segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

UNIDOS DA TIJUCA

UNIDOS DA TIJUCA
FUNDAÇÃO 31/12/31
CORES Azul Pavão, Vermelho e Ouro
QUADRA Av. Francisco Bicalho, 47
Santo Cristo
20220-310
Telefone: 2489-6404
Fax: 2485-5862
BARRACÃO Rua Rivadávia Correa, 60
Barracão 12
Cidade do Samba - Gamboa
20220-070
Telefone: 2263-9836
Fax: 2263-9836
SÍMBOLOPavão
HISTÓRICO
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Tijuca foi fundado no dia 31 de dezembro de 1931, surgindo com sede na Rua Pinto Guedes, no Morro da Casa Branca, onde vive até hoje a sua única fundadora viva, a Tia Regina. Os componentes da escola eram operários da Fábrica de Cigarros Souza Cruz, da Fábrica de Tecidos Maracanã e de outras de menor porte localizadas nas proximidades da Tijuca. Campeã em 1936, com o enredo "Sonhos Delirantes" (num ano em que a escola com a melhor harmonia levava o título conforme o regulamento), foi a primeira agremiação a apresentar carros alegóricos que ilustravam o enredo.
Com sede própria e quadra de ensaios localizadas na subida do morro do Borel, é a terceira escola de samba mais antiga da cidade, e surgiu em virtude da fusão de quatro blocos existentes nos morros da Casa Branca, Formiga, Borel e Ilha dos Velhacos: o do "Velho Ismael Francisco e Dona Blandira" (da tradicional famíla dos Moraes); do "velho Pacífico" (da família dos Vasconcelos); o do Caroço (da Ilha dos Velhacos) e o de "Dona Amélia" (do morro da Formiga). Nasceu na sala de seu Bento Vasconcelos, tendo com fundadores Leandro Chagas, Alcides Moraes ("Tatão"), João de Almeida, Pacífico Vasconcelos, Alfredo Gomes, Regina Vasconcelos, Marina Silva, Zeneida Oliveira, entre outros.
A primeira quadra de ensaios foi o terreiro de propriedade da família Vasconcelos. A maior parte de seus componentes, nas origens, era composta por operários das fábricas Souza Cruz e de outras das redondezas (de rendas, tecidos e meias), que moravam no morro do Borel e adjacências.
Nos últimos quinze anos, a Escola tem apresentado enredos com temas ligados à história luso-brasileira, representando assim a colônia portuguesa no carnaval carioca. A Unidos da Tijuca tem traços de união tão fortes com as comunidades brasileira e portuguesa que a escola desenvolveu também um trabalho comunitário para os desfiles. Dos quatro mil componentes que desfilam, mais de dois mil pertencem à comunidade, e destes 70% têm suas fantasias doadas pela escola, que faz um grande esforço para angariar fundos que possibilitem essa doação.
Até a década de 70, desfilava constantemente em grupos inferiores. Com o título do Acesso de 1980 com "Delmiro Gouveia", passaria a figurar sempre no Primeiro Grupo (rebaixada em 1984 e 1986, sempre retornando no ano seguinte). A escola também faturou o campeonato de 1987 do Acesso com "As Três Faces da Moeda". Depois de onze anos seguidos no Grupo Especial, a Unidos da Tijuca foi rebaixada em 1998, mas logo voltou ao ficar em primeiro lugar no carnaval de 1999 no Grupo A, com o enredo "O Dono da Terra" e um desfile inesquecível do carnavalesco Oswaldo Jardim. No ano seguinte, entre as escolas de elite, chegou ao 5º lugar, com "Terra dos Papagaios, Navegar foi Preciso", desfilando no sábado das campeãs. Nunca uma escola que havia subido tinha conseguido estar no desfile das campeãs no ano seguinte.
A escola amargava desfiles sem brilho até o carnaval de 2004, quando, com o enredo "O Sonho da Criação e a Criação do Sonho", fez um desfile revolucionário e conquistou o vice-campeonato, sua melhor colocação desde o título de 1936. A criatividade do novato carnavalesco Paulo Barros ao mostrar para o público a evolução da ciência, acompanhada por alegorias extraordinárias como a do DNA (com 140 pessoas pintadas de tinta prateada representando as moléculas numa coreografia deslumbrante), surpreendeu a todos. Em 2005, apostando pra valer nas alegorias coreografadas que marcaram o desfile anterior, a Unidos da Tijuca realizou mais um carnaval brilhante com o enredo "Entrou por um Lado, Saiu pelo Outro... Quem quiser que Invente Outro!" e repetiu o vice-campeonato, perdendo para a Beija-Flor por apenas um mísero décimo. Em 2006, desfilou como favorita com um enredo sobre música, mas acabou apenas em sexto lugar. Mesmo com a saída de Paulo Barros, a Unidos da Tijuca melhorou sua posição em 2007, terminando em quarto lugar após desfilar com um tema que falava da fotografia. Em 2008, falando sobre coleções, obteve a quinta posição. No ano seguinte, um tema sobre o céu não rendeu o esperado e a escola amargou uma nona colocação, ficando pela primeira vez fora do Sábado das Campeãs depois de cinco anos.
2010 seria o grande ano da escola. Enfim, depois de 74 anos de espera, o longínquo jejum seria quebrado. O carnavalesco Paulo Barros voltou à escola e desenvolveu o enredo "É Segredo!", fruto de uma sugestão de um internauta. Ele levou para a Marquês de Sapucaí muitos dos mistérios que nos intrigam, sem trazer as respostas dos mesmos, é claro! Afinal, como diz o samba-enredo: "O seu olhar vou iludir, a tentação é descobrir". Um comissão de frente arrebatadora com um show de ilusionismo, aliada a alegorias inesquecíveis, como o abre-alas "Fogo em Alexandria" e "Jardins Suspensos da Babilônia", ajudaram a Unidos da Tijuca a soltar um grito preso na garganta desde 1936. Com apenas um décimo perdido, a escola foi campeã do Grupo Especial em 2010, meio ponto a frente da segunda colocada, a Grande Rio. Em 2011, foi ovacionada pelo público com o enredo "Esta Noite Levarei sua Alma". Mas foi vice-campeã, 1,4 ponto atrás da Beija-Flor. No Sábado das Campeãs, foi saudada com o grito de "bicampeã" pelos espectadores na Sapucaí, que vaiaram a escola de Nilópolis.
Em 2012, o título voltaria para a Tijuca. A homenagem ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga com o enredo "O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão" coroou também mais uma vez o trabalho de Paulo Barros, que levantou o segundo caneco em três anos.
Na Unidos da Tijuca, grandes carnavalescos estrearam no carnaval carioca, como Renato Lage, Ilvamar Magalhães, Mario Monteiro, Chico Spinoza e Paulo Barros.
RESULTADOS DA ESCOLA
1934 - 2ª no Grupo 1
Enredo não disponível

1935 - 5ª no Grupo 1
Enredo não disponível

1936 - 1ª no Grupo 1
Sonhos Delirantes

1937 - no Grupo
Sonho das Graças

1939 - 6ª no Grupo 1
Enredo não disponível

1941 - 5ª no Grupo 1
Enredo não disponível

1942 - 15ª no Grupo 1
Enredo não disponível

1946 - 7ª no Grupo 1
Anjos da Paz

1947 - 8ª no Grupo 1
Homenagem à Cascatinha

1948 - 2ª no Grupo 1
Lei Áurea

1949 - 6ª no Grupo NO
Proclamação da República

1950 - 3ª no Grupo 1
Enredo não disponível

1951 - 6ª no Grupo 1
Enredo não disponível

1952 - no Grupo 1
Feira de Nazaré

1953 - 5ª no Grupo 1
Também temos nossos heróis : Caxias, Barroso e Santos Dumont

1954 - 11ª no Grupo 1
4° Centenário de São Paulo

1955 - 11ª no Grupo 1
Sinhá Moça

1956 - 6ª no Grupo 1
Inferno Verde

1957 - 11ª no Grupo 1
Sonho de Esmeralda ou Fascinação do Ouro e Diamantes

1958 - 11ª no Grupo 1
O Patriarca da Independência

1959 - 16ª no Grupo 1
Bravos e Heroínas

1960 - 8ª no Grupo 2
Sonho de Bravos

1961 - 7ª no Grupo 2
Casa-grande e Senzala

1962 - 7ª no Grupo 2
Rio Pitoresco

1963 - 8ª no Grupo 2
Do Oiapoque ao Chuí

1964 - 4ª no Grupo 2
Homenagem ao Rio Grande do Sul

1965 - 5ª no Grupo 2
Enredo não disponível

1966 - 11ª no Grupo 2
O Império em Três Atos

1967 - no Grupo
Não Desfilou - Falecimento do Fundador

1968 - 3ª no Grupo 2
Danças do Brasil

1969 - 8ª no Grupo 2
Tijuca Sempre Jovem

1970 - 12ª no Grupo 2
Festa da Bahia

1971 - 10ª no Grupo 2
Quiva e Iaiá

1972 - 10ª no Grupo 2
Ganga Zumba

1973 - 8ª no Grupo 2
Bom dia, café!

1974 - 15ª no Grupo 2
Petrópolis, Nossa Flor Serrana

1975 - 6ª no Grupo 2
Magia africana no Brasil e seus mistérios

1976 - 4ª no Grupo 2
No Mundo Encantado dos Deuses Afro-Brasileiros

1977 - 9ª no Grupo 2
Paraíso dos Sonhos
Julio Matos e Poti

1978 - 15ª no Grupo 2
A Praça dos Sonhos, Amor, Alegria e Fantasia
Orlando Pereira

1979 - 3ª no Grupo 2A
Brasil Canta e Dança
Geraldo Sobreira

1980 - 1ª no Grupo 1B
Delmiro Gouveia
Renato Lage

1981 - 8ª no Grupo 1A
Macobeba - O Que Dá pra Rir, Dá pra Chorar
Renato Lage

1982 - 9ª no Grupo 1A
Lima Barreto, Mulato, Pobre, mas Livre

1983 - 10ª no Grupo 1A
Brasil : Devagar com o Andor Que o Santo é de Barro

1984 - 7ª no Grupo 1A
Salamaleikum, a Epopéia dos Insubmissos Malês

1985 - 2ª no Grupo 1B
Mas o Que foi que Aconteceu?

1986 - 15ª no Grupo 1A
Cama, Mesa e Banho de Gato
Wani Araújo

1987 - 1ª no Grupo 2
As Três Faces da Moeda
Sylvio Cunha

1988 - 11ª no Grupo 1
Templo do Absurdo - Bar Brasil
Sílvio Cunha

1989 - 8ª no Grupo 1
De Portugal à Bienal no País do Carnaval
Mário Monteiro

1990 - 9ª no Grupo Especial
E o Borel descobriu ... Navegar foi Preciso
Luiz Fernando Reis e Flávio Tavares

1991 - 8ª no Grupo Especial
Tá na Mesa Brasil
Oswaldo Jardim

1992 - 8ª no Grupo Especial
Guanabaram, O Seio do Mar
Oswaldo Jardim

1993 - 12ª no Grupo Especial
Dança Brasil
Shangai

1994 - 14ª no Grupo Especial
Só... Rio é Verão
Sylvio Cunha

1995 - 10ª no Grupo Especial
Os Nove Bravos do Guarani
Oswaldo Jardim

1996 - 14ª no Grupo Especial
Ganga - Zumbi, Expressão de uma Raça
Lucas Pinto

1997 - 11ª no Grupo Especial
Viagem Pitoresca pelos Cinco Continentes num Jardim
Lucas Pinto

1998 - 13ª no Grupo Especial
De Gama a Vasco, A Epopéia da Tijuca
Oswaldo Jardim

1999 - 1ª no Grupo A
O Dono da Terra
Oswaldo Jardim

2000 - 5ª no Grupo Especial
Terra dos Papagaios ... Navegar foi preciso !!!
Chiquinho Spinoza

2001 - 9ª no Grupo Especial
Tijuca, com Nélson Rodrigues, pelo Buraco da Fechadura
Chiquinho Spinoza
2002 - 10ª no Grupo Especial
O Sol Brilha Eternamente sobre o Mundo de Língua Portuguesa
Milton Cunha

2003 - 9ª no Grupo Especial
Agudás: os que Levaram a África no Coração e Trouxeram para o Coração da África, o Brasil!
Milton Cunha

2004 - 2ª no Grupo Especial
O Sonho da Criação, a Criação do Sonho. A Arte da Ciência no Tempo do Impossível
Paulo Barros
2005 - 2ª no Grupo Especial
Entrou por um Lado, Saiu pelo Outro... Quem quiser que Invente Outro!
Paulo Barros
2006 - 6ª no Grupo Especial
Ouvindo Tudo Que Vejo, Vou Vendo Tudo Que Ouço
Paulo Barros
2007 - 4ª no Grupo Especial
De Lambida em Lambida, a Tijuca dá um Click na Avenida
Lane Santana e Luiz Carlos Bruno
2008 - 5ª no Grupo Especial
Vou Juntando o que eu Quiser, minha Mania vale Ouro. Sou Tijuca, trago a Arte Colecionando o meu Tesouro
Luiz Carlos Bruno
a
2009 - 9ª no Grupo Especial
Tijuca 2009: Uma Odisséia sobre o Espaço
Luiz Carlos Bruno
.
2010 - 1ª no Grupo Especial
É Segredo!
Paulo Barros
.
2011 - 2ª no Grupo Especial
Esta Noite Levarei sua Alma
Paulo Barros
.
2012 - 1ª no Grupo Especial
O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão
Paulo Barros
1933
Enredo: O mundo do samba
Autor(es): Nelson de Moraes

Somos Unidos da Tijuca
E cantamos o samba brasileiro
Cantamos com harmonia e alegria
O samba nascido no terreiro
Não queremos abafar
Nem também desacatar
Viemos cantar o nosso samba
Que é nascido no terreiro
Perante o luar

1936
Enredo:Sonhos delirantes
Samba cantado: Natureza bela
Compositores: Felisberto Martins e Henrique Mesquita

Natureza bela do meu Brasil
Queira ouvir esta canção febril
Sem você, não tenho (bis)
As noites de luar pra cantar
Uma linda canção ao nosso Brasil
É um sambista apaixonado
Quem lhe pede, natureza
As noites de luar
Que vive bem perto de você
Mas sem lhe ver
Eu vejo as águas correndo
E sinto meu coração palpitar, ô ô
E o meu pinho gemendo
Vem minha saudade matar...

1958
Enredo: Negro na Senzala
Autor(es): Darcy da Mangueira

Nos idos tempos coloniais
No Brasil de escravos e senhor
O negro era transladado
E depois arrematado
Pelo escravizador
E dessa época pra cá
Sofrimento era demais
Era demais
Negro tinha que trabalhar
Trabalhar até cair
No engenho de açúcar
Na colheita do algodão
Negro era castigado
Pelo senhor do sertão
A casa grande
Requinte de grande fidalguia
Mas sem o labor do negro
O senhor nada fazia
Laiá, laiá, laiá...
Preta velha
Ama do filho do senhor
Negro na senzala
Esquecia os momentos de dor
Com lindas danças e cantorias
Preto velho não pensava
Em seus momentos de agonia
Laiá, laiá, laiá...
1961
Enredo: Leilão de Escravos
Autor(es): Mauro Affonso, Urgel de Castro e Cici

Quem dá mais, quem dá mais (bis)
Negro é forte, rapaz

Era assim
Apregoado em leilão (bis)
O negro que era trazido para a escravidão

Ao senhor era entregue
Para qualquer obrigação
Trabalhava no engenho da cana
Plantava café e colhia algodão
Enquanto isso
Na casa grande, o feitor
Ouvia as ordens
De um ambicioso senhor

Ôôôô
Tenha pena de mim, meu senhor (bis)
Tenha por favor

E o negro trabalhava
De janeiro a janeiro
O chicote estalava
Deixando a marca do cativeiro
E na senzala
O contraste se fazia
Enquanto o negro apanhava
A mãe preta embalava
O filho branco do senhor que adomercia

Ôôôô
Tenha pena de mim, meu senhor (bis)
Tenha por favor

1969
Enredo: Tijuca sempre jovem
Autor(es): Luis da Silva

Certo poeta escreveu
Fascinado que ficou com a tamanha
Beleza que encontrou
E em prosas e versos
A Tijuca ele assim cantou
És a inspiração dos mais belos romances
E de lindas canções
Ponto de encontro de grandes vultos
Das histórias literária e musical
Tendo como um dos seus pontos principais
Saens Pena praça tradicional
Pelo seu comércio e cinemas
Onde loiras e morenas
De beleza, dão seus festivais

Bem aventurado o poeta que diz (bis)
Quem mora na Tijuca se sente feliz

É de manhã, quando o sol desponta
Iluminando o horizonte cor de anil
Realçando o verde das matas
Que se refletem nas águas
Das lindas cascatas
A pasarada a cantar
Seus gorjeios e trinados, querem anunciar
O encontro das mais ricas paisagens naturais
Cascatinha, Vista Chinesa e outras muito mais
E como filhos teus que somos
Nesta canção um preito de gratidão
Lhe ofertamos
É com imenso orgulho que ouvimos dizer
Como é linda a Tijuca ao amanhecer

1973
Enredo: Bom dia, café
Autor(es): Jorge Machado

Ao dar um passo para glória
Desfolhando páginas da nossa história
Vamos encontrar nosso café
Que em 1727, Francisco de Meio Palheta
Trouxe da Guiana Francesa
As primeiras mudas do cafeeiro
Que foram plantadas no Pará
A cultura se alastrou ao Maranhão
Bahia e Rio de Janeiro
O primeiro porto exportador
São Paulo de um clima tropical
De um planalto meridional
Onde se erguem nossos cafezais
Oh gigante Brasil
Maior produtor desta riqueza

Glórias ao eminente Rei Pelé
O maior divulgador desta riqueza (bis)
Embaixador café

Da plantação à socagem no pilão,
Trabalhavam os negros escravos
Chicoteados, a mando dos ricos fazendeiros
José do Patrocínio, André Rebouças e Luiz Gama
Vendo o sofrimento dos escravos do café
Passaram a defender a Abolição
E ao seu lado esteve o Conde D’Eu
E a Princesa Isabel, a Redentora
Que aboliu a escravidão

Olê Olê, Olê Olá
Na avenida iluminada (bis)
Exaltamos o café

1974
Enredo: Flor Serrana
Autor(es): Cassinho, Djalma Rodrigues e Pedrinho da Flor
Vejo a avenida ornamentada
Sinto que a minha alegria é dotada
A minha escola se inflama
Para homenagear a linda flor serrana

Petrópolis
Dos tempos coloniais, dos salões imperiais (bis)
Do perfume das flores, da neblina que cai
Tudo isso lhe engrandece mais

Cai, cai, cai
Cai, neblina, cai (bis)
Lá vai o estudante
O progresso também vai

Hostil guris pelas ruas da cidade
Do clima de fantasia, doçura e amenidade
Quantas recordações dos imortais, as velhas mansões
E o presente nos mostra suas inovações

No Quitandinha tradicional (bis)
Vem alegria quando é carnaval
1975
Enredo: Magia africana no Brasil e seus mistérios
Autor(es): Jorge Machado

Trazidos da África para o Brasil
Trabalhavam os negros escravos
Na fazenda do branco senhor
Sob as ordens de um ambicioso feitor
Bahia do feitiço e da magia
Da dança da capoeira
E do famoso candomblé
Culto de origem africana
Vindo para este país
No tempo colonial
E tornou-se tradicional
Tem mucamas
Tem feiticeiros (bis)
Tem pajés
Chefes de índios guerreiros

Exú
Espírito criado pela natureza
Ogum
Sincretizado com Santo Antônio na Bahia
Iê, iê, iê salve Oxóssi, rei da mata
Oxossi é caçador
Salve Abaluaê
Xangô, Oxumaré, Irê e Nanã
Oxum
Deusa do ouro e dos rios
E a guerreira Iansã, deusa dos raios
Salve Ossãe
Iemanjá, rainha do mar
Sarava, pai Oxalá
E ao rufar dos atabaques
Lá vem os negros
Lá vem os negros
Com dança de roda
E cantando em nagô

Iaô, iaô, iaô
Komomaferô, iaô (bis)
Komomaferô
1976
Enredo: No Mundo Encantado dos Deuses Afro-Brasileiros
Autor(es): Milton de Luna, Selym do Leme e Si Menor
No mundo encantado dos deuses afro-brasileiros
A Unidos através do carnaval
Oferece ao novo Rio de Janeiro
Num palácio encantado
O rei das trevas chegou
E quá, quá, quá (bis)
Inaina emojbá
Em lindo sonho
Além da minha imaginação
Busquei em minha mente
Personagens e ilusão
Fiquei maravilhado
Com tamanha sedução
De luxo e fantasia
E a origem da transformação
Salve Ogum vencedor
E o rei do Kêto
Oxóssi caçador
Xangô, Oxumaré
Iansã, Oxum minha mãe de fé
Iemanjá rainha do mar
E o poderoso Pai Oxalá

Inaina emojbá
Exu pomba-gira é (bis)
Inaina emojbá
Exu pula na ponta do pé
1979
Enredo: Brasil Canta e Dança
Autor(es): ???
Maracatu, maculelê
Tem congada e capoeira (bis)
E também tem cateretê

Hoje o meu povo esta em festa
E a minha escola modesta
Trouxe para este carnaval
Esta terra, seu folclore, sua gente
Este país continente
Que viemos exaltar
Festa da uva que esplendor, ôô
Dança das tribos, outras mais

E no Rio de Janeiro
É batuque o ano inteiro (bis)
Esperando o carnaval

A festa do divino, que encanto
A Bahia, seu quebranto
A macumba e o candomblé
Bumba-meu-boi, vaquejada e carimbó
É folclore, é folia
Sonho, amor e fantasia
1980
Enredo: Delmiro Gouveia
Autor(es): Clomar, Adriano Adauto e Ronaldo
Venho falar em forma de canção
Da história de um vulto imortal
Delmiro Gouveia
Sua alma ainda vive (bis)
Em todo aquele que hoje lembra de você
Menino pobre
Filho de pai boiadeiro
Seguiu em frente
E na vida prosperou
Soube respeitar a cada cidadão
Lá em Recife
Um mercado inaugurou
Teve sua obra destruída
Foi perseguido e fugiu com seu amor
Lá no sertão recomeçou sua idéia audaciosa
Transformar a cachoeira Paulo Afonso
Numa usina grandiosa
Realizou o seu sonho aventureiro
Criando indústrias
Morrendo pelo povo brasileiro
Olha a máquina girando
Como ronca o motor
(bis)
Viva o grande brasileiro
Pioneiro exportador
1981
Enredo: Macobeba - O que dá pra rir dá pra chorar
Autores: Celso Trindade, Nêgo, Azeitona, Ronaldo, Ivar, Buquinha e Edmundo Araújo Santos

É tão sublime exaltar
Neste dia de folia
E cantar a odisséia de um valente brasileiro
Contra um monstro estrangeiro
Que com todo o seu dinheiro
Quer calar a nossa voz (e o nosso herói)
E o nosso herói
Sai no rastro da maldade
Pelos campos e cidades
Atrás do gafanhoto feroz

Tetaci, Tetaci
Agasalha com seu manto (bis)
Nosso herói Mitavaí

Mitavaí, bom lavrador e vaqueiro
Deixa o sertão brasileiro
Vai combater
Macobeba maldito, que devora o mato e o mito
Rádio, jornal e TV
Lança e com certeiro bote
Fere o monstro no cangote, pra valer
E ferido assim de morte
Bicho ruim não quer morrer
E o caboclo injuriado
Toma o caminho do mar
Jurando que um dia vai voltar
Tira daqui, leva pra lá
O que hoje dá pra rir
Amanhã dá pra chorar

Maldito bicho, se me ouviu
Se não gostou do meu samba (bis)
Vai pra longe do Brasil

1982
Enredo: Lima Barreto, mulato, pobre, mas livre
Autor: Adriano

Vamos recordar Lima Barreto
Mulato pobre, jornalista e escritor
Figura destacada do romance social
Que hoje laureamos neste carnaval
O mestiço que nasceu nesta cidade
Traz tanta saudade em nossos corações
Seus pensamentos, seus livros
Suas idéias liberais
Impressionante brado de amor pelos humildes
Lutou contra a pobreza e a discriminação
Admirável criador, ô ô ô ô
De personagens imortais
Mesmo sendo excelente escritor
Inocente, Barreto não sabia
Que o talento banhado pela cor
Não pisava o chão da Academia
Vencido pela dor de uma tragédia
Que cobria de tristeza a sua vida
Entregou-se à bebida
Aumentando o seu sofrer

Sem amor, sem carinho
Esquecido morreu na solidão (bis)

Lima Barreto
Este seu povo quer falar só de você (bis)
A sua vida, sua obra é o nosso enredo
E agora canta em louvor e gratidão

1983
Enredo: Brasil: devagar com o andor que o santo é de barro
Autores: Djalma e Eli

Brasil, devagar com o andor, ô ô ô
Porque o santo é de barro
A natureza e a matéria Deus criou
Na bela arte o homem o valorizou
Lá no sertão
Esta matéria é transformada em modelo
E aquele que trabalha nesta arte faz valer
O sacrifício pra poder sobreviver

Bento que bento é o barro
Bento que bento é o frade (bis)
Pra boca do forno
Sertanejo leva a arte

A imagem do santo
Foi feita para quem tem devoção
Este santo faz milagre
Lá se vai a procissão
Deste barro se faz tudo
Neste barro piso o chão
Deus fez o homem
E o homem faz a arte
Que se alastra em toda parte
Desde sua criação
A arte é frágil
Mas o homem é muito forte
Não se quebra, é verdadeiro
Porque Deus é brasileiro

Que maravilha
Que beleza tão singela (bis)
Que grande arte
Mas caindo se esfacela

1984
Enredo: Salamaleikum, a epopéia dos insubmissos Malês
Autores: Carlinhos Melodia, Jorge Moreira e Nogueirinha

Levei meu pensamento à Bahia
Ao berço da poesia
Em busca de inspiração
Encontrei personagens realistas
Tidas como anarquistas
Pois queriam um Brasil mais irmão
De Alah receberam ensinamentos
De Olorum não se afastaram um só momento
Negros que enxergaram as razões
E lutaram pela igualdade
Liberdade e justiça social
Salamaleikum, elo forte, triunfal
Se na veia corre sangue
Do senhor ou do plebeu
Desejavam dar ao próximo
O mesmo que queriam aos seus

Valia ouro, oi, valia prata
A inteligência e a cultura desta raça (bis)

Lá na África distante
Trouxeram o misticismo da magia
Mações e mestres alufás
Usavam estratégia e ousadia
As revoltas se sucederam
Com Luíza Mahim, Licutam e Nassim
A cidadania, oi, era o ideal destas nações
Liberdade ou a morte
Se lançaram à sorte
Olhando o mundo
Como um jogo de xadrez

Hoje eu sei, vovó
Que não foi em vão
Apesar da nossa história (bis)
Não mostrar toda a verdade
Do tempo da escravidão

1985
Enredo: Mas o que foi que aconteceu
Autores: Nogueirinha, Ivan Bombeiro, Eli Dias, Mauro Gaguinho e Djalma Leite

Oh meu Rio
Quantas saudades
Do cassino da Urca
A velha Lapa vadia
Berço da boemia
E os lampiões a gás
Uma lembrança que nem o tempo desfaz
A Praça Onze e o teatro de revista
Palco dos grandes artistas

Cadê o bonde
Tradicional (bis)
Que levava a gente
Para o Carnaval

Meu povo já deixou sangrar no peito
A dor de uma tristeza sem ter fim
Vendo tudo em evidência
Sobre carga e violência
A grande queda do cruzeiro ou coisa assim
Destruíram a própria natureza
E a pureza que Deus fez na criação
Ai que saudade do Rio antigo
Que me trazia alegria e sedução
Já não vejo a boa praça
O tempo traça o que restou neste lugar
O meu protesto levo até ao infinito
Entre o feio e o bonito
Não dá mais pra comparar

Mas o que foi que aconteceu
Meu Rio antigo (bis)
Tão bonito emudeceu

1986
Enredo: Cama, mesa e banho de gato
Autores: Carlinhos Anchieta, Vicente das Neves, Manelzinho Poeta e Azeitona

O homem orgulhoso como quê
Não se sente feliz com a sua matriz (não, não, não)
Montou uma filial
Mostra os pecados capitais no carnaval (eu falei no carnaval)
A hora é essa e vamos admitir (admitir)
Uma só mulher é pouco
Deixa o homem no sufoco
Com tantas que andam por aí
O arroz com feijão
Lá de casa é bom
Mas o cozido da vizinha é melhor (é melhor)
Dizem que eu sou machista
Com pinta de egoísta
Polígamo conquistador
Mas isso vem do tempo do vovô
Lá vai o trouxa
Crente que está numa boa
Mas não sabe que a patroa
Está com o Ricardão
E sua filha tem fama de sapatão

Tem piranha no almoço
Tem virado no jantar (bis)
Pra quem tem fome
Qualquer prato é caviar

Vida, palco desses acontecimentos
Desfilando pelo tempo
Hoje eu quero me banhar
No prazer mais prolongado
Que o banho de gato dá
(Vem meu povo cantar)
Gingam cabrochas e ritmistas
Passistas e vigaristas
Artistas de revista e TV
Que não se importam
Com o que vocês vão dizer

Bota o prato na mesa
Tudo que vier eu traço (bis)
Prepare a cama
Que hoje tem banho de gato

1987
Enredo: As três faces da moeda
Autores: Piedade

Inventaram o pobre e o dinheiro
E com isso muita gente enriqueceu
Através dos tempos
Tanta coisa aconteceu
Pedindo esmola, dando golpes pra viver
Ganhando pouco, muito mal dá pra chorar
Enquanto o rico vai nadando no dinheiro
O FMI vai dominando o mundo inteiro
Até parece (ô ô ô) história que vovó contou
Que no tempo do Mil Réis quanta coisa ela comprou
E o Cruzeiro que o Cruzado empacotou
Teve uma queda tão forte que a inflação baixou

Não sei o que foi que aconteceu
Com o Plano Cruzado tudo desapareceu (bis)
Tava tudo congelado
Acho que já derreteu

Eu também quero receber o meu quinhão
Falta leite, falta carne, qualquer dia falta pão
E a Unidos da Tijuca vem mostrar
As três faces da moeda pra você fiscalizar
Eu vou pra rua com a tabela na mão
Quero sentir firmeza nesse tal de pacotão
Eu tenho a força, sou o raio congelante
Quero ver se o meu dinheiro
Vai ficar como antes

No jogo do troca-troca
Vem comigo pra folia (bis)
Barganhar sua tristeza
Com a nossa alegria

1988
Enredo: Templo do Absurdo - Bar Brasil
Autores: Beto do Pandeiro, Nego, Vaguinho, Monteiro, Ivar Silva e Carlos do Pagode

Brasil, bar Brasil
Berço das grandes resoluções
Pra quem se queixa que dá um duro danado
E é mal remunerado
Pro revoltado com as broncas do patrão
Ai, quem me dera se eu fosse um marajá
Ganhasse a vida sem precisar trabalhar
Mas acontece que é só a minoria
Que desfruta a mordomia
Nessa tal democracia

Apertaram o gatilho num salário baleado
Outra piada depois desse tal Cruzado (bis)

E segue o tormento
"Congelaumentos"
É o preço da alimentação (que confusão)
O medo de sair, ser assaltado
E o plano mal traçado
A bomba que estourou em nossas mãos
As brigas com a patroa em casa
E o time que só faz perder
Não dá pra segurar, já chega de sofrer
Quero poder bebemorar
(Êta papo pra rolar...)

Êta papo pra rolar
No templo do debate popular
Pobres e ricos falam da dívida externa (bis)
Dos problemas desta terra
E se perguntam onde a coisa vai parar

1989
Enredo: De Portugal à Bienal no país do Carnaval
Autores: Beto do Pandeiro, Vicente das Neves, Gilmar L. Silva, Nêgo e Vaguinho da Ladeira

Desperta meu Brasil, ô
Para este tema cultural
E vejam como é lindo de se ver
Todo o carisma desta arte, a bienal que Portugal
Introduziu neste país do Carnaval
Exaltamos escultores
E os senhores do pincel
Que emolduram a poesia
Modelando o dia-a-dia
De um povo, seus costumes, sua fé
Mãos abençoadas pelo céu
Que através de gerações
Do toque leve e tão sutil
Até o meu Borel ganhou cor bem mais viril

Foi João, foi
Dom rei fujão (bis)
Que trouxe a missão
Que fez da arte a profissão

(E assim...)
Ecoou, ecoou
Um grito forte, liberdade
Fecundou o modernismo em nossa arte
E na literatura nacional
Nossos artistas por aqui se propagaram
E também se consagraram com a primeira bienal
Mostrando para o mundo inteiro
Que em solo brasileiro
Tudo que se "implanta" dá

É tropical, o berço é fértil, é tropical
Hoje a arte e a cultura (bis)
Brilham em nosso Carnaval

1990
Enredo: E o Borel descobriu... Navegar foi preciso
Autores: Nêgo, Vaguinho, Vicente das Neves, Ditão, Gilmar L. Silva, Azeitona, Valtinho da Ladeira, Ivan Bombeiro e Beto do Pandeiro

Por mares nunca dantes navegados
Meu Borel vem empolgado
Pra mostrar
Terras e eras tão distantes
Um passado emocionante
Vou contar (laraiá)
Na Idade Média, onde tudo começou
O povo já pensava em ser feliz
Os lusitanos na guerra cristã
Contra os mouros defendiam o seu país
Salve o infante Dom Henrique
A Portugal prestou serviços relevantes
Os portugueses desbravaram o oceano
Descobrindo novos horizontes

São caravelas
Ventos de liberdade e amor (bis)
E nessa onda
Seu Cabral nos encontrou

Heranças deixaram
Tantas em nosso torrão
Do idioma à religião
E essa miscigenação que originou
A nossa mulata sedução
Cá pra nós, o samba não veio de lá
Mas trouxeram o negro que, é arte, é cultura
Que nos ensinou a batucar
Terrinha boa, que saudade dá
O Borel em poesia
Hoje vai te visitar
Levar meu samba, vou cruzar o mar
Só gente bamba vai desembarcar

Vasco da Gama, bacalhau
Ouvir o fado, eu vou (bis)
Ficar mamado também
Bebendo vinho lá em Portugal

1991
Enredo: Tá na mesa, Brasil
Autores: Carlinhos Melodia, Nêgo e Antonio C. Conceição

Hoje a arte e a poesia
O sonho em fantasia
Com o Borel vêm desfilar
E o meu povo se encanta
De bem com a vida a cantar, lararaiá
De braços dados com a folia
Nesta festa popular
Tá na mesa Brasil, oh, meu Brasil
Ninguém pode censurar
Da elite à raiz
O Rei mandou convidar
Para o povo a bonança
Do norte ao sul do meu país
É batuque, canto e dança
Nesta festa que é profana
E faz o meu rei feliz
No Carnaval de rua
Tem bonecos do Nordeste
E tudo que o cabra da peste
Tem de bom para nos dar
Na comilança eu sinto cravos e canelas
Chica da Silva e Gabriela
O mais fino paladar
(É de dar água na boca...)

É de dar água na boca
Eu também quero provar, vou provar (bis)
O cheiro que vem no ar, iaiá
É do tempero da sinhá

Vem encher a pança de alegria
O rei se casa com a folia
A euforia é geral, geral
O Rock'n roll entrou no Carnaval

Ô iaiá me dê amor, amor
Me leva que é nesse embalo (bis)
Que eu vou

1992
Enredo: "Guanabaran" - O seio do mar
Autores: Gilmar L. Silva, Vicente das Neves e Beto do Pandeiro

Hoje o Borel em aquarela
Põe na passarela um pedaço de mar (de mar, de mar)
Santuário de beleza
O Guanabaran que Tupã divinou
Então eu mergulhei em tuas águas
E me encantei para te decantar (decantar)
Diz a lenda que bem antes
Outros bravos navegantes
O teu solo cobiçou
Veio de lá de Portugal
A realeza em ti desembarcou

Maré que vem, maré que vai, vai, vai
Mantendo um sonho que não se desfaz (bis)

Um cenário de beleza
Que virou cartão postal (bis)
Mãe da história
Do cinema nacional

Divina, teus milênios em poesia
Do teu seio reluziam os cassinos imortais
A vedete irreverente
Fez um mundo diferente
Na famosa Ilha do Sol (ô, mas que legal)
Tuas águas cristalinas
Bem combinam com a magia
Do teu clima tropical

Te quero mais verde
Sem poluição (bis)
Se liga gente
Nesse canto de oração

É no balanço desse mar (amor, eu vou)
Vou navegar (bis)
Vou na proa, vou na boa
Pra ilha de Paquetá

1993
Enredo: Dança, Brasil
Autores: Dário Lima, Espanhol, Paulo Ribeiro e Azeitona

Movimento milenar
Fez dançar terra e mar
Uma flor brincou no vento
Tem poesia no ar
Deixa o vento me levar
Que no tempo eu sei voltar
Canto no céu de Acauã
Que o meu reino é o de Tupã

E lá na mata se tem lua cheia
Menina-moça faz dançar a aldeia (bis)

Bailam no mar
Velas de deuses gigantes
Pra me ensinar
O saber dos navegantes
Negro chegou
Meu Brasil morenizou
Forte, lutou pela sorte
Cantou e dançou
Quando se libertou

Canta Borel
A tua raça hoje é cor de mel (bis)
"Dança Brasil"
Teus acordes vêm do céu

1994
Enredo: Só... Rio é verão
Autores: Gilmar L. Silva, Vicente das Neves, Beto do Pandeiro e Grego

Vem, meu amor
Vem voar em poesia
Só pra ver como é que brilha o meu astral

"Divino" que clareia no horizonte
Tu és a fonte do meu Carnaval (bis)

(Oh! Rio)
Berço de grandes paixões
De tantas canções
Eu quero é mais o teu calor, teu calor
Verão sensual, sedutor
Tem gosto de festas
Tem cheiro de amor

Sou a onda, tô na moda
Do vôo livre ao jet-ski (bis)
Vou brilhar em fantasia
Hoje na Sapucaí

Teu verde encanto é vida, é ar
Tens o mais belo azul do mar, do mar
"Cidade de luz" aquarela
Se faz passarela pra ela passar
De corpo dourado a caminho do mar
(Como é lindo o meu Rio)
Rio de Janeiro, "Cidade Maravilhosa"
É Sol, é verão, luau sedução
Delírio desta multidão

É nesse "mar de amor"
Eu vou que vou
Vou me banhar (bis)
E depois tomar uma "cerva" bem gelada
Vendo a luz no céu brilhar

1995
Enredo: Os nove bravos do Guarani
Autores: Espanhol e Dário Lima

Do novo pro velho mundo
Eu naveguei
"Índio mulato", guerreiro
"Nove Bravos" conquistei
Na contramão da história
Compus minha glória, de amor delirei
Musiquei minha raiz
E orgulhei o meu país por onde andei
Guardei em "noite alta"
Segredos do castelo, seu destino
Cruzei a minha espada
Sonho real de um menino

Ecoou em plena mata tropical
O compasso dos tambores aimorés (bis)
Fui Peri, amei Ceci no temporal
E venci os inimigos mais cruéis

Na "Festa das Marias" em Veneza me casei
Entre duques e duquesas, lindas damas eu pintei
Dancei na corte inglesa, escravos libertei
Rezei com a princesa, o Oriente desvendei

Mas tanto tempo passou
Que alguém me viu afinal (bis)
E hoje eu sou
Carnaval

1996
Enredo: Ganga-Zumbi, expressão de uma raça
Autor: Beto do Pandeiro

Ecoou, novamente o atabaque de Palmares
Ressoou, é canto, é dança, é festa, é liberdade
Salve a força da cor guerreira
Herdeiros de Zumbi
A sua hora é esta
Tijuca é o quilombo, é sua a festa

Capoeira, aluã e muito mais
Tem reza forte para os orixás (bis)

Ao som do batacotô
No toque do agogô
Negro levanta a poeira
Entre oferendas para o rei Xangô
E pedras preciosas
No clarão da lua cheia

Dunga Tara Sinherê, ê, ê, ê, ê Dandara
Mãe Sabina, rei Zumbi é jóia rara (bis)

À cerca dos macacos harmonia
Dia e noite, noite e dia
Paz, amor, libertação, seu ideal
Holandeses, portugueses
Todos os mocambos do local
Traziam ouro, prata, louvação
Ao "líder pra sempre"
Cultura viva, és guerreiro imortal

Vem amor, ô, ô
Soltar seu canto livre pelo ar (pelo ar) (bis)
Alagoas é o berço
Deste mito que viemos exaltar

1997
Enredo: Viagem pitoresca pelos cinco continentes num jardim
Autores: Edson Fio e Maurílio Theodoro

Meu Rio de Janeiro em festa
Saudando a vinda da família Imperial
A corte deslumbrante então empresta
O luxo para a nova capital
Abrindo os portos ao progresso
Abrindo as portas pra cultura
O Rio busca ser cidade
De européia arquitetura
O povo e a natureza conquistam D. João
E o levam a investir na região

Já fui engenho, fabriquei a dor
Por decreto-lei, João me criou (bis)
Do imperador fui mesa e tempero
E até hoje eu floresço o ano inteiro

Em meus caminhos, a paz, a flora, a sutileza
Pelos continentes, uma viagem sem sair de um só lugar
Estou no inverno europeu, vim do jardim no Oriente
E vejo logo à frente, a Oceania aflorar
Da América, à África, o frio, o clima quente
Contraste de beleza singular
O som das águas, do vento, dos passarinhos
Abriga a pesquisa e faz o ninho
Pra espécies em extinção crecerem livremente
E o mesmo som que ao longe parece uma sinfonia
Inspirou Tom que fez as lindas melodias
Em meus recantos hei de ouvir eternamente

Jardim Botânico eu sou
História viva de amor (bis)
Eu sou o tema
E a Tijuca é multicor

1998
Enredo: De Gama a Vasco, a epopéia da Tijuca
Autores: Adalto Magalha, Serginho do Porto, Márcio Paiva e Adilson Gavião

Através da mão divina (amor)
Naveguei, naveguei
O meu sonho de menino
Quis assim o meu destino
Portugal e toda a Europa encantei
Naveguei
E novos povos encontrei
Por tempestades e lendas eu passei
Para um almirante a coragem é a lei
Por tantos mares viajei
Na Índia, eu então cheguei
Veio o progresso nessa aventura
Descobertas e culturas

É nessa onda que eu vou
O povo vai recordar (bis)
Vem com a Unidos da Tijuca festejar

Rio de Janeiro, brasileiro, meu irmão
Sou Vasco da Gama tantas vezes campeão
Quando entra no gramado me alucina
Esse clube da colina, centenário de paixão
Estrela no céu a brilhar
Que faz essa galera delirar

Vamos vibrar meu povão (é gol, é gol)
A rede vai balançar, vai balançar (bis)
Sou Vasco da Gama, meu bem
Campeão de terra e mar

1999
Enredo: O dono da terra
Autores: Vicente das Neves, Carlinhos Melodia, Haroldo Pereira, Rono Maia e Alexandre Alegria

Hoje a Tijuca canta
Sacode e balança esta cidade
Viaja no conto do índio
O dono da terra, que felicidade
No cantar do Uirapuru
Tantas lendas pra contar
Sob as ordens de Rudá

Iara mandou Jaci clarear
E seu caminho iluminar (bis)

Veja o orvalho vem caindo
Cheiro das matas vem surgindo (bis)
Vou navegar meu rio mar
Mistérios que vou desvendar

Por essas matas verdejantes
Têm seres sobrenaturais
Mulheres metade serpente
Curumins dançantes
E vi estranhos animais
Farturas encontrei, com as plantas conversei
Com as bênçãos de Rairu
Sentei pra meditar
Se a lua for minguante eu peço a proteção
Me deixa com as guerreiras festejar

Pedras preciosas quero me enfeitar
Encantar a índia com o meu olhar (bis)
Só Tupã sabia
Que eu não podia me apaixonar

2000
Enredo: Terra dos papagaios... Navegar foi preciso!!!
Autores: Henrique Badá, Jacy Inspiração e Edson de Oliveira

Brasil, Brasil, Brasil
Pra falar de ti em poesia
Folheando a história
No tenebroso mar da imaginação
Lembro que a viagem foi traçada
Calmaria fez mudar a direção
Hoje a Tijuca faz a festa
E mostra o valor dessa união

Caravelas ao mar, expedição
Obrigado Cabral, quanta emoção (bis)
Terra à vista
O despontar dessa nação

O índio, a fauna, a flora
Paraíso de encanto e sedução
Nesse encontro com os portugueses
Um momento tão divino
Cada qual se fez irmão
Rezando a missa
Todo mundo em comunhão
Brasil, tu já não és mais um menino
E seguindo o meu destino
Seja lá por onde for
Vou te redescobrindo a cada dia
Na grandeza do teu povo
E no teu solo promissor

É lindo ver tremular
Bem alto o seu pavilhão (bis)
E repartir esta alegria com a multidão

Paz, amor e esperança
Uma voz anunciou (bis)
É chegada a nova era
Abençoada pelo Criador

2001
Enredo: Tijuca com Nelson Rodrigues pelo buraco da fechadura
Autores: Vicente das Neves, Gilmar L. Silva, Douglas e Toninho Gentil

Fez da vida como ela é
Desenhou com arte o melhor que viu
Profano ou Querubim
Mostrou que o mundo é mesmo assim
O meu universo é Nelson
À terra do frevo eu vou
Aos amores mando um beijo
Do mais puro ao sedutor
Sou a essência da verdade sem pudor!

Nelson Rodrigues, teu pecado é humor
E a Tijuca apaixonada (bis)
Traz esse gênio jornalista e escritor

Gira, gira no meu verso, quero ver girar
Mesmo sem pornochanchada (bis)
Vem gargalhar

A dama do lotação
Flor de obsessão
Sem preconceito, sem censura
Luxúria, volúpia talvez
Será castigada a nudez
Fantasia, loucura sobrenatural (que legal!)
Neste asfalto selvagem
Eu faço a viagem no meu Carnaval

Foi a visão do teu olhar, no meu olhar
Que eu enxerguei a vida
Nosso show está no ar (bis)
Teatro, cinema, TV
O futebol é devoção, é meu prazer

2002
Enredo: O Sol brilha eternamente sobre o mundo de língua portuguesa
Autores: Haroldo Pereira, Valtinho Júnior e Wantuir

Portugal
Nas caravelas do idioma naveguei
Nessa aventura lusitana
Os cinco continentes alcancei
"Bordei" palavras sobre as ondas do mar (oi do mar)
E na linha do horizonte
A língua se fez poesia
Uma "odisséia" de amor
"Navegar é preciso", de Angola ao Timor (ô ô ô ô)
Cultura, riqueza
Iluminando o mundo de língua portuguesa

Trago à mesa a alegria e amor
Que a família tijucana chegou (bis)
Com bom papo e harmonia e samba no pé
A minha língua é minha Pátria, é minha fé

Sopra o vento dos deuses
Pra língua "semear"
Na costa africana, na voz dos orixás
"Temperei" com arte em Goa
E mercados de Macau
(Fala Brasil) Brasil
A "morenice" em um povo encontrei
Mundo novo, me apaixonei, hoje é só sedução
Salve a luta do Timor
Pela "liberdade de expressão"

Rasgou o céu um cometa
Explode em sete cores
A nova era, oito esplendores (bis)
A língua é força, é união
A homenagem vem na cauda do Pavão

2003
Enredo: Agudás: os que levaram a África no coração e trouxeram para o coração da África o Brasil!
Autor(es): Rono Maia, Jorge Melodia e Alexandre Alegria

Obatalá
Mandou chamar seus filhos
A luz de Orunmilá
Conduz o Ifá, destino
Sou negro e venci tantas correntes
A gloria de quebrar todos grilhões
Na volta das espumas flutuantes
Mãe África receba seus leões

No rufar do tambor ôô
Atravessando o mar de Yemanjá (bis)
No sangue trago essa chama verdadeira
Raiz afro-brasileira, sou Agudá

Quem chega a porto novo
E raça, é povo e se mistura
De semba se fez samba
Um carnaval pelas culturas
Na fé, de meus orixás
Axé meu delogun
Temor e proteção ao anel do dragão de Dagoun
A união é bonita
E a gente acredita na força do irmão
No continente africano a ecoar
A epopéia Agudá vitoriosa face da razão

Tem cheiro de benjoim no xirê, alabê
Prepare o acarajé no dendê (bis)
Salve o chachá, salve toda negritude
A Tijuca vem contar uma história de atitude

2004
Enredo: O sonho da criação e a criação do sonho. A arte da Ciência no tempo do impossível
Autores: Jurandir, Wanderlei, Sereno e Enilson

Nessa máquina do tempo, eu vou
Vou viajar, com a Tijuca te levar
À era do Renascimento
De sonhos e criação
Desejos, transformação
Acreditar, desafiar
Superar os limites do homem
Brincar de Deus, criar a vida
Querer voar e flutuar

É tempo de sonhar
É tempo de alquimia (bis)
Querer chegar à perfeição
Com tecnologia

Na arte da ciência
A busca continua
Na luta incessante pra vencer o mal
E no vai e vem dessa história
O velho sonho de ser imortal
Profecia, loucura, magia
A vontade de explorar
A lua, a terra e o mar
Pro futuro viajar eu vou
Mistérios que ainda quero desvendar, levar
O destino é quem dirá
O amanhã como será

Sonhei amor e vou lutar
Para o meu sonho ser real (bis)
Com a Tijuca, campeã do Carnaval

2005
Enredo: Entrou por um lado, saiu pelo outro... Quem quiser que invente outro!
Compositores: Sérgio Alan, Jorge Remédio e Valtinho Jr.
Abro os portais da imaginação
Toda fantasia hoje é real
Me entrego ao delírio, luz, inspiração
Carnaval
A mente leva a locais surpreendentes
Na inocência, sou criança novamente
Com a Tijuca
Viajo nessa emoção
Me torno aventureiro da ilusão
E desejo desvendar
Misteriosas civilizações (bis)
Cidades perdidas encontrar
Tesouros que atraíram gerações
Quando se abrem as portas do medo
Bruxas, vampiros, fantasmas da vida
Abraço a paz, me elevo à beleza
Purificar a alma é a saída
O homem pensou
Que o planeta era somente seu
Pro futuro ele projetou
Dominar a natureza que um dia o acolheu
Alerta pro mundo atual
Imagem, terror irreal
Humanos dominados pelo mal
Entrei por um lado, saí pelo outro a cantar
E quem quiser invente outro lugar (bis)
O meu paraíso, local mais perfeito não há
Faço do Borel a Shangri-Lá
2006
Enredo: Ouvindo Tudo Que Vejo, Vou Vendo Tudo Que Ouço
Compositores: Jorge Remédio e Júlio Alves

Minha Tijuca
Abre os olhos para a melodia
Para ouvir a genial batuta
Regendo nossa sinfonia
Seguindo os caminhos do som
Vê a poesia brincar no salão
Joga serpentina em versos e rimas
Vivendo a magia de cada canção

É a pura cadência brasileira
Esse requebrado que fascina (bis)
Do boteco à gafieira
O samba ecoa em cada esquina

Suspense eternizado
Na tela, um beijo apaixonado
O filme que passa em minha mente
Com a música, ganha o coração
Chega a emocionar
Ver a platéia delirar
Vibra o maestro
Vendo o artista na consagração
Piscam luzes coloridas
A noite, pra dançar convida
Se a música tocou a alma, um dia
Sempre traz uma imagem
Que hoje faço fantasia

Ouvindo o que vejo, vendo o que ouço
Na ópera do Carnaval (bis)
Bravo, Unidos da Tijuca
Faz do seu canto, visão sem igual

2007
Enredo:De Lambida em Lambida, a Tijuca dá um Click na Avenida
Compositores: Ivinho do Cavaco, Totonho, Silvão e Jorge Remédio

Emoldurei a magia da recordação
Com pincel de luz e cores
Eu mudei valores
Aprisionei seu coração
Desperta a musa do artista
Que hoje é sambista
E vem se juntar
A nossa família unida tijucana
Iremos retratar
Os grandes momentos da vida
Com flash da avenida eternizar

Pára, o mundo pára
O mundo pára pra fantasia (bis)
Um click fez o personagem
Dar força à imagem na fotografia

Mas a vida às vezes traz a dor
A falta de amor pelo irmão
O triste em belo, o artista consagrou
A lente é pura emoção
Estrelas vão brilhar, o palco é o Borel
Histórias, o glamour
O mundo no papel
Vou delirar com a beleza
Mergulhar no colo da mãe natureza
Reluz o show em formas sem fim
O homem e o poder da criação
Diga quem sou, sorria pra mim
No olhar da comunicação

Em preto e branco, ganhei a vida
O amarelo em mistério, ilusão
O azul no tom divinal (bis)
Nas fotos do carnaval
Sou a Tijuca nesta tela digital

2008
Enredo: Vou juntando o que eu quiser, minha mania vale ouro. Sou Tijuca, trago a arte colecionando o meu tesouro
Compositores: Julio Alves, Sereno, Paulo Rios e Beto Lima

Cada objeto, uma história pra contar
Vivo a aventura de outra vez eternizar
Tijuca, coleciona na avenida
Emoções pra toda vida
Um tesouro singular
Meu pavão em destaque na exposição, resgatou
Relíquias do tempo que o sentimento guardou
Olhar inocente
Embala boneca, criança
Um sonho menino, guiando destino
Eterna lembrança

O teu manto é minha proteção
Amuleto ouro e azul, é a minha luz (bis)
Cristalina fonte de poder
Pequeno ser que me conduz

O tempo que passa, valoriza a arte
E faz acender
A chama que arde
Buscar a verdade, e reaprender
A plantar cultura em um jardim
E assim ver florir
Com a luz de cada geração, nova civilização
Passos de nossos ancestrais
Traços de mestres imortais
Salões do passado, presente riqueza
Chave do futuro com certeza

Dá um show Tijuca
Outra nota dez pra colecionar (bis)
E selar tua vitória
A peça que falta pra te completar


2009
Enredo: Tijuca 2009: uma Odisséia sobre o Espaço
Compositores: Julio Alves e Totonho

Dourado é o sol a clarear
No azul do céu, estende o véu, isso é Tijuca
Chegou, na cauda do cometa, o Pavão
E a minha estrela foi buscar na imensidão
Cruzou o céu no limiar do infinito
O meu Borel visto de cima é mais bonito
Eu vou alçar ao espaço
Cavaleiro alado a desvendar
Além das estrelas o monte de Zeus
Horizonte de meu Deus, Oxalá

Vai Tijuca, me faz delirar
A essência vem de lá
Da ciência a navegação (bis)
Luar que embala meus sonhos
Luar de qualquer estação

Eu vi brilhar, em seu olhar, a devoção
A lenda do guerreiro e o dragão
O despertar da fantasia
Vi também, a criança em seu carrossel
De heróis das estrelas, um céu
De mistérios e magia
Na tela, tantas jornadas pelos astros
Quem dera poder viver em pleno espaço
Vejo em minha lente a imagem sideral
Viagem do meu carnaval

A nave vai pousar
E conquistar seu coração (bis)
O dia vai chegar
Quando brilhar nossa constelação

2010
Enredo: É segredo!
Autores: Julio Alves, Marcelo e Totonho

Desvendar esse mistério
É caso sério quem se arrisca a procurar
O desconhecido no tempo perdido
Aquele pergaminho milenar
São cinzas na poeira da memória
E brincam com a imaginação
Unidos da Tijuca, não é segredo eu amar você
Decifrar isso eu não sei dizer
São coisas do meu coração

Eu quero ver esse lugar
Que o próprio tempo acabou de esquecer (bis)
Meu Deus por onde vou procurar?
Será que alguém pode me responder

Quem some na multidão
Esconde a sua verdade
Imaginação, o herói jamais revela a identidade
Será o mascarado
Nesse bailado um folião
A senha o segredo da vida
A chave perdida é o "x" da questão
Cuidado, o que se vê pode não ser ... Será
Ao entender é melhor revelar
No sonho do meu carnaval
Pare pra pensar, vai se transformar
Ou esconder até o final

É segredo, não conto a ninguém
Sou Tijuca, vou além (bis)
O seu olhar vou iludir
A tentação é descobrir

2011
Enredo: Esta Noite Levarei sua Alma
Autores: Julio Alves e Totonho

Tá com medo de quê?
O filme já vai começar
Você foi convidado
Caronte no barco não pode esperar
Apague a luz, a guerra começou
Sob o capuz, delira o diretor
No filme que passa piada em cartaz
Pavor me abraça, isso não se faz
No espaço se vai, é a força que vem
Meu medo não teme ninguém

É o boom! Quem não viu? A casa caiu
Com a bomba na mão o vilão explodiu (bis)
O plano de fuga é jogo de cena
"Um deus nos acuda"... Agita o cinema

Ele volta revolta, mistério no ar
Dos milharais uma estranha visão
Mais uma vez olha a encenação
Morrer de amar faz o povo gargalhar
Pare! Eu pego vocês, grita o mal condutor
Mas deu tudo errado, não há outro lado
Esse povo me enganou
Eu sou brasileiro, amor tijucano
Roteiro sem ponto final
Coitado o barqueiro entrou pelo cano
E brinca no meu carnaval

Eu sou Tijuca, estou em cartaz
Sucesso na tela meu povo é quem faz (bis)
Sou do Borel da gente guerreira
A pura cadência levanta poeira

2012

Enredo: O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar O Rei Luiz do Sertão
Autores: Vadinho, Josemar Manfredini, Jorge Callado, Silas Augusto e Cesinha

Nessa viagem arretada
“Lua” clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do Sertão
“Chuva, sol”, meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai, que visão deslumbrante, se avexe não
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação

Mandacaru, a flor do cangaço
Tem “xote menina” nesse arrasta-pé (bis)
Oh! Meu Padim, santo abençoado
É promessa, eu pago, me guia na fé

Em cada estação, a “triste partida”
Eu vi no caminho vida severina
À margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore, raiz cultural
Simbora que a noite já vem, “saudades do meu São João”
“Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só”
“Numa serenata” feliz vou cantar
No meu Pé de Serra festejo ao luar
Tijuca, a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem coroação

A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca, vem comemorar (bis)
“Inté Asa Branca” encontra o pavão
Pra coroar o “Rei do Sertão”

Nenhum comentário:

Postar um comentário