelo Prefeito José Vicente Faria Lima (carioca, nascido em Vila Isabel e apreciador de samba), da Lei nº 7.100/67, destinada a regular a promoção do Carnaval pela Prefeitura Municipal de São Paulo, e regulamentada pelo Decreto nº 7.663/68. Essa lei, juntamente com a criação da Secretaria de Turismo e Fomento e as atividades por esta promovidas, encontrava-se num contexto de ampliação da atuação cultural da Municipalidade. Ainda como consequência desta política, foi idealizada no ano de 1968 e criada no ano de 1970 a Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo S/A, (hoje chamada de SPTuris) sociedade de economia mista de capital aberto, que atualmente tem 77% de suas ações em propriedade da Prefeitura Municipal de São Paulo. A Anhembi teria, no futuro, papel de destaque nas transformações pelas quais passou o carnaval paulistano.
A edição da lei acima referida iniciou o fenômeno denominado "oficialização do Carnaval". Embora aparentemente extremamente bem intencionada, a atuação da Prefeitura revelou-se desastrosa do ponto de vista cultural. Isso porque, embora o parágrafo único do artigo 1° da lei estipulasse vários investimentos públicos em infra-estrutura para acomodar festejos em vários pontos da cidade, além de instituir verbas e premiações, na prática os recursos foram destinados unicamente a organizar o desfile das Escolas de Samba, decretando, pela falta de incentivo e recursos, o fim dos cordões e da ligação do Carnaval paulistano com suas raízes culturais. Os cordões que sobreviveram tiveram de se submeter à lógica dominante a partir de então e se transformaram em Escolas de Samba (como os já citados Vai-Vai e Camisa Verde e Branco). Também fazia parte da "oficialização" a organização das Escolas de Samba em uma entidade representativa, a UESP – União das Escolas de Samba Paulistanas, que atualmente organiza as divisões inferiores dos desfiles carnavalescos.
Em decorrência disso, em 1968, ocorreu o primeiro desfile oficial das Escolas de Samba, realizado na Avenida São João, tendo se sagrado campeã a Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, com o enredo "Vendaval Maravilhoso", que falava sobre Castro Alves. A partir daí, e com o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo, que optou por dirigir sua atuação e captar capital privado por meio de sua entidade de administração indireta, a Anhembi S/A, o Carnaval não parou de crescer. Em 1977 o desfile foi transferido para a Avenida Tiradentes, onde eram construídas arquibancadas que comportavam (ainda que com pouca infra-estrutura) trinta mil pessoas.
Em 1986, a organização das Escolas de Samba passou a ser feita nos moldes atuais, com a fundação da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo – LigaSP. A LigaSP, de certa forma, substituiu a UESP, porém sem extingui-la, uma vez que a representação das agremiações tornou-se bipartite: as Escolas do Grupo Especial e do Grupo de Acesso (respectivamente a primeira e a segunda divisão) eram representadas pela LigaSP acima aludida; as Escolas dos grupos inferiores, bem como os blocos, pela UESP, que deixou de representar todas as Escolas como fazia desde a sua fundação. Em 1990, a Prefeita Luiza Erundina sancionou a Lei nº 10.831, que, de acordo com sua emenda "oficializa o Carnaval da Cidade de São Paulo, revoga a Lei n° 7.100/67, e dá outras providências". Esta lei acomete à Prefeitura, por meio do artigo 3°C/c artigo 2°, II, a responsabilidade de organizar o Carnaval, por meio da Anhembi S/A. A lei também reconhece e institucionaliza a representação das Escolas de Samba por meio de entidades associativas, que, desde 1986, funcionava da maneira acima descrita.
A lei n° 10.831/90 desencadeou a última mudança de endereço dos desfiles de Carnaval, que se deu em 1991, quando passaram a ser realizados no Polo Cultural Grande Otelo, uma grande passarela de mais de quinhentos metros construída na Avenida Olavo Fontoura, e popularmente conhecido por Sambódromo do Anhembi. Este local, de propriedade da Anhembi S/A, sedia os desfiles desde então, e nele ainda são realizados diversos eventos das mais variadas naturezas.[1]
Temos, dessa forma, que a atuação administrativa da Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio de leis e decretos, e de seu órgão de administração indireta, interagindo com fatores históricos, sociológicos e antropológicos, determinou a forma atual do Carnaval paulistano, inclusive determinando o abandono de suas raízes culturais e musicais.
A partir de 2006 passou a vigorar dois títulos no Carnaval paulistano. O primeiro e mais importante título é o do Grupo Especial das Escolas de Samba, o outro título, passou a ser disputado apenas pelas escolas ligadas a torcidas organizadas de clubes de futebol, casos da Mancha Verde (ligada ao Palmeiras) e Gaviões da Fiel (ligada ao Corinthians), nascia assim o Grupo Especial das Escolas de Samba Desportivas. A intenção em 2006 era realizar apenas esse Grupo de Escolas Desportivas quando houvesse duas ou mais agremiações ligadas a clubes disputando o Grupo Especial do Carnaval, mas em 2007, mesmo com a presença apenas da Mancha Verde no Grupo Especial, o título foi mantido, dando o bicampeonato a torcida do Palmeiras, que levára o primeiro título desse novo grupo em 2006. Em 2008 o Grupo Especial das Escolas de Samba Desportivas deixou de existir, fazendo com que Gaviões da Fiel e Mancha Verde voltassem a disputar com as outras escolas o título do Grupo Especial no carnaval de 2008.
E depois de vários anos, sem sair do papel o Carnaval de São Paulo ganhará com previsão de término em 2012, a Fábricas de Sonhos[2] nos mesmos moldes da Cidade do Samba, no carnaval carioca. que reunirá os barracões das principais escolas de samba do carnaval.
O carnaval é muito importante, para todos os brasileiros e até para os turistas de outros países,o caranaval é a imaginação,sonho,amor e muita alegria para todos .

[editar] Carnaval de São Paulo: de 1950 até os dias hoje

No início da década de 1950 o carnaval de São Paulo era pequeno, a escola que mais se destacava era a SRBE Lavapés que ganhou muitos títulos na época, mas essa invencibilidade de 15 anos foi quebrada no ano do IV Centenário de cidade. No ano de 1954, a Brasil de Santos foi convidada pelas escolas de São Paulo, graças a uma rixa que existia, de quem possuía o maior carnaval do estado, em termos de escola, e o que foi comprovado com a chegada da Brasil de Santos, fato que se repetiu em 1955 num empate com a Garotos do Itaim Paulista, em 1956 dois fatos que marcaram o Samba Paulista, o nascimento da Unidos do Peruche. E nesse mesmo ano as vencedoras num empate ferrenho vieram da Zona Leste, com a Garotos repetindo o caneco junto com a Nenê de Vila Matilde, nesse mesmo ano a "Águia Guerreira", (apelido carinhoso que os integrantes da Nenê chamam a agremiação), apresenta o primeiro samba-enredo, e um enredo construído na história de São Paulo. No ano seguinte foi a vez da Unidos do Peruche inovar, traz o primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira no Carnaval Paulistano. Entre 1958 e 1960 a Nenê conquista um tricampeonato.

[editar] Carnaval dos anos 1960

Durante a década de 1960 várias agremiações mostram um crescimento, as de mais destaque no cenário paulistano são Unidos do Morro de Vila Maria hoje Unidos de Vila Maria, e Unidos do Morro da Casa Verde hoje Morro de Casa Verde, ambas presididas por Xangô e Zeca da Casa Verde respectivamente. No ano de 1965, o carnaval dá o primeiro passo à profissionalização… Com a adesão de Moraes Sarmento, os desfiles passam a ser transmitidos por rádio, e ganham o respeito das instituições de cultura da cidade, até que em meados de 1967, o então prefeito Faria Lima, regulariza os desfiles para a Avenida São João, e assina a lei que torna a festa oficial, sendo então cuidada pela Secretaria de Turismo. Nos primeiros 3 anos, mais um tri-campeonato da Nenê de Vila Matilde.

[editar] Carnaval dos anos 1970

Na década de 1970, chegam escolas "novas", a primeira foi a Mocidade Alegre, antes um bloco, presidida por Juarez da Cruz, passa por todos os grupos inferiores até que em 1971, recém-chegada ao Grupo 1, vence o carnaval e se torna tri-campeã, surpreendendo a velha guarda do samba paulistano. Num jeito corsino de evolução, mais apresentando uma técnica completamente nova na construção de alegorias e fantasias, foi uma referência durante os anos em que venceu.
O ano de 1972 foi marcante pela morte definitiva dos cordões: Vai-Vai, Camisa Verde e Branco, Paulistano da Glória, Fio de Ouro não recebem mais apoio da prefeitura, e graças ao reconhecimento pela grandiosidade no segmento que elas então participavam, as maiores campeãs (Vai-Vai, Camisa Verde e Branco e Fio de Ouro), recebem um convite para participar do desfile principal de escolas, e já no primeiro ano todas elas surpreendem, a ponto do Camisa Verde e Branco, acabar com a série da Mocidade Alegre, e conquistar um tetra-campeonato entre 1974-1977, e a partir daí, o que se viu foi um domínio das escolas corsinas, em 1978 com o enredo " Na Arca de Noel, Quem Entrou Não Saiu Mais ", o Vai-Vai vence e conquista seu primeiro título entre as escolas.
Já no ano de 1979, com o excelente samba "Almondegas de Ouro", o Camisa Verde e Branco novamente se torna campeão, ratificando assim, o título de maior escola de samba da década de 1970, além desse marco histórico do Camisa, neste ano a novata agremiação Pérola Negra com o enredo Carnaval, Intrigas e Opiniões conquista um honroso 5º lugar, ficando a frente da tradicional Rosas de Ouro. A escola da Vila Madalena conquistou no ano de 1979 sua melhor posição no Grupo Especial Paulistano. Outro fato que marcou foi a troca de passarela, saindo do Centro da cidade, passando para a Avenida Tiradentes em 1977. A pista então passava a ser maior com 732m, e mais larga, forçando as escolas a "ziguezaguear" durante os desfiles, marcando um jeito de evoluir bem paulistano.
Outra vitória do Carnaval paulistano veio durante o programa Fantástico da TV Globo: No ano de 1978, o Paulistano da Glória vence o "1º Concurso Nacional de Sambas-Enredo", com "Epopéia da Glória", composto por Geraldo Filme, talvez um dos maiores compositores de samba do país. Já em 79 o concurso é vencido novamente por São Paulo, dessa vez com a representação da Nenê de Vila Matilde, com "Treze, Rei, Patuá". A década de 1970, mais uma vez marcou com a chegada da Sociedade Rosas de Ouro, escola do bairro da Vila Brasilândia, que nos anos 80 se firmaria como uma potência.

[editar] Carnaval dos anos 1980

Na chegada dos anos 80, a Mocidade Alegre vence com o enredo "Embaixada, Sonho de Bamba", um dos maiores sambas da história; vence as eliminatórias paulistas do Fantástico, e foi apresentado ao país todo. Nesse mesmo ano marca a primeira aparição de uma garota de 19 anos ao microfone de uma pequena escola de samba da Zona Leste, ela é Eliana de Lima, que puxa a escola Príncipe Negro da Vila Prudente. Mas não se deixem enganar, a primeira puxadora de samba em São Paulo foi Ivonete da Acadêmicos do Peruche, e logo após em 1977 aparece outra grande puxadora, Bernadete na Acadêmicos do Tatuapé. Em 1981 e 1982, a Vai-Vai, é campeã de forma incontestável, talvez sendo um pouco ofuscada pela Nenê de Vila Matilde, que traz sambas épicos nesses dois anos "Axé, Sonho De Candeia" em 81 e "Palmares, Raiz da Liberdade" em 82, chegando ao vice-campeonato com este último. O ano de 1982 também marca a chegada de Dom Marcos, como puxador da Cabeções da Vila Prudente, e Royce do Cavaco, auxiliando Tunicão, na Rosas de Ouro.
O ano de 1983 é marcado pela vitória da Rosas de Ouro, num ano em que a chuva foi o fator marcante; a "Roseira", fez um desfile muito técnico na Tiradentes, com o enredo "Nostalgia", cantando São Paulo antiga. O presidente Eduardo Basílio, como estigma de sorte abandona enredos africanos e aposta na linha de fazer carnavais tipicamente paulistanos. Durante esse ano, a escola Flor de Vila Dalila, no seu primeiro ano traz o samba "Exaltação ao Criador", famosíssimo entre os sambistas da cidade, e graças a aceitação popular, conquistou um surpreendente 7º posto. E novamente a Nenê traz um samba que se torna um dos hinos do Carnaval de São Paulo. "Gosto é Gosto e Não Se Discute" foi aclamado pelo público e crítica, e ajudou a escola a emplacar umas das melhores trilogias de sambas do carnaval paulistano.
Em 1984, o que marca é novamente Rosas de Ouro, com o enredo que contava a história da Faculdade de Direito do Largo São Francisco em São Paulo, a escola chega ao bicampeonato. Talvez esse seja o ano mais disputado da história do samba paulistano, onde na disputa tranquilamente poderíamos ter 6 escolas brigando cabeça a cabeça pelo título, o que engrandeceu mais ainda essa conquista da Rosas de Ouro. Mas o samba em si, não teve grande aceitação popular, o samba mais cantado daquela noite foi o da União Independente da Vila Prudente, que trazia como tema Elis Regina. Outro fato que marcou o carnaval de 1984, foi a recém-chegada Águia de Ouro, com carros imensos, contando a história do Teatro, e com a promessa Royce do Cavaco, a escola foi muito aplaudida, a ponto de ser apontada até como favorita, mais pouco compreendida e sofrendo um claro boicote por ser uma novata caiu, o que até hoje é motivo de protesto lá pelas bandas da Pompeia.
O ano seguinte (1985), uma surpresa, a Secretária de Turismo, Anhembi e UESP, se unem junto as entidades que promovem a festa no Rio de Janeiro, e promulga: "O Vencedor do Carnaval Paulistano vai desfilar no Rio de Janeiro". A correria foi geral, o luxo tomou conta de todas as escolas, houve um esforço tremendo de todos, e a campeã foi a Nenê de Vila Matilde, acabando assim com uma fila que durava 15 anos sem título e se torna a primeira e única escola paulistana a desfilar na Sapucaí, e com muito mérito, pois até aquele ano a Nenê era a escola com mais títulos do carnaval de São Paulo, havia conquistado 10 até o momento. Mas naquela noite, talvez o que poucos sáibam, é que a aclamada da noite foi a Barroca Zona Sul, escola criada por Pé Rachado, grande baluarte do samba paulistano, ex-presidente da Vai-Vai. Com o enredo "Chico Rei - O Esplendor de Uma Raça". O fator que tirou o título da escola foi o atraso no tempo, que tirou 6 pontos, e afastou qualquer possibilidade de campeonato. Outra curiosidade foi a Unidos do Peruche, que tira Eliana de Lima da Barroca Zona Sul, e com o samba "Água Cristalina", conquista o Brasil e vence o concurso do Fantástico.
Em 1986, a campeã é a Vai-Vai e surge ali Thobias da Vai-Vai, um fenômeno. Talvez a notícia triste ficou por conta da cisão que as agremiações tiveram com a UESP, em uma briga entre Eduardo Basílio, Chiclé do Vai-Vai, Inocêncio Thobias e Seu Nenê surge a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, muda-se o nome do desfile principal, que passa a se chamar Grupo Especial. Nenê de Vila Matilde e Unidos do Peruche, ficam na UESP, mais perdem muita força entre as grandes, ficando para segundo plano.
Em 1987, fica marcada a safra genial de sambas, e o aparecimento de agremiações como Acadêmicos do Tucuruvi e Colorado do Brás (que chegou em 1986), a disputa mais uma vez é grande, Unidos do Peruche aparece com um jeito novo de evoluir (o jeito que hoje se evolui), larga a mão do "zigue-zague", traz alegorias e fantasias fora do padrão paulistano, graças ao intercâmbio que o presidente Walter Guaríglio fazia constantemente ao Rio de Janeiro. Camisa Verde e Branco com a ousadia do Mestre Divino traz a "Bateria de um surdo só", copiando fielmente a Mangueira, Mocidade Alegre chegou com o samba mais bonito da história cantado na primeira pessoa "50 Anos de Comunicação - Moraes Sarmento" e o Vai-Vai e o Nenê de Vila Matilde sambaram muito e tiveram seus sambas cantados e aceitos pela crítica. Mais a campeã no detalhe foi a Vai-Vai, graças a uma falha que tirou o título do Camisa Verde e Branco, onde uma alegoria se quebrou em frente a cabine de julgamento de alegoria.
No ano do centenário da abolição, se estudou um tema único para todas as escolas, mais a ideia não foi para frente causando um alívio geral aos carnavalescos das escolas. Em 1988, ficou marcado o crescimento absurdo do Unidos do Peruche que traz para a passarela paulistana, o maior intérprete da história Jamelão. Outros fatos que marcaram muito foi o Colorado do Brás, que com o maior samba depois de "Narainã - A Alvorada dos Passáros" do Camisa Verde em 77, vem sem alegorias, somente com seu abre-alas e alguns tripés, cantando "Quilombo Catopês do Milho Verde - De Escravo à Rei da Festa", Flor de Vila Dalila, que traz ao microfone Carlinhos de Pilares, o já consagrado intérprete carioca, Nenê de Vila Matilde traz naquele ano um dos sambas mais amados pela sua comunidade, "Zona Leste Somos Nós" falava sobre a região que a escola representa, região mais populosa e pobre da cidade, mas a escola teve mudanças, contratou Chuveiro no lugar de Armando da Mangueira, que na escola da Zona Leste estava desde 1979, tendo passagem entre 1968 até 1975, onde foi para a Unidos do Peruche reeditar a parceria que fazia com Jamelão na década de 1960. Camisa Verde e Branco, traz pela última vez, "Dona Sinhá", que muito doente faz questão de desfilar pela escola, a escola é a primeira a trazer alegorias iluminadas à "Luz Neon" em São Paulo. Com o enredo " Boa Noite São Paulo - Um Convite Para Amar", a escola belisca um tri-vice. O samba-enredo do Rosas de Ouro, puxado por Royce do Cavaco, vira um clássico, eternizado em transmissões esportivas (por meio do refrão Pra frente é que se toca a bola. E a bola rola trazendo emoção…). Já o troféu vai para o Vai-Vai, fazendo um desfile arrebatador, e perfeito com o tema "Amado Jorge - A História da Raça Brasileira"
Em 1989, ouve mais uma vez um assombroso salto, mais não de todas escolas, mais especialmente de uma…Unidos do Peruche. A escola vinha a anos fazendo intercâmbios no Rio de Janeiro, crescendo desde 1985, em 1989 ela atinge o apogeu com "Os 7 Tronos dos Divinos Orixás", contando com ícones como Joãosinho Trinta, Laíla e Jamelão, a escola causa talvez o maior impacto que a Avenida Tiradentes já viu, com alegorias grandiosas, e uma qualidade sem igual em fantasia, o Peruche foi soberano a ponto de todas as escolas que vieram a seguir não passar de 278,00 pontos, de tão tamanha que foi a superioridade. Mas, mesmo vindo como franca favorita, o Peruche perde para um forte conjunto do Camisa Verde e Branco, e por falhas de Jamelão, que pouco acostumado com o nosso carnaval, atrapalhou-se alguma vezes durante o desfile prejudicando assim a trajetória da escola. A outra surpresa da noite fica por conta da Leandro de Itaquera, que ao chegar do Grupo 1, traz Eliana de Lima e o enredo "Babalotim, a História dos Afoxés". O samba e a bateria foram o ponto alto do desfile, e a interpretação da puxadora Eliana de Lima desse samba que é um primor de composição, considerado um dos melhores da história do carnaval.

[editar] Carnaval dos anos 1990

O ano seguinte foi marcado pelo fator tempo, assim como em 1983, choveu quase a noite toda, e o que se viu, foram escolas do calibre de Nenê de Vila Matilde, passar um dos piores momentos da sua história, com problemas de bastidores: o carnavalesco Antônio Carlos brigou com componentes da escola dias antes do desfile e na hora de levar os carros alegóricos para a Av. Tiradentes, os Matildenses encontram duas carretas impedindo a saída das alegorias de seu próprio barracão; como resultado a escola fica em 8º lugar a 1 ponto do rebaixamento. Outros fatos marcantes foram o desfile plano da escola GRES Pérola Negra, a chegada da Gaviões da Fiel e o primeiro empate da era moderna do nosso carnaval. Mostrando uma grandiosidade nas escolas de calibre como Rosas de Ouro, Unidos do Peruche e Vai-Vai, agremiações que trouxeram alegorias gigantescas e bem feitas, brigaram ponto a ponto… O Camisa Verde e Branco que corria por fora acabou empatada com a escola de Eduardo Basílio e as duas levaram o título.
Para 1991, ficou reservada a estreia do Sambódromo do Anhembi, construído as pressas pela Prefeita Luiza Erundina, mal iluminado, e com algumas arquibancadas tubulares e de madeira, a pista era menor com cerca de 521m, e mais larga em relação a passarela antiga, fica estipulado o fim de 1h20min de desfile, e passa a ser em 1h10min. Outra mudança foi o fim do quesito Letra do Samba, que assim juntava-se com melodia e se tornava Samba-Enredo. A estréia ficou por conta da Passo de Ouro, que em 1997 se fundiu com a X-9 Paulistana, mais 1991, foi marcado mais uma vez pelo salto em qualidade das escolas, talvez a maior evolução daquela noite ficou claro no desfile de Nenê de Vila Matilde com Tito Arantes de carnavalesco, e pela Leandro de Itaquera com Pedrinho Pinotti, ambas escolas da Zona Leste vieram com alegorias grandes e bem acabadas, mais o azar ficou por conta da escola da Vila Matilde que pegou um verdadeiro "pé d'água", que prejudicou muito o desfile, e o mais interessante e que a chuva parou no fim do desfile da escola. Já a Leandro teve sua melhor colocação no grupo especial até hoje, um 4º lugar. As favoritas da noite eram Vai-Vai, Rosas de Ouro que trazia o enredo "De Piloto de Fogão, a Chefe da Nação", homenageando as mulheres e a escola Camisa Verde e Branco que trazia o tema "Combustível da Ilusão", alusão a Cerveja, correndo por fora veio a escola Leandro de Itaquera, mostrando um crescimento muito rápido. O resultado foi um empate entra Camisa e Rosas novamente.
Para 1992 fica abolido o sistema de sorteio por qualificação , a azarada foi a Rosas de Ouro, que ainda teve que pegar a arquibancada fria, mais não foi bem isso que vimos ao longo do desfile. Na maior homenagem que a nossa cidade recebeu no carnaval a Rosas tira Tito Arantes da Nenê, e com o enredo Non Dvcor Dvco - Qual é a Minha Cara? a escola canta um dos sambas mais lindos de toda história de nosso carnaval e de remate, emociona toda passarela, com uma evolução perfeita e excelente conjunto de fantasias, a escola fica com um merecido campeonato, apesar de ter problemas nas notas. Escolas como Camisa Verde e Branco e Nenê de Vila Matilde, reclamaram muito esse título, a ponto de Seo Nenê rasgar notas, e o Camisa ir a justiça.
Em 1993 houve várias mudanças em relação a estrutura do Sambódromo, começa as obras nas arquibancadas A, os setores C,D e E passam por reformas, e trocado os refletores,e a pista fica mais iluminada. Chegadas do acesso vem Imperador do Ipiranga, que não participava desde 1988 e Acadêmicos do Tucuruvi, não houve rebaixamento em 1992 graças aos problemas com as notas, a LIGA decide manter Colorado do Brás e Barroca Zona Sul. As trocas foram a saída de Osvaldinho na Nenê, para o cargo de carnavalesco chega Renato, a Gaviões da Fiel conta com Raul Diniz, Pedrinho Pinotti sai do Leandro de Itaquera e vai para o Colorado do Brás. No microfone aparece Serginho K.T na Imperador, Djalma Pires no Tucuruvi, Armando da Mangueira, Márcia Ynaiá e Dom Marcos no Nenê. O Barroca traz um grupo de pagode para o microfone o Arte Final. Sendo assim o ano fica marcado por vários fatos, o primeiro acontece no Imperador, com uma série de problemas no transporte dos carros até o Anhembi, muitas alegorias desfilam com problemas, a escola que deveria vir com 10 alegorias vem com 6. O Mocidade Alegre, que traz um argentino para o cargo de carnavalesco, cantando sobre o Líbano, também tem problemas, como resultado a escola tenta afastar as grades que marcam o tamanho certo da avenida, causando briga entre os diretores de harmonia da escola com outros diretores das diversas escolas. Mais com um samba muito bonito e de melodia perfeita a escola perde o título graças a uma punição. A Gaviões da Fiel, mostra pela primeira vez sinais de sua grandeza, com uma comissão extremamente luxuosa, e com alegorias bem acabadas, contando a história da chave ao longo dos tempos, a escola perde também por detalhes. Camisa Verde, Rosas e Vai-Vai novamente apontam como favoritas. Como resultado um empate entre Vai-Vai e Camisa, rivais no passado, cantam juntos no estacionamento do Anhembi.
Em 1994, ficará marcado para sempre no nosso samba, por inúmeros fatores, o primeiro foi a saída de Thobias da Vai-Vai. Desde 1986 no microfone da escola, ele briga com diretores e fica sem cargo para 1994. A chuva torrencial que caiu no Anhembi, causando infinitos problemas a todas agremiações, e a indefinição dos pontos, mais de 70% das escolas tiveram descontos. E também contamos com JURADOS VIP, Ronaldo Ésper, Pedro de Lara entre outros, avaliam nosso desfile. De tão confuso sobem para este ano duas estreantes Unidos de São Miguel e Primeira da Aclimação, uma traz Gogó do Gato no microfone e Mestre Lagrila no comando da bateria, e a outra traz um conhecido das Eliminatórias mais desconhecido do público geral até então Lello Garoto.
No começar dos desfiles chega a Unidos de São Miguel, uma escola enorme da Zona Leste mas que nunca havia conseguido desfilar com as maiores da cidade, com um belo samba e fantasias com um relativo luxo, faz uma boa estreia. A Primeira da Aclimação, cantando o Vinho faz um dos piores desfiles que o Anhembi já viu, com alegorias extremamente ruins, mal feitas, e fantasias terríveis, a escola contou somente com a garra, a bateria teve vários erros a ponto de no fim do desfile o presidente vir as lágrimas. A terceira a desfilar é Unidos do Peruche, com um enredo que contava a história da visita de Xangô ao Reino de Oyó, a escola sofre com um verdadeiro dilúvio, perde vários carros ao longo da passarela, praticamente começa a se desintegrar pela avenida, estoura o tempo e perde 14 pontos, causando a indignação do presidente Osmar. Mocidade Alegre, traz para a avenida o apelo pela junção dos povos latinos americanos, mais uma que conta com infinitos problemas, carros deixados na concentração e muitos problemas de harmonia. Chega talvez uma das mais prejudicadas naquele ano, a Leandro de Itaquera, fazendo um desfile de raça, canta o Tietê, passa inteira na avenida, sem problema algum, com belas fantasias e uma primorosa apresentação de Eliana de Lima, mais graças ao pouco entendimento dos jurados vip, que tinham tendência a ajudar as escolas mais tradicionais, a Leandro nem se quer brigou pelo título, merecendo ao menos um 3º lugar a escola fica em 5º muito distante da 4ª Mocidade Alegre.
Tentando re-editar a apresentação de 1993, onde fez uma apresentação maravilhosa alcançando uma vaga no desfile das campeãs, a Acadêmicos do Tucuruvi, vem com o enredo falando das Calçadas da Lapa, integrantes vem segurando as letras à frente da escola no lugar do abre-alas que quebrou momentos antes de entrar na pista, com uma evolução completamente estranha, onde os integrantes não ocupavam toda a avenida, a escola praticamente faz um dos piores desfiles de toda história da era Anhembi, com apenas 2 carros desfilando (onde o previsto eram 7). A próxima era a Rosas de Ouro, cantando um samba em homenagem a cantora Angela Maria intitulado "Sapoti", o desfile foi marcado pelas alegorias incompletas, muito integrante desfilando sem fantasia completa, a troca de ordem das alas, dois carros quebrados, leva o título sem merecer, contou com a sorte das notas 10 dadas pelos "Jurados Vip". A Camisa Verde e Branco, traz o enredo falando sobre o sonho do povo em ser sempre jovem, mais uma escola que conta com alegorias quebradas, e muitas falhas gerais, fica num 3º lugar muito contestado.
A polêmica maior fica por conta da Vai-Vai, com alegorias se desfazendo pela pista, erros graves de Agnaldo Amaral, atravessadas da bateria, a escola canta Inã-Gbé, perde 17 pontos por estouro de tempo, apresentar riscos ao público com a comissão de frente soltando chamas (tentando né, graças a chuva não foi possível) a escola é claramente beneficiada por uma jogada momentos antes da apuração ao ver a Barroca sendo punida com 2 pontos, e se salvando de um rebaixamento por 0,5 ponto.
A 10º a ir para a pista é a Nenê de Vila Matilde, a escola leva uma relativa sorte, por pegar apenas uma garoa durante o desfile, outro fator sorte foi a de vir sem plumas, mais toda em acetato, o que ajudou no fator chuva , a única falha foi não ter apresentado o enredo no tempo certo, perdendo 2 pontos. Chega num sexto lugar muito contestado, prejudicada também pelos "Jurados Vip".
A 11ª a ir para a pista é a Barroca Zona Sul, contando com um céu azul, após uma noite de chuva a escola tem um revés triste, a Porta Bandeira 1 desfila sem pavilhão, com um conjunto muito simples, mereceria o rebaixamento em causas normais, mais foi claramente prejudicada por uma jogada de bastidores, onde foi punida por 2 pontos por um dos merendeiros estar sem a camisa de identificação da escola. Rebaixamento até hoje muito contestado no mundo do samba.
Por último fechando a noite vem Gaviões da Fiel com o dia plenamente claro, a escola conta a história do Fumo ao longo dos tempos, traz um conjunto lindo, belas fantasias e harmonia impecável, foi prejudicada por um jurado que deu nota 6 em harmonia e nota 7 em bateria, tirando a expectativa de título. Até hoje integrantes protestam muito e dizem que os verdadeiros campeões de 94 foram eles!
A lição que se tirou de 94 foi grande, a primeira foi a construção de alegorias, que deixaram de ser construídas somente sobre os eixos, começou a se usar chassis para a estrutura. A 2ª foi o uso de materiais melhores e mais resistentes a água. A partir de 94, as punições começaram a ser pequenas, e foi revisto todo regulamento.
Em 1995, a Gaviões da Fiel Torcida ganha seu primeiro título com um dos sambas enredo com reconhecimento "Coisa boa é pra sempre" que falava sobre a infância. A Gaviões da Fiel emocionou o Brasil todo com o samba e o desfile, que é tido como um dos maiores da história do carnaval de São Paulo. Outra escola que emocionou a avenida foi a Nenê de Vila Matilde, que vinha mordida dos últimos anos, e cantou "Eu Te Amo", levando o Anhembi ao delírio no amanhecer. O problema é que a escola entrou com muito tempo de atraso, pois a Liga disse ter tocado o alarme avisando que o desfile da escola havia começado, mas que os componentes não ouviram porque a bateria estava tocando alto demais. Ao permanecer por cerca de metade do tempo hábil de desfile esperando para entrar na avenida, a Nenê perdeu muito tempo, mas conseguiu terminar o desfile no tempo correto. A escola foi prejudicada pela correria e terminou só com um 6º lugar, mas com certeza brigaria com a Gaviões da Fiel pelo título daquele ano. Outro fato importante foi o surgimento de uma novata, X-9 Paulistana, que anos depois entraria para o grupo das grandes.
Em 1996, a Vai-Vai ganhava mais um título com "A rainha, a noite transforma", falando sobre a rainha da noite - Lilian Gonçalves. O título deste ano foi incontestável com uma grande apresentação da Escola da Bela Vista. O outro fato importante do ano foi a queda do Camisa Verde e Branco, que assustou o mundo do samba, a escola teve problemas dentro e fora da avenida, e acabou sendo rebaixada juntamente com a Pérola Negra que veio com o enredo ”Navegar é preciso”. O destaque cômico foi para a Nenê, que tinha planos ambiciosos de entrar com a maior águia no abre-alas de todos os seus carnavais, mas as asas da ave (de 6 metros cada uma) não passaram pelo 1º arco do sambódromo , e a águia entrou na avenida sem asas.
1997 foi o ano da novata antes citada, estando só desde 95 no Grupo Especial a X-9 Paulistana, com "Amazônia, a dama do universo" ganhou seu primeiro título, título para alguns merecido e para outros contestável, pois aquele ano foi um ano de grandes desfiles por parte de duas das mais tradicionais escolas de São Paulo, Nenê e Vai-Vai. A escola da Zona Leste trouxe para a avenida "Narciso Negro" que é tido como um hino para os negros da cidade de São Paulo, e um dos grandes sambas da escola, mas ficou com o terceiro lugar. Falando sobre Minas Gerais e a Inconfidência Mineira, a Vai-Vai também sacudiu a avenida, e abocanhou um vice-campeonato.
O carnaval de 98 teve como grande vencedora a Vai-Vai, com "Banzai Vai-Vai", relativo aos 90 anos da Imigração Japonesa para o Brasil. É tido com o maior desfile da história da escola até o momento. O Camisa naquele ano voltava ao grupo das grandes, e falando sobre a Fotografia chegou ao 3º lugar, mostrando a força da escola da Barra Funda. A Mocidade Alegre veio com o enredo "Essas Maravilhosas Mulheres Ousadas" e um desfile ousado chegou ao 4º lugar. Já a Nenê mordida de 97, fez uma homenagem a Estação Primeira de Mangueira, a grande rival de sua madrinha Portela, no Rio de Janeiro. Com direito a bateria de um surdo só e velha-guarda da verde e rosa, a escola chegou ao vice-campeonato.
O carnaval de 99 foi o maior até então. Mas, no geral duas escolas se destacaram, Vai-Vai e Nenê novamente. A escola da Bela Vista cantou "Nostradamus" e com um desfile de forte impacto visual, conhecido como "o desfile das caveiras", a escola chegou ao título. A Nenê arrastou a arquibancada falando sobre seus 50 anos, e saiu como grande favorita, liderou a apuração, mas perdeu no quesito alegoria por causa de uma escultura quebrada. A surpresa ficou por conta da Gaviões da Fiel, que acabou dividindo o título com a Saracura, e sobrou para a Nenê a terceira colocação.

[editar] Carnaval dos anos 2000

No Carnaval de 2000, numa proposta inovadora até então: a história do Brasil foi dividida em 14 partes, e cada escola contaria uma parte. O Carnaval teve duas campeãs novamente: Vai-Vai (que ganhou o tri) com "Vai-Vai Brasil" relativa ao período de 1985-2000, e X-9 Paulistana com "Quem é você? Café", relativo ao período do ciclo do café. Num carnaval disputadíssimo, a Vai-Vai que encerrou os desfiles no segundo dia levantou o público e com um desfile perfeito levou o caneco mais uma vez. Já a X-9 fez um desfilo técnico, e tido como frio, mas chegou ao seu objetivo. Destaques daquele ano Gaviões da Fiel e Leandro. Esta última saiu como grande favorita fazendo um desfile surpreendente, o que despertou o sonho na comunidade da Zona Leste de ganhar o primeiro título tão esperado, mas a escola perdeu nos últimos quesitos, e a derrota ocasionou a saída da intérprete Eliane de Lima.
O Carnaval de 2001 foi até então o maior. Com duas campeãs, Vai-Vai (tetra) e o grande destaque do ano, a Nenê. Depois de 4 carnavais batendo na trave, a escola quebrou um jejum de 15 anos. A saracura falou de luz, e a Nenê cantou a participação do negro na história levantando a arquibancada no final do segundo dia de desfiles. Destaques do ano vão para Leandro de Itaquera, que levou uma serpente de mais de 100 metros para a avenida, o que prejudicou a evolução da escola, dando a ela só um 8º lugar, e Tucuruvi que fez um desfile aclamado por toda a cidade, falando sobre o nosso carnaval, mas que teve problema com um carro ao final de desfile, que ficou no meio da passarela, tirando a possibilidade de chegar ao desfile das campeãs e ao título. Gaviões da Fiel e Rosas fizeram desfiles bem elogiados pela crítica, já a Mocidade apresentou um samba confuso e não agradou.
Em 2002, a Gaviões da Fiel venceu o Carnaval com o enredo "Xeque Mate", com o destaque para o Camisa, que ganhou o vice-campeonato com um enredo sobre o número 4, levando a festa para a Barra Funda. Nenê, Rosas e Leandro também foram bem elogiadas nesse ano. A X-9 perdeu 6 pontos por atraso no desfile, o que lhe custou o título, pois empatou em pontos com a Gaviões da Fiel, punição até hoje lamentada pela comunidade que se auto-proclamou campeã e acrescentou mais uma estrela ao seu brasão. Retornava ao Grupo Especial um destaque dos anos seguintes, a Unidos de Vila Maria.
Em 2003, a Gaviões da Fiel venceu e conquistou o bicampeonato, com o enredo "As Cinco Deusas Encatadas na Corte do Rei Gavião", que falava sobre as cinco regiões brasileiras. Um dos destaques para esse ano foi o empate entre a Águia de Ouro e a Império de Casa Verde, ambas ficariam entre as escolas que cairiam. Como não havia critérios de desempate até então, foi decidido que nenhuma cairia, passando São Paulo ter 16 escolas de samba no grupo de elite. Mas o grande destaque do ano foi a Mocidade que fez um desfile que ajudou a reescrever a história do carnaval paulistano. Falando sobre a água, a escola da Zona Norte levantou o público e levou o vice, depois de alguns anos de baixas colocações. A Leandro de Itaquera gerou polêmica ao trazer em uma jaula no abre-alas encenações de sexo. O Camisa Verde também foi destaque com um grande desfile que levou a arquibancada ao delírio.
Em 2004, uma surpresa, o Império de Casa Verde com seu enredo "O Novo Espelho de Narciso. Um Delírio Sobre os Heróis da Mitologia Paulistana", conquistava um expressivo terceiro lugar, a frente de escolas tradicionais e favoritas naquele ano, como a 4ª colocada Nenê e a 5ª colocada Rosas. A Gaviões da Fiel conseguiu um feito inédito: ser rebaixada após um bicampeonato, por causa de um dos episódios mais trágicos do carnaval paulistano, uma quebra assustadora de um carro. Vai-Vai também sofre um grande golpe e perde colocações, terminando numa 11ª colocação inexplicável. Quem venceu foi a Mocidade Alegre, falando sobre São Paulo (tema único), com o enredo "Do Além-mar à Terra da Garoa… Salve esta gente boa.", um dos desfiles tidos como o mais aclamado da história por público e crítica. Outro destaque foi a Imperador do Ipiranga, que teve um samba considerados um dos melhores do carnaval da São Paulo até então.
Em 2005, um ano de surpresas, o histórico samba-enredo do Império de Casa Verde "Brasil: Se Deus é por nós, quem será contra nós", que falava sobre o fim do mundo mas com alguma esperança, deu para a escola seu primeiro e inesperado título do carnaval paulistano. Ganhou polêmica devido a uma "apologia ao crime", quando em um de seus carros tinha uma escultura do bicheiro e patrocinador da escola: Francisco Plumari Júnior, mas conhecido como Chico Ronda, falecido no ano anterior. Outra surpresa ficou por conta do Rosas de Ouro, que foi um dos grandes destaques daquele ano. Apresentando "Mar de Rosas", um dos grandes desfiles do carnaval da cidade, a escola amargou inexplicavelmente o 7º lugar. Vila Maria também foi destaque e surpresa com seu primeiro grande desfile no Grupo Especial. Mocidade emocionou mas não levou, falando sobre Clara Nunes. Outra surpresa ficou por conta da Nenê, que também apontada como favorita levou somente o 9º lugar, pior colocação da história da escola até o momento. Mas a maior surpresa veio da Bela Vista. O Vai-Vai que saiu como franca favorita ao título (ao lado do Rosas), falou sobre a imortalidade. A escola do Bixiga arrastou o público mas amargou um quinto lugar, o que causou revolta na sua comunidade, que se negou a desfilar nas campeãs. Os resultados desse ano causaram uma briga entre os presidentes de Império e Vai-Vai ao final da apuração.
Em 2006, veio o bicampeonato do Império, com o enredo "Do Boi Místico ao Boi Real - De Garcia D'Ávila ao Nelore - O Boi que come capim - A Saga pecuária do Brasil para o Mundo". O título foi contestado por muitas agremiações e críticos, pois até erro de português no samba-enredo nota 30 foi encontrado. Vai-Vai novamente levanta a multidão e leva o vice com o enredo "São Vicente. Aqui começou o Brasil". Mocidade Alegre emociona, é favorita mas fica com o terceiro. O destaque da escola naquele ano foi a Rainha da Bateria Nani Moreira, famosa em todo o Brasil por suas performances, acabou sofrendo um acidente pirotécnico com sua fantasia que pegou fogo na avenida e teve queimaduras graves, mas continuou sambando até o final. Nenê que prometia alegorias grandiosas, teve problemas com peso e uma quebra sequencial de 4 carros levou a escola ao 11º lugar. Para diminuir o número de escolas para o ano seguinte, a Liga decide rebaixar 4 escolas, entre elas 3 grandes, Leandro, Camisa e Gaviões da Fiel. A Leandro apresenta um samba tido como um dos melhores, mas faz um desfile médio, e num carnaval disputadíssimo acabou caindo. O tradicional Camisa, emociona o público falando sobre o vinho, mas leva um nota 8,5 de bateria, o que acaba rebaixando a escola. A Gaviões da Fiel é rebaixada novamente, e novamente em último lugar. A Mancha Verde desfilou sozinha no grupo de escolas de samba desportivas, sendo campeã e única no gênero pois a Gaviões da Fiel conseguiu na justiça o direito de se desligar de tal grupo e disputar o título com as outras agremiações, mas a escola alvi-verde faz um dos desfiles mais emocionantes da era sambódromo.
Em 2007, a bicampeã Império faz um desfile triunfal com o enredo "Glórias e Conquistas - A Força do Império está no salto do Tigre", apostando no luxo e gigantismo a escola é tida como favoritíssima ao título do ano, mas amargou um quinto lugar. A Unidos de Vila Maria conquista seu melhor resultado em toda sua história: um expressivo 2° lugar com o enredo "Vila Maria: Canta, Encanta com a minha história… Cubatão a rainha das serras". Com um desfile que emociona o público e conquista a crítica a Vila perde por pouco. O vencedor foi a Mocidade, com o enredo "Posso ser Inocente, Debochado e Irreverente… Afinal, Sou o Riso Dessa Gente", surpreendendo a maioria dos críticos. Um grande destaque deste ano foi a Águia de Ouro, que vinha apresentando bons desfiles anteriormente, mas chegou ao seu ápice em 2007. falando sobre artesanato, a escola da Pompéia levantou a arquibancada de um forma nunca vista na década de 2000, foi indicada como favorita pela crítica, e liderou boa parte da apuração, mas perdeu no quesito Evolução, e ficou com o 4º lugar.
Em 2008, a Vai-Vai vence pela décima terceira vez, com o enredo "Acorda Brasil! A saída é ter esperança". A agremiação da Bela Vista levou todo o público à loucura, que correspondeu fazendo uma emocionante e espontânea coreografia na arquibancada, nunca vista antes no carnaval brasileiro. Outra favorita era a Vila Maria, que como o Império no ano anterior apostou no gigantismo, trazendo o maior carro alegórico da história do carnaval brasileiro. Com muito luxo e um samba contagiante a Vila conquista o público, mas leva só o terceiro lugar com o enredo "Irashai-Mase, milênios de cultura e sabedoria no centenário da imigração japonesa". A Mocidade ganha o vice, retomando o enredo sobre a Cidade de São Paulo, e a Tom Maior tem seu melhor resultado, um 5º lugar, com o mesmo tema. Rosas de Ouro também leva o status de favorita, falando sobre perfume, com muito luxo e interação do público, a escola conquista um lugar nas campeãs. A Gaviões da Fiel faz um péssimo desfile, considerado pelos críticos pior do que os de 2004 e 2006, mas levanta a arquibancada e se mantém no Grupo Especial. Águia de Ouro sofre com a quebra de um carro, e acaba sendo rebaixada. A esperada volta do Camisa decepciona, e a escola acaba rebaixada pela 3ª vez em sua história. Algumas escolas de samba se sentiram coagidas com o resultado inesperado gerado pelos descartes de notas na apuração, alegando que se não houvesse tal critério, o resultado de classificação seria diferente, e por esse motivo as escolas de samba Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Império de Casa Verde, Pérola Negra, Mancha Verde, Imperador do Ipiranga, Unidos do Peruche, Dragões da Real e Camisa Verde e Branco se unem e criam uma entidade paralela a liga das escolas de samba de São Paulo, a Super-Liga.
Em 2009, a Mocidade vence com o enredo "Da chama da razão ao palco das emoções… sou a máquina, sou a vida… sou o coração pulsando forte na avenida", com luxo e raça a escola leva o caneco. A Vai-Vai foi com um tema atual "Mens sana et corpore sano - O Milênio da Superação", que falava sobre saúde e higiene, mas acabou em segundo. Rosas de Ouro e Gaviões da Fiel Torcida, conquistaram seus melhores resultados desde 2004. Mas os grandes destaques do ano foram Pérola Negra e Tom Maior, escolas que apresentaram sambas impecáveis, desfiles emocionantes e plasticamente perfeitos, mas acabaram em 9º e 11º lugar, respectivamente. O destaque negativo ficou por conta das tradicionais: O Camisa não conseguiu acesso para o Grupo Especial , A Unidos do Peruche amargou o último lugar e caiu. Mas o maior choque foi a queda de umas das maiores escolas de samba do carnaval brasileiro, a Nenê de Vila Matilde. A escola da Zona Leste sofreu com problemas internos como brigas com o carnavalesco, quebras de carros, inversão nas alas e falta de fantasias. Nem o melhor samba do ano "60 anos - coração guerreiro, a grande refazenda do samba"(que falava sobre os 60 anos da escola) e a bateria mais famosa de São Paulo, que tiraram as maiores notas , foram suficientes para segurar a escola, que disputou o carnaval 2010 no acesso, pela primeira vez em sua história.

[editar] Carnaval dos anos 2010

Em 2010, A Rosas de Ouro se sagra campeã e conquista seu sétimo título, com o enredo "Cacau: um grão precioso que virou chocolate, e sem dúvida. se transformou no melhor presente!", terminando com a pontuação máxima (270 pontos). Uma grande polêmica se criou em torno do desfile da escola, envolvendo a agremiação, a Rede Globo e a marca de chocolates Cacau Show, graças a um suposto Merchandising que existiria no samba e no título do enredo da escola. Versos da música e o título do desfile foram trocados.[3]
A Mocidade Alegre era favorita, ganhou o Troféu Nota 10 e ainda levantou as arquibancadas com o enredo sobre o espelho mas só ficou com o vice-campeonato. O Vai-Vai que fez um belo desfile já no amanhecer de sábado, conseguiu alegrar o público com seu enredo comemorativo aos seus 80 anos de fundação e também de Copas do Mundo, conseguindo a 3º colocação. Surpresa foi a Mancha Verde que com o enredo "Aos Mestres com Carinho! Mancha Verde Ensina Como Criar Identidade" fez um desfile técnicamente perfeito, conseguiu a melhor colocação de sua história, um expressivo 4º lugar, ficando a frente da co-irmã Gaviões das Fiel que ficou na 5º colocação, enaltecendo o centenário do Corinthians, trouxe em seu desfiles vários jogadores do clube e até a estrela Ronaldo. Um episódio desagradável acorreu durante a apuração quando integrantes da escola não gostaram de algumas notas baixas dadas e começaram uma confusão onde a apuração teve que ser paralisada por alguns minutos.[4]
A Acadêmicos do Tucuruvi supreendeu, fez o melhor desfile de sua história sendo cotada ao título, mas por notas baixas no quesito evolução a escola da Zona Norte acabou na 8º colocação com o enredo "São Luis do Maranhão - Um Universo de Encantos e Magias". Imperador do Ipiranga e Leandro de Itaquera foram rebaixadas. No Grupo de Acesso o favoritismo da Nenê de Vila Matilde se confirmou e a escola se sagrou campeã, voltando para o Grupo Especial junto com a Unidos do Peruche. Outras escolas se destacaram, como a Dragões da Real e o Camisa Verde e Branco. A grande suspresa da noite de domingo foi a Uirapuru da Mooca que fez um desfile sem glamour mas conquistou o sambódromo com um samba irreverente e a bateria ousada, falando sobre os Estados Unidos da América.
O primeiro dia do desfile do Grupo Especial das Escolas de Samba de São Paulo de 2011 foi marcado para iniciar as 23 horas e 15 minutos da sexta-feira, dia 4 de março de 2011. O desfile das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo de 2011, aconteceu nos dias 4 de março e 5 de março de 2011, marcando os 20 anos do Sambódromo do Anhembi na zona norte da capital paulista. Participaram 14 escolas de samba, desfilando da sexta para o sábado as escolas Unidos do Peruche, Tom Maior, Tucuruvi, Rosas de Ouro (campeã do ano anterior), Mancha Verde, Vai-Vai e Pérola Negra, e do sábado para o domingo as escolas Nenê de Vila Matilde, Águia de Ouro, Mocidade Alegre, Vila Maria, X-9 Paulistana, Gaviões da Fiel e Império de Casa Verde, na ordem. Vai-Vai, Pérola Negra, Gaviões da Fiel e Império de Casa Verde desfilaram com o dia claro. O carnaval foi marcado por alegorias gigantescas, fantasias luxuosas, sambas impactantes, enredos dos mais variados e o grande apoio do público, que lotou as arquibancadas e ovacionou as escolas de samba. Vai-Vai, Império de Casa Verde, Vila Maria, X-9 Paulistana e Nenê de Vila Matilde realizaram o maior desfile de suas histórias sendo consideradas fortes candidatas ao título. Vai-Vai realizou o mais emocionante desfile da história do Anhembi, levantando o público com a homenagem ao maestro João Carlos Martins, e saindo do sambódromo com gritos de "é campeã!".
Após a apuração do carnaval 2012, onde após tumúlto houve invasão da área julgadora, a escola de samba Império de Casa Verde foi punida com a perda da subvenção pela Prefeitura[5]. A Liga, com a nova política de regionalização da Rede Globo, que definiu que o desfile não será transmitido para o Rio de Janeiro, assim como já acontece no Rio Grande do Sul, formalizou que não haverá o rebaixamento para o Grupo De Acesso [6].
A confusão no carnaval paulista levou o jornal Folha de São Paulo a promover, em sua coluna Tendências e Debates, de sábado, 25 de fevereiro de 2012, um debate entre dois especialistas, com a seguinte questão: As torcidas organizadas devem participar do carnaval paulista?. Respondeu NÃO Fernando Capez, promotor de Justiça licenciado e deputado estadual pelo PSDB, e SIM Vanderlei de Lima, filósofo e estudioso de Torcidas Organizadas. O debate foi interessante e deve ser lido.

[editar] Escolas de samba

A cidade de São Paulo possui cerca de 200 Agremiações Carnavalescas entre Escolas de Samba e Blocos (atuantes e extintas).
As mais tradicionais e mais vencedoras formam uma lista de 6 escolas: Nenê de Vila Matilde, Vai-Vai, Camisa Verde e Branco, Unidos do Peruche, Mocidade Alegre e Rosas de Ouro. A primeira dentre essas que surgiu como escola de samba foi a Nenê de Vila Matilde, a segunda escola da cidade (atrás apenas da Lavapés que é de 37). Fundada em 1949, foi responsável pela popularização do carnaval de São Paulo nas décadas de 1950 e 1960. É a segunda escola em número de títulos, com 11 no total. É tradicionalmente defensora de sua região de origem, a Zona Leste, onde possui enorme torcida e também é a escola com maior presença de negros em sua comunidade. O Vai-Vai, foi fundado como cordão em 1930. Atualmente é a Agremiação mais antiga da cidade, mas há controvérsias, alguns defendem que a escola do bairro da Bela Vista, mais conhecido como Bixiga, teve sua fundação um pouco mais tarde, já os componentes dizem que a escola é mesmo de 1 de Janeiro de 1930. Essa escola é a que mais venceu o carnaval em São Paulo, com 14 vitórias e tem a maior torcida.
O Camisa Verde e Branco surgiu em 1914 como grupo carnavalesco e se tornou cordão (assim como o Vai - Vai) na década de 1930, mas foi extinto. Ressurgiu em 1953 com o nome de Cordão Carnavalesco Camisa Verde e Branco. O nome dessa escola tradicional do bairro da Barra Funda se originou das vestimentas dos componentes de cordão que sempre desfilavam de camisas verdes e calças brancas, o Camisa Verde ganhou 9 títulos do carnaval de São Paulo. A Unidos do Peruche nasceu como escola de samba, e desfilou sempre entre as grandes da cidade. Possui 5 títulos e foi pioneira na Zona Norte da Cidade. Fundada em 1956, é muito respeitada apesar da má fase em que se encontra e é uma das escolas com maior número de vice-campeonatos. Mocidade Alegre e Rosas de Ouro, foram fundadas em 1967 e 1971 respectivamente, ambas como blocos carnavalescos. São duas grandes escolas da Zona Norte da cidade, a primeira do Bairro do Limão e a segunda nasceu na Vila Brasilândia, mas hoje fica no bairro ao lado, a Freguesia do Ó. Ambas agremiações possuem 7 títulos.
Outras escolas de samba também tradicionais porém,que lutam para voltar ao Grupo especial e se firmar são: Barroca Zona Sul,Imperador do Ipiranga ,Morro da Casa Verde ,Acadêmicos do Tatuapé e Leandro de Itaquera . A Unidos de Vila Maria é uma escola tradicional do passado e se firmou entre as grandes novamente após algum tempo em outros grupos. A Vila Maria obteve mais sucesso nessa jornada por enquanto. A X-9 Paulistana em 15 anos seguidos de Grupo Especial conquistou torcida, títulos e muitos simpatizantes, e hoje é considerada uma das grandes.
Acadêmicos do Tucuruvi, Águia de Ouro, Pérola Negra e Tom Maior fazem grandes carnavais no grupo especial paulistano, possuem muitos simpatizantes e essas agremiações realizam belissimos desfiles, são até tidas em muitas vezes como favoritas, mas até agora nunca levaram o caneco para casa.
Colorado do Brás, Flor da Vila Dalila, Unidos de São Miguel, e Acadêmicos do Ipiranga são escolas tradicionais que já foram maiores, e hoje amargam fases ruins.
Carro abre alas da escola de samba Sociedade Rosas de Ouro.

[editar] Escolas de samba desportivas

Foi uma polêmica que surgiu quando a Torcida Jovem do Santos entrou para o desfile oficial de blocos carnavalescos em 1978. Pouco tempo depois foi a vez da Gaviões da Fiel Torcida seguir o mesmo caminho.
No entanto, o acontecimento cresceu com a transformação da Gaviões da Fiel, de bloco, em escola de samba, caminho que foi seguido mais tarde por outras torcidas, inclusive a própria Jovem-Santos, que tornou-se escola de samba em 2003. Em 1995 a torcida do Palmeiras, Mancha Verde, após ser judicialmente extinta, transformou-se em escola de samba para continuar a existir legalmente. Anos depois, a Torcida Independente foi banida do Carnaval pela UESP após uma briga onde foram mortos integrantes de torcidas rivais.
Em 2004, a Mancha Verde tornou-se campeã do grupo de acesso paulistano, ascendendo para a divisão de elite do Carnaval, mas naquele ano, surpreendentemente, a atual campeã Gaviões da Fiel acabou rebaixada. O termo "escola de samba desportiva" surgiria definitivamente em 2006, quando, com o retorno da Gaviões da Fiel ao grupo principal, o regulamento previamente aprovado previa a criação do "Grupo Especial das Escolas de Samba Desportivas", que abrigaria todas as escolas desportivas que chegassem ao Grupo Especial. Elas então deveriam disputar uma competição em separado, num desfile à parte. Através de acordos e decisões judiciais, ambas as escolas participaram da competição principal em 2006 e 2007(nesse último ano apenas a Mancha desfilou entre as grandes pois a Gaviões da Fiel novamente havia sido rebaixada). Ainda assim, a LigaSP não reconhece as colocações da Mancha entre as outras 14 escolas que participaram do desfile principal, colocando-a numa categoria à parte, onde competiu sozinha e foi declarada bicampeã. Para 2008, o Grupo das Esportivas foi oficialmente extinto.
Esses acontecimentos foram uma tentativa da LigaSP de excluir da competição as duas escolas ligadas a torcidas, por medo de que as brigas entre torcidas organizadas, muito comuns nos estádios de futebol, pudessem se espalhar pelo sambódromo e prejudicar o evento. Até hoje, no entanto, não se tem notícias de incidentes graves e as diretorias de Mancha e Gaviões da Fiel mantém um bom relacionamento.
Outras escolas ligadas a torcidas de clubes de futebol que participam oficialmente do carnaval da cidade, são elas: Dragões da Real, Camisa 12, Torcida Jovem, TUP e GRCES Independente Tricolor
Dentre todas as escolas de samba esportivas, somente a Gaviões da Fiel foi campeã do Grupo Especial, tendo 4 títulos. Em 1995 a escola ganhou seu primeiro título com um samba enredo que, até hoje, é cantado pelos amantes do carnaval.
No ano de 2011, a Dragões da Real foi campeã do Grupo de Acesso e garantiu sua participação inédita no desfile do Grupo Especial de 2012, fazendo com que três escolas ligadas a times de futebol tivessem direito de desfilar na elite do carnaval paulistano.

Participantes do Grupo Especial em 2013

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