Unidos de Bangu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Unidos de Bangu | |
---|---|
Fundação | 15 de novembro de 1937 (79 anos) |
Cores | |
Símbolo | Pandeiro |
Bairro | Bangu |
Presidente | Guilherme Torres |
Presidente de honra | Clécio Régis |
Carnavalesco | Guilherme Diniz Rodrigo Marques |
Intérprete oficial | Niu Souza |
Diretor de carnaval | Rafael Marçal |
Diretor de harmonia | Gerson Rodrigues |
Diretor de bateria | Mestre Zumbi |
Rainha da bateria | Janaina Krauskopf |
Mestre-sala e porta-bandeira | Yuri Souza e Bruna Santos |
Coreógrafo | Jardel Lemos |
Desfile de 2017 | |
Enredo | Onde há fumaça, há fogo! |
www.unidosdebangu.com.br |
Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Bangu é uma escola de samba do Rio de Janeiro com sede no bairro de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foi fundada a 15 de novembro de 1937, sendo a mais antiga da Zona Oeste do Rio de Janeiro em atividade. É a madrinha da Acadêmicos de Santa Cruz. Já participou do Grupo Especial do carnaval carioca em 1958, 1959, 1960 e 1963. A escola é bicampeã da Série A do carnaval carioca, conquistando os títulos de 1957 e 1962. É a atual campeã da Série B de 2017 e voltará para Sapucaí pela Série A em 2018.
Índice
[esconder]História[editar | editar código-fonte]
A agremiação, a exemplo do Casino Bangu e o Bangu Atlético Clube, nasce de um grupo de operários da hoje extinta Fábrica Bangu. A Unidos de Bangu é a mais antiga da zona oeste do Rio de Janeiro.
As primeiras cores oficiais da escola foram o azul e o branco. A cor vermelha e branca somente foi adotada em 1966, em homenagem, após o segundo título do campeonato carioca conquistado pelo Bangu Atlético Clube. Participou em vários anos do, agora chamado, Grupo Especial. A escola nunca se firmou entre as grandes. Porém, sempre figurou nos grupos de acesso como uma escola carismática, de um povo feliz[carece de fontes] que fazia do bairro de Bangu seu maior orgulho. Foi a primeira escola de samba do Brasil a ter vínculo informal com um clube de futebol (Bangu Atlético Clube).[carece de fontes] Pioneirismos este muito copiado no Estado de São Paulo, como por exemplo, a Gaviões da Fiel (Corinthians), Mancha Verde (Palmeiras) e Dragões da Real (São Paulo).[carece de fontes]Foi a primeira escola de samba a ter uma quadra coberta no Brasil.[carece de fontes] Também foi a pioneira em adotar banheiros separados para homossexuais no Brasil. [carece de fontes]
Sua quadra ficava localizada na Avenida Cônego de Vasconcelos, 1313, junto ao "paredão negro" (Bangu), que durante muitos anos foi um foco de resistência cultural, onde se jogava capoeira e dançava o jongo. Tendo sua bateria, oriunda da Estácio e as baianas, do Império Serrano. Pois a maioria dela morava na Serrinha, em Madureira.
Em 1957 a agremiação conquista seu primeiro título, o do segundo grupo com o enredo "Homenagem à aviação brasileira" conquistando 93 pontos.
Em 1958, na sua estreia no Grupo Especial a Unidos de Bangu fica na 12ª posição entre 18 agremiações com o enredo "Proclamação da República" conquistando 80 pontos.
Em 1959 a escola consegue seu melhor desempenho fechando na 8ª posição entre 17 escolas, o samba-enredo "O último baile da Corte Imperial" conquista 82,5 pontos dos jurados. Nesse carnaval a Unidos de Bangu ficou acima de escolas tradicionais como a Caprichosos de Pilares, Unidos da Tijuca e Unidos do Salgueiro. [1]
Em 1960 repetiu a mesma colocação, com 51 pontos, sendo rebaixada por ter ficado em último lugar entre 12 escolas.[2]
Após um terceiro lugar no ano seguinte, em 1962 vence novamente o segundo grupo, derrotando a Beija-Flor de Nilópolis nos critérios de desempate, voltando ao grupo principal pela última vez para 1963, quando fica em 9º lugar entre 10 escolas e é rebaixada com apenas 44 pontos.
A Unidos de Bangu encerrou suas atividades após uma lastimosa administração, que dilapidou o patrimônio da escola. A quadra, que ficava na Fábrica Bangu, possuía usufruto, logo, com a paralisação da escola, a quadra teve que ser devolvida aos herdeiros da fábrica, que posteriormente venderam o imóvel.
Em novembro de 2012, após 15 anos de inatividade, a Unidos de Bangu voltou a desfilar, herdando a vaga da Independente de São João de Meriti[3]. Impulsionados pelo crescimento do bairro, alguns jovens se mobilizaram para a realização do desfile[4]. Logo na reestreia, foi a vice-campeã do Grupo C, conseguindo a promoção ao Grupo B, em 2014.
Em setembro de 2013, inaugurou sua nova quadra, na esquina da Rua Doze de Fevereiro c/ Rua Santa Cecília.[5]
Para 2014 a escola contratou o jovem, mas experiente carnavalesco Ney Junior, levando para a avenida um enredo que exaltou o bairro de Bangu. Há poucas semanas do carnaval, o intérprete Igor Vianna, que havia gravado o áudio oficial do samba, deixou a agremiação, sendo substituído por Nino do Milênio e Lico Monteiro. Primeira escola a desfilar, a Bangu foi a campeã do grupo B, voltando à Sapucaí para 2015[6]. Após um bom tempo longe da Sapucaí, a agremiação trouxe o carnavalesco Petterson Alves, vindo da MUG, além do intérprete Marcelo Rodrigues, ex-Cubango. No entanto, em dezembro, houve uma substituição, Petterson acabou desligado da escola, sendo substituído por Rodrigo Almeida, também carnavalesco do Império da Praça Seca.[7] A escola de Bangu abriu o desfile da Série A, na sexta.[8] O desfile de 2015 foi marcado por uma série de problemas com as fantasias, sendo que muitas não chegaram a tempo do desfile, deixando a escola na penúltima colocação e sendo rebaixada para o Grupo B em 2016.
Em 2016, a Escola foi a 13ª a desfilar na Intendente Magalhães com o Enredo "60 anos de glória. A Estrela guia Bangu rumo a vitória.", numa homenagem aos 60 anos da co-irmã GRES Mocidade Independente de Padre Miguel. A escola fez um bom desfile e ficou em 6º lugar a apenas 0,8 décimos da campeã Sossego. Mesmo sem Quadra, a garra dos componentes foi fundamental para o resultado considerado positivo pela Direção da escola.
Em 2017, a Unidos de Bangu foi a última a desfilar na Estrada Intendente Magalhães com o Enredo "Onde há fumaça, há fogo".[9] Com ares de principal desfile da terça-feira de carnaval, a escola apresentou uma boa plástica e canto forte e, apesar de um problema na alegoria, novamente sagrou-se campeã da Série B, ascendendo a Série A para o carnaval de 2018, quando voltará a desfilar no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.
Segmentos[editar | editar código-fonte]
Presidentes[editar | editar código-fonte]
Nome | Mandato | Ref. |
---|---|---|
Shirlene Machado de Souza Netto | 1992-1993 | |
Sem dados | 1994-1998 | [10] |
Rafael Marçal | final de 2012 - abril de 2015 | [11] |
Guilherme Torres | abril de 2015 - Atualidade | [12] |
Presidente de honra[editar | editar código-fonte]
Nome | Mandato | Ref. |
---|---|---|
Thiago Pampolha | final de 2012 - abril 2015 | [13] |
Clécio Régis | Abril de 2015 - atualidade |
Patrono[editar | editar código-fonte]
Nome | Mandato | Ref. |
---|---|---|
Renato Moura | final de 2012 - abril 2015 | [13] |
Diretores[editar | editar código-fonte]
Ano | Diretor de Carnaval | Diretor geral de harmonia | Mestre de bateria | Ref. |
---|---|---|---|---|
2014 | Marquinhos Marino e Rodrigo | Serginho Harmonia | Flávio | [11] |
2015 | Julião | Mauro Sérgio | Zumbi | [12] |
2016 | Julião | Gerson Rodrigues | Zumbi | |
2017 | Rafael Marçal | Gerson Rodrigues | Zumbi |
Coreógrafo[editar | editar código-fonte]
Ano | Nome | Ref. |
---|---|---|
2013-2014 | Carlos Fontinelle | [14] |
2015 | Márcio Alexandre | [15] |
2016 | Jardel Lemos | [12] |
Mestre-sala e Porta-bandeira[editar | editar código-fonte]
Ano | Nome | Ref. |
---|---|---|
2014 | Bira e Janaína Manfredo | [11] |
2015 | Bira e Laís Moreira | [16] |
2016 | Paulo Erick e Bruna Santos |
Rainhas de bateria[editar | editar código-fonte]
Ano | Nome | Ref. |
---|---|---|
2013 | Lucilene Caetano | [17] |
2014 | Monike Vieira | |
2015-2016 | Maria Clara Chaves | [18] |
2017-atual | Janaina Krauskopf |
[editar | editar código-fonte]
Ano | Colocação | Grupo | Enredo | Carnavalesco | Intérprete | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|
1957 | Campeã | 2 | Homenagem à aviação brasileira | Maza | ||
1958 | 12° lugar | 1 | Proclamação da República | |||
1959 | 8° lugar | 1 | O último baile da Corte Imperial | |||
1960 | 8° lugar | 1 | Jóias da Primavera | |||
1961 | 3º lugar | 2 | Os Bandeirantes | |||
1962 | Campeã | 2 | Fragata de Dom Afonso | Darcy de Jesus | ||
1963 | 9º lugar | 1 | Brasil, pátria universal | |||
1964 | 13º lugar | 2 | Jóias da poesia | |||
1965 | 6º lugar | 3 | 4° Centenário | |||
1966 | 5° lugar | 3 | Viagem pitoresca e histórica do Brasil | |||
1967 | 19º lugar | 3 | Os precursores da Abolição | Josafá Pereira | ||
1968 | 9º lugar | 3 | Vida Histórica de Vitor Meireles de Lima | Dario de Souza | ||
1969 | 14º lugar | 3 | Maria Quitéria, heroína da Independência | Josafá Pereira | ||
1970 | 7 | 3 | Dr. Vital Brasil | |||
1971 | 3° lugar | 3 | O Guarani, de José de Alencar | |||
1972 | Não desfilou | 2 | Um dos motivos da Independência | |||
1973 | 3° lugar | 3 | Prodígio de café na economia brasileira | John Rubens Ide | ||
1974 | 14° lugar | 2 | Rio, pé de moleque Compositor: Devanil Silva | Mestre Gego | ||
1975 | 11° lugar | 2 | Emília no país da gramática Compositores: Roberto Rodrigues e Frankiln Martins | Israel do Nascimento | ||
1976 | 16° lugar | 2 | Festas e tradições de nossa gente Compositores:Marujo, Nilton Leal e Jorge Melodia | Carlos de Azevedo | Israel do Nascimento | |
1977 | 5° lugar | 3 | Madame Satã na corte da Lapa boêmia | Carlinhos D'Andrade e Ernesto Nascimento | Ubirajara Proença | |
1978 | 3° lugar | 3 | Essa dupla é uma parada | Ernesto Nascimento | Ubirajara Proença | |
1979 | 5° lugar | 2-A | Brasil, batucai vossos pandeiros Compositores:Afonso Mendes e G. Solano | Mestre Gego | ||
1980 | 6° lugar | 1-B | A lenda de Juparanã, a lagoa encantada Compositores: Élio, Hildo, Servilho, Wantuil e Wilson | Félix Bezerra | ||
1981 | 7° lugar | 1-B | É hoje, a história do carnaval Compositores:Batista do Parque, Totonho e Marcos Job | Félix Bezerra | ||
1982 | 10° lugar | 1-B | Você sabe como é | Félix Bezerra | ||
1983 | 5° lugar | 1-B | Obrigado, Brasil - Fantasia Brasileira | José Eugênio | Sobrinho | [19] |
1984 | 6° lugar | 1-B | Atrás do trio elétrico | Lacerda e José Eugênio | Sobrinho | [19] |
1985 | 7° lugar | 1-B | É hoje só, amanhã não tem mais | Félix Bezerra | ||
1986 | 9° lugar | 3 | A procissão dos navegantes Compositores:Martinho Devaneio, Waldeci e Wanderley. | Departamento Cultural | Sobrinho | [19] |
1987 | 8° lugar | 3 | Tem que dar certo | |||
1988 | 6° lugar | 3 | Rio que tem piranha, jacaré nada de costas | César D'Azevedo | ||
1989 | 9° lugar | 3 | As águas vão rolar | César D'Azevedo e Roberto Costa | ||
1990 | 7° lugar | 3 | O encanto da vida é recordar | Marcio Machado e Guilherme Andrade | ||
1991 | 5° lugar | 3 | Ginga Palmares e liberdade | Sebastião Freitas, Tião Bengala e Márcio Machado | ||
1992 | 4° lugar | 3 | Troque a pilha e aumente o volume | Adilson Nogueira | ||
1993 | 5° lugar | 3 | Alerta, vamos sambar, aí vem a Emilinha | |||
1994 | 7° lugar | 3 | Correio Nacional através dos tempos | Ronaldo Calzalari | ||
1995 | 6° lugar | 1 | Rosa, uma flor mulher | |||
1996 | 6° lugar | E | Oh! Que saudades eu tenho | |||
1997 | 5° lugar | E | Mocidade Independente, uma estrela do céu para brilhar em Padre Miguel | Natan | ||
Não desfilou de 1998 a 2012 | [3][4] | |||||
2013 | Vice-Campeã | C | Nas lembranças da infância, um carnaval de esperança Compositores: Thiago Meiners, Igor Vianna, Evaldo Júnior, Arlindo Neto e Carlinhos Piloto. | Ricardo Paulino e Luciano Santos | Carlinhos Piloto | [3][4] |
2014 | Campeã | B | Eternamente Bangu:
COMPOSITORES:
Maurinho Valle, Thiago Acácio, Dega da Viola, Zé Glória, Lilio, Junior Escafura, Antenor Bangu, Thiago Meiners, Iquinho Bombeiro, Gabriel Sorriso, Jorge Chapéu, André Baiacu e Lucas Donato
| Ney Júnior | Nino do Milênio e Lico Monteiro | [20][21][22][23] |
2015 | 14º lugar | Série A | Imperium
Compositores: Serginho Aguiar, Dudu Senna, Bruno Ferraz, Miúdo da Bahia, Walace Harmonia, Diego R., Alan Santos e Leozinho Nunes
| Rodrigo Almeida | Marcelo Rodrigues e Alex Soares | [8][24][25][7] |
2016 | 6º lugar | B | 60 anos de glórias. A estrela guia Bangu rumo a vitória | Marco Antônio | Marcelo Rodrigues | [26] |
2017 | Campeã | Série B | Onde há fumaça, há fogo! | Rodrigo Marques e Guilherme Diniz | Niu Souza | |
2018 | Série A |
Títulos[editar | editar código-fonte]
- Grupo de Acesso (Série A): 1957 e 1962
- Grupo B: 2014 e 2017
Resultados no Grupo Especial[editar | editar código-fonte]
- 1958: 12º lugar - 80 pontos
- 1959: 8º lugar - 82,5 pontos (melhor resultado)
- 1960: 8º lugar - 51 pontos (Rebaixada)
- 1963: 9º lugar - 44 pontos (Rebaixada)
Premiações[editar | editar código-fonte]
Prêmios recebidos pelo GRES Unidos de Bangu.
Ano | Prêmio | Categoria / premiados | Divisão | Ref. |
---|---|---|---|---|
2013 | Plumas & Paetês | Coreógrafo (Carlos Fontinelle) | Série C | [27] |
Aderecista (Ricardo Paulino) | ||||
2014 | SRZD-Carnaval | Comissão de frente (Coreógrafo responsável: Carlos Fontinelle) | Série B | [28] |
Troféu Jorge Lafond | Campeã do Grupo B | [29] | ||
2016 | Troféu Sambista | Maria Clara Chaves (Rainha de bateria) | Série B | [30][31] |
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- ARAÚJO, Hiram. Carnaval: seis milênios de história. Rio de Janeiro: Ed. Gryphus, 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário