segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

LINS IMPERIAL

LINSIMPERIAL
FUNDAÇÃO 07/03/63
CORES Verde e Rosa
QUADRA Rua Lins de Vasconcelos, 623
Lins de Vasconcelos
20710-350
Telefone: N/D
BARRACÃOAv. Rodrigues Alves, Fundos
Santo Cristo
HISTÓRICO
A Lins Imperial nasceu da fusão das escolas de samba Filhos do Deserto, fundada em 1933, e Flor de Lins, fundada em 1946, ambas existentes na Cachoeira, no bairro do Lins de Vasconcellos. As cores das duas escolas eram verde e rosa, e por isso persistiram. São seus fundadores: Agnelo Campos (na época, era presidente do Flor de Lins), Daniel Fernandes (na época, presidente do Filhos do Deserto), Darcy Knuth Machado (Caxambu), Durval Olímpio da Silva, Hervécio Antônio de Lima, Jones da Silva (Zinco), José da Silva (Jaguarão), João de Oliveira Silva, Georgina Amorim e outros.
Deve-se a Marinho Teles, integrante da Filhos do Deserto, a introdução do reco-reco na bateria. Entre os grandes colaboradores da escola, já falecido, lembramos os nomes de Atherio Salestiano da Silva, Jones da Silva (Zinco), José da Silva (Jaguarão), Durval Olímpio da Silva e o inesquecível carnavalesco Carlos Manoel de Carvalho.
O grande momento da escola foi nos de 1990 e 1991, quando desfilou no Grupo Especial. Antes, a Lins Imperial também havia participado do principal desfile em 1976. Em 2007, conquistou o título do Grupo B com a reedição do seu enredo de 1991 "Chico Mendes, o Arauto da Natureza". No retorno ao Grupo A em 2008, no entanto, um problema em um carro alegórico fez a Lins Imperial estourar cinco minutos do tempo mínimo para o desfile. O infortúnio provocou o rebaixamento da escola ao Grupo B, onde retornou em 2009. Em 2010, a Lins reeditou o enredo de 1976 "Folia de Reis".
Um péssimo desfile em 2011 provocado por uma crise financeira fez a escola amargar a última colocação no Terceiro Grupo, passando a desfilar na Intendente Magalhães. A Lins Imperial passou a amargar uma fase descendente. Em 2012, foi a última colocada do Grupo C e despencou para o D, onde se apresentará em 2013.
1964 - 9ª no Grupo 2
O Sonho das Esmeraldas
1965 - 6ªno Grupo 2
Rio Através da História


1966 - 8ª no Grupo 2
Chiquinha Gonzaga e sua Época
1967 - 10ªno Grupo 2
A Condessa de Barral


1968 - 12ª no Grupo 2
Entradas e Bandeiras
1969 - 6ªno Grupo 2
Imperatriz das Rosas


1970 - 4ª no Grupo 2
Memórias da Rua do Ouvidor
1971 - 3ªno Grupo 2
Casa-Grande e Senzala


1972 - 4ª no Grupo 2
Festa da Independência
1973 - 3ªno Grupo 2
Bahia de Jorge Amado


1974 - 6ª no Grupo 2
Cobra Norato
1975 - 1ªno Grupo 2
Dona Flor e seus dois maridos

1976 - 11ª no Grupo 1
Folia de Reis
1977 - 3ªno Grupo 2
Cruz Credo, Eta Diabo
Carlos de Carvalho


1978 - 8ª no Grupo 2
Viagem Encantada do Tio Benjamim do Vale da Esperança
1979 - 2ªno Grupo 2A
A Guerra do Reino Divino
1980 - 3ªno Grupo 1B
Guarda Velha, Velha Guarda
1981 - 4ªno Grupo 1B
Meu Padim Padre Ciço


1982 - 7ª no Grupo 1B
Clementina, uma Rainha Negra
1983 - 7ªno Grupo 1B
Gláuber Presente


1984 - 9ª no Grupo 1B
Só Vale Quem tem Dinheiro
1985 - 9ªno Grupo 1B
Feliz por um Dia


1986 - 2ª no Grupo 2A
Por um Lugar ao Sol
1987 - 8ªno Grupo 2
Tenda dos Milagres


1988 - 7ª no Grupo 2
Primavera é Tempo de Saudade, Tributo a Zinco e Caxambu
1989 - 2ªno Grupo 2
Gênios da Ilusão
Jerônimo Guimarães


1990 - 14ª no Grupo Especial
Madame Satã
Sérgio Faria
1991 - 14ª no Grupo Especial
Chico Mendes, o Arauto da Natureza
Ricardo Ferrador, Paulo Costa e Solange Almeida


1992 - 11ª no Grupo A
Eco Rio-92
Orlando Júnior
1993 - 9ª no Grupo A
No Mundo Encantado de Beto Carrero
Jerônimo Guimarães


1994 - 13ª no Grupo A
Magos da Oitava Maravilha
Orlando Júnior
1995 - 15ª no Grupo A
Uma Festa em Verde e Rosa


1996 - 7ª no Grupo B
Méier, Ponto de Encontro de Cantos e Encantos
1997 - 1ªno Grupo B
Tudo Isso é Brasil
Eduardo Minucci


1998 - 10ª no Grupo A
Búzios: o Paraíso da Humanidade
Eduardo Minucci
1999 - 5ª no Grupo B
As Quatro Damas Negras
Flávio Rodrigues


2000 - 6ª no Grupo B
No ano 2000, o Rei Conga é cultura nos 500 anos do Brasil
Jorge Caribé
2001 - 5ª no Grupo B
O Canto da Guerreira - Homenagem a Clara Nunes
Jorge Caribé

2002 - 7ª no Grupo B
Os Cucumbis: a Trajetória do Samba
Jorge Caribé
2003 - 1ª no Grupo B
Segura Marimba, Aroldo Melodia vem aí!
Jorge Caribé


2004 - 12ª no Grupo A
75 anos da Mangueira. É bom se Segurar que a Poeira vai Subir!
Jorge Caribé
2005 - 4ª no Grupo B
O Bêbado e a Equilibrista. O Show tem que Continuar...
Eduardo Gonçalves
2006 - 7ª no Grupo B
Arraial do Pavulagem
Eduardo Gonçalves
2007 - 1ª no Grupo B
Chico Mendes, o Arauto da Natureza
Eduardo Gonçalves
2008 - 10ª no Grupo A
Apresento-lhes com louvor, meu pai querido, D. João VI
Eduardo Gonçalves
2009 - 9ª no Grupo B
Lapa: Estrela da Vida Inteira
Comissão de Carnaval
2010 - 8ª no Grupo B
Folia de Reis
Jorge Caribé
2011 - 12ª no Grupo B
Um Lugar Chamado Favela
Eduardo Minucci
2012 - 14ª no Grupo C
Somos parte da Terra... Assim como ela faz parte de nós
André Marins
1964
Enredo: O Caçador de Esmeralda (O Sonho da Esmeralda)
Compositores: ???

Desfolhando páginas de glória
Encontrei em nossa história
A lenda de um bandeirante de valor
Fernão Dias Paes Leme
Fidalgo, aventureiro e sonhador
Iludido pela ilusão da época
E a rogos do Governador Geral
Da Regência em Portugal
Fundou sua própria Bandeiras
Em busca as Esmeraldas, que eram sua obsessão
Entretanto selvas brasileiras, desbravando o sertão
Lá lá ô ô Glórias ao herói desbravador
Eis aí sua bravura e coragem
Entretanto todo perigo selvagem
Da provação aos desenganos
No delírio de seus próprios sonhos
Eis que lhe faltou a sorte
Viu verde os astros no alto, em seu delírio de morte
Viu verbrancas nuvens, brandamente se moverem
E vê num céu todo verde, esperança choverem
Como um sonho de prata, angênteo cristal escorre
Fernão Dias Paes Leme, cerra os olhos e morre ô ô ô
Lá lá ô ô Glórias ao herói desbravador
1969 Enredo: Imperatriz das rosas
Compositores: ???

O real acontecimento
A história registrou
Do segundo casamento
De Dom Pedro I o Imperador
Amélia Augusta Eugênia Napoleona
Foi a linda princesa
Que o Marquês de Barbacena
Trouxe com grande realeza
Conduzida numa carruagem
Com grande acompanhamento

Para a capela onde aconteceu então
Após o casamento a cena do “beija mão” (bis)
Ficando a princesa formosa
Conhecida como Imperatriz das Rosas

O cortejo nupcial
Levava Dom Pedro feliz
Para o Palácio Imperial
Tendo ao lado a nova imperatriz
Nas ruas ou mesmo no salão
A cor rosa predominava
E o requinte da ornamentação
A Dona Amélia fascinava
O galante imperador
Em homenagem a sua amada
Amorosamente se inspirou
E a “Ordem das Rosas” criou

Quando o amanhecer surgia
O mestre de cerimônias anunciou (bis)
Estamos no fascínio da alegria
Mas o baile das rosas terminou

1970
Enredo: Memórias da Rua do Ouvidor
Compositores: Ala dos Compositores

Meu Rio, cidade alegre e faceira
Paraíso de sol e calor
Exaltamos tua rua mais fagueira
A popular Rua do Ouvidor
Originada de um “Desvio do Mar”
Foi palco de grandes trechos da história
Humilde e proletária ao começar
E alcançou com fidalguia a glória
Teve o nome de cirurgião e barbeiro
De malícia e inteligência comprovada
De padre trovador, glutão e casamenteiro
“Ajudante de sala” este nome evoca
A sátira do humorismo carioca
E pelas madrugadas um fidalgo ardente
Em busca de aventuras galantes
Intitulando-se “tenente amotinado”
Mais um nome que lhe foi outorgado
Mas quando nela veio morar o Senhor Ouvidor
O povo em comum concordou
E passou a chamá-la “Rua do Ouvidor”
Ouvidor, Ouvidor
Hoje quem por ti passa (bis)
Sente o encanto e a graça
Que o passado legou
Vestida de festa, toda enfeitada
Para receber a Família Real
A multidão, curiosa e entusiasmada
Davam vivas ao Brasil
Reino Unido à Portugal
Vestido e perfumado
Damas e cavalheiros
Tuas rosas, as mais requintadas do paós
Os melhores artigos do estrangeiro
Importando a moda de Paris
1971
Enredo: Casa Grande e Senzala
Compositores: ????
Revivemos neste carnaval
Esta história deslumbrante
Na era colonial
Do nosso Brasil gigante
Na casa grande e senzala
As mucambas a cantar
Lindas modinhas coloniais
Tempos que não voltam mais

Meu gaguinho feiticeiro
Trouxe ioiô meu irmão (bis)
Adoro o teu cativeiro
Trago aqui no coração

Nas noites de festas
Sob a luz do candeeiro
Na casa grande, as danças européias
E um samba africano no terreiro

Preto velho animava as noites (bis)
Com estas lindas brincadeiras

Bumba meu boi, meu boi bumbá (bis)

Negros e brancos cantavam (bis)
Até o dia clarear
1973
Enredo: Bahia de Jorge Amado
Compositores: João Francisco, Djalma e Arlindo

Bahia moderna e lendária Bahia,
Do petróleo e da magia,
Do cacau e de riquezas mil
Teus segredos, tua história
É um motivo de glória
Do meu querido Brasil ô ô
Mãe feliz de um escritor
Que retrata o teu valor
Bahia tradicional

Me refiro a Jorge Amado
O teu filho consagrado (bis)
Um nome internacional

Tem capoeira, tem berimbau
Alegria do afoxé
E a puxada do xaréu é
Tem caruru, tem ximxim e acarajé
Bahia da romaria, Bahia do lava-pé
No candomblé
Todo mundo vai girar
Girou ê
Girou a
Salve a Bahia e seus orixás
1974
Enredo: Cobra Norato
Compositores: Guiné e Zé Maria

Sonhei que estava na Amazônia
Antártica misteriosa
Ouvi várias lendas da floresta
A cobra grande perigosa
Por ela, uma índia concebeu
Honorato e Maria o destino lhe deu
Foram lançados ao rio
A conselho do pajé
Cobra Norato foi-se
Ao acreditar na fé

Caminhada na floresta
Erva picão me arranhou
Vi os pássaros em festa
Sapo beiçudo me olhou
No riacho, a Mãe d’água
Parecia me dizer
Que na outra margem do rio
Estava o Saci Pererê

Pererê oi
Pererê (bis)
Pulava num pé só
Para todo mundo ver

A noite vinha chegando
Só Nonente via

Mas o meu desejo (bis)
Só eu quem sabia

Eu só queria, nenê
Eu só queria (bis)
Visitar a Rainha Luzia
E me casar com sua filha


1975
Enredo: Dona Flor e seus Dois Maridos
Compositores: Neneco e Preto Velho
Em cada coração uma saudade
Em cada saudade um grande amor
Dona Flor com seus encantos
E o seu coração sofredor, sofredor
Naquela manhã de carnaval
A alegria era geral
Quando a triste notícia chegou
Dona Flor chorou
Chorou, chorou (bis)
Morreu Vadinho, seu primeiro amor
No segundo casamento
Dona Flor foi mais feliz
Teodoro Madureira
Deu-lhe tudo o que bem quis
Agenor com sua orquestra
Animava o salão
E na rua os seresteiros
Entoavam esta canção

Oi lá vem ela
Oi lá vem ela (bis)
Tão meiga e tão bela

Deflagrou-se àquele dia
A guerra dos santos na Bahia
Nos terreiros, os alabês
Tocavam em seu louvor
Saravando os orixás
Porque Vadinho voltou
No gongá de Xangô

Inaê, inae ô ô (bis)
Inaê, inaê ô ô
1976
Enredo: Folia de Reis
Compositores: Agnelo Campos e Efe Alves

O samba vem homenagear
Tradições antigas
Do folclore popular
Folguedos e cantigas
Violas e violeiros
Repentistas e trovadores
Um singular cancioneiro
As folias de reis euforia e cores

Uma estrela anunciando
Que chegou trazendo amor (bis)
Pastorinhas vão cantando
Dando loas ao senhor

Nas janelas das donzelas
Moços, velhos e crianças
Repicam os sinos da matriz
Salvas e vivas as chaganças
Miçangas, colares de dentes
Lamentos e sons de correntes
Na dança dos concubins
Bumba-meu-boi olê, olá
Me perdoe a confiança
Em sua casa vou mandar

Abre a porta, oh senhora
Muitas léguas caminhei (bis)
Eu estou chegando agora
Repetindo os três reis

1979
Enredo: A guerra do Reino Divino
Compositores: Antero Marques e João de Oliveira

Toda gente do Nordeste brasileiro
Querendo se livrar do sofrimento
Do sol que a queimava o ano inteiro
Sem lhe dar trégua um só momento
Se apegou à crença de um beato obstinado
Na busca do milagre salvação
Com a vinda do seu mestre esperado
O poderoso Dom Sebastião

Ô ô ô Senhor
Mandai para nós o Salvador (bis)
Rogava em pleno Reino Divino
O povo nordestino sofredor

Dom Sebastião
Lendário Rei de Portugal
Que desapareceu misteriosamente
Numa batalha campal
Viria para começar a guerra
De combate a Besta-Fera
Que trazia maldição
Aquela gente tanta reza proferiu
Até que tu dia o rei surgiu
E a guerra começou
Oh, que horror
Mas tão logo terminou
Nada restou
Ninguém sabe, ninguém viu
Mas novamente o rei sumiu
A Guerra do Reino Divino de acabou
Somente a esperança ficou
Ô ô ô Senhor
Mandai para nós o Salvador (bis)
Rogava em pleno Reino Divino
O povo nordestino sofredor


1980
Enredo: Guarda velha, velha guarda
Compositores: Guiné e Sargento

No Largo da Carioca
Um chafariz existia
Onde os escravos e lavadeiras
Batiam boca e brigavam todo dia

Sai moleque
Chega pra lá (bis)
Vou vender água
Pra me libertar

Foi quando Gomes Freire resolveu fundar
A Guarda Velha, e a ordem voltou a imperar
Essa guarnição era lembrada
Em tudo que ali se construía
Pois deu nome a um circo
Café-concerto e também cervejaria
Donga e Pixinguinha
Formaram um conjunto musical
Que foi musa inspiradora
Da Velha Guarda sempre tradicional
Era lindo a gente ver
A Comissão de Frente desfilar
Mestre-sala e porta-bandeira
Evoluindo, faziam o povo vibrar

“Pelo Telefone”
Mandam avisar (bis)
Que estão mudando
Nossa arte popular

1981
Enredo: Meu padim, pade Ciço
Compositores: Carlinhos Melodia e Buica

Meu povo homenageia este mito
Da crença popular
O piedoso capelão
Que no sertão semeava a união
Nas terras secas ele plantou
A mensagem de amor e fé
Vendo o povo sem sorte
Pediu proteção ao Divino
Para os romeiros do norte

Cisso Romão, o mensageiro (bis)
Foi herói em Juazeiro

No celeiro do nordeste brasileiro
A crença, o mito e o ritual
Os romeiros que chegavam dia a dia
Em busca de um mundo ideal
Até o cangaceiro
Foi buscar sua bênção
No templo dos milagres
Em fuga da perseguição

Meu padim é Pade Ciço
Nada tenho a temer (bis)
Tenho fé e esperança
De um novo amanhecer


1982
Enredo: Clementina, uma rainha negra
Compositores: Tibúrcio, Antero e João Banana

Vindo de solo africano
Para o torrão brasileiro
Sofrendo tratamento desumano
Viajando em navio negreiro
O negro, assim, aqui chegou
E semeou seus costumes e tradições
Tentando afastar os sofrimentos
Com os lamentos de suas canções
Entoava o Caxambu, jongo, lundu
E ao som do afoxé, o candomblé (o candomblé)
E o samba hoje internacional (bis)
É nosso orgulho musical

Com alegria o negro fazia uma festa, que beleza
Era o cortejo da Rainha Negra
Simbolizando sua nobreza
Festa que hoje vamos relembrar
E ao mesmo tempo homenagear
Numa apoteose triunfal
Uma figura tradicional
Clementina de Jesus
Com seu porte e sua graça
Simboliza a rainha
E a grandeza dessa raça
Ela hoje vai reinar
E nós vamos vadiar
Lá vem Clementina
Que a todos fascina
Que canta e encanta os momentos felizes
Lá vem Clementina
Que mostra, que ensina
A cultura negra e suas raízes
Taí Clementina
Eterna menina
Que hoje é Rainha pra gente exaltar
A Rainha Negra de todos os tempos
Que até o próprio tempo
A quer conservar
1983
Enredo: Glauber Presente
Autor(es): Antero Marques, João Banana e Altair Marques

Glauber Rocha, aqui deixou saudade
Chegou a ser maldade
O que o destino fez
Nos privar de sua inteligência
De tanta competência
E grande lucidez
Menino destemido da Bahia
Filho de Vitória da Conquista
Que na cinematografia
Mostrou seu talento altruísta
Revolucionou o cinema nacional
O projetando no cenário mundial
Um poeta inspirado, arrojado, genial
Cabeça do Cinema Novo
Que levou ao povo seus ideais
Mostrando sua exuberância
Através de filmes sensacionais
"Deus e o Diabo na Terra do Sol"
"O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro"
"Terra em Transe", "Barra Vento" e outros mais
São obras lindas que ficaram imortais
Ainda era muito jovem
E tinha muito pra mostrar
Até a cultura ficou a lamentar
Ai, que vontade de chorar
No jardim da arte ele era uma flor
Que pereceu, mas seu perfume ficou

Ele está presente neste carnaval (bis)
Homenageado pela Lins Imperial
1984
Enredo: Só vale quem tem dinheiro
Compositores: Antero, João Banana e Edivaldo Sargento

Dinheiro, oh dinheiro
A mola do mundo
Engrenagem de ambições
Fabricante de verdades
Causador de ilusões
Símbolo de bons e maus costumes
Facão de dois gumes, de tanto valor
Que dita, que provoca grito (bis)
Que gera conflito e o desamor
Só vale quem tem
Quem não tem, morre de fome (bis)
Esse monstro me fascina
Esse monstro me consome

Vou procurar um meio do dinheiro conquistar
Quero sair da pobreza
E na riqueza viver sem reclamar
No trabalho, mão grande ou baralho
Eu vou tentar
Na loto, na loteca ou loteria
Pois sei que meu dia
Não tarda a chegar
Quando ele chegar, ô ô ô ô
Vou navegar no esplendor
Eu vou comprar este mundo pra mim
Vou abraçar o espaço, enfim
Eu vou me realizar
Por favor, não me acordem (bis)
Me deixem sonhar

1985
Enredo: Feliz por um dia
Compositores: Cícero Pereira e Rocha

Oh, melodia
Minha doce inspiração
Poesia, minha musa sedução
Deixa-me embalar na fantasia
Nesse dia de folia de perfume luz e cor
Vou-me embriagar na alegria
Abraçado à magia da pureza do amor, amor
Amor, amor ô ô
Brilho forte da esperança
Me levou ô ô
Ao reino dos sonhos de uma criança
Entrei na floresta encantada
Ouvi o que as plantas falavam
Homenageavam
O canto das flores que anunciavam
Lá vem o circo, meu amigo é trapezista (bis)
É palhaço, é artista, domador, malabarista

Vou contar, tudo que canto no meu conto
Nos acordes de um piano
Vivo a lira musical

Lá vai, minha nave espacial
Cruza o espaço sobre a terra (bis)
Traz a paz, espanta a guerra
Com a Lins Imperial
1986
Enredo: Por um lugar ao sol
Compositores: Celso, Lima, Marinho e Ernandes

Pisei
Na passarela com emoção
Para falar de um grande amor
Que guardo com carinho no coração
Esse amor
Nasceu de um lindo enlace matrimonial
Entre a Flor do Lins e Filhos do Deserto
Surgiu a nossa Lins Imperial (bis)

Na difícil caminhada
Colhemos alegrias e desilusões
Fizemos belos carnavais
Desfilamos com empolgação
Quem não se lembra
Da "Bahia de Jorge Amado"
"Guarda velha, velha guarda"
"A guerra do reino divino" espetacular
Com "Dona Flor e seus dois maridos"
Conquistamos o primeiro lugar
A esperança não acabou
Minha Lins Imperial, onde você for eu vou
Seja aqui nesta avenida
Ou na passarela principal
Quero ver você, oh verde rosa
Brilhando no carnaval

Por um lugar ao sol
Lutarei até o final (bis)
Em toda minha vida
Pela Lins Imperial

1987
Enredo: Tenda dos milagres
Compositores: Zeca do Lins, Tiãozinho da Viola e Lula

O fruto do amor é poesia
Que no pelourinho germinou
Mas o mestiço Bedel irreverente
Que a Bahia encantou
Quem é esse poeta, jornalista e escritor
Que fez da luta seu hino de louvor
E combateu em prol de sua raça
Quem é esse farrista, mulherengo e beberrão
Que traz no coração
Seus costumes, sua graça
É Pedro Arcanjo sim, é da Bahia
Ojuobá de Xangô (bis)
Ogã de Mage Bassã
Que numa tenda fez milagres de amor

Vamos pintar Lídio Corró em cores vivas
A vida de Arcanjo em poesia
Sua vitória sobre a Diaba na orgia
Silêncio mas não cale o Afoxé por tanto tempo
O corpo estendido pra sempre adormeceu
E ficou guardado na memória
Vire a página da história
Que a Lins Imperial hoje escreveu

Axexê, Axexê Omorodé
Quem ama a flor rosa (bis)
Ama a rosa flor mulher
1988
Enredo: Primavera, é tempo de saudade, tributo a Zinco e Caxambu
Compositores: Celso, Lima, Pezão, Ernandes e Marinho

Desperta a alegria e a esperança
É a primavera num sorriso, que esplendor
E a Lins Imperial vem toda prosa
Decantar em verde e rosa
Imagens de um cenário de amor ô, ô, ô, ô
Imagens de um cenário de amor
Rosas, cravos, violetas
Margaridas, e jasmins
Pirilampos ociosos
Iluminam o jardim
Nos canteiros da vida
Plantei meu coração
Colhi felicidades
E amor-perfeito em botão

A saudade bate forte
Em meu peito sem parar (bis)
Quando eu vejo borboletas
E colibris a bailar

Oh Caxambu, um flamboyant
Que te contempla a soluçar
A madrugada não exala pelo ar
O perfume da sedução, lará laiá
Zinco são suas lágrimas
Estrelas do infinito
E as chaminés rasgando o céu
Que hoje são
Hostis troféus da evolução

Minha escola está divina
Em multicores tão belas (bis)
Alegremente vem saudar a primavera

1989
Enredo: Gênios da Ilusão
Compositores: Tuninho do Cavaco, Feijó e Bibi

Vem comigo, amor
Vem sentir a emoção (bis)
Veste a sua fantasia
E vem brincar com os gênios da ilusão
Morfeu eleva o artista
Ao sonho divinal
O enredo é fascinante
Vai brilhar no carnaval

Plantou a semente do luxo, plantou (bis)
A simplicidade também germinou

Passo a passo na avenida
O artista realiza
Seu sonho triunfal
Tudo é brilho, luz e cor
Dando vida à fantasia
À alegria popular
Que visual
Que perfeita harmonia
Desperta na folia
O show vai continuar

Ele borda lá no céu
Uma lua cor de prata (bis)
Reluzindo a beleza
E o gingado da mulata
1990
Enredo: Madame Satã
Compositores: Russo, J. Mercadante, Neguinho Andrade e Homero Guiné

A lua vem brilhando cor de prata
Pra iluminar a Lapa
Dos sambistas e seresteiros
Que ao trocarem a noite pelo dia
Divulgavam as melodias
Do nosso cancioneiro
Quem não conhece esse recanto
De beleza e de encantos
A boemia é seu costume principal
Lapa, dos malandros e artistas
Das mundanas que conquistam
Dos famosos cabarés
Vinham rufiões e cafetinas
Disputar em cada o comércio dos bordéis

Navalha no bolso e chapéu de Panamá (bis)
Lá vai o malandro o baralho cartear

João Francisco dos Santos
Abandonou a sua terra natal
Fez da sedutora Lapa
O seu mundo ideal
Vagando pelas ruas encontrou Catita
Rainha das casas de tolerância
Que acoitou o menino
Dando proteção e confiança
Cresceu no meio da malandragem
Alimentando o sonho de artista
E nos anos 20 foi lançado no teatro de revista
E no República, brilha João fantasiado de morcego
Ganhou o vulgo de Madame Satã
Pela polícia que roubou o seu sossego

Satã é mais um anjo que o inferno acolheu (bis)
A Lapa é um mundo que jamais ele esqueceu

1991
Enredo: Chico Mendes, O Arauto da natureza
Compositores: João Banana, Serjão, Jorge Paulo e Tuca

Quanta maldade é ver
O homem destruir (bis)
O que hoje encanta
A Sapucaí
Amazônia
Que verde encantador
Fauna tão linda
Um verdadeiro festival de cor

Terra rica em frutos e pesca
Chico foi o mensageiro (bis)
Em defesa da floresta

Os invasores, por ambição
Mataram Chico
Dando seqüência à destruição

Kararaô
O grito forte do índio ecoou (bis)
Kararaô
A natureza inteira despertou

Voa pássaro da paz
Voa livre e vai mostrar (mostrar, mostrar)
Que essa área verde existe
Para o mundo respirar, lá, lá, laiá
Para o mundo respirar
1992
Enredo: Eco Rio 92
Compositores: João Banana e Kiquinho

A terra, lixo vai virar
Iremos nós nessa folia
É demais pro coração o mar virar sertão
Esse tempero que amarga o dia a dia
Ah, que será que se destina a humanidade
O amor por ela se desfaz
Num delírio, que saudade
Quero amor e ar puro pra viver (bis)
Quero me educar para dar vida a outro ser

Ecoou no céu a voz para imensidão
Revelando a maldade
Que nega aos olhos a fascinação
Ecoou, vozes unidas buscam solução
Maravilha na cidade
Num romance de emoção
Sou rio que ruma pro mar
Sou a vida a cantar
Sou natureza em poesia (bis)
Sou a magia que te faz sonhar

Olha a saga do mundo aí (bis)
Verde é vida na Sapucaí

1993
Enredo: O mundo encantado de Beto Carreiro
Compositores: Pezão, Zé de Paula e Waldir Imperial

A Lins Imperial é alegria ô
Para um mundo novo exaltar
O show de Beto Carrero
Com seu coração aventureiro
Tevê, cinema
O sonho se faz real
Cavaleiro luminoso
O bem enfrentando o mal
Nas vilas do velho oeste
Nosso herói é imortal

Quero sorrir, quero brincar (bis)
Com a fantasia que me faz sonhar

Pega minha mão ô ô ô ô
Me leva pelo reino da ilusão
Palhaços, que euforia
Águas dançantes, encantos e magia
Eis me aqui bela princesa
Teu cavaleiro sempre pronto a lutar
África misteriosa
Teus segredos quero desvendar
Vem, vem comigo ô
Deixe a mente fluir
Aqui tudo pode acontecer
E o futuro é logo ali

Skindolêlê lêlê skindolalá (bis)
Eu sou criança e quero saracotear
1994
Enredo: Magos da oitava maravilha
Compositores: Lima de Andrade, Condongo e Zeca do Lins

Vou te abraçar
E te vestir o minha fantasia
Quero levantar o seu astral
Canta a Lins Imperial
Nesse mundo de magia
Bote a máscara na face
Vem curtir esse disfarce
Com um toque de beleza
Tem confete e serpentina
Pierrô e Colombina
Lá no baile de Veneza

Felicidade, amor e alegria (bis)
Tomar um porre com deus Baco na folia

Joga água nessa gente
Que só quer se divertir
Era poeira do talco
Que as ruas viram palco
O entrudo é isso aí
Hoje a emoção revela
Ilumina a passarela
Pro sambista desfilar
Clareia a chama do seu talento
Acendendo o sentimento
Faz o mundo se encantar

Quero luz, cor e emoções
Com os magos nas escolas (bis)
Empolgando as corações

1995
Enredo: Estrela imperial em verde e rosa
Compositores: Gilmar, Jorginho Família, Gilberto e Marquinhos Mola

Hoje a minha escola tão querida
Apresenta na avenida
Glórias de real valor
Assim surgiu
Ela com todo seu esplendor
Maria Helena
Seu sonho realizou
Brilha nessa passarela
Essa artista tão bela
Que o mundo inteiro encantou
Vamos cantar, sambar, sorrir
Com a rainha negra na Sapucaí
Vamos cantar, sambar, sorrir
Com o seu Botafogo, a galera sacudir
Do cinema ao teatro
O seu canto está no ar (no ar, no ar)
Seu talento é sucesso
Que enriquece o progresso
Dessa festa popular

Um grande show
Um enredo triunfal (bis)
Ilumine o universo
Minha estrela imperial

Odoyê odoyá
Meu pai Ogum, salve salve saravá
Odoyê odoyá
Iemanjá sob a luz de Oxalá
1996
Enredo: Méier, ponto de encontro de cantos e encantos
Compositores: ???

O Méier é o coração do Rio
É amor, é alegria
Desde o tempo imperial
Recanto da minha poesia
Que se enebria
Sob os lampiões à gás
Da cancela a sua história
Seu progresso é vitória
Deste bairro de valor
Ecoam lindas melodias
Ao redor do seu jardim
Retreta no coreto
A tarde inteira (bis)
Na elite a gafieira
Bambas a bailar (a bailar)

Shopping Center
Pioneiro no Brasil (no Brasil)
Do boliche e das danças
Ponto de encontro juvenil
No Gargalo
Como é bom recordar
Cinema Imperator
O ponto central
Renomes da cultura nacional
Nasceu o clube do samba
A semente germinou
Do João nó na madeira
No chopinho, a saideira
Onde o poeta se inspirou

Lá vem o trem, traz alegria
Que contagia toda Lins Imperial (bis)
Lá vem o trem, também, trazendo alguém
Para brincar o nosso carnaval

1997
Enredo: Tudo isso é Brasil
Compositores: Paulinho Poeta, Tuiu Pontes e Paulo Russo

Axé, muito axé
Tudo isso é Brasil (meu Brasil)
Gigante pela própria natureza
Nessa terra tem riqueza
Tudo que se planta dá
Vindos de além-mar
Os portugueses neste solo aportaram
Trouxeram crenças
Iguarias e costumes
Os imigrantes nossas terras exploraram
Nova cultura surgiu
Nosso folclore aumentou
E num batuque nosso samba começou
Tem jongo, maculelê
Frevo e Maracatu
Bumba meu Boi, tem afoxé
Gira baiana que hoje tem candomblé
Oh, lua
Iraci clareia, ô , ilumina meu cantar
O Astro Rei incendeia
O futebol me faz delirar
Na magia dessa festa profana
Pierrots e colombinas
Brilham nesse carnaval
Em ouro e prata
Pedra preciosa e reluzente
Minha Lins se faz presente
Exaltando o Eldorado Tropical
Sou índio, Sou Negro
Sou Branco, Sou raça
Encanto o mundo
Com gingado da mulata
1998
Enredo: Búzios – O Paraíso da Humanidade
Compositores: Mazinho Sá, Newton, José Antônio e Armando Oliveira

Eu hoje tô de bem com a vida
Vou te atrair com meu astral
Trago a natureza em poesia
Cantando Búzios, paraíso tropical
Nômades chegaram pelos mares
Dando início a ocupação
Retiravam os recursos naturais
Da flora e fauna dessa região
E os Índios Tupinambás catequizados
Defenderam esse torrão
Mas não resistiram à força da invasão
E o comércio se deu com a imigração
Trazendo mascates, ambulantes
Era o progresso com a mistura das nações
Tem na praia de Babel
Mil histórias de amor (bis)
Loiras, morenas, da terra
E a estrela de Brigite Bardot

E a Lins Imperial tão bela
Vem mostrar na passarela
A magia da cidade
Que atrai turistas estrangeiros
Pra este solo hospitaleiro
Santuário de beleza
Inspiração do criador pra natureza

Vamos preservar, e que a ambição
Não provoque a devastação (bis)
Nossas vidas terão bem mais vida
É o nosso grito de alerta pra nação

1999
Enredo: Quatro Damas Negras
Compositores: Pézão, Junger, Waldir Imperial, Ricardo, Marcelinho e Deico

Da misteriosa África
O negro ao Brasil chegou
Mãos atadas por grilhões
Trabalho escravo no progresso da nação
Querendo ser livre
Sofrer jamais
Salve a liberdade
Peço igualdade e paz
Sou negro sim
Vivo a lutar
Negro é virtude
Razão do meu cantar
És Zezé
A Negra Chica no Tijuco a reinar
Léa que foi Rosa
A emoção na arte de representar
Ruth a pioneira
Nas telas do cinema e da TV
Eterna Magé Bassã
É Chica jornalista, doce filha de Iansã
Unidas pelo mesmo ideal
Dar fim ao preconceito racial
Quatro damas negras
Musas da dramaturgia nacional
Batam palmas com amor
Quanta emoção
É a Lins Imperial
Contra a discriminação
2000
Enredo: No ano 2000, o rei Congá é cultura nos 500 anos do Brasil
Compositores: Alvim e Jorge Branco

Viajando, o mensageiro da paz
Por um portal que a Lins criou
Volta no tempo à terra dos ancestrais
E vem mostrar tudo que viu e ouviu
Nos 500 anos do Brasil
Vem, quem espera sempre alcança
Pra que chorar, vamos sorrir
Você pra mim é muito mais que especial
De verde e rosa vou brincar meu carnaval
Vi a África tão linda
Em todo seu esplendor ô ô
Vi o branco escravizando, amor
Meu irmão de cor
Oh, divina mão que assinou
Sofrimento nunca mais
Negro dançou, comemorou
No rufar do seu tambor
Agradecendo aos orixás
Dança cavalhada, reisado e maracatu
Congada, folia de reis
Olha a Lins Imperial fazendo a festa pra vocês
Oh Pai Santana
Oh Pai Santana, na tua força eu me inspiro pra cantar
Exemplo de menino pobre
Mas de sentimento nobre é coroado Rei Congá
Hoje tem fuzarca
A galera vai sambar
Esse negro mirongueiro
É campeão de terra e mar
2001
Enredo: O Canto da Guerreira - Homenagem a Clara Nunes
Compositores: Zeca do Lins, Juarez Martins, Niltinho Moreno e Luiz Andorinha
Venham ver a poesia desfilar
Há sempre um verde-esperança
Chuva de rosas perfumando o ar
E matar a saudade
Que invade nossos corações
Clareia, clareia Santa Clara, clareia
A Lins Imperial que homenageia
A "sabiá" das lindas canções

Vem mineira
Beber na fonte da inspiração (bis)
Quero ouvir seus versos
Tocar viola e fazer canção

Clara guerreira
Tua primeira obra foi amar
Doce morena, o samba, seu primeiro amor
Na viagem ao paraíso, os bambas
Unidos no céu te embalaram
No infinito, vejo uma águia a bailar
Levando um manto azul e branco
Pedindo axé aos orixás
A lua iluminou a mata virgem
A magia está no ar
No esplendor da natureza
Salve Iansã e Ogum beira-mar
No conto de areia (bis)
Clara Nunes vem brilhar
2002
Enredo: Os Cucumbis, a trajetória do samba
Compositores: Zeca do Lins, Juarez Martins, Gilmar e Herg Mariano

O Lins amanheceu em festa
Vou vestir a fantasia
Quero ser o astro principal
Brilhar no enredo do artista
Os cucumbis nos legaram
A grande emoção do carnaval
Explode no Rio a novidade
Que veio lá de Portugal

Eu jogo talco, farinha, limão de cheiro
A brincadeira que contagiou (bis)
É o entrudo no Rio de Janeiro
Debret com seus pincéis eternizou

O som da bateria
Marca o compasso do meu coração
Me lembra Zé Pereira com a percussão maneira
Arrastando a multidão

Amor, me leva, abre alas pra folia
Vamos entrar nesse cordão (bis)
Da Bola Preta até raiar o dia

Relembrar ranchos, corsos e sociedades
Os mascarados nos salões
Os blocos e os bailes da cidade
Lá vem o bonde da alegria
Rei Momo mandou brincar
Hoje as escolas de samba dão um show
Na maior festa popular

A bandeira verde e rosa
Me faz delirar (bis)
Com a Lins Imperial
Vivo feliz a cantar

2003
Enredo: Segura a Marimba! Aroldo Melodia vem aí!
Compositores: Gutinho, Cosme Santana, Alquivelson e Paulinho Poeta

Vem amor
Com o mago viajar
A barca da alegria
Vai atravessar o mar
Com destino à Ilha
Minha estrela vai brilhar
Atenção, pagodeiros, seresteiros e sambistas
O show vai começar

Oi, segura a marimba ô ô ô
Deixa o meu canto ecoar lalaiá
Levante o seu astral (bis)
Com Aroldo Melodia
Na Lins Imperial

Como é bom recordar
Um lindo domingo de sol
O que será, meu amanhã
A cigana leu o meu destino
No meu tempo de menino
Eu já fui mergulhador
Engraxate, boêmio, um poeta sonhador
E nesta explosão de cores
Meu colorido encantou você
A minha águia voa na Sapucaí
Prestando esta homenagem
Olha o Aroldo, podem aplaudir

Oiá, oiá, olha ê ê
Sou muambeiro, cafajeste, sou feliz
Botei a boca no mundo (bis)
Eu já fui de "bar em bar"
Hoje a "robauto" vamos relembrar
2004
Enredo: 75 Anos de Mangueira - é bom se segurar que a poeira vai subir!
Compositores: Tuil Pontes, Gutinho, Leonardo Bessa, Jorge Buccos, Lula, Paulinho Poeta e Condonga

Vem Mangueira
Com a minha Lins Imperial
Hoje trago na memória, tua linda trajetória
O teu passado de glórias
Eu peço a benção, ó fada madrinha
Tu és brilho que reluz
Tu és rainha

Bate o surdo no compasso
No meu coração
És semente, és fruto, uma doce união (bis)
É verde rosa, minha paixão
Uma escola de vida, quanta emoção

Mangueira, teu cenário é uma beleza
Que atravessou fronteiras
Foram grandes carnavais
Assim, almejando teus sonhos
Foi então conquistando os teus ideais
Celebridade americana
Rendeu homenagem aos baluartes do samba
Madrinha, tu és tão formosa
Tu és melindrosa de encantos mil
Hoje é indústria
Comércio, esporte e lazer
És o Palácio do Samba
Mangueira do Amanhã
Mangueira super-campeã

Desce o morro, vem sambar
Vamos aplaudir (bis)
75 anos de Mangueira, é isso aí
Cuidado que a poeira vai subir
2005
Enredo: O Bêbado e a Equilibrista - O Show tem que Continuar
Autores: Ricardo 10, Wander do Cavaco, Dudu Mendes e Wallace
Vamos cantar meu Brasil
De encantos mil é alegria
Com a Lins nessa estória
Retratando a trajetória
Do homem sem direção
Que afoga a tristeza na emoção
No pôr-do-sol perdendo a razão
Em busca da felicidade, por toda a cidade
A noite cai na ilusão
Ver estrela de aluguel
Tem malandro na calçada (bis)
Desabafa sua dor
Nessa longa caminhada
Se faz eterna companheira
A esperança incentivando o seu dia-dia
O sonho então foi perdido
De homens bravos guerreiros
Que lutaram pela liberdade
E direito pela força de expressão
Anda na corda bamba
Balança, balança, faz rir pra não chorar
Se passa como bobo amor
Pro show continuar
De verde rosa, hoje vou mostrar
Pro mundo inteiro o sonho desse artista (bis)
Esse enredo me fez abraçar
O bêbado e a equilibrista
2006
Enredo: Arraial do Pavulagem
Autores: Alcir, Carlos Junior, Condonga, Diego, Paulinho da Área, Ricardo 10, Wander do Cavaco e William

Rica história descobri
Num passeio ao Pará
Artistas defensores da cultura
Uniram-se pra resgatar
O folclore brasileiro
Assim o "pavulagem" surgiu
Destacando a arte, a magia da dança
Os costumes do Brasil

Boi azul já chegou, vem dançar
Batalhão de estrela, a tocar (bis)
É o "arrastão junino" que une as raças
Para aos santos celebrar

Das palmeiras de Meriti
Brinquedos vamos produzir
Pra romaria da santa, Senhora de Nazaré
A cobra grande anima o cortejo
De esperança e fé
Tem cabeçudos, mascarados coloridos
Crendices da Amazônia no "cordão"
"Do peixe boi" num brado de amor
E defesa desse chão
Para adolescentes e crianças
Nos "brasis" desse país
Sérias brincadeiras
Numa integração feliz

No dever de preservar
A cultura popular (bis)
Nossa águia imperial
Segue o exemplo do "arraial"

2007
Enredo: Chico Mendes, O Arauto da natureza
Compositores: João Banana, Serjão, Jorge Paulo e Tuca

Quanta maldade é ver
O homem destruir (bis)
O que hoje encanta
A Sapucaí
Amazônia
Que verde encantador
Fauna tão linda
Um verdadeiro festival de cor

Terra rica em frutos e pesca
Chico foi o mensageiro (bis)
Em defesa da floresta

Os invasores, por ambição
Mataram Chico
Dando seqüência à destruição

Kararaô
O grito forte do índio ecoou (bis)
Kararaô
A natureza inteira despertou

Voa pássaro da paz
Voa livre e vai mostrar (mostrar, mostrar)
Que essa área verde existe
Para o mundo respirar, lá, lá, laiá
Para o mundo respirar
2008
Enredo: Apresento-lhes com louvor me Pai querido, Dom João VI
Compositores: Silvão, Rodrigo Maia, Francisco do Pagode, Anibal e Jeronimo GG

Vem exaltar duzentos anos...
Chegou a Família Real
Brilhou no meu olhar de menino
Nos meus sonhos coloridos...
Canta a Lins Imperial
Cruzando os mares
No balanço das ondas vi surgir
Monstros do imaginário
Brinquedos e jogos do meu mundo infantil
Ao aportar... o meu pai se encantou com esse lugar
Viu um mundo diferente
Na face do negro no jeito do vendedor
Lindas paisagens, ele se maravilhou

Essa terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
No encantar da natureza (bis)
Brilha noite em lua cheia
Faz divino este luar

Riquezas, patrimônio cultural
Trouxe a corte real, transformação
Orgulho, vi um líder verdadeiro
Entre gestos pioneiros
Real biblioteca ele criou
Na arte, no teatro, no painel
Doces surgem do papel
Que gostoso paladar
Meu Rio em festa...
Na mais sublime união
A cidade iluminada
Fogos de artifício pelo ar
É carnaval... Deu manchete no jornal
Negros, portugueses, cariocas
Erguem as mãos
Para aclamação de Dom João

Vi o seu povo aplaudir
A Lins Imperial é emoção (bis)
A voz que ecoa pelas ruas
Sua majestade Dom João (Rei Dom João)

2009
Enredo: Lapa: Estrela da Vida Inteira
Compositores: Altair, Condonga, Giovana Dias, Cleiton Ferreira, Meireles e Fernando de Lima

Em sua aurora encantava artistas
Moldura de uma lenda amorosa
Foi lagoa, aqueduto e folia
Muitas festas nesta Lapa glamourosa
Chega a Família Real
Os negros estão no Rio de Janeiro
O que tem no tabuleiro da baiana?
Tem quitutes para quem chegar primeiro

É malandro, capoeira, paranauê
Tem polícia, que zoeira, pode correr (bis)
Cabarés, damas da noite, não tem vez pra solidão
Tô bebum de tanta emoção

Arlequins, pierrôs apaixonados
Quanta nostalgia! Os anos dourados
O bonde levando e deixando saudade
Manuel Bandeira, o olhar de uma cidade
Nossa montmatre carioca
Pichada, maldita, corredor cultural
Fênix das cinzas ressurge tão linda
Fundição progresso, orgulho nacional
Pagode sob os arcos, genial

Malandra, boêmia, abrigo de bambas
É rap, é funk, é samba (bis)
A Lapa é a estrela do meu carnaval
Poetiza a Lins Imperial

2010
Enredo: Folia de Reis
Compositores: Agnelo Campos e Efe Alves

O samba vem homenagear
Tradições antigas
Do folclore popular
Folguedos e cantigas
Violas e violeiros
Repentistas e trovadores
Um singular cancioneiro
As folias de reis euforia e cores

Uma estrela anunciando
Que chegou trazendo amor (bis)
Pastorinhas vão cantando
Dando loas ao senhor

Nas janelas das donzelas
Moços, velhos e crianças
Repicam os sinos da matriz
Salvas e vivas as chaganças
Miçangas, colares de dentes
Lamentos e sons de correntes
Na dança dos concubins
Bumba-meu-boi olê, olá
Me perdoe a confiança
Em sua casa vou mandar

Abre a porta, oh senhora
Muitas léguas caminhei (bis)
Eu estou chegando agora
Repetindo os três reis

2011
Enredo: Um Lugar Chamado Favela
Compositores: João Banana, Charles Braga, Torres de Pilares, Tião Pinheiro, Iuri Cruz e Wallace

O morro veste sua fantasia
O samba entoa poesia
Enaltece o céu da terra
Embala teu cenário cultural
Ultrapassando o real para falar de ti favela
Oriunda da caatinga após a guerra do sertão
Ergue o sonho e bota abaixo
No Rio uma nova cidade surgiu
No alto a esperança de um novo Brasil

Onde o samba nasceu? Na favela
Onde o funk cresceu? Na favela (bis)
A mulata que ginga na passarela
Vem da magia de um povo da favela

É ela exemplo de modernidade
Hoje enfeita essa cidade, mostra seu lado fecundo
Pobreza com sutil inteligência retratando sua essência
Fértil em criatividade
Exportou sua matéria-prima
Tornou-se potência mundial
Tu és a estrela do meu carnaval
Meu Deus, só quero andar feliz
Por essa terra onde eu nasci
Sonhar e me educar, espero não ser mais um Silva
Eu vivo de um sonho, sonhando um lugar
Se for mesmo um sonho, eu não quero acordar
Deixa amor! A minha águia te levar

Mais que uma história pra contar
Eu vim de lá, eu sou favela (bis)
Berço do samba, raiz cultural
Ecoa a voz da Lins Imperial

2012
Enredo: Somos parte da Terra... Assim como ela faz parte de nósCompositores: Carlos Júnior, Clayde Datena, Tuil Pontes e Lima da Lins

O nosso Criador
Com um sopro sagrado
Fez surgir a Mãe Terra
E ordenou os anciães
Pra criar a humanidade
Navegaram pelo céu
Na Cobra-Canoa... Criaram o homem
Em um arco-íris... Num Show multicores
Refletiram em sua luz a nova era

O índio dançava, saudando a lua
Em seu ritual, adornos e plumas
(bis)
Evocando os deuses por toda parte
É o sentimento expressado com a arte

A lenda diz
Que o inesperado assim aconteceu
Entre as tribos inimigas Sateré-Mawés, Mundurucus
A mais bela índia se apaixonou
Se entregou ao doce encanto de Um índio
Amor proibido, então perseguido
Resolveu pedir auxílio ao Deus Tupã
Um raio Fez brotar...
O guaraná... Com energia
O fruto faz lembrar os olhos da paixão
Falou mais alto a voz do coração

(É agora)
É agora que vai começar... a festa
Ao brilho do sol e da lua... amor
(bis)
Acende o cachimbo Ó Pai Celestial
Ilumina a minha Lins Imperial

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