UNIDOS DA TIJUCA
FUNDAÇÃO | 31/12/31 |
CORES | Azul Pavão, Vermelho e Ouro |
QUADRA | Av. Francisco Bicalho, 47 Santo Cristo 20220-310 Telefone: 2489-6404 Fax: 2485-5862 |
BARRACÃO | Rua Rivadávia Correa, 60 Barracão 12 Cidade do Samba - Gamboa 20220-070 Telefone: 2263-9836 Fax: 2263-9836 |
SÍMBOLO | Pavão |
HISTÓRICO
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Tijuca foi fundado no dia 31 de dezembro de 1931, surgindo com sede na Rua Pinto Guedes, no Morro da Casa Branca, onde vive até hoje a sua única fundadora viva, a Tia Regina. Os componentes da escola eram operários da Fábrica de Cigarros Souza Cruz, da Fábrica de Tecidos Maracanã e de outras de menor porte localizadas nas proximidades da Tijuca. Campeã em 1936, com o enredo "Sonhos Delirantes" (num ano em que a escola com a melhor harmonia levava o título conforme o regulamento), foi a primeira agremiação a apresentar carros alegóricos que ilustravam o enredo.
Com sede própria e quadra de ensaios localizadas na subida do morro do Borel, é a terceira escola de samba mais antiga da cidade, e surgiu em virtude da fusão de quatro blocos existentes nos morros da Casa Branca, Formiga, Borel e Ilha dos Velhacos: o do "Velho Ismael Francisco e Dona Blandira" (da tradicional famíla dos Moraes); do "velho Pacífico" (da família dos Vasconcelos); o do Caroço (da Ilha dos Velhacos) e o de "Dona Amélia" (do morro da Formiga). Nasceu na sala de seu Bento Vasconcelos, tendo com fundadores Leandro Chagas, Alcides Moraes ("Tatão"), João de Almeida, Pacífico Vasconcelos, Alfredo Gomes, Regina Vasconcelos, Marina Silva, Zeneida Oliveira, entre outros.
A primeira quadra de ensaios foi o terreiro de propriedade da família Vasconcelos. A maior parte de seus componentes, nas origens, era composta por operários das fábricas Souza Cruz e de outras das redondezas (de rendas, tecidos e meias), que moravam no morro do Borel e adjacências.
Nos últimos quinze anos, a Escola tem apresentado enredos com temas ligados à história luso-brasileira, representando assim a colônia portuguesa no carnaval carioca. A Unidos da Tijuca tem traços de união tão fortes com as comunidades brasileira e portuguesa que a escola desenvolveu também um trabalho comunitário para os desfiles. Dos quatro mil componentes que desfilam, mais de dois mil pertencem à comunidade, e destes 70% têm suas fantasias doadas pela escola, que faz um grande esforço para angariar fundos que possibilitem essa doação.
Até a década de 70, desfilava constantemente em grupos inferiores. Com o título do Acesso de 1980 com "Delmiro Gouveia", passaria a figurar sempre no Primeiro Grupo (rebaixada em 1984 e 1986, sempre retornando no ano seguinte). A escola também faturou o campeonato de 1987 do Acesso com "As Três Faces da Moeda". Depois de onze anos seguidos no Grupo Especial, a Unidos da Tijuca foi rebaixada em 1998, mas logo voltou ao ficar em primeiro lugar no carnaval de 1999 no Grupo A, com o enredo "O Dono da Terra" e um desfile inesquecível do carnavalesco Oswaldo Jardim. No ano seguinte, entre as escolas de elite, chegou ao 5º lugar, com "Terra dos Papagaios, Navegar foi Preciso", desfilando no sábado das campeãs. Nunca uma escola que havia subido tinha conseguido estar no desfile das campeãs no ano seguinte.
A escola amargava desfiles sem brilho até o carnaval de 2004, quando, com o enredo "O Sonho da Criação e a Criação do Sonho", fez um desfile revolucionário e conquistou o vice-campeonato, sua melhor colocação desde o título de 1936. A criatividade do novato carnavalesco Paulo Barros ao mostrar para o público a evolução da ciência, acompanhada por alegorias extraordinárias como a do DNA (com 140 pessoas pintadas de tinta prateada representando as moléculas numa coreografia deslumbrante), surpreendeu a todos. Em 2005, apostando pra valer nas alegorias coreografadas que marcaram o desfile anterior, a Unidos da Tijuca realizou mais um carnaval brilhante com o enredo "Entrou por um Lado, Saiu pelo Outro... Quem quiser que Invente Outro!" e repetiu o vice-campeonato, perdendo para a Beija-Flor por apenas um mísero décimo. Em 2006, desfilou como favorita com um enredo sobre música, mas acabou apenas em sexto lugar. Mesmo com a saída de Paulo Barros, a Unidos da Tijuca melhorou sua posição em 2007, terminando em quarto lugar após desfilar com um tema que falava da fotografia. Em 2008, falando sobre coleções, obteve a quinta posição. No ano seguinte, um tema sobre o céu não rendeu o esperado e a escola amargou uma nona colocação, ficando pela primeira vez fora do Sábado das Campeãs depois de cinco anos.
2010 seria o grande ano da escola. Enfim, depois de 74 anos de espera, o longínquo jejum seria quebrado. O carnavalesco Paulo Barros voltou à escola e desenvolveu o enredo "É Segredo!", fruto de uma sugestão de um internauta. Ele levou para a Marquês de Sapucaí muitos dos mistérios que nos intrigam, sem trazer as respostas dos mesmos, é claro! Afinal, como diz o samba-enredo: "O seu olhar vou iludir, a tentação é descobrir". Um comissão de frente arrebatadora com um show de ilusionismo, aliada a alegorias inesquecíveis, como o abre-alas "Fogo em Alexandria" e "Jardins Suspensos da Babilônia", ajudaram a Unidos da Tijuca a soltar um grito preso na garganta desde 1936. Com apenas um décimo perdido, a escola foi campeã do Grupo Especial em 2010, meio ponto a frente da segunda colocada, a Grande Rio. Em 2011, foi ovacionada pelo público com o enredo "Esta Noite Levarei sua Alma". Mas foi vice-campeã, 1,4 ponto atrás da Beija-Flor. No Sábado das Campeãs, foi saudada com o grito de "bicampeã" pelos espectadores na Sapucaí, que vaiaram a escola de Nilópolis.
Em 2012, o título voltaria para a Tijuca. A homenagem ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga com o enredo "O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão" coroou também mais uma vez o trabalho de Paulo Barros, que levantou o segundo caneco em três anos.
Na Unidos da Tijuca, grandes carnavalescos estrearam no carnaval carioca, como Renato Lage, Ilvamar Magalhães, Mario Monteiro, Chico Spinoza e Paulo Barros.
RESULTADOS DA ESCOLA
1934 - 2ª no Grupo 1 Enredo não disponível
1935 - 5ª no Grupo 1 Enredo não disponível
1936 - 1ª no Grupo 1 Sonhos Delirantes
1937 - no Grupo Sonho das Graças
1939 - 6ª no Grupo 1 Enredo não disponível
1941 - 5ª no Grupo 1 Enredo não disponível
1942 - 15ª no Grupo 1 Enredo não disponível
1946 - 7ª no Grupo 1 Anjos da Paz
1947 - 8ª no Grupo 1 Homenagem à Cascatinha
1948 - 2ª no Grupo 1 Lei Áurea
1949 - 6ª no Grupo NO Proclamação da República
1950 - 3ª no Grupo 1 Enredo não disponível
1951 - 6ª no Grupo 1 Enredo não disponível
1952 - no Grupo 1 Feira de Nazaré
1953 - 5ª no Grupo 1 Também temos nossos heróis : Caxias, Barroso e Santos Dumont
1954 - 11ª no Grupo 1 4° Centenário de São Paulo
1955 - 11ª no Grupo 1 Sinhá Moça
1956 - 6ª no Grupo 1 Inferno Verde
1957 - 11ª no Grupo 1 Sonho de Esmeralda ou Fascinação do Ouro e Diamantes
1958 - 11ª no Grupo 1 O Patriarca da Independência
1959 - 16ª no Grupo 1 Bravos e Heroínas
1960 - 8ª no Grupo 2 Sonho de Bravos
1961 - 7ª no Grupo 2 Casa-grande e Senzala
1962 - 7ª no Grupo 2 Rio Pitoresco
1963 - 8ª no Grupo 2 Do Oiapoque ao Chuí
1964 - 4ª no Grupo 2 Homenagem ao Rio Grande do Sul
1965 - 5ª no Grupo 2 Enredo não disponível
1966 - 11ª no Grupo 2 O Império em Três Atos
1967 - no Grupo Não Desfilou - Falecimento do Fundador
1968 - 3ª no Grupo 2 Danças do Brasil
1969 - 8ª no Grupo 2 Tijuca Sempre Jovem
1970 - 12ª no Grupo 2 Festa da Bahia
1971 - 10ª no Grupo 2 Quiva e Iaiá
1972 - 10ª no Grupo 2 Ganga Zumba
1973 - 8ª no Grupo 2 Bom dia, café!
1974 - 15ª no Grupo 2 Petrópolis, Nossa Flor Serrana
1975 - 6ª no Grupo 2 Magia africana no Brasil e seus mistérios
1976 - 4ª no Grupo 2 No Mundo Encantado dos Deuses Afro-Brasileiros
1977 - 9ª no Grupo 2 Paraíso dos Sonhos Julio Matos e Poti
1978 - 15ª no Grupo 2 A Praça dos Sonhos, Amor, Alegria e Fantasia Orlando Pereira
1979 - 3ª no Grupo 2A Brasil Canta e Dança Geraldo Sobreira
1980 - 1ª no Grupo 1B Delmiro Gouveia Renato Lage
1981 - 8ª no Grupo 1A Macobeba - O Que Dá pra Rir, Dá pra Chorar Renato Lage
1982 - 9ª no Grupo 1A Lima Barreto, Mulato, Pobre, mas Livre
1983 - 10ª no Grupo 1A Brasil : Devagar com o Andor Que o Santo é de Barro
1984 - 7ª no Grupo 1A Salamaleikum, a Epopéia dos Insubmissos Malês
1985 - 2ª no Grupo 1B Mas o Que foi que Aconteceu?
1986 - 15ª no Grupo 1A Cama, Mesa e Banho de Gato Wani Araújo
1987 - 1ª no Grupo 2 As Três Faces da Moeda Sylvio Cunha
1988 - 11ª no Grupo 1 Templo do Absurdo - Bar Brasil Sílvio Cunha
1989 - 8ª no Grupo 1 De Portugal à Bienal no País do Carnaval Mário Monteiro
1990 - 9ª no Grupo Especial E o Borel descobriu ... Navegar foi Preciso Luiz Fernando Reis e Flávio Tavares
1991 - 8ª no Grupo Especial Tá na Mesa Brasil Oswaldo Jardim
1992 - 8ª no Grupo Especial Guanabaram, O Seio do Mar Oswaldo Jardim
1993 - 12ª no Grupo Especial Dança Brasil Shangai
1994 - 14ª no Grupo Especial Só... Rio é Verão Sylvio Cunha
1995 - 10ª no Grupo Especial Os Nove Bravos do Guarani Oswaldo Jardim
1996 - 14ª no Grupo Especial Ganga - Zumbi, Expressão de uma Raça Lucas Pinto
1997 - 11ª no Grupo Especial Viagem Pitoresca pelos Cinco Continentes num Jardim Lucas Pinto
1998 - 13ª no Grupo Especial De Gama a Vasco, A Epopéia da Tijuca Oswaldo Jardim
1999 - 1ª no Grupo A O Dono da Terra Oswaldo Jardim
2000 - 5ª no Grupo Especial Terra dos Papagaios ... Navegar foi preciso !!! Chiquinho Spinoza
2001 - 9ª no Grupo Especial Tijuca, com Nélson Rodrigues, pelo Buraco da Fechadura Chiquinho Spinoza
2002 - 10ª no Grupo Especial O Sol Brilha Eternamente sobre o Mundo de Língua Portuguesa Milton Cunha
2003 - 9ª no Grupo Especial Agudás: os que Levaram a África no Coração e Trouxeram para o Coração da África, o Brasil! Milton Cunha
2004 - 2ª no Grupo Especial O Sonho da Criação, a Criação do Sonho. A Arte da Ciência no Tempo do Impossível Paulo Barros
2005 - 2ª no Grupo Especial Entrou por um Lado, Saiu pelo Outro... Quem quiser que Invente Outro! Paulo Barros
2006 - 6ª no Grupo Especial Ouvindo Tudo Que Vejo, Vou Vendo Tudo Que Ouço Paulo Barros
2007 - 4ª no Grupo Especial De Lambida em Lambida, a Tijuca dá um Click na Avenida Lane Santana e Luiz Carlos Bruno
2008 - 5ª no Grupo Especial Vou Juntando o que eu Quiser, minha Mania vale Ouro. Sou Tijuca, trago a Arte Colecionando o meu Tesouro Luiz Carlos Bruno
a
2009 - 9ª no Grupo Especial Tijuca 2009: Uma Odisséia sobre o Espaço Luiz Carlos Bruno
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2010 - 1ª no Grupo Especial É Segredo! Paulo Barros
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2011 - 2ª no Grupo Especial Esta Noite Levarei sua Alma Paulo Barros
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2012 - 1ª no Grupo Especial O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão Paulo Barros
1933
Enredo: O mundo do samba Autor(es): Nelson de Moraes
Somos Unidos da Tijuca E cantamos o samba brasileiro Cantamos com harmonia e alegria O samba nascido no terreiro Não queremos abafar Nem também desacatar Viemos cantar o nosso samba Que é nascido no terreiro Perante o luar
1936
Enredo:Sonhos delirantes Samba cantado: Natureza bela Compositores: Felisberto Martins e Henrique Mesquita
Natureza bela do meu Brasil Queira ouvir esta canção febril Sem você, não tenho (bis) As noites de luar pra cantar Uma linda canção ao nosso Brasil
É um sambista apaixonado Quem lhe pede, natureza As noites de luar Que vive bem perto de você Mas sem lhe ver Eu vejo as águas correndo E sinto meu coração palpitar, ô ô E o meu pinho gemendo Vem minha saudade matar...
1958
Enredo: Negro na Senzala Autor(es): Darcy da Mangueira
Nos idos tempos coloniais No Brasil de escravos e senhor O negro era transladado E depois arrematado Pelo escravizador E dessa época pra cá Sofrimento era demais Era demais Negro tinha que trabalhar Trabalhar até cair No engenho de açúcar Na colheita do algodão Negro era castigado Pelo senhor do sertão A casa grande Requinte de grande fidalguia Mas sem o labor do negro O senhor nada fazia Laiá, laiá, laiá...Preta velha Ama do filho do senhor Negro na senzala Esquecia os momentos de dor Com lindas danças e cantorias Preto velho não pensava Em seus momentos de agonia Laiá, laiá, laiá...
1961
Enredo: Leilão de Escravos Autor(es): Mauro Affonso, Urgel de Castro e Cici
Quem dá mais, quem dá mais (bis) Negro é forte, rapaz
Era assim Apregoado em leilão (bis) O negro que era trazido para a escravidão
Ao senhor era entregue Para qualquer obrigação Trabalhava no engenho da cana Plantava café e colhia algodão Enquanto isso Na casa grande, o feitor Ouvia as ordens De um ambicioso senhor
Ôôôô Tenha pena de mim, meu senhor (bis) Tenha por favor
E o negro trabalhava De janeiro a janeiro O chicote estalava Deixando a marca do cativeiro E na senzala O contraste se fazia Enquanto o negro apanhava A mãe preta embalava O filho branco do senhor que adomercia
Ôôôô Tenha pena de mim, meu senhor (bis) Tenha por favor
1969
Enredo: Tijuca sempre jovem Autor(es): Luis da Silva
Certo poeta escreveu Fascinado que ficou com a tamanha Beleza que encontrou E em prosas e versos A Tijuca ele assim cantou És a inspiração dos mais belos romances E de lindas canções Ponto de encontro de grandes vultos Das histórias literária e musical Tendo como um dos seus pontos principais Saens Pena praça tradicional Pelo seu comércio e cinemas Onde loiras e morenas De beleza, dão seus festivais
Bem aventurado o poeta que diz (bis) Quem mora na Tijuca se sente feliz
É de manhã, quando o sol desponta Iluminando o horizonte cor de anil Realçando o verde das matas Que se refletem nas águas Das lindas cascatas A pasarada a cantar Seus gorjeios e trinados, querem anunciar O encontro das mais ricas paisagens naturais Cascatinha, Vista Chinesa e outras muito mais E como filhos teus que somos Nesta canção um preito de gratidão Lhe ofertamos É com imenso orgulho que ouvimos dizer Como é linda a Tijuca ao amanhecer
1973
Enredo: Bom dia, café Autor(es): Jorge Machado
Ao dar um passo para glória Desfolhando páginas da nossa história Vamos encontrar nosso café Que em 1727, Francisco de Meio Palheta Trouxe da Guiana Francesa As primeiras mudas do cafeeiro Que foram plantadas no Pará A cultura se alastrou ao Maranhão Bahia e Rio de Janeiro O primeiro porto exportador São Paulo de um clima tropical De um planalto meridional Onde se erguem nossos cafezais Oh gigante Brasil Maior produtor desta riqueza
Glórias ao eminente Rei Pelé O maior divulgador desta riqueza (bis) Embaixador café
Da plantação à socagem no pilão, Trabalhavam os negros escravos Chicoteados, a mando dos ricos fazendeiros José do Patrocínio, André Rebouças e Luiz Gama Vendo o sofrimento dos escravos do café Passaram a defender a Abolição E ao seu lado esteve o Conde D’Eu E a Princesa Isabel, a Redentora Que aboliu a escravidão
Olê Olê, Olê Olá Na avenida iluminada (bis) Exaltamos o café
1974
Enredo: Flor Serrana Autor(es): Cassinho, Djalma Rodrigues e Pedrinho da Flor
Vejo a avenida ornamentada Sinto que a minha alegria é dotada A minha escola se inflama Para homenagear a linda flor serrana
Petrópolis Dos tempos coloniais, dos salões imperiais (bis) Do perfume das flores, da neblina que cai Tudo isso lhe engrandece mais
Cai, cai, cai Cai, neblina, cai (bis) Lá vai o estudante O progresso também vai
Hostil guris pelas ruas da cidade Do clima de fantasia, doçura e amenidade Quantas recordações dos imortais, as velhas mansões E o presente nos mostra suas inovações
No Quitandinha tradicional (bis) Vem alegria quando é carnaval
1975
Enredo: Magia africana no Brasil e seus mistérios Autor(es): Jorge Machado
Trazidos da África para o Brasil Trabalhavam os negros escravos Na fazenda do branco senhor Sob as ordens de um ambicioso feitor Bahia do feitiço e da magia Da dança da capoeira E do famoso candomblé Culto de origem africana Vindo para este país No tempo colonial E tornou-se tradicional
Tem mucamas Tem feiticeiros (bis) Tem pajés Chefes de índios guerreiros
Exú Espírito criado pela natureza Ogum Sincretizado com Santo Antônio na Bahia Iê, iê, iê salve Oxóssi, rei da mata Oxossi é caçador Salve Abaluaê Xangô, Oxumaré, Irê e Nanã Oxum Deusa do ouro e dos rios E a guerreira Iansã, deusa dos raios Salve Ossãe Iemanjá, rainha do mar Sarava, pai Oxalá E ao rufar dos atabaques Lá vem os negros Lá vem os negros Com dança de roda E cantando em nagô
Iaô, iaô, iaô Komomaferô, iaô (bis) Komomaferô
1976
Enredo: No Mundo Encantado dos Deuses Afro-Brasileiros Autor(es): Milton de Luna, Selym do Leme e Si Menor
No mundo encantado dos deuses afro-brasileiros A Unidos através do carnaval Oferece ao novo Rio de Janeiro Num palácio encantado O rei das trevas chegou
E quá, quá, quá (bis) Inaina emojbá
Em lindo sonho Além da minha imaginação Busquei em minha mente Personagens e ilusão Fiquei maravilhado Com tamanha sedução De luxo e fantasia E a origem da transformação Salve Ogum vencedor E o rei do Kêto Oxóssi caçador Xangô, Oxumaré Iansã, Oxum minha mãe de fé Iemanjá rainha do mar E o poderoso Pai Oxalá
Inaina emojbá Exu pomba-gira é (bis) Inaina emojbá Exu pula na ponta do pé
1979
Enredo: Brasil Canta e Dança
Autor(es): ???
Maracatu, maculelê Tem congada e capoeira (bis) E também tem cateretê
Hoje o meu povo esta em festa E a minha escola modesta Trouxe para este carnaval Esta terra, seu folclore, sua gente Este país continente Que viemos exaltar Festa da uva que esplendor, ôô Dança das tribos, outras mais
E no Rio de Janeiro É batuque o ano inteiro (bis) Esperando o carnaval
A festa do divino, que encanto A Bahia, seu quebranto A macumba e o candomblé Bumba-meu-boi, vaquejada e carimbó É folclore, é folia Sonho, amor e fantasia
1980
Enredo: Delmiro Gouveia
Autor(es): Clomar, Adriano Adauto e Ronaldo
Venho falar em forma de canção Da história de um vulto imortal
Delmiro Gouveia Sua alma ainda vive (bis) Em todo aquele que hoje lembra de você
Menino pobre Filho de pai boiadeiro Seguiu em frente E na vida prosperou Soube respeitar a cada cidadão Lá em Recife Um mercado inaugurou Teve sua obra destruída Foi perseguido e fugiu com seu amor Lá no sertão recomeçou sua idéia audaciosa Transformar a cachoeira Paulo Afonso Numa usina grandiosa Realizou o seu sonho aventureiro Criando indústrias Morrendo pelo povo brasileiro
Olha a máquina girando Como ronca o motor (bis) Viva o grande brasileiro Pioneiro exportador
1981
Enredo: Macobeba - O que dá pra rir dá pra chorar Autores: Celso Trindade, Nêgo, Azeitona, Ronaldo, Ivar, Buquinha e Edmundo Araújo Santos
É tão sublime exaltar Neste dia de folia E cantar a odisséia de um valente brasileiro Contra um monstro estrangeiro Que com todo o seu dinheiro Quer calar a nossa voz (e o nosso herói) E o nosso herói Sai no rastro da maldade Pelos campos e cidades Atrás do gafanhoto feroz
Tetaci, Tetaci Agasalha com seu manto (bis) Nosso herói Mitavaí
Mitavaí, bom lavrador e vaqueiro Deixa o sertão brasileiro Vai combater Macobeba maldito, que devora o mato e o mito Rádio, jornal e TV Lança e com certeiro bote Fere o monstro no cangote, pra valer E ferido assim de morte Bicho ruim não quer morrer E o caboclo injuriado Toma o caminho do mar Jurando que um dia vai voltar Tira daqui, leva pra lá O que hoje dá pra rir Amanhã dá pra chorar
Maldito bicho, se me ouviu Se não gostou do meu samba (bis) Vai pra longe do Brasil
1982
Enredo: Lima Barreto, mulato, pobre, mas livre Autor: Adriano
Vamos recordar Lima Barreto Mulato pobre, jornalista e escritor Figura destacada do romance social Que hoje laureamos neste carnaval O mestiço que nasceu nesta cidade Traz tanta saudade em nossos corações Seus pensamentos, seus livros Suas idéias liberais Impressionante brado de amor pelos humildes Lutou contra a pobreza e a discriminação Admirável criador, ô ô ô ô De personagens imortais Mesmo sendo excelente escritor Inocente, Barreto não sabia Que o talento banhado pela cor Não pisava o chão da Academia Vencido pela dor de uma tragédia Que cobria de tristeza a sua vida Entregou-se à bebida Aumentando o seu sofrer
Sem amor, sem carinho Esquecido morreu na solidão (bis)
Lima Barreto Este seu povo quer falar só de você (bis) A sua vida, sua obra é o nosso enredo E agora canta em louvor e gratidão
1983
Enredo: Brasil: devagar com o andor que o santo é de barro Autores: Djalma e Eli
Brasil, devagar com o andor, ô ô ô Porque o santo é de barro A natureza e a matéria Deus criou Na bela arte o homem o valorizou Lá no sertão Esta matéria é transformada em modelo E aquele que trabalha nesta arte faz valer O sacrifício pra poder sobreviver
Bento que bento é o barro Bento que bento é o frade (bis) Pra boca do forno Sertanejo leva a arte
A imagem do santo Foi feita para quem tem devoção Este santo faz milagre Lá se vai a procissão Deste barro se faz tudo Neste barro piso o chão Deus fez o homem E o homem faz a arte Que se alastra em toda parte Desde sua criação A arte é frágil Mas o homem é muito forte Não se quebra, é verdadeiro Porque Deus é brasileiro
Que maravilha Que beleza tão singela (bis) Que grande arte Mas caindo se esfacela
1984
Enredo: Salamaleikum, a epopéia dos insubmissos Malês Autores: Carlinhos Melodia, Jorge Moreira e Nogueirinha
Levei meu pensamento à Bahia Ao berço da poesia Em busca de inspiração Encontrei personagens realistas Tidas como anarquistas Pois queriam um Brasil mais irmão De Alah receberam ensinamentos De Olorum não se afastaram um só momento Negros que enxergaram as razões E lutaram pela igualdade Liberdade e justiça social Salamaleikum, elo forte, triunfal Se na veia corre sangue Do senhor ou do plebeu Desejavam dar ao próximo O mesmo que queriam aos seus
Valia ouro, oi, valia prata A inteligência e a cultura desta raça (bis)
Lá na África distante Trouxeram o misticismo da magia Mações e mestres alufás Usavam estratégia e ousadia As revoltas se sucederam Com Luíza Mahim, Licutam e Nassim A cidadania, oi, era o ideal destas nações Liberdade ou a morte Se lançaram à sorte Olhando o mundo Como um jogo de xadrez
Hoje eu sei, vovó Que não foi em vão Apesar da nossa história (bis) Não mostrar toda a verdade Do tempo da escravidão
1985
Enredo: Mas o que foi que aconteceu Autores: Nogueirinha, Ivan Bombeiro, Eli Dias, Mauro Gaguinho e Djalma Leite
Oh meu Rio Quantas saudades Do cassino da Urca A velha Lapa vadia Berço da boemia E os lampiões a gás Uma lembrança que nem o tempo desfaz A Praça Onze e o teatro de revista Palco dos grandes artistas
Cadê o bonde Tradicional (bis) Que levava a gente Para o Carnaval
Meu povo já deixou sangrar no peito A dor de uma tristeza sem ter fim Vendo tudo em evidência Sobre carga e violência A grande queda do cruzeiro ou coisa assim Destruíram a própria natureza E a pureza que Deus fez na criação Ai que saudade do Rio antigo Que me trazia alegria e sedução Já não vejo a boa praça O tempo traça o que restou neste lugar O meu protesto levo até ao infinito Entre o feio e o bonito Não dá mais pra comparar
Mas o que foi que aconteceu Meu Rio antigo (bis) Tão bonito emudeceu
1986
Enredo: Cama, mesa e banho de gato Autores: Carlinhos Anchieta, Vicente das Neves, Manelzinho Poeta e Azeitona
O homem orgulhoso como quê Não se sente feliz com a sua matriz (não, não, não) Montou uma filial Mostra os pecados capitais no carnaval (eu falei no carnaval) A hora é essa e vamos admitir (admitir) Uma só mulher é pouco Deixa o homem no sufoco Com tantas que andam por aí O arroz com feijão Lá de casa é bom Mas o cozido da vizinha é melhor (é melhor) Dizem que eu sou machista Com pinta de egoísta Polígamo conquistador Mas isso vem do tempo do vovô Lá vai o trouxa Crente que está numa boa Mas não sabe que a patroa Está com o Ricardão E sua filha tem fama de sapatão
Tem piranha no almoço Tem virado no jantar (bis) Pra quem tem fome Qualquer prato é caviar
Vida, palco desses acontecimentos Desfilando pelo tempo Hoje eu quero me banhar No prazer mais prolongado Que o banho de gato dá (Vem meu povo cantar) Gingam cabrochas e ritmistas Passistas e vigaristas Artistas de revista e TV Que não se importam Com o que vocês vão dizer
Bota o prato na mesa Tudo que vier eu traço (bis) Prepare a cama Que hoje tem banho de gato
1987
Enredo: As três faces da moeda Autores: Piedade
Inventaram o pobre e o dinheiro E com isso muita gente enriqueceu Através dos tempos Tanta coisa aconteceu Pedindo esmola, dando golpes pra viver Ganhando pouco, muito mal dá pra chorar Enquanto o rico vai nadando no dinheiro O FMI vai dominando o mundo inteiro Até parece (ô ô ô) história que vovó contou Que no tempo do Mil Réis quanta coisa ela comprou E o Cruzeiro que o Cruzado empacotou Teve uma queda tão forte que a inflação baixou
Não sei o que foi que aconteceu Com o Plano Cruzado tudo desapareceu (bis) Tava tudo congelado Acho que já derreteu
Eu também quero receber o meu quinhão Falta leite, falta carne, qualquer dia falta pão E a Unidos da Tijuca vem mostrar As três faces da moeda pra você fiscalizar Eu vou pra rua com a tabela na mão Quero sentir firmeza nesse tal de pacotão Eu tenho a força, sou o raio congelante Quero ver se o meu dinheiro Vai ficar como antes
No jogo do troca-troca Vem comigo pra folia (bis) Barganhar sua tristeza Com a nossa alegria
1988
Enredo: Templo do Absurdo - Bar Brasil Autores: Beto do Pandeiro, Nego, Vaguinho, Monteiro, Ivar Silva e Carlos do Pagode
Brasil, bar Brasil Berço das grandes resoluções Pra quem se queixa que dá um duro danado E é mal remunerado Pro revoltado com as broncas do patrão Ai, quem me dera se eu fosse um marajá Ganhasse a vida sem precisar trabalhar Mas acontece que é só a minoria Que desfruta a mordomia Nessa tal democracia
Apertaram o gatilho num salário baleado Outra piada depois desse tal Cruzado (bis)
E segue o tormento "Congelaumentos" É o preço da alimentação (que confusão) O medo de sair, ser assaltado E o plano mal traçado A bomba que estourou em nossas mãos As brigas com a patroa em casa E o time que só faz perder Não dá pra segurar, já chega de sofrer Quero poder bebemorar (Êta papo pra rolar...)
Êta papo pra rolar No templo do debate popular Pobres e ricos falam da dívida externa (bis) Dos problemas desta terra E se perguntam onde a coisa vai parar
1989
Enredo: De Portugal à Bienal no país do Carnaval Autores: Beto do Pandeiro, Vicente das Neves, Gilmar L. Silva, Nêgo e Vaguinho da Ladeira
Desperta meu Brasil, ô Para este tema cultural E vejam como é lindo de se ver Todo o carisma desta arte, a bienal que Portugal Introduziu neste país do Carnaval Exaltamos escultores E os senhores do pincel Que emolduram a poesia Modelando o dia-a-dia De um povo, seus costumes, sua fé Mãos abençoadas pelo céu Que através de gerações Do toque leve e tão sutil Até o meu Borel ganhou cor bem mais viril
Foi João, foi Dom rei fujão (bis) Que trouxe a missão Que fez da arte a profissão
(E assim...) Ecoou, ecoou Um grito forte, liberdade Fecundou o modernismo em nossa arte E na literatura nacional Nossos artistas por aqui se propagaram E também se consagraram com a primeira bienal Mostrando para o mundo inteiro Que em solo brasileiro Tudo que se "implanta" dá
É tropical, o berço é fértil, é tropical Hoje a arte e a cultura (bis) Brilham em nosso Carnaval
1990
Enredo: E o Borel descobriu... Navegar foi preciso Autores: Nêgo, Vaguinho, Vicente das Neves, Ditão, Gilmar L. Silva, Azeitona, Valtinho da Ladeira, Ivan Bombeiro e Beto do Pandeiro
Por mares nunca dantes navegados Meu Borel vem empolgado Pra mostrar Terras e eras tão distantes Um passado emocionante Vou contar (laraiá) Na Idade Média, onde tudo começou O povo já pensava em ser feliz Os lusitanos na guerra cristã Contra os mouros defendiam o seu país Salve o infante Dom Henrique A Portugal prestou serviços relevantes Os portugueses desbravaram o oceano Descobrindo novos horizontes
São caravelas Ventos de liberdade e amor (bis) E nessa onda Seu Cabral nos encontrou
Heranças deixaram Tantas em nosso torrão Do idioma à religião E essa miscigenação que originou A nossa mulata sedução Cá pra nós, o samba não veio de lá Mas trouxeram o negro que, é arte, é cultura Que nos ensinou a batucar Terrinha boa, que saudade dá O Borel em poesia Hoje vai te visitar Levar meu samba, vou cruzar o mar Só gente bamba vai desembarcar
Vasco da Gama, bacalhau Ouvir o fado, eu vou (bis) Ficar mamado também Bebendo vinho lá em Portugal
1991
Enredo: Tá na mesa, Brasil Autores: Carlinhos Melodia, Nêgo e Antonio C. Conceição
Hoje a arte e a poesia O sonho em fantasia Com o Borel vêm desfilar E o meu povo se encanta De bem com a vida a cantar, lararaiá De braços dados com a folia Nesta festa popular Tá na mesa Brasil, oh, meu Brasil Ninguém pode censurar Da elite à raiz O Rei mandou convidar Para o povo a bonança Do norte ao sul do meu país É batuque, canto e dança Nesta festa que é profana E faz o meu rei feliz No Carnaval de rua Tem bonecos do Nordeste E tudo que o cabra da peste Tem de bom para nos dar Na comilança eu sinto cravos e canelas Chica da Silva e Gabriela O mais fino paladar (É de dar água na boca...)
É de dar água na boca Eu também quero provar, vou provar (bis) O cheiro que vem no ar, iaiá É do tempero da sinhá
Vem encher a pança de alegria O rei se casa com a folia A euforia é geral, geral O Rock'n roll entrou no Carnaval
Ô iaiá me dê amor, amor Me leva que é nesse embalo (bis) Que eu vou
1992
Enredo: "Guanabaran" - O seio do mar Autores: Gilmar L. Silva, Vicente das Neves e Beto do Pandeiro
Hoje o Borel em aquarela Põe na passarela um pedaço de mar (de mar, de mar) Santuário de beleza O Guanabaran que Tupã divinou Então eu mergulhei em tuas águas E me encantei para te decantar (decantar) Diz a lenda que bem antes Outros bravos navegantes O teu solo cobiçou Veio de lá de Portugal A realeza em ti desembarcou
Maré que vem, maré que vai, vai, vai Mantendo um sonho que não se desfaz (bis)
Um cenário de beleza Que virou cartão postal (bis) Mãe da história Do cinema nacional
Divina, teus milênios em poesia Do teu seio reluziam os cassinos imortais A vedete irreverente Fez um mundo diferente Na famosa Ilha do Sol (ô, mas que legal) Tuas águas cristalinas Bem combinam com a magia Do teu clima tropical
Te quero mais verde Sem poluição (bis) Se liga gente Nesse canto de oração
É no balanço desse mar (amor, eu vou) Vou navegar (bis) Vou na proa, vou na boa Pra ilha de Paquetá
1993
Enredo: Dança, Brasil Autores: Dário Lima, Espanhol, Paulo Ribeiro e Azeitona
Movimento milenar Fez dançar terra e mar Uma flor brincou no vento Tem poesia no ar Deixa o vento me levar Que no tempo eu sei voltar Canto no céu de Acauã Que o meu reino é o de Tupã
E lá na mata se tem lua cheia Menina-moça faz dançar a aldeia (bis)
Bailam no mar Velas de deuses gigantes Pra me ensinar O saber dos navegantes Negro chegou Meu Brasil morenizou Forte, lutou pela sorte Cantou e dançou Quando se libertou
Canta Borel A tua raça hoje é cor de mel (bis) "Dança Brasil" Teus acordes vêm do céu
1994
Enredo: Só... Rio é verão Autores: Gilmar L. Silva, Vicente das Neves, Beto do Pandeiro e Grego
Vem, meu amor Vem voar em poesia Só pra ver como é que brilha o meu astral
"Divino" que clareia no horizonte Tu és a fonte do meu Carnaval (bis)
(Oh! Rio) Berço de grandes paixões De tantas canções Eu quero é mais o teu calor, teu calor Verão sensual, sedutor Tem gosto de festas Tem cheiro de amor
Sou a onda, tô na moda Do vôo livre ao jet-ski (bis) Vou brilhar em fantasia Hoje na Sapucaí
Teu verde encanto é vida, é ar Tens o mais belo azul do mar, do mar "Cidade de luz" aquarela Se faz passarela pra ela passar De corpo dourado a caminho do mar (Como é lindo o meu Rio) Rio de Janeiro, "Cidade Maravilhosa" É Sol, é verão, luau sedução Delírio desta multidão
É nesse "mar de amor" Eu vou que vou Vou me banhar (bis) E depois tomar uma "cerva" bem gelada Vendo a luz no céu brilhar
1995
Enredo: Os nove bravos do Guarani Autores: Espanhol e Dário Lima
Do novo pro velho mundo Eu naveguei "Índio mulato", guerreiro "Nove Bravos" conquistei Na contramão da história Compus minha glória, de amor delirei Musiquei minha raiz E orgulhei o meu país por onde andei Guardei em "noite alta" Segredos do castelo, seu destino Cruzei a minha espada Sonho real de um menino
Ecoou em plena mata tropical O compasso dos tambores aimorés (bis) Fui Peri, amei Ceci no temporal E venci os inimigos mais cruéis
Na "Festa das Marias" em Veneza me casei Entre duques e duquesas, lindas damas eu pintei Dancei na corte inglesa, escravos libertei Rezei com a princesa, o Oriente desvendei
Mas tanto tempo passou Que alguém me viu afinal (bis) E hoje eu sou Carnaval
1996
Enredo: Ganga-Zumbi, expressão de uma raça Autor: Beto do Pandeiro
Ecoou, novamente o atabaque de Palmares Ressoou, é canto, é dança, é festa, é liberdade Salve a força da cor guerreira Herdeiros de Zumbi A sua hora é esta Tijuca é o quilombo, é sua a festa
Capoeira, aluã e muito mais Tem reza forte para os orixás (bis)
Ao som do batacotô No toque do agogô Negro levanta a poeira Entre oferendas para o rei Xangô E pedras preciosas No clarão da lua cheia
Dunga Tara Sinherê, ê, ê, ê, ê Dandara Mãe Sabina, rei Zumbi é jóia rara (bis)
À cerca dos macacos harmonia Dia e noite, noite e dia Paz, amor, libertação, seu ideal Holandeses, portugueses Todos os mocambos do local Traziam ouro, prata, louvação Ao "líder pra sempre" Cultura viva, és guerreiro imortal
Vem amor, ô, ô Soltar seu canto livre pelo ar (pelo ar) (bis) Alagoas é o berço Deste mito que viemos exaltar
1997
Enredo: Viagem pitoresca pelos cinco continentes num jardim Autores: Edson Fio e Maurílio Theodoro
Meu Rio de Janeiro em festa Saudando a vinda da família Imperial A corte deslumbrante então empresta O luxo para a nova capital Abrindo os portos ao progresso Abrindo as portas pra cultura O Rio busca ser cidade De européia arquitetura O povo e a natureza conquistam D. João E o levam a investir na região
Já fui engenho, fabriquei a dor Por decreto-lei, João me criou (bis) Do imperador fui mesa e tempero E até hoje eu floresço o ano inteiro
Em meus caminhos, a paz, a flora, a sutileza Pelos continentes, uma viagem sem sair de um só lugar Estou no inverno europeu, vim do jardim no Oriente E vejo logo à frente, a Oceania aflorar Da América, à África, o frio, o clima quente Contraste de beleza singular O som das águas, do vento, dos passarinhos Abriga a pesquisa e faz o ninho Pra espécies em extinção crecerem livremente E o mesmo som que ao longe parece uma sinfonia Inspirou Tom que fez as lindas melodias Em meus recantos hei de ouvir eternamente
Jardim Botânico eu sou História viva de amor (bis) Eu sou o tema E a Tijuca é multicor
1998
Enredo: De Gama a Vasco, a epopéia da Tijuca Autores: Adalto Magalha, Serginho do Porto, Márcio Paiva e Adilson Gavião
Através da mão divina (amor) Naveguei, naveguei O meu sonho de menino Quis assim o meu destino Portugal e toda a Europa encantei Naveguei E novos povos encontrei Por tempestades e lendas eu passei Para um almirante a coragem é a lei Por tantos mares viajei Na Índia, eu então cheguei Veio o progresso nessa aventura Descobertas e culturas
É nessa onda que eu vou O povo vai recordar (bis) Vem com a Unidos da Tijuca festejar
Rio de Janeiro, brasileiro, meu irmão Sou Vasco da Gama tantas vezes campeão Quando entra no gramado me alucina Esse clube da colina, centenário de paixão Estrela no céu a brilhar Que faz essa galera delirar
Vamos vibrar meu povão (é gol, é gol) A rede vai balançar, vai balançar (bis) Sou Vasco da Gama, meu bem Campeão de terra e mar
1999
Enredo: O dono da terra Autores: Vicente das Neves, Carlinhos Melodia, Haroldo Pereira, Rono Maia e Alexandre Alegria
Hoje a Tijuca canta Sacode e balança esta cidade Viaja no conto do índio O dono da terra, que felicidade No cantar do Uirapuru Tantas lendas pra contar Sob as ordens de Rudá
Iara mandou Jaci clarear E seu caminho iluminar (bis)
Veja o orvalho vem caindo Cheiro das matas vem surgindo (bis) Vou navegar meu rio mar Mistérios que vou desvendar
Por essas matas verdejantes Têm seres sobrenaturais Mulheres metade serpente Curumins dançantes E vi estranhos animais Farturas encontrei, com as plantas conversei Com as bênçãos de Rairu Sentei pra meditar Se a lua for minguante eu peço a proteção Me deixa com as guerreiras festejar
Pedras preciosas quero me enfeitar Encantar a índia com o meu olhar (bis) Só Tupã sabia Que eu não podia me apaixonar
2000
Enredo: Terra dos papagaios... Navegar foi preciso!!! Autores: Henrique Badá, Jacy Inspiração e Edson de Oliveira
Brasil, Brasil, Brasil Pra falar de ti em poesia Folheando a história No tenebroso mar da imaginação Lembro que a viagem foi traçada Calmaria fez mudar a direção Hoje a Tijuca faz a festa E mostra o valor dessa união
Caravelas ao mar, expedição Obrigado Cabral, quanta emoção (bis) Terra à vista O despontar dessa nação
O índio, a fauna, a flora Paraíso de encanto e sedução Nesse encontro com os portugueses Um momento tão divino Cada qual se fez irmão Rezando a missa Todo mundo em comunhão Brasil, tu já não és mais um menino E seguindo o meu destino Seja lá por onde for Vou te redescobrindo a cada dia Na grandeza do teu povo E no teu solo promissor
É lindo ver tremular Bem alto o seu pavilhão (bis) E repartir esta alegria com a multidão
Paz, amor e esperança Uma voz anunciou (bis) É chegada a nova era Abençoada pelo Criador
2001
Enredo: Tijuca com Nelson Rodrigues pelo buraco da fechadura Autores: Vicente das Neves, Gilmar L. Silva, Douglas e Toninho Gentil
Fez da vida como ela é Desenhou com arte o melhor que viu Profano ou Querubim Mostrou que o mundo é mesmo assim O meu universo é Nelson À terra do frevo eu vou Aos amores mando um beijo Do mais puro ao sedutor Sou a essência da verdade sem pudor!
Nelson Rodrigues, teu pecado é humor E a Tijuca apaixonada (bis) Traz esse gênio jornalista e escritor
Gira, gira no meu verso, quero ver girar Mesmo sem pornochanchada (bis) Vem gargalhar
A dama do lotação Flor de obsessão Sem preconceito, sem censura Luxúria, volúpia talvez Será castigada a nudez Fantasia, loucura sobrenatural (que legal!) Neste asfalto selvagem Eu faço a viagem no meu Carnaval
Foi a visão do teu olhar, no meu olhar Que eu enxerguei a vida Nosso show está no ar (bis) Teatro, cinema, TV O futebol é devoção, é meu prazer
2002
Enredo: O Sol brilha eternamente sobre o mundo de língua portuguesa Autores: Haroldo Pereira, Valtinho Júnior e Wantuir
Portugal Nas caravelas do idioma naveguei Nessa aventura lusitana Os cinco continentes alcancei "Bordei" palavras sobre as ondas do mar (oi do mar) E na linha do horizonte A língua se fez poesia Uma "odisséia" de amor "Navegar é preciso", de Angola ao Timor (ô ô ô ô) Cultura, riqueza Iluminando o mundo de língua portuguesa
Trago à mesa a alegria e amor Que a família tijucana chegou (bis) Com bom papo e harmonia e samba no pé A minha língua é minha Pátria, é minha fé
Sopra o vento dos deuses Pra língua "semear" Na costa africana, na voz dos orixás "Temperei" com arte em Goa E mercados de Macau (Fala Brasil) Brasil A "morenice" em um povo encontrei Mundo novo, me apaixonei, hoje é só sedução Salve a luta do Timor Pela "liberdade de expressão"
Rasgou o céu um cometa Explode em sete cores A nova era, oito esplendores (bis) A língua é força, é união A homenagem vem na cauda do Pavão
2003
Enredo: Agudás: os que levaram a África no coração e trouxeram para o coração da África o Brasil! Autor(es): Rono Maia, Jorge Melodia e Alexandre Alegria
Obatalá Mandou chamar seus filhos A luz de Orunmilá Conduz o Ifá, destino Sou negro e venci tantas correntes A gloria de quebrar todos grilhões Na volta das espumas flutuantes Mãe África receba seus leões
No rufar do tambor ôô Atravessando o mar de Yemanjá (bis) No sangue trago essa chama verdadeira Raiz afro-brasileira, sou Agudá
Quem chega a porto novo E raça, é povo e se mistura De semba se fez samba Um carnaval pelas culturas Na fé, de meus orixás Axé meu delogun Temor e proteção ao anel do dragão de Dagoun A união é bonita E a gente acredita na força do irmão No continente africano a ecoar A epopéia Agudá vitoriosa face da razão
Tem cheiro de benjoim no xirê, alabê Prepare o acarajé no dendê (bis) Salve o chachá, salve toda negritude A Tijuca vem contar uma história de atitude
2004
Enredo: O sonho da criação e a criação do sonho. A arte da Ciência no tempo do impossível Autores: Jurandir, Wanderlei, Sereno e Enilson
Nessa máquina do tempo, eu vou Vou viajar, com a Tijuca te levar À era do Renascimento De sonhos e criação Desejos, transformação Acreditar, desafiar Superar os limites do homem Brincar de Deus, criar a vida Querer voar e flutuar
É tempo de sonhar É tempo de alquimia (bis) Querer chegar à perfeição Com tecnologia
Na arte da ciência A busca continua Na luta incessante pra vencer o mal E no vai e vem dessa história O velho sonho de ser imortal Profecia, loucura, magia A vontade de explorar A lua, a terra e o mar Pro futuro viajar eu vou Mistérios que ainda quero desvendar, levar O destino é quem dirá O amanhã como será
Sonhei amor e vou lutar Para o meu sonho ser real (bis) Com a Tijuca, campeã do Carnaval
2005
Enredo: Entrou por um lado, saiu pelo outro... Quem quiser que invente outro!
Compositores: Sérgio Alan, Jorge Remédio e Valtinho Jr.
Abro os portais da imaginação Toda fantasia hoje é real Me entrego ao delírio, luz, inspiração Carnaval A mente leva a locais surpreendentes Na inocência, sou criança novamente Com a Tijuca Viajo nessa emoção Me torno aventureiro da ilusão
E desejo desvendar Misteriosas civilizações (bis) Cidades perdidas encontrar Tesouros que atraíram gerações
Quando se abrem as portas do medo Bruxas, vampiros, fantasmas da vida Abraço a paz, me elevo à beleza Purificar a alma é a saída O homem pensou Que o planeta era somente seu Pro futuro ele projetou Dominar a natureza que um dia o acolheu Alerta pro mundo atual Imagem, terror irreal Humanos dominados pelo mal
Entrei por um lado, saí pelo outro a cantar E quem quiser invente outro lugar (bis) O meu paraíso, local mais perfeito não há Faço do Borel a Shangri-Lá
2006
Enredo: Ouvindo Tudo Que Vejo, Vou Vendo Tudo Que Ouço Compositores: Jorge Remédio e Júlio Alves
Minha Tijuca Abre os olhos para a melodia Para ouvir a genial batuta Regendo nossa sinfonia Seguindo os caminhos do som Vê a poesia brincar no salão Joga serpentina em versos e rimas Vivendo a magia de cada canção
É a pura cadência brasileira Esse requebrado que fascina (bis) Do boteco à gafieira O samba ecoa em cada esquina
Suspense eternizado Na tela, um beijo apaixonado O filme que passa em minha mente Com a música, ganha o coração Chega a emocionar Ver a platéia delirar Vibra o maestro Vendo o artista na consagração Piscam luzes coloridas A noite, pra dançar convida Se a música tocou a alma, um dia Sempre traz uma imagem Que hoje faço fantasia
Ouvindo o que vejo, vendo o que ouço Na ópera do Carnaval (bis) Bravo, Unidos da Tijuca Faz do seu canto, visão sem igual
2007
Enredo:De Lambida em Lambida, a Tijuca dá um Click na Avenida Compositores: Ivinho do Cavaco, Totonho, Silvão e Jorge Remédio
Emoldurei a magia da recordação Com pincel de luz e cores Eu mudei valores Aprisionei seu coração Desperta a musa do artista Que hoje é sambista E vem se juntar A nossa família unida tijucana Iremos retratar Os grandes momentos da vida Com flash da avenida eternizar
Pára, o mundo pára O mundo pára pra fantasia (bis) Um click fez o personagem Dar força à imagem na fotografia
Mas a vida às vezes traz a dor A falta de amor pelo irmão O triste em belo, o artista consagrou A lente é pura emoção Estrelas vão brilhar, o palco é o Borel Histórias, o glamour O mundo no papel Vou delirar com a beleza Mergulhar no colo da mãe natureza Reluz o show em formas sem fim O homem e o poder da criação Diga quem sou, sorria pra mim No olhar da comunicação
Em preto e branco, ganhei a vida O amarelo em mistério, ilusão O azul no tom divinal (bis) Nas fotos do carnaval Sou a Tijuca nesta tela digital
2008
Enredo: Vou juntando o que eu quiser, minha mania vale ouro. Sou Tijuca, trago a arte colecionando o meu tesouro Compositores: Julio Alves, Sereno, Paulo Rios e Beto Lima
Cada objeto, uma história pra contar Vivo a aventura de outra vez eternizar Tijuca, coleciona na avenida Emoções pra toda vida Um tesouro singular Meu pavão em destaque na exposição, resgatou Relíquias do tempo que o sentimento guardou Olhar inocente Embala boneca, criança Um sonho menino, guiando destino Eterna lembrança
O teu manto é minha proteção Amuleto ouro e azul, é a minha luz (bis) Cristalina fonte de poder Pequeno ser que me conduz
O tempo que passa, valoriza a arte E faz acender A chama que arde Buscar a verdade, e reaprender A plantar cultura em um jardim E assim ver florir Com a luz de cada geração, nova civilização Passos de nossos ancestrais Traços de mestres imortais Salões do passado, presente riqueza Chave do futuro com certeza
Dá um show Tijuca Outra nota dez pra colecionar (bis) E selar tua vitória A peça que falta pra te completar
2009
Enredo: Tijuca 2009: uma Odisséia sobre o Espaço Compositores: Julio Alves e Totonho
Dourado é o sol a clarear No azul do céu, estende o véu, isso é Tijuca Chegou, na cauda do cometa, o Pavão E a minha estrela foi buscar na imensidão Cruzou o céu no limiar do infinito O meu Borel visto de cima é mais bonito Eu vou alçar ao espaço Cavaleiro alado a desvendar Além das estrelas o monte de Zeus Horizonte de meu Deus, Oxalá
Vai Tijuca, me faz delirar A essência vem de lá Da ciência a navegação (bis) Luar que embala meus sonhos Luar de qualquer estação
Eu vi brilhar, em seu olhar, a devoção A lenda do guerreiro e o dragão O despertar da fantasia Vi também, a criança em seu carrossel De heróis das estrelas, um céu De mistérios e magia Na tela, tantas jornadas pelos astros Quem dera poder viver em pleno espaço Vejo em minha lente a imagem sideral Viagem do meu carnaval
A nave vai pousar E conquistar seu coração (bis) O dia vai chegar Quando brilhar nossa constelação
2010
Enredo: É segredo! Autores: Julio Alves, Marcelo e Totonho
Desvendar esse mistério É caso sério quem se arrisca a procurar O desconhecido no tempo perdido Aquele pergaminho milenar São cinzas na poeira da memória E brincam com a imaginação Unidos da Tijuca, não é segredo eu amar você Decifrar isso eu não sei dizer São coisas do meu coração
Eu quero ver esse lugar Que o próprio tempo acabou de esquecer (bis) Meu Deus por onde vou procurar? Será que alguém pode me responder
Quem some na multidão Esconde a sua verdade Imaginação, o herói jamais revela a identidade Será o mascarado Nesse bailado um folião A senha o segredo da vida A chave perdida é o "x" da questão Cuidado, o que se vê pode não ser ... Será Ao entender é melhor revelar No sonho do meu carnaval Pare pra pensar, vai se transformar Ou esconder até o final
É segredo, não conto a ninguém Sou Tijuca, vou além (bis) O seu olhar vou iludir A tentação é descobrir
2011
Enredo: Esta Noite Levarei sua Alma Autores: Julio Alves e Totonho
Tá com medo de quê? O filme já vai começar Você foi convidado Caronte no barco não pode esperar Apague a luz, a guerra começou Sob o capuz, delira o diretor No filme que passa piada em cartaz Pavor me abraça, isso não se faz No espaço se vai, é a força que vem Meu medo não teme ninguém
É o boom! Quem não viu? A casa caiu Com a bomba na mão o vilão explodiu (bis) O plano de fuga é jogo de cena "Um deus nos acuda"... Agita o cinema
Ele volta revolta, mistério no ar Dos milharais uma estranha visão Mais uma vez olha a encenação Morrer de amar faz o povo gargalhar Pare! Eu pego vocês, grita o mal condutor Mas deu tudo errado, não há outro lado Esse povo me enganou Eu sou brasileiro, amor tijucano Roteiro sem ponto final Coitado o barqueiro entrou pelo cano E brinca no meu carnaval
Eu sou Tijuca, estou em cartaz Sucesso na tela meu povo é quem faz (bis) Sou do Borel da gente guerreira A pura cadência levanta poeira
2012
Enredo: O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar O Rei Luiz do Sertão Autores: Vadinho, Josemar Manfredini, Jorge Callado, Silas Augusto e Cesinha
Nessa viagem arretada “Lua” clareia a inspiração Vejo a realeza encantada Com as belezas do Sertão “Chuva, sol”, meu olhar Brilhou em terra distante Ai, que visão deslumbrante, se avexe não Muié rendá é rendeira E no tempero da feira O barro, o mestre, a criação
Mandacaru, a flor do cangaço Tem “xote menina” nesse arrasta-pé (bis) Oh! Meu Padim, santo abençoado É promessa, eu pago, me guia na fé
Em cada estação, a “triste partida” Eu vi no caminho vida severina À margem do Chico espantei o mal Bordando o folclore, raiz cultural Simbora que a noite já vem, “saudades do meu São João” “Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só” “Numa serenata” feliz vou cantar No meu Pé de Serra festejo ao luar Tijuca, a luz do arauto anuncia Na carruagem da folia, hoje tem coroação
A minha emoção vai te convidar Canta Tijuca, vem comemorar (bis) “Inté Asa Branca” encontra o pavão Pra coroar o “Rei do Sertão” |
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