Fernando Pamplona
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Fernando Pamplona | |
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Nascimento | 26 de Setembro de 1926 (86 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Influenciados | |
Principais trabalhos | Salgueiro |
Considerado um dos maiores baluartes do carnaval carioca[4], nasceu no Rio de Janeiro, em meados da década de 20.
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[editar] Biografia
Após a Revolução de 1930, fugiu, com o pai, do Sudeste para a cidade de Xapuri, no Acre, onde cursou o ensino primário. Ainda criança, teve contato com diversas manifestações folclóricas da região, como a festa do boi-bumbá, o que crucial para lhe despertar um grande interesse por cultura popular. Formado pela Escola Nacional de Belas Artes, teve uma rápida passagem como ator até conhecer Mário Conde em meados da década de 50, que lhe abriu as portas para a cenografia.Em 1959, o escritor Miercio Tati, membro do então Departamento de Turismo e Certames da Prefeitura (hoje, Riotur), o chamou para integrar o corpo de jurados dos desfiles das escolas de samba do Rio. Embora tenha assumido o cargo com dedicação, apenas uma, entre todas as agremiações, deixou Pamplona realmente extasiado. Trata-se do Salgueiro, que, naquele ano, havia inovado por completo os padrões do carnaval carioca ao jogar para o alto os habituais enredos de capa-e-espada (sobre políticos ou militares) trazidos pelas escolas e abraçou uma temática sobre o pintor francês Jean-Baptiste Debret. Tal tema, denominado Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, fora elaborado pelos figurinistas Dirceu e Marie Louise Nery e o Salgueiro fez uma apresentação revolucionária e inesquecível. Pamplona deu nota 8 à agremiação, que somente perdeu por um ponto da Portela.
De qualquer maneira, foi ele um dos poucos jurados a defender, sem medo, sua avaliação sobre os desfiles, o que surpreendeu o diretor de carnaval do Salgueiro, Nelson de Andrade. A diretoria da escola, por intermédio de Nelson, o convidou para preparar desfile salgueirense para o carnaval de 1960 e Pamplona aceitou o pedido com a condição de fazer um enredo sobre Zumbi dos Palmares. Pela primeira vez, a vida de uma personagem não-oficial da história do Brasil era retratada por uma agremiação. Chamou seus colegas de teatro, Arlindo Rodrigues e Nilton Sá, e acabou se tornando, por fim, um carnavalesco de escola de samba.No Salgueiro conquistou quatro títulos, foi vice outras três vezes.[5] Pamplona empresta seu nome a biblioteca do Centro de Referência do carnaval, a única do gênero no Brasil.[6] É um dos dez indicados pelo Jornal Extra para receber o prêmio de maior personalidade dos 80 anos do carnaval carioca, escolha que se dará por voto popular.[7]
Enredos assinados por Fernando Pamplona
Ano | Escola | Colocação | Grupo | Enredo |
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1960 | Salgueiro | Campeão | 1 | Quilombo dos Palmares[Arlindo-nilton 1] |
1961 | Salgueiro | Vice-Campeão | 1 | Vida e obra do Aleijadinho[Arlindo 1] |
1964 | Salgueiro | Vice-Campeão | 1 | Chico-Rei[Arlindo 1] |
1965 | Salgueiro | Campeão | 1 | História do Carnaval Carioca[Arlindo 1] |
1967 | Salgueiro | 3ºlugar | 1 | História da liberdade no Brasil[Arlindo 1] |
1968 | Salgueiro | 3ºlugar | 1 | Dona Beja, a feiticeira de Araxá[Arlindo 1] |
1969 | Salgueiro | Campeão | 1 | Bahia de todos os Deuses[Arlindo 1] |
1970 | Salgueiro | Vice-Campeão | 1 | Praça XI carioca da gema[Arlindo 1] |
1971 | Salgueiro | Campeão | 1 | Festa para um rei negro[Arlindo 1] |
1972 | Salgueiro | 5ºlugar | 1 | Nossa madrinha, Mangueira querida[Arlindo 1] |
1977 | Salgueiro | 4ºlugar | 1-A | Do Cauim ao Efó, moça branca, branquinha |
1978 | Salgueiro | 6ºlugar | 1-A | Do Yorubá à luz, a aurora dos deuses |
1997 | Em Cima da Hora | 5ºlugar | A | Sérgio Cabral a cara do Rio |
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