sexta-feira, 3 de março de 2017

Unidos de Bangu

Unidos de Bangu

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Unidos de Bangu
Bandeira do GRES Unidos de Bangu.png
Fundação15 de novembro de 1937 (79 anos)
Cores
 Vermelho
 Branco
SímboloPandeiro
BairroBangu
PresidenteGuilherme Torres
Presidente de honraClécio Régis
CarnavalescoGuilherme Diniz
Rodrigo Marques
Intérprete oficialNiu Souza
Diretor de carnavalRafael Marçal
Diretor de harmoniaGerson Rodrigues
Diretor de bateriaMestre Zumbi
Rainha da bateriaJanaina Krauskopf
Mestre-sala e porta-bandeiraYuri Souza e Bruna Santos
CoreógrafoJardel Lemos
Desfile de 2017
EnredoOnde há fumaça, há fogo!
www.unidosdebangu.com.br
Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Bangu é uma escola de samba do Rio de Janeiro com sede no bairro de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foi fundada a 15 de novembro de 1937, sendo a mais antiga da Zona Oeste do Rio de Janeiro em atividade. É a madrinha da Acadêmicos de Santa Cruz. Já participou do Grupo Especial do carnaval carioca em 1958, 1959, 1960 e 1963. A escola é bicampeã da Série A do carnaval carioca, conquistando os títulos de 1957 e 1962. É a atual campeã da Série B de 2017 e voltará para Sapucaí pela Série A em 2018.

História[editar | editar código-fonte]

A agremiação, a exemplo do Casino Bangu e o Bangu Atlético Clube, nasce de um grupo de operários da hoje extinta Fábrica Bangu. A Unidos de Bangu é a mais antiga da zona oeste do Rio de Janeiro.
As primeiras cores oficiais da escola foram o azul e o branco. A cor vermelha e branca somente foi adotada em 1966, em homenagem, após o segundo título do campeonato carioca conquistado pelo Bangu Atlético Clube. Participou em vários anos do, agora chamado, Grupo Especial. A escola nunca se firmou entre as grandes. Porém, sempre figurou nos grupos de acesso como uma escola carismática, de um povo feliz[carece de fontes] que fazia do bairro de Bangu seu maior orgulho. Foi a primeira escola de samba do Brasil a ter vínculo informal com um clube de futebol (Bangu Atlético Clube).[carece de fontes] Pioneirismos este muito copiado no Estado de São Paulo, como por exemplo, a Gaviões da Fiel (Corinthians), Mancha Verde (Palmeiras) e Dragões da Real (São Paulo).[carece de fontes]Foi a primeira escola de samba a ter uma quadra coberta no Brasil.[carece de fontes] Também foi a pioneira em adotar banheiros separados para homossexuais no Brasil. [carece de fontes]
Sua quadra ficava localizada na Avenida Cônego de Vasconcelos, 1313, junto ao "paredão negro" (Bangu), que durante muitos anos foi um foco de resistência cultural, onde se jogava capoeira e dançava o jongo. Tendo sua bateria, oriunda da Estácio e as baianas, do Império Serrano. Pois a maioria dela morava na Serrinha, em Madureira.
Em 1957 a agremiação conquista seu primeiro título, o do segundo grupo com o enredo "Homenagem à aviação brasileira" conquistando 93 pontos.
Em 1958, na sua estreia no Grupo Especial a Unidos de Bangu fica na 12ª posição entre 18 agremiações com o enredo "Proclamação da República" conquistando 80 pontos.
Em 1959 a escola consegue seu melhor desempenho fechando na 8ª posição entre 17 escolas, o samba-enredo "O último baile da Corte Imperial" conquista 82,5 pontos dos jurados. Nesse carnaval a Unidos de Bangu ficou acima de escolas tradicionais como a Caprichosos de PilaresUnidos da Tijuca e Unidos do Salgueiro[1]
Em 1960 repetiu a mesma colocação, com 51 pontos, sendo rebaixada por ter ficado em último lugar entre 12 escolas.[2]
Após um terceiro lugar no ano seguinte, em 1962 vence novamente o segundo grupo, derrotando a Beija-Flor de Nilópolis nos critérios de desempate, voltando ao grupo principal pela última vez para 1963, quando fica em 9º lugar entre 10 escolas e é rebaixada com apenas 44 pontos.
Igor Vianna, compositor do samba, e Carlinhos Piloto, compositor e intérprete do samba 2013.

A Unidos de Bangu encerrou suas atividades após uma lastimosa administração, que dilapidou o patrimônio da escola. A quadra, que ficava na Fábrica Bangu, possuía usufruto, logo, com a paralisação da escola, a quadra teve que ser devolvida aos herdeiros da fábrica, que posteriormente venderam o imóvel.
Em novembro de 2012, após 15 anos de inatividade, a Unidos de Bangu voltou a desfilar, herdando a vaga da Independente de São João de Meriti[3]. Impulsionados pelo crescimento do bairro, alguns jovens se mobilizaram para a realização do desfile[4]. Logo na reestreia, foi a vice-campeã do Grupo C, conseguindo a promoção ao Grupo B, em 2014.
Em setembro de 2013, inaugurou sua nova quadra, na esquina da Rua Doze de Fevereiro c/ Rua Santa Cecília.[5]
Para 2014 a escola contratou o jovem, mas experiente carnavalesco Ney Junior, levando para a avenida um enredo que exaltou o bairro de Bangu. Há poucas semanas do carnaval, o intérprete Igor Vianna, que havia gravado o áudio oficial do samba, deixou a agremiação, sendo substituído por Nino do Milênio e Lico Monteiro. Primeira escola a desfilar, a Bangu foi a campeã do grupo B, voltando à Sapucaí para 2015[6]. Após um bom tempo longe da Sapucaí, a agremiação trouxe o carnavalesco Petterson Alves, vindo da MUG, além do intérprete Marcelo Rodrigues, ex-Cubango. No entanto, em dezembro, houve uma substituição, Petterson acabou desligado da escola, sendo substituído por Rodrigo Almeida, também carnavalesco do Império da Praça Seca.[7] A escola de Bangu abriu o desfile da Série A, na sexta.[8] O desfile de 2015 foi marcado por uma série de problemas com as fantasias, sendo que muitas não chegaram a tempo do desfile, deixando a escola na penúltima colocação e sendo rebaixada para o Grupo B em 2016.
Em 2016, a Escola foi a 13ª a desfilar na Intendente Magalhães com o Enredo "60 anos de glória. A Estrela guia Bangu rumo a vitória.", numa homenagem aos 60 anos da co-irmã GRES Mocidade Independente de Padre Miguel. A escola fez um bom desfile e ficou em 6º lugar a apenas 0,8 décimos da campeã Sossego. Mesmo sem Quadra, a garra dos componentes foi fundamental para o resultado considerado positivo pela Direção da escola.
Em 2017, a Unidos de Bangu foi a última a desfilar na Estrada Intendente Magalhães com o Enredo "Onde há fumaça, há fogo".[9] Com ares de principal desfile da terça-feira de carnaval, a escola apresentou uma boa plástica e canto forte e, apesar de um problema na alegoria, novamente sagrou-se campeã da Série B, ascendendo a Série A para o carnaval de 2018, quando voltará a desfilar no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

Segmentos[editar | editar código-fonte]

Presidentes[editar | editar código-fonte]

NomeMandatoRef.
Shirlene Machado de Souza Netto1992-1993
Sem dados1994-1998[10]
Rafael Marçalfinal de 2012 - abril de 2015[11]
Guilherme Torresabril de 2015 - Atualidade[12]

Presidente de honra[editar | editar código-fonte]

NomeMandatoRef.
Thiago Pampolhafinal de 2012 - abril 2015[13]
Clécio RégisAbril de 2015 - atualidade

Patrono[editar | editar código-fonte]

NomeMandatoRef.
Renato Mourafinal de 2012 - abril 2015[13]

Diretores[editar | editar código-fonte]

AnoDiretor de CarnavalDiretor geral de harmoniaMestre de bateriaRef.
2014Marquinhos Marino e RodrigoSerginho HarmoniaFlávio[11]
2015JuliãoMauro SérgioZumbi[12]
2016JuliãoGerson RodriguesZumbi
2017Rafael MarçalGerson RodriguesZumbi

Coreógrafo[editar | editar código-fonte]

AnoNomeRef.
2013-2014Carlos Fontinelle[14]
2015Márcio Alexandre[15]
2016Jardel Lemos[12]

Mestre-sala e Porta-bandeira[editar | editar código-fonte]

AnoNomeRef.
2014Bira e Janaína Manfredo[11]
2015Bira e Laís Moreira[16]
2016Paulo Erick e Bruna Santos

Rainhas de bateria[editar | editar código-fonte]

AnoNomeRef.
2013Lucilene Caetano[17]
2014Monike Vieira
2015-2016Maria Clara Chaves[18]
2017-atualJanaina Krauskopf

Carnavais[editar | editar código-fonte]

Unidos de Bangu
AnoColocaçãoGrupoEnredoCarnavalescoIntérpreteRef.
1957Campeã2Homenagem à aviação brasileiraMaza
195812° lugar1Proclamação da República
19598° lugar1O último baile da Corte Imperial
19608° lugar1Jóias da Primavera
19613º lugar2Os Bandeirantes
1962Campeã2Fragata de Dom AfonsoDarcy de Jesus
19639º lugar1Brasil, pátria universal
196413º lugar2Jóias da poesia
19656º lugar34° Centenário
19665° lugar3Viagem pitoresca e histórica do Brasil
196719º lugar3Os precursores da AboliçãoJosafá Pereira
19689º lugar3Vida Histórica de Vitor Meireles de LimaDario de Souza
196914º lugar3Maria Quitéria, heroína da IndependênciaJosafá Pereira
197073Dr. Vital Brasil
19713° lugar3O Guarani, de José de Alencar
1972Não desfilou2Um dos motivos da Independência
19733° lugar3Prodígio de café na economia brasileiraJohn Rubens Ide
197414° lugar2Rio, pé de moleque
Compositor: Devanil Silva
Mestre Gego
197511° lugar2Emília no país da gramática
Compositores: Roberto Rodrigues e Frankiln Martins
Israel do Nascimento
197616° lugar2Festas e tradições de nossa gente
Compositores:Marujo, Nilton Leal e Jorge Melodia
Carlos de AzevedoIsrael do Nascimento
19775° lugar3Madame Satã na corte da Lapa boêmiaCarlinhos D'Andrade e Ernesto NascimentoUbirajara Proença
19783° lugar3Essa dupla é uma paradaErnesto NascimentoUbirajara Proença
19795° lugar2-ABrasil, batucai vossos pandeiros
Compositores:Afonso Mendes e G. Solano
Mestre Gego
19806° lugar1-BA lenda de Juparanã, a lagoa encantada
Compositores: Élio, Hildo, Servilho, Wantuil e Wilson
Félix Bezerra
19817° lugar1-BÉ hoje, a história do carnaval
Compositores:Batista do Parque, Totonho e Marcos Job
Félix Bezerra
198210° lugar1-BVocê sabe como éFélix Bezerra
19835° lugar1-BObrigado, Brasil - Fantasia BrasileiraJosé EugênioSobrinho[19]
19846° lugar1-BAtrás do trio elétricoLacerda e José EugênioSobrinho[19]
19857° lugar1-BÉ hoje só, amanhã não tem maisFélix Bezerra
19869° lugar3A procissão dos navegantes
Compositores:Martinho Devaneio, Waldeci e Wanderley.
Departamento CulturalSobrinho[19]
19878° lugar3Tem que dar certo
19886° lugar3Rio que tem piranha, jacaré nada de costasCésar D'Azevedo
19899° lugar3As águas vão rolarCésar D'Azevedo e Roberto Costa
19907° lugar3O encanto da vida é recordarMarcio Machado e Guilherme Andrade
19915° lugar3Ginga Palmares e liberdadeSebastião Freitas, Tião Bengala e Márcio Machado
19924° lugar3Troque a pilha e aumente o volumeAdilson Nogueira
19935° lugar3Alerta, vamos sambar, aí vem a Emilinha
19947° lugar3Correio Nacional através dos temposRonaldo Calzalari
19956° lugar1Rosa, uma flor mulher
19966° lugarEOh! Que saudades eu tenho
19975° lugarEMocidade Independente, uma estrela do céu para brilhar em Padre MiguelNatan
Não desfilou de 1998 a 2012[3][4]
2013Vice-CampeãCNas lembranças da infância, um carnaval de esperança
Compositores: Thiago Meiners, Igor Vianna, Evaldo Júnior, Arlindo Neto e Carlinhos Piloto.
Ricardo Paulino e Luciano SantosCarlinhos Piloto[3][4]
2014CampeãBEternamente Bangu:
COMPOSITORES:
Maurinho Valle, Thiago Acácio, Dega da Viola, Zé Glória, Lilio, Junior Escafura, Antenor Bangu, Thiago Meiners, Iquinho Bombeiro, Gabriel Sorriso, Jorge Chapéu, André Baiacu e Lucas Donato
Ney JúniorNino do Milênio e Lico Monteiro[20][21][22][23]
201514º lugarSérie AImperium
Compositores: Serginho Aguiar, Dudu Senna, Bruno Ferraz, Miúdo da Bahia, Walace Harmonia, Diego R., Alan Santos e Leozinho Nunes
Rodrigo AlmeidaMarcelo Rodrigues e Alex Soares[8][24][25][7]
20166º lugarB60 anos de glórias. A estrela guia Bangu rumo a vitóriaMarco AntônioMarcelo Rodrigues[26]
2017CampeãSérie BOnde há fumaça, há fogo!Rodrigo Marques e Guilherme DinizNiu Souza
2018Série A

Títulos[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Unidos de Bangu
  • Grupo de Acesso (Série A): 1957 e 1962
  • Grupo B: 2014 e 2017

Resultados no Grupo Especial[editar | editar código-fonte]

  • 1958: 12º lugar - 80 pontos
  • 1959: 8º lugar - 82,5 pontos (melhor resultado)
  • 1960: 8º lugar - 51 pontos (Rebaixada)
  • 1963: 9º lugar - 44 pontos (Rebaixada)

Premiações[editar | editar código-fonte]

Prêmios recebidos pelo GRES Unidos de Bangu.
AnoPrêmioCategoria / premiadosDivisãoRef.
2013Plumas & PaetêsCoreógrafo (Carlos Fontinelle)Série C[27]
Aderecista (Ricardo Paulino)
2014SRZD-CarnavalComissão de frente (Coreógrafo responsável: Carlos Fontinelle)Série B[28]
Troféu Jorge LafondCampeã do Grupo B[29]
2016Troféu SambistaMaria Clara Chaves (Rainha de bateria)Série B[30][31]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • ARAÚJO, Hiram. Carnaval: seis milênios de históriaRio de Janeiro: Ed. Gryphus, 2003.

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