Imperatriz Leopoldinense
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Imperatriz Leopoldinense | |
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Fundação | 6 de março de 1959 (57 anos) [1] |
Escola-madrinha | Império Serrano [1] |
Cores | |
Símbolo | Coroa |
Bairro | Ramos |
Presidente | Luiz Pacheco Drumond[2] |
Carnavalesco | Cahê Rodrigues [3] |
Intérprete oficial | Arthur Franco |
Diretor de carnaval | Wagner Tavares Araújo [2] |
Diretor de harmonia | Júnior Escafura [4] |
Diretor de bateria | Mestre Lolo [2] |
Rainha da bateria | Cris Vianna [5] |
Mestre-sala e porta-bandeira | Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro [6] |
Coreógrafo | Claudia Motta [7] |
Desfile de 2017 | |
Enredo | Xingu - O clamor que vem da floresta |
Posição de desfile | 3° a desfilar no domingo (26/2/2017) por volta de 0h30 |
Site oficial www.imperatrizleopoldinense.com.br |
Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense (ou simplesmente Imperatriz Leopoldinense) é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, sediada no bairro de Ramos.[8][9] A escola foi fundada em 6 de março de 1959, pelo farmacêutico Amaury Jório juntamente a alguns sambistas da Zona da Leopoldina e remanescentes da extinta agremiação Recreio de Ramos.[10]
Seu nome faz referência à Estrada de Ferro Leopoldina - que cortava o bairro de Ramos - e que, por sua vez, recebeu esse nome em referência à Imperatriz Maria Leopoldina de Áustria. Suas cores foram escolhidas em referência à sua escola-madrinha, Império Serrano. Em seu pavilhão, onze estrelas simbolizam os bairros que compõem a Zona da Leopoldina: Benfica, Bonsucesso, Brás de Pina, Cordovil, Manguinhos, Olaria, Parada de Lucas, Penha, Penha Circular, Ramos e Vigário Geral. A estrela que representa Ramos fica destacada, na parte de cima da bandeira, por representar o berço da escola. Sua quadra se localiza na Rua Professor Lacê, n.º 235, em Ramos, próximo à estação de trem do bairro.[1][11]
A Imperatriz Leopoldinense é detentora de oito títulos de campeã do grupo principal do carnaval carioca, conquistados em 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Sendo que em 1980, 1989 e 2001 foi campeã obtendo nota máxima em todos os quesitos. Desfilou pela primeira vez em 1960, com um enredo em homenagem à Academia Brasileira de Letras. Porém, apenas em 1972 ganhou notoriedade, após fazer parte da novela "Bandeira 2", da Rede Globo. Naquele ano, apresentou o enredo "Martim Cererê", conquistando o 4.º lugar. O samba-enredo daquele ano foi o primeiro a ser incluído em uma trilha sonora de telenovela. Em 2012, outro samba da escola - "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!" - seria o primeiro samba-enredo utilizado como tema de abertura de uma telenovela. Nesse caso, na novela "Lado a lado".[12]
A escola foi pioneira ao implantar, no ano de 1967, um departamento especial para elaborar os seus desfiles.[13] O Departamento Cultural e de Carnaval da Imperatriz Leopoldinense visava organizar os carnavais da escola e desenvolver atividades culturais para os integrantes da mesma. Durante o seu período de atividade, o Departamento elaborou enredos de cunho nacionalista; sobre movimentos culturais ou sobre a história do Brasil. A maioria baseados em obras da literatura brasileira. No final da década de 1970, com a chegada de Luiz Pacheco Drummond à presidência da escola, o Departamento de Carnaval foi extinto e a Escola voltou a apostar na figura do carnavalesco como principal responsável pela confecção dos seus desfiles. Ainda assim, enredos sobre a História do Brasil ou elementos da cultura brasileira continuaram a ser tema principal na maioria dos desfiles da Imperatriz. Em 1980, com melhores condições financeiras, a escola contratou o carnavalesco campeão do ano anterior, Arlindo Rodrigues. No mesmo ano, com um enredo em homenagem a Bahia, a escola conquistou o seu primeiro título de campeã, dividido com Portela e Beija-Flor. No ano seguinte, dessa vez sozinha, conquistou o bicampeonato com o popular samba-enredo "O teu cabelo não nega" ("Nesse palco iluminado, só dá Lalá"). Em 1989, com "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!", o carnavalesco Max Lopes conquistou mais um título para a escola de Ramos, vencendo o famoso desfile "Ratos e urubus, larguem a minha fantasia" da Beija-Flor. A partir desse período, a Imperatriz se caracterizara por seus desfiles técnicos, elaborados exclusivamente para atender às obrigatoriedades dos quesitos julgados, o que lhe rendeu o apelido de "certinha de Ramos".[14] Utilizando-se dessa técnica, sob o comando da carnavalesca Rosa Magalhães, venceu os campeonatos de 1994, 1995, e nos anos de 1999, 2000 e 2001 conquistou o primeiro tricampeonato da "era Sambódromo".
Índice
[esconder]História[editar | editar código-fonte]
Origem[editar | editar código-fonte]
Ramos é o berço da Imperatriz Leopoldinense. O bairro compõe a denominada "Zona da Leopoldina", na zona norte do Rio de Janeiro. Região de forte tradição no cenário cultural suburbano carioca, onde foram fundados o Recreio de Ramos, o Bloco Cacique de Ramos, o Grupo Fundo de Quintal e a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense.[15] Em meados da década de 1910, foram criados os primeiros clubes carnavalescos da região: Prontos de Ramos (Promptos de Ramos), Ameno Heliotropo e Endiabrados de Ramos. Com o passar do tempo, novos blocos surgiram: Sai como pode, Razão de Viver, Paixão de Ramos, Paz e Harmonia.[16] O bloco Recreio de Ramos teve entre seus frequentadores: Heitor Villa-Lobos, Mano Décio da Viola, Heitor dos Prazeres, Armando Marçal, Alcebides Barcelos (Bide) e Pixinguinha - que morava em Ramos.[17] O Bloco Cacique de Ramos, fundado dois anos após a Imperatriz Leopoldinense, revelou vários artistas como por exemplo: Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, o grupo Fundo de Quintal, entre outros grupos e artistas. Também frequentavam o Cacique: Beth Carvalho, Almir Guineto, Sereno, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila - nascido em Ramos.[1][2]
Fundação[editar | editar código-fonte]
Na sexta-feira, dia 6 de março de 1959, o farmacêutico Amaury Jório convocou amigos e sambistas da região para uma reunião em sua casa, na rua Dr. Euclides Faria, n.º 22, em Ramos.[18] Participaram desta reunião aproximadamente cinquenta membros, dentre eles: Oswaldo Gomes Pereira, Arlindo de Oliveira Lima, Elísio Pereira de Mello, Agenor Gomes Pereira, Vicente Venâncio da Conceição, José da Silva (Zé Gato), Jorge Costa (Tinduca), Francisco José Fernandes (Canivete), Manoel Vieira (Sagui), Aloísio Soares Braga (Índio), Jorge Salaman, Manoel Hermogenes dos Santos, Arlindo de Oliveira Lima, Nair dos Santos Vaz, Nair da Silva, Claudionor Belizário, entre outros remanescentes do Recreio de Ramos.[19] Conhecido por sua grande habilidade política, Amaury retirou das agremiações e blocos da região a elite do samba, o que eles tinham de melhor. A reunião tinha a finalidade de fundar uma escola de samba, que agregasse a nata dos sambistas da Zona da Leopoldina e pudesse suceder o extinto Recreio de Ramos, do qual Jório fazia parte. Nessa reunião foi criada uma junta governativa, que ficaria incumbida de legalizar a escola, criar seu Regimento Interno e convocar outros sambistas da região para participar dos segmentos da escola (bateria, ala de passistas, ala de baianas, ala de compositores, etc).[20] Osvaldo Gomes Pereira foi eleito o primeiro presidente da agremiação, até que fosse convocada uma nova eleição.[21] No mesmo ano de fundação, a escola conseguiu o Alvará de Localização, sendo a pioneira neste fato, fixando a sede na casa de Amauri Jório.
Nome, cores e pavilhão[editar | editar código-fonte]
Como o objetivo era reunir blocos e agremiações da região, Amaury Jório propôs que o nome representasse todo o subúrbio da Leopoldina.[22] Manoel Vieira apresentou então a ideia de chamar a nova escola de Imperatriz Leopoldinense, fato que contou com o apoio de todos os presentes.[23] No livro de ata da fundação da escola, consta que o nome da agremiação foi inspirado na Estrada de Ferro Leopoldina - que cortava a região - e que, por sua vez, recebeu esse nome em homenagem a Imperatriz Maria Leopoldina de Áustria - a primeira Imperatriz consorte do Brasil.[24] Curiosamente, há também uma outra versão em que a origem de seu nome nobiliárquico teria sido inspirado na loja de tecidos "Imperatriz das Sedas", existente, na época, próximo a estação de Ramos.[21]
A escolha das cores provocou intensos debates. Vicente Venâncio conseguiu aprovar o verde e branco, recordando as cores de sua escola madrinha, a Império Serrano.[25] A Bandeira, cujo desenho é de autoria de Agenor Gomes Pereira, consiste numa faixa transversal verde que corta o pavilhão branco e onde se pode ler o nome da escola.[26]Contém, também, uma coroa - símbolo da escola - que é uma referência a coroa do Primeiro Reinado, no qual a Imperatriz Leopoldina governou o Brasil. Compõem o pavilhão 11 estrelas douradas, representando os bairros da Zona da Leopoldina: Benfica, Manguinhos, Bonsucesso, Olaria, Penha, Penha Circular, Brás de Pina, Cordovil, Parada de Lucas, Vigário Geral e Ramos.[27] A estrela que representa Ramos fica destacada na parte de cima da bandeira, por representar o berço da escola.[28] Nos anos 70, a bandeira da Imperatriz recebeu estatutariamente a adição da cor ouro.[29]
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A Imperatriz foi pioneira ao criar, no ano de 1967, um departamento cultural para organizar os seus próprios carnavais.[3] O Departamento Cultural e de Carnaval da Imperatriz Leopoldinense seria responsável pela elaboração dos desfiles, e por desenvolver atividades culturais para os integrantes da escola. Inicialmente, formavam o Departamento o médico e pesquisador Hiram Araújo, Fernando Gabeira, Ilmar de Carvalho, Amaury Jório e o presidente Oswaldo Macedo.[30] O Departamento de Carnaval já estava previsto na ata de fundação da Escola, porém, apenas em 1967 seria posto em prática. Enquanto perpetuou, o Departamento se preocupou com a difusão da cultura. Os enredos elaborados eram de cunho nacionalista; sobre movimentos culturais ou sobre a história do Brasil.[4] A maioria baseado em obras da literatura brasileira, como: "Brasil, flor amorosa de três raças" (enredo sobre a miscigenação brasileira, baseado no último verso do poema "Música Brasileira", de Olavo Bilac); "Oropa, França e Bahia" (sobre a Semana de Arte Moderna e o Movimento Antropofágico, seu título foi retirado de um diálogo da obra Macunaíma); "Barra de Ouro, Barra de Rio, Barra de Saia" (outro título retirado de Macunaíma); "Martim Cererê" (sobre a obra de Cassiano Ricardo), "A Morte da Porta-estandarte" (sobre o conto homônimo do escritor Aníbal Machado). O Departamento Cultural foi dissipado no final da década de 70, com a chegada de Luiz Pacheco Drummond à presidência da Escola. Ainda assim, enredos sobre a História do Brasil ou elementos da cultura brasileira continuaram como tema principal da maioria dos desfiles da Imperatriz.[31]
Segmentos[editar | editar código-fonte]
Presidência[editar | editar código-fonte]
Presidência | ||
---|---|---|
Presidente | Mandato | Referências |
Oswaldo Pereira Gomes | 1960 | [33] |
Amaury Jório | 1961 - 1965 | [33] |
Antonio Carbonelli | 1966 | [33] |
Claudionor Belisário | 1967 | [33] |
Oswaldo S. Macedo | 1968 - 1972 | [33] |
Sylzed José Santana Filho | 1973 | [33] |
Cláudio José Pereira Pinto | 1974 | [33] |
Aloysio Soares Braga (Índio) | 1975 | [33] |
Luiz Pacheco Drumond | 1976 - 1983 | [33] |
Rubens Gonçalves | 1984 - 1985 | [33] |
Luiz Pacheco Drumond | 1986 - 1992 | [33] |
Marcos José Lourenço Drumond | 1993 - 1994 | [33] |
Wagner Tavares Araújo | 1995 - 2006 | [33] |
Luiz Pacheco Drumond | 2007 - atualmente | [32][33] |
Intérpretes[editar | editar código-fonte]
Carnavais | Intérprete oficial | Referências |
---|---|---|
1967 | Dom Barbosa | [34] |
1970–1971 | Mathias de Freitas | [35][36] |
1972 | Zé Katimba | [37] |
1973 | Dom Barbosa | [38] |
1974–1975 | Jorge Goulart | [39][40] |
1976 | Jeremias Ferraz | [41] |
1977 | Sônia Lemos e Juninho | [42] |
1978 | Tuninho Professor | [43] |
1979–1982 | Dominguinhos do Estácio | [44] |
1983 | Gera | [45] |
1984 | Tuninho Professor | [43] |
1985 | Preto Jóia | [46] |
1986 | Tuninho Professor | [43] |
1986–1988 | Alexandre D'Mendes | [47] |
1989–1990 | Dominguinhos do Estácio | [44] |
1991–1999 | Preto Jóia | [46] |
2000–2002 | Paulinho Mocidade | [48] |
2003 | David do Pandeiro | [49] |
2004–2006 | Ronaldo Yllê | [50] |
2007–2008 | Preto Jóia | [46] |
2009 | Paulinho Mocidade | [48] |
2010–2013 | Dominguinhos do Estácio | [44] |
2013–2014 | Wander Pires | [51] |
2015 | Nêgo | [52] |
2016 | Marquinho Art'Samba | [53] |
2017 | Arthur Franco | [54] |
Comissão de frente[editar | editar código-fonte]
Comissão de frente | ||
---|---|---|
Coreógrafo(a) | Período | Ref. |
Braz | 1990 – 1991 | [58][44] |
Fábio de Mello | 1992 – 2007 | [59][60] |
Alice Arja | 2008 | [61] |
Alex Neoral | 2009 | [62] |
Regina Sauer | 2010 | [63] |
Alex Neoral | 2011 - 2013 | [64][65] |
Deborah Colker | 2014 | [66] |
Fábio de Mello | 2015 | [67][68] |
Deborah Colker | 2016 | [69] |
Claudia Motta | 2017 | [70] |
Mestre-sala e Porta-bandeira[editar | editar código-fonte]
Mestre-sala e Porta-bandeira | ||
---|---|---|
Casal | Período | Ref. |
Tiãozinho e Valdicéia | 1967 | [72] |
Agostinho e Valdicéia | 1969 – 1972 | [73][37] |
Tiãozinho e Valdicéia | 1973 | [38] |
Tiãozinho e Mocinha da Imperatriz | 1974 – 1975 | [74][75] |
Bagdá e Irene | 1977 - 1978 | [43][76] |
Bagdá e Maria Helena | 1983 | [77] |
Chiquinho e Maria Helena | 1985 - 2005 | [78][79] |
Marcílio Diamante e Verônica Lima | 2006 - 2008 | [61][80] |
Bira e Verônica Lima | 2009 - 2010 | [62][63] |
Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro | 2011 - 2015 | [64][81] |
Rogerinho Dornelles e Rafaela Theodoro | 2016 | [6][82] |
Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro | 2017 | [6] |
Bateria[editar | editar código-fonte]
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Direção[editar | editar código-fonte]
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Década de 1960[editar | editar código-fonte]
- 1960 - "Homenagem à Academia Brasileira de Letras."
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense fez a sua estreia no carnaval carioca em 1960. A escola começou no Grupo 3, naquela época denominado "Campeonato Dep. de Turismo e Certames". Os desfiles deste grupo eram realizados na Praça XI. Em seu primeiro desfile, a Imperatriz já demonstrava preocupação com a cultura. O enredo em homenagem à Academia Brasileira de Letras foi desenvolvido pelos dirigentes da escola.[110] A Imperatriz fez uma boa estreia no carnaval carioca, conquistando o 6.º lugar e se mantendo no mesmo grupo para o ano posterior.[111]
- 1961 - "Riquezas e maravilhas do Brasil."
Em seu segundo carnaval, a Imperatriz Leopoldinense conquista o seu primeiro título de campeã. O enredo, de autoria do presidente da escola, Amaury Jório, exaltava as riquezas do Brasil.[112] Com esse desfile, a Imperatriz somou 103,5 conquistando a 1.ª colocação do grupo e uma vaga no Grupo 2 do carnaval carioca.[113]
- 1962 - "Rio no século XVIII, homenagem a Carlos Gomes de Andrade, o Conde de Bobadela."
No ano de 1962, a Imperatriz fez a sua estreia no Grupo 2 do carnaval carioca. Apresentou um enredo em homenagem ao português António Gomes Freire de Andrade, ex governador e capitão-general do Rio de Janeiro (entre 1733 e 1763) e Primeiro Conde de Bobadela.[114] Com esse desfile, a escola somou 96 pontos, conquistando a 5.ª colocação e se mantendo no Grupo 2 para o ano seguinte.[115]
- 1963 - "As Três Capitais."
Em seu segundo ano no Grupo 2, a Imperatriz Leopoldinense apresentou um enredo sobre as três capitais que foram sede federativa do Brasil: A primeira, a cidade de São Salvador; a segunda, Rio de Janeiro; e a terceira e atual, Brasília.[116] Com esse desfile, somou 50 pontos, terminando no 3.º lugar.[117]
- 1964 - "A Favorita do Imperador, Marquesa de Santos."
Em 1964, curiosamente, a Imperatriz Leopoldinense homenagearia a Marquesa de Santos, amante de D. Pedro I enquanto este era casado com a Imperatriz Leopoldina, que dá nome a escola.[118][119] Peculiaridades a parte, a escola fez um bom desfile, sagrando-se vice-campeã do Grupo 2, o que lhe dava a tão sonhada oportunidade de desfilar no grupo principal do carnaval carioca.[120]
- 1965 - "Homenagem ao Brasil no IV Centenário do Rio de Janeiro."
1965 foi um ano muito importante para a escola de Ramos. No sexto desfile de sua história, a Imperatriz Leopoldinense faria a sua estreia no grupo principal do carnaval carioca. Com a responsabilidade de abrir o desfile que comemorava os 400 anos da fundação da cidade do Rio de Janeiro, no primeiro carnaval temático da história. A escola desfilou na Avenida Presidente Vargas o enredo "Homenagem ao Brasil no IV Centenário do Rio de Janeiro".[121] Com pouca verba, a escola não realizou um bom desfile, sendo rebaixada ao Grupo 2. Somou apenas 53 pontos, terminando na 10.ª e última colocação.[122] Um fato inusitado ocorreu com a agremiação neste carnaval. As fantasias do Mestre-sala e da Porta-bandeira não ficaram prontas e o casal não se apresentou. A jurada Enid Sauer, encarregada de julgar o casal, deu nota seis ao Mestre-sala e oito a Porta-bandeira, sem que os dois desfilassem.[123] As outras escolas reclamaram e o quesito foi anulado.[124]
- 1966 - "Monarquia e esplendor da História."
De volta ao Grupo 2, a Imperatriz Leopoldinense apresentou um enredo exaltando o Império do Brasil ou Brasil Monárquico. Foi lembrada a vinda da Família Real ao Brasil, os membros da Família Imperial Brasileira, D. João VI, D. Pedro I, D. Pedro II e Princesa Isabel.[125] A escola somou 110 pontos, conquistando o vice-campeonato do Grupo 2 e garantindo o seu retorno ao Grupo 1, no ano seguinte.[126]
- 1967 - "A vida poética de Olavo Bilac."
Retornando ao grupo principal do carnaval carioca, na época denominado Grupo 1, a Imperatriz Leopoldinense abriu os desfiles de 1967 com uma homenagem ao poeta Olavo Bilac.[127] Um forte temporal caiu sobre a cidade e atrasou o início dos desfiles. A forte chuva prejudicou de várias formas a apresentação da escola de Ramos: atrasando a chegada dos componentes, atrapalhando a chegada das alegorias, estragando as fantasias, retardando a evolução dos desfilantes, além do casal de Mestre-sala e Porta-bandeira não ter conseguido se apresentar.[128] Somando 49 pontos, a Imperatriz terminou na 9.ª e penúltima colocação, sendo rebaixada ao Grupo 2.[129]
- 1968 - "Bahia em festa."
Rebaixada no ano anterior, a Imperatriz Leopoldinense voltou a desfilar na Avenida Rio Branco, no Grupo 2 do carnaval carioca. Numa iniciativa inédita no carnaval, a escola fundaria o Departamento Cultural e de Carnaval da Imperatriz Leopoldinense. O Departamento ficaria responsável, dentre outras medidas, pela elaboração dos enredos e confecção dos desfiles da escola.[130] Com esse desfile, a Imperatriz somou 100 pontos, conquistando o vice-campeonato do Grupo 2 e garantindo o seu retorno ao Grupo 1, no ano seguinte.[131]
- 1969 - "Brasil, flor amorosa de três raças."
De volta ao grupo principal do carnaval carioca, na época denominado Grupo 1, a Imperatriz Leopoldinense foi a primeira escola a se apresentar no domingo de carnaval.[132] O enredo, sobre a miscigenação brasileira, foi baseado no último verso do poema "Música Brasileira", de Olavo Bilac.[133] O desfile foi desenvolvido pelo Departamento Cultural e de Carnaval da agremiação. Nesse ano, a escola inovou ao trazer 12 mulatas representando "as africanas" na comissão de frente, fato repetido durante os anos posteriores.[134] As escolas tinham o costume de trazer representantes da velha-guarda.[135] Na apuração das notas, a Imperatriz somou 95 pontos. Terminou no 8.º lugar, escapando, por pouco, de mais um rebaixamento.[136][137]
Década de 1970[editar | editar código-fonte]
- 1970 - "Oropa, França e Bahia."
Sexta escola a se apresentar, a Imperatriz Leopoldinense apresentou um enredo sobre o legado deixado pela Semana de Arte Moderna e o Movimento Antropofágico.[138]Desenvolvido pelo Departamento Cultural e de Carnaval da escola, o desfile é dividido em quadros. No primeiro quadro, a comissão de frente representou os "dragões do centenário", nome dado por Mário de Andrade aos integrantes do Movimento Modernista. O segundo quadro representava o "ambiente de 1922", com as modas, tipos e costumes da época. O terceiro quadro representava a obra "Macunaíma", de Mário de Andrade. Foi dessa obra que saiu o título do enredo. O quarto quadro fazia referência às obras do poeta Cassiano Ricardo, autor de Martim Cererê, que seria enredo da escola em 1972. No quinto quadro, o poema "Essa negra fulô", de Jorge de Lima. O sexto quadro trouxe a obra "Funeral d'um rei Nagô", de Murilo Araújo. O sétimo quadro representava "A morte da porta-estandarte", obra de Aníbal Machado, que seria enredo da escola em 1975. No oitavo quadro, o drama mitológico "Cobra Norato" do poeta Raul Bopp. O nono quadro homenageava a obra "Máscaras: O amor de Dulcinéia", do poeta Paulo Menotti Del Picchia.[139] O samba-enredo de Carlinhos Sideral e Mathias de Freitas trazia o verso: "O rei mandou me chamar / Pra casar com sua 'fia' / O dote que ele me dava / Oropa, França e Bahia".[140] Com esse desfile, a escola somou 74 pontos, terminando na 6.ª colocação.[141][142]
- 1971 - "Barra de Ouro, Barra de Rio, Barra de Saia."
Quinta escola a desfilar no grupo principal do carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense apresentou o enredo "Barra de ouro, barra de rio, barra de saia", desenvolvido pelo departamento Cultural e de Carnaval da escola.[143] O samba de Zé Katimba e Niltinho Tristeza inaugurou um novo estilo de samba-enredo, mais curto, com letra fácil e menos descritivo. Na época, chamado de samba moderno.[144] Depois vieram outros no mesmo estilo, como "Martim Cererê" (1972) e "O teu cabelo não nega" (1981). Foi o primeiro samba-enredo de Zé Katimba na sua escola. Com a apuração das notas, a Imperatriz somou 97 pontos, terminando no 7.º lugar.[145]
- 1972 - "Martim Cererê."
No final de 1971, a Rede Globo procurava uma escola de samba para servir de cenário para a sua nova "novela das dez", Bandeira 2. Todas as escolas de samba do Rio de Janeiro se candidataram.[146] A decisão surpreendeu por escolher uma escola, naquela época, pequena: a Imperatriz Leopoldinense.[147] Misturando ficção e realidade, a novela estreou em 1 de outubro de 1971 trazendo Paulo Gracindo como o bicheiro Tucão, que seria o patrono da escola, Marília Pêra como Noely, a porta-bandeira, e Grande Otelo como Zé Catimba, um compositor. Anos mais tarde, o autor Dias Gomes adaptaria a história da novela para o teatro com o título "O Rei de Ramos". O samba-enredo de 1972, composto por Zé Katimba e Gibi, fez grande sucesso ao integrar a trilha sonora da novela.[148] Zé, inclusive, viraria personagem da novela, interpretado por Grande Otelo e também foi o intérprete oficial da escola no desfile.[149] Foi a primeira vez que um samba-enredo fez parte de uma trilha sonora de novela.[150] Para o ano de 1972, o Departamento Cultural e de Carnaval da escola desenvolveu um enredo sobre o poema ufanista Martim Cererê, do autor brasileiro modernista Cassiano Ricardo. Na obra, Martim Cererê representa a união de três raças que compõem a formação étnica brasileira: o índio, o negro e o branco.[151] Cassiano acompanhou, animado, todo o desenvolvimento do enredo.[152] O autor morreria cerca de dois anos depois, em janeiro de 1974. A exposição na televisão fez com que a Imperatriz, até então pouco conhecida, se popularizasse.[153] Um grupo de mulatas formava a comissão de frente.[154] Como resultado, a escola conquistou a sua melhor colocação até então, o 4.º lugar.[155] O resultado foi bastante comemorado, já que a escola, considerada pequena naquele tempo, terminou entre as quatro grandes daquela época.[156]
- 1973 - "ABC do carnaval à maneira da literatura de cordel."
Para o ano de 1973, o Departamento Cultural e de Carnaval da Imperatriz Leopoldinense desenvolveu um enredo sobre a Literatura de Cordel.[157] Naquele mesmo ano, este também seria o tema do enredo da escola Em cima da hora.[158] Na apuração das notas, conquistou 51 pontos, terminando na 5.ª colocação.[159]
- 1974 - "Réquiem por um sambista - Silas de Oliveira."
No ano de 1974, o departamento cultural e de carnaval da Imperatriz Leopoldinense desenvolveu um enredo em homenagem ao compositor carioca Silas de Oliveira, morto dois anos antes.[160] O sambista acompanhou a fundação da Imperatriz, que teve como madrinha a sua escola de samba do coração, Império Serrano.[161] Na apuração das notas, a escola somou 73 pontos, terminando na 6.ª colocação.[162]
- 1975 - "A Morte da Porta-estandarte."
O departamento cultural e de carnaval da escola desenvolveu um enredo baseado no conto "A Morte da Porta-estandarte", do escritor Aníbal Machado.[163] O desfile foi confeccionado pelo carnavalesco Fernando Leão.[164] A Imperatriz foi a penúltima escola a se apresentar. Na apuração das notas, somou 87 pontos, terminando na 8.ª colocação.[165]
- 1976 - "Por mares nunca dantes navegados."
Encerrando os desfiles do grupo principal, denominado Grupo 1, a Imperatriz Leopoldinense apresentou um enredo sobre o projeto português de domínio marítimo do mundo. O desfile, confeccionado por Edson Machado, foi dividido em quatro setores: Oriente, Índia, África e Brasil. Destacando as colonizações de terras nessas áreas.[166][167] Na apuração das notas, a escola somou 93 pontos, terminando no 8.º lugar.[168][169]
- 1977 - "Viagens fantásticas às terras de Ibirapitanga."
Max Lopes fez sua estreia na Imperatriz. O carnavalesco, junto ao departamento cultural da escola, desenvolveu uma continuação ao enredo do ano anterior.[170] Se em 1976, a Imperatriz abordou a descoberta do Brasil, em 1977 daria seguimento à história com os bandeirantes desbravando a nova terra. O descritivo samba-enredo não apresentava um refrão.[171] Somando 71 pontos, a escola terminou na 9.ª colocação sendo rebaixada ao Grupo 2.[172]
- 1978 - "Vamos brincar de ser criança."
Rebaixada no anterior, a Imperatriz foi a quinta escola do Grupo 2 a se apresentar. Baseada no poema "Epígrafe" do poeta Manuel Bandeira, a escola cantaria o desejo de voltar a ser criança. O departamento cultural da escola e o carnavalesco Max Lopes fizeram uma viagem às mais conhecidas histórias infantis.[173] Com 93 pontos, a escola foi vice-campeã do Grupo 2, conquistando o retorno ao grupo principal.[174]
- 1979 - "Oxumaré, a lenda do arco-íris."
De volta ao grupo principal do carnaval carioca, na época denominado Grupo 1-A, a Imperatriz Leopoldinense iniciou os desfiles daquele ano.[175] O presidente Luiz Pacheco Drummond dispensou o carnavalesco Max Lopes.[176] O enredo, desenvolvido pelo jornalista e carnavalesco Mário Barcellos, abordava a lenda do aparecimento do arco-íris após a chuva, através da tradição afro-brasileira, homenageando Oxumarê. E sobre a crendice de que quem passasse por baixo do arco-íris, mudava de sexo.[177] Abrindo o desfile, sete mulatas vestindo as cores do arco-íris. A comissão de frente representava o fascínio dos príncipes africanos. A ala das baianas representava as iaôs. Alas representavam o sol e a chuva. Destaque para as alegorias do arco-íris, de Oxumarê e da fortuna.[177] A bateria, com fantasias representando a serpente Dan, inovou desfilando com uma ala de cuíca, além de voltar com a ala de tamborins.[178] Dominguinhos do Estácio foi o intérprete e um dos compositores do samba-enredo daquele ano.[179] Somando 140 pontos, a escola terminou na 7.ª colocação.[180]
Década de 1980[editar | editar código-fonte]
- 1980 - "O que que a Bahia tem?"
Dias antes da primeira conquista da Imperatriz Leopoldinense, morria o fundador da escola, Amaury Jório. O desfile de 1980 foi dedicado ao sambista. Com a chegada do consagrado carnavalesco Arlindo Rodrigues, que já havia sido campeão algumas vezes pelo Salgueiro e, no ano anterior, campeão na Mocidade, a Imperatriz traz um enredo tradicional, a Bahia e sua rica cultura. A cantora Gal Costa desfilou como destaque no abre-alas.[181] Primando pela beleza, originalidade e requinte, característicos de Arlindo, além de um samba melodioso, composto e cantado por Dominguinhos do Estácio, a escola de Ramos conquista o seu primeiro título, dividido com a Portela e a Beija-flor.[182]
- 1981 - "O teu cabelo não nega."
A escola mantém a equipe campeã do ano anterior e conquista o seu segundo título, dessa vez sozinha. Nona escola a se apresentar, a Imperatriz fez uma homenagem ao compositor Lamartine Babo.[183] O samba-enredo composto por Gibi, Serjão e Zé Katimba apresentava o famoso refrão "Neste palco iluminado. Só dá Lalá. És presente, imortal. Só dá Lalá. Nossa escola se encanta. O povão se agiganta. É dono do carnaval". Com um desfile aliando originalidade e luxo, e um samba popular, a escola sagra-se bi-campeã, superando as duas escolas com que havia empatado no ano anterior. A escola recebeu o principal prêmio do Estandarte de Ouro, de "Comunicação com o público".
- 1982 - "Onde canta o sabiá."
Embalada com o bicampeonato conquistado no ano anterior, a Imperatriz, por pouco, deixou escapar o tricampeonato. Décima agremiação a se apresentar, a escola exaltaria as riquezas da cultura brasileira.[184] Arlindo Rodrigues confeccionou mais um carnaval de luxo e beleza.[185] O samba-enredo também foi elogiado pela crítica.[186] Devido a uma morte no ano anterior, a Riotur tinha proibido que as escolas desfilassem com destaques vivos (integrantes) nas alegorias. Porém, tanto Imperatriz quanto Beija-Flor descumpriram a ordem e foram punidas. A Imperatriz perdeu seis pontos e terminou na 3.ª colocação. Se não fosse a punição, a escola seria tricampeã.
- 1983 - "O Rei da Costa do Marfim visita Xica da Silva em Diamantina."
Xica da Silva daria uma festa para receber um rei negro em sua corte. Essa foi a forma que Arlindo Rodrigues encontrou para reeditar e unir dois de seus desfiles campeões no Salgueiro, "Xica da Silva" de 1963 e "Festa para um rei negro" de 1971.[187] O carnavalesco criaria uma história fictícia em que, como diz o título do enredo, um rei africano visitaria Xica da Silva no Brasil. Décima escola a se apresentar, a Imperatriz desfilou com o dia claro.[188] Após a comissão de frente, que seria premiada com o Estandarte de Ouro, uma grande coroa toda espelhada girava abrindo alas para a escola.[189] O desfile foi dividido em dois setores. Um setor africano, com visual rústico e muita palha. E outro setor representando a nobreza da Corte de Xica da Silva, com muito prata e dourado.[190] Com esse desfile, a Imperatriz somou 198 pontos, terminando no 4.º lugar.
- 1984 - "Alô Mamãe."
No primeiro ano do Sambódromo, a Imperatriz sofreu com a falta de recursos. Luizinho Drummond se afastou da escola e o carnavalesco Arlindo Rodrigues foi para o Salgueiro.[191] Lícia Lacerda e a carnavalesca Rosa Magalhães, em sua primeira passagem pela escola, seriam as responsáveis pelo carnaval da agremiação. As duas foram campeãs, dois anos antes, no Império Serrano, com "Bumbum Praticumbum Prugurundum", na mesma condição de poucos recursos que enfrentavam agora na Imperatriz.[192]As duas carnavalescas desenvolveriam um enredo social e bem humorado sobre a política e a situação econômica da época. O título do enredo refere-se a frase dita pelo cantor Agnaldo Timóteo em seu primeiro discurso como deputado federal em Brasília. Agnaldo desfilou como destaque no carro abre-alas, que representava um grande telefone. Os destaques ficaram por conta do casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, Chiquinho e Maria Helena, e da Comissão de frente. Ambos ganhariam nota máxima dos jurados. Rosa Magalhães e Lícia Lacerda foram premiadas com o Estandarte de Ouro de Personalidade Feminina.[193] A Imperatriz somou 189 pontos, ficando na 4.ª colocação do grupo de segunda-feira, não se classificando para disputar o Supercampeonato do sábado seguinte.[194]
- 1985 - "Adolã, a cidade mistério."
Para aquele ano, o enredo foi inicialmente desenvolvido pelo historiador João Felício dos Santos em conjunto com o carnavalesco José Félix. Porém, pouco tempo antes do carnaval, Luizinho Drummond convocaria Arlindo Rodrigues para finalizar a confecção do desfile. O enredo contava sobre lendas marajoaras e uma fictícia cidade com população mediúnica. O carro abre-alas quebrou na armação da escola. Inverteu-se a posição de desfile com o Império Serrano, enquanto diretores da Imperatriz tentavam consertar o carro. A escola estava prevista para desfilar a noite, porém, após uma sucessão de atrasos, quando a escola iniciou o seu desfile já era manhã de terça-feira. Mesmo com o tempo ganho, a escola não conseguiu consertar o abre-alas e o carro desfilou puxado por um guindaste.[195] Foi a estreia de Preto Jóia como intérprete.[196] A bateria da escola e o casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, Chiquinho e Maria Helena, levariam nota máxima dos jurados.[197] Chiquinho ainda seria premiado com o Estandarte de Ouro.[193] A Imperatriz somou 210 pontos, terminando no 8.º lugar.[197]
- 1986 - "Um jeito pra ninguém botar defeito."
Era manhã de terça-feira quando a Imperatriz Leopoldinense encerrou o carnaval de 1986. O enredo do carnavalesco Fernando Alvarez exaltaria a Nova República e as perspectivas para o futuro. A comissão de frente trouxe integrantes do grupo Cacique de Ramos e foi premiada com o Estandarte de Ouro. A passista Neide Sueli também seria premiada com o Estandarte.[193] O casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, Chiquinho e Maria Helena, mais uma vez garantiram nota máxima dos jurados.[198] O intérprete Toninho Professor era também um dos autores do animado samba-enredo. A Imperatriz continuaria sem muitos recursos, o que proporcionou um desfile alegre, porém muito simples.[199] A escola repetiu a 8.ª colocação do ano anterior, dessa vez com 197 pontos.
- 1987 - "Estrela Dalva."
Com o dia claro, a Imperatriz Leopoldinense pisou na Sapucaí para homenagear a cantora Dalva de Oliveira. Esse seria o último desfile do carnavalesco Arlindo Rodrigues, que viria a falecer no final daquele ano. O carro abre-alas trazia o nome verdadeiro de Dalva: Vicentina de Paula Oliveira. A comissão de frente trouxe famosas cantoras da MPB saudando o público e apresentando a escola, levando nota máxima dos jurados.[200] O casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, Chiquinho e Maria Helena, também levaram nota máxima do júri. Chiquinho ainda seria premiado com o Estandarte de Ouro.[193] A irmã de Dalva, Lila, desfilou muito emocionada no carro que representava a clássica canção "Bandeira Branca". Rogéria foi destaque na alegoria que representava os cassinos. Os atores Alexandre Frota e Paulo César Grande também desfilaram pela escola.[201] A Imperatriz somou 203 pontos, terminando no 6.º lugar.
- 1988 - "Conta outra que essa foi boa."
Quarta escola a se apresentar na primeira noite de desfiles, a Imperatriz desfilou sob uma chuva fraca, porém suficiente para danificar as fantasias, a maioria com plumas.[202]No enredo sobre piadas, o carnavalesco Luiz Fernando Reis brincou com tudo o que pôde. Alas e alegorias faziam referência a anedotas e piadas populares. Piadas sobre português, sobre papagaio, sobre aluno e professora, entre outras. A escola também fez suas próprias piadas. Uma alegoria trazia um cidadão decorando a nova constituição. Outro carro, representando a caravela de Pedro Álvares Cabral, questionava se o português realmente descobriu o Brasil por acaso. Uma ala representava a abolição da escravatura, "muito mais econômica do que humanitária" nas palavras da sinopse.[203] Independência do Brasil e Proclamação da República também foram questionadas. A alegoria "o gran circo lisarb" (lisarb = Brasil escrito ao contrário) trouxe esculturas do presidente José Sarney se equilibrando sobre um tonel, do Ministro Bresser Pereira tirando dinheiro da cartola e um leão domando um trabalhador. Foram homenageados humoristas e comediantes como Oscarito, Grande Otelo, Chico Anísio e suas criações, Jô Soares, Agildo Ribeiro, Golias, Os Trapalhões, Costinha, Dercy Gonçalves, Juca Chaves, Mazzaropi, entre outros. Os palhaços também foram lembrados. Encerrando o desfile, uma alegoria representando um bolo para comemorar o aniversário do Grupo Confraria do Garoto. A Porta-bandeira Maria Helena foi premiada com o Estandarte de Ouro.[193]A escola evoluiu de forma muito lenta, ultrapassando em 12 minutos o tempo limite para desfilar, sendo penalizada em nove pontos. Com isso, a escola terminou na 14.ª e última colocação do carnaval de 1988. Porém, em uma reunião após a apuração, diretores da Liesa decidiram que nenhuma escola seria rebaixada.[204]
Do último ao primeiro lugar. Após a desastrosa última colocação do ano anterior, a Imperatriz Leopoldinense se remonta para conquistar o campeonato de 1989 com um dos desfiles mais aclamados de sua história e um dos sambas mais antológicos do carnaval carioca.[205] Após o resultado do ano anterior, o presidente Luizinho Drummond promoveu uma série de mudanças na agremiação. O número de diretores administrativos foi drasticamente reduzido. A bateria deixaria de ser liderada por apenas um diretor, passando a ser comandada por sete.[206] A comissão de frente foi substituída. Foram criadas regras para os desfilantes como, por exemplo, não desfilar embriagado.[207] Em outra determinação, os componentes que não soubessem cantar o samba nos ensaios, seriam impedidos de desfilar. Além disso, Luizinho trouxe de volta à escola o intérprete Dominguinhos do Estácio e o carnavalesco Max Lopes. O enredo comemorava o centenário da Proclamação da República do Brasil. O título do enredo faz uma alusão ao Hino da República, que traz o verso "Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!". O desfile começava no fim da monarquia brasileira, passando pela Guerra do Paraguai, a chegada de imigrantes ao país, a assinatura da Lei Áurea, e terminava com a instauração da República. Segunda escola a desfilar na segunda-feira de carnaval, a Imperatriz apresentou um início de desfile de grande impacto. O primeiro setor foi predominado pelas cores branca e prata. A comissão de frente representava os nobres, com fantasias em tons branco e dourado. Logo atrás, três pares de tripés, na cor branca, com destaques femininos em cima, representavam as "asas da República". O abre-alas ("Coroa Imperial") era uma grande coroa giratória, toda espelhada, que causava um bonito efeito visual e representava a imponência da Monarquia. A alegoria seguinte representava o início da decadência do Império Brasileiro. O segundo setor apostou nas cores amarelo e dourado. A ala "liteiras" representava o trasporte dos nobres, que eram carregados pelos escravos. A primeira ala das baianas, com roupa branca e dourada, representava as mucamas dos nobres. Encerrando o segundo setor, a alegoria "o último baile da corte", representando o Baile da Ilha Fiscal, última grande festa da Monarquia. O setor seguinte representava a Guerra do Paraguai. O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Chiquinho e Maria Helena, apresentou-se à frente da bateira. No carro que representava as conquistas brasileiras durante a Guerra do Paraguai, uma águia dourada simbolizava uma embarcação com soldados e canhões. Um dos carros mais marcantes do desfile homenageava Duque de Caxias. Repleto de cavalos, canhões e soldados, a alegoria media dez metros de altura contra nove metros e meio da torre de televisão. No topo da alegoria, montado num cavalo branco, o destaque Zacarias de Oxóssi representava Duque de Caxias. Ao se aproximar da torre, um mecanismo fez com que o cavalo mais alto abaixasse. O destaque tirou o seu chapéu, passando a poucos centímetros da torre, para delírio do público, que aplaudiu.[208] Um novo setor representava a chegada de imigrantes ao país para trabalhar nas fazendas e lavouras. Três tripés, com decorações típicas, representavam as carroças que transportavam os imigrantes. O setor seguinte retratava a abolição da escravatura. Jorge Lafond foi destaque em cima de uma alegoria que simbolizava uma enorme fogueira, representando um ritual dos escravos. A segunda ala das baianas também representava mucamas, desta vez com roupas nas cores da escola. Fechando o setor, o carro que trazia um grande pergaminho representando a carta da Lei Áurea. O último setor apresentou as novas configurações sociais, na ala que representava as damas e os "almofadinhas". As alegorias seguintes eram espelhadas, nas cores da escola, e tinham a forma geométrica do brasão da República. A última ala trazia painéis que formavam a bandeira do Brasil. Encerrando o desfile, uma grande escultura representando a "águia da República". O memorável samba-enredo composto por Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir, contagiou a Sapucaí, sendo bem cantado por público e componentes, e é reverenciado como um dos melhores sambas de enredo da história do carnaval carioca.[209] Em 2012 foi escolhido para ser tema de abertura da telenovela Lado a Lado. Foi a segunda vez que um samba da Imperatriz seria tema de uma telenovela da Rede Globo, a primeira vez foi em 1972 com "Martim Cererê".[210] O samba levou nota máxima de todos os jurados e foi premiado com o Estandarte de Ouro do Jornal O Globo.[193] Na apuração das notas, Imperatriz travaria uma disputa acirrada com a Beija-Flor e o seu antológico desfile "Ratos e urubus, larguem a minha fantasia". Ao final da contagem, as duas escolas empataram com 210 pontos e os presidentes das duas agremiações chegaram a comemorar o título dividido.[211] Porém, segundo o regulamento, as notas descartadas seriam revalidadas em caso de empate. E para a alegria da escola de Ramos, o quesito desempate seria samba-enredo. A Imperatriz levara apenas notas dez no quesito, enquanto a escola de Nilópolis levou uma nota nove. O histórico samba-enredo daria a Imperatriz Leopoldinense o seu terceiro título de campeã do carnaval carioca.
Década de 1990[editar | editar código-fonte]
- 1990 - "Terra Brasilis, o que se plantou deu."
Sexta escola a se apresentar na segunda noite de desfiles, a Imperatriz Leopoldinense tentaria o seu segundo bicampeonato cantando as riquezas do Brasil. O carnavalesco Max Lopes confeccionou um desfile de luxo e beleza. A Comissão de frente representava "anjos barrocos". O carro abre-alas, com decoração tropical, trouxe a coroa da escola formada por bananas, com um abacaxi ao meio. A segunda alegoria trazia três grandes esculturas de índios. Outra alegoria representava caravelas. O último carro, "o baile", era todo decorado com plumas e um jogo de luzes que piscavam provocando um interessante efeito. No desfile do ano anterior, Zacarias de Oxóssi foi destaque em um carro alto que, ao passar pela torre de televisão, abaixaria a altura. Em 1990, Max chamaria o mesmo Zacarias para repetir o efeito. Porém, dessa vez, a ideia não deu certo. A alegoria, que representava um grande castelo medieval, era bem mais alta do que a torre de televisão. A escola investiu em um mecanismo para que o castelo abaixasse e o carro passasse por baixo da torre. Mas o mecanismo falhou e a escola ficou alguns minutos parada. Zacarias teve que se abaixar, e com muita dificuldade o carro passou pela torre.[208] Apesar do bom samba-enredo, a escola não empolgou como no ano anterior.[212] Na classificação oficial, a escola terminou na 4.ª colocação.
- 1991 - "O que é que a banana tem?"
Com a ascensão da Viradouro ao grupo Especial, Max Lopes se desligaria da Imperatriz, preferindo continuar na escola de Niterói, onde ganhou o campeonato do grupo de Acesso no ano anterior. Viriato Ferreira assumiria a escola naquele que seria o seu último carnaval. Quarta escola a desfilar na primeira noite de apresentações, a Imperatriz contou a história da banana. A Comissão de frente apresentou-se tradicionalmente de fraque e cartola com um cacho de banana. O carro abre-alas trazia a coroa, símbolo da Imperatriz, na forma de uma penca de bananas. O primeiro setor tratou da origem do fruto no sul da Ásia e das Ilhas Canárias, ilustrado pelo carro da colheita, puxado por touros e contendo um enorme cesto da fruta. Uma grande nau simbolizou a chegada do fruto trazido por colonizadores espanhóis e adaptada de imediato pelas populações indígenas, sendo difundida por toda a América e chegando ao Brasil. A modelo Melissa Benson fez sucesso sambando praticamente nua dentro de uma fonte no carro que simbolizava a banana d’água. O carro da Corte do Maracatu apresentou a banana ouro. A alegoria "banana de São Tomé" trouxe componentes com barrigas postiças junto a ala dos noivos, afinal banana engorda e faz crescer. A alegoria "Quitutes de banana" trazia foliões gordos como destaques. Um enorme candelabro, cercado de refinados objetos na cor prata, representou a banana prata. O carro dos doces, mostrou componentes obesos com quitutes como taças de banana split e um enorme bolo. A ala das baianas abriu o setor do tropicalismo, representado num carro da floresta tropical. Na sequência, o carro da banana no carnaval, com pierrôs e colombinas. Por fim, no carro banana da terra mostrou que a banana adquiriu outros significados entre nós, como a de um gesto de raiva e agressão. Palhaços, em meio a sacos de dinheiro, de onde saíam braços que davam “bananas” ao público, em alusão ao confisco da poupança do Governo Collor. O animado samba-enredo contém o alusivo "o meu sonho de ser feliz, vem de lá sou Imperatriz", que se tornaria característico da escola nos anos seguintes. Preto Jóia foi efetivado como primeiro intérprete da escola. Um desfile leve e divertido que rendeu à Imperatriz o 3.º lugar.[213]
- 1992 - "Não existe pecado abaixo do Equador."
O ano de 1992 marcaria o início de uma gloriosa fase para a Imperatriz Leopoldinense. Muito doente, Viriato Ferreira se desligaria da escola, indicando Rosa Magalhães para o seu lugar.[214] Foi o primeiro desfile de Rosa, sozinha, como carnavalesca da escola. Quarta agremiação a passar pela Sapucaí na primeira noite de desfiles, a Imperatriz apresentou um enredo em homenagem aos 500 anos da descoberta oficial do continente americano pelos europeus. A Comissão de frente, coreografada pelo estreante Fábio de Mello, representava os navegadores e trajava fantasias detalhadas e cheias de brilho. O carro abre-alas retratava a exuberância da fauna e da flora do continente americano. A ala do barracão veio fantasiada com uma grande malha verde-água que, à medida em que os foliões se movimentavam, imitava as ondas do mar, agradando ao público e sendo premiada com o Estandarte de Ouro.[193] As fantasias da bateria traziam caravelas na cabeça de cada um dos componentes. Rosa Magalhães mostraria já em sua estreia, a criatividade e o requinte que seriam característicos em seus desfiles posteriores na agremiação.[215] A escola repetiu a classificação do ano anterior, terminando na 3.ª colocação.
- 1993 - "Marquês que é marquês do sassarico é freguês!"
Encerrando a primeira noite de desfiles do grupo Especial, a Imperatriz Leopoldinense aproveitou o bicentenário do nascimento de Cândido José de Araújo Viana, o Marquês de Sapucaí, para contar a história do carnaval desde os tempos do Marquês até a consagração dos desfiles das escolas de samba na avenida que carrega o seu nome. Daí o exótico título do enredo. Fábio de Mello realizaria a primeira de uma série de Comissões de frente históricas. Os componentes trajavam roupa de gala, com luva e capa e traziam máscaras inspiradas no carnaval de Veneza. No carro abre-alas, todo em preto e branco, três grandes pierrôs giravam enquanto seus braços subiam e desciam conforme o movimento de destaques caracterizadas como colombinas. A primeira parte do enredo mostrava o carnaval do século XIX (no tempo do Marquês), com destaque para as fantasias alusivas ao carnaval de Veneza e para a ala das damas. A bateria, fantasiada de arlequim e sob comando de Mestre Beto, deu boa cadência ao animado samba-enredo interpretado por Preto Jóia e Rixxa, conduzindo a escola a uma boa exibição em termos de evolução e harmonia. O enredo passou pelos entrudos, pelos bailes de máscaras, pelos carnavais de rua e pelo luxo das sociedades. A segunda parte do desfile, por sua vez, homenageou os carnavalescos que fizeram história nos desfiles das escolas de samba. Na homenagem a Arlindo Rodrigues, a Imperatriz mostrou a bela alegoria denominada "O que é que a Bahia tem". A ala das baianas desfilou com fantasias muito elegantes, trabalhadas em prata e branco. A homenagem a Fernando Pinto se deu com um carro referente ao enredo "Tupinicópolis", mais precisamente uma nova versão do "Tatu Guerreiro", alegoria marcante do carnaval feito por Fernando. O enredo "Ratos e urubus larguem minha fantasia" foi lembrado na homenagem a Joãosinho Trinta e Viriato Ferreira. Viriato trabalhava com Rosa Magalhães na confecção do carnaval daquele ano quando faleceu, no final de 1992.[216] A escola levou cinco prêmios Estandarte de Ouro, para a Comissão de Frente de Fábio de Mello, para a ala das baianas, para o intérprete Preto Jóia, para o Mestre-sala Jerônimo e para a carnavalesca Rosa Magalhães como personalidade do ano.[193] Com esse desfile, a escola conquistou o vice-campeonato do carnaval de 1993, atrás apenas do antológico "Peguei um Ita no Norte" do Salgueiro.
- 1994 - "Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajères."
Para conquistar o título de campeã, a Imperatriz Leopoldinense apresentou o enredo sobre uma excêntrica festa realizada na França do século XVI, oferecida ao Rei Henrique II e a Rainha Catarina de Médici. Na ocasião, cerca de 50 indígenas brasileiros foram transportados para a França afim de representarem na festa seus hábitos e costumes. Esse seria o primeiro dos campeonatos conquistados pela carnavalesca Rosa Magalhães na agremiação. Curiosamente, a escola Império Serrano, que desfilou horas antes, apresentou um enredo sobre a mesma festa, porém não teve a sorte da escola de Ramos.[217] Encerrando a primeira noite de desfiles do grupo Especial de 1994, a Imperatriz apresentou mais um desfile de luxo e perfeição técnica.[218] Mais uma Comissão de frente histórica de Fábio de Mello. Representando dançarinos da corte francesa, os integrantes desenvolviam movimentos com grandes leques verdes e dourados.[219] O escritor francês Michel de Montaigne, o primeiro homem de letras a registrar os índios brasileiros na festa em Ruão, foi retratado na última alegoria da escola, que trouxe o cantor Elymar Santos como destaque. O ousado samba-enredo reuniu termos em francês, como no verso: "Mon amour c'est si beau! Esse jogo, essa dança, Tabajer, Tupnambôs".[220] A escola foi premiada com o Estandarte de Ouro de melhor Ala das Baianas, melhor Ala das Crianças, e melhor Porta-bandeira para Maria Helena.[193] Na apuração das notas, a Imperatriz só levou três notas diferentes de 10 e garantiu com tranquilidade o título de campeã do carnaval carioca, 3,5 pontos a frente do vice-campeão Salgueiro, invertendo o resultado do ano anterior.[221]
- 1995 - "Mais vale um jegue que me carregue que um camelo que me derrube, lá no Ceará..."
A Imperatriz conquista o seu segundo bicampeonato apresentando um enredo sobre a fracassada expedição científica ao sertão do Ceará, organizada por D. Pedro II, que contou com quatorze camelos vindos da Argélia, e que não resistiram ao clima do sertão sendo substituídos por jegues nordestinos. O título é uma referência à fala de uma personagem da obra "A farsa de Inês Pereira" de Gil Vicente - teatrólogo português do século XV - "Mais vale um asno que me carregue, que um cavalo que me derrube". A sinopse de Rosa Magalhães terminava com a frase "Abaixo o camelo! Viva o jegue!".[222] Na Comissão de Frente, coreografada por Fábio de Mello, integrantes evoluíam usando sombrinhas nas cores da agremiação, causando um bonito efeito.[223] Afastada da Portela, Luiza Brunet assumiu o posto de Rainha de Bateria da Imperatriz. O penúltimo carro, que representava a viagem dos camelos, quebrou antes de entrar na avenida e seus componentes tiveram que desfilar a pé, afim de impedir que se formasse um "buraco" entre as alas.[224] Na época, o regulamento não previa nenhuma punição caso uma escola desfilasse com alegorias faltando.[225] E os jurados julgaram que o enredo não foi prejudicado com a falta da alegoria.[226] Encerrando o desfile, o carro "Viva o Jegue" soltou balões pela avenida e contou com a presença dos cearenses Fagner, Renato Aragão e Tom Cavalcante. A escola foi premiada com o Estandarte de Ouro de melhor Comissão de frente e melhor Ala das Baianas. Na apuração das notas, a Imperatriz desbancou a favorita Portela e faturou o título de bicampeã do carnaval carioca com 300 pontos contra 299,5 da escola de Madureira.[227]
- 1996 - "Imperatriz Leopoldinense Honrosamente Apresenta: Leopoldina, a Imperatriz do Brasil."
Sexta escola a se apresentar na segunda noite de desfiles, a bicampeã Imperatriz Leopoldinense tentaria o tricampeonato contando a história da Imperatriz que dá nome a escola, Dona Maria Leopoldina de Áustria, a primeira esposa do Imperador D. Pedro I. O desfile aliou a perfeição técnica da escola ao requinte e bom gosto da carnavalesca Rosa Magalhães.[228] A Comissão de frente nota 10, de Fábio de Mello, veio tocando violino e representando o casamento de D. Pedro I com a Imperatriz Leopoldina. A alegoria "Passeio de Trenó" causou grande efeito ao jorrar flocos de espuma, simulando uma nevasca.[229] A alegoria representando a chegada de Leopoldina ao Brasil lembrou o quadro "O desembarque da arquiduquesa Leopoldina" de Debret. O carro "Festa de Noivado", todo decorado com castiçais, trouxe o cantor Sidney Magal representando D. Pedro I.[230] A última alegoria trouxe uma fiel reprodução do Monumento à Independência, localizado na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, com um destaque vivo representando Dom Pedro I. O samba-enredo tem como um de seus compositores o intérprete Dominguinhos do Estácio, que auxiliou Preto Jóia na condução do samba durante o desfile. A Imperatriz Leopoldinense foi premiada com o Estandarte de Ouro de melhor escola do ano, e de melhor samba-enredo.[231] Na leitura das notas a Imperatriz perdeu apenas meio ponto, no quesito Evolução. Concluiu-se que a escola desfilou com fantasias luxuosas, porém pesadas, o que dificultou a evolução dos componentes. A escola foi vice-campeã com 299,5 pontos contra 300 pontos da campeã Mocidade.[232]
- 1997 - "Eu sou da lira, não posso negar…"
Sétima escola a se apresentar na primeira noite de desfiles de 1997, a Imperatriz Leopoldinense fez uma homenagem à compositora Chiquinha Gonzaga. Rosa Magalhães desenvolveu um enredo em cima das composições e da biografia de Chiquinha, fazendo alusões a instrumentos musicais e ao carnaval de rua do século XIX. Mais uma comissão de frente memorável do coreógrafo Fábio de Mello. Os componentes usavam capas, que quando abertas, representavam teclas de piano. Nota 10 de todos os jurados e Estandarte de Ouro de melhor Comissão do ano. A Ala das Baianas também foi premiada com Estandarte.[193] O carro abre-alas, em tom dourado, trazia liras e candelabros misturados a temas carnavalescos. A segunda alegoria ("Presépio") era colorida, porém suave, e fazia referência à primeira composição de Chiquinha, com anjos detalhados e delicados. A terceira alegoria representava uma "loja de instrumentos". Muitas alas representando o carnaval de rua, em especial o cordão Rosa de Ouro. Na alegoria "A corte da roça", componentes interpretavam o momento em que policiais fechavam as cortinas do teatro, censurando o maxixe de Chiquinha. O último carro alegórico representou o Palácio do Catete.[233] No entanto, a escola enfrentou alguns problemas em sua evolução. Clarões foram deixados na pista após a apresentação do Mestre-sala e da Porta-bandeira - Chiquinho e Maria Helena - e o segundo carro quebrou bem em frente a cabine de jurados, atrapalhando a chegada das alas que vinham atrás. Além disso, o samba demorou a contagiar o público, o que aconteceu apenas no final do desfile, quando a bateria já tinha entrado no boxe.[234] Essa sequência de problemas acarretou na perda de pontos preciosos, em especial no quesito Evolução. Na apuração, Imperatriz e Porto da Pedra terminam empatadas com 177,5 pontos, porém a escola novata de São Gonçalo levou a melhor no quesito desempate (samba-enredo), deixando a Imperatriz na 6.ª colocação. 1997 foi a única vez que a escola não retornou ao desfile das campeãs entre 1989 e 2005.
- 1998 - "Quase Ano 2000…"
Terceira escola a se apresentar na segunda noite de desfiles, a Imperatriz mudaria radicalmente de estilo. A carnavalesca Rosa Magalhães mostrou toda a sua versatilidade ao aceitar o desafio de realizar um carnaval futurista sobre o novo milênio. O luxo deu lugar à criatividade, enquanto plumas e tecidos caros são trocados por materiais mais baratos e funcionais. A destreza e o bom gosto, porém, continuaram o mesmo. A Comissão de frente representava homens alados que se transformavam em pássaros e foguetes, e recebeu nota 10 de todos os jurados. O carro abre-alas flertava com o high tech popularizado por Renato Lage na Mocidade.[235] Outra alegoria fazia referência ao filme "Metrópolis". Fechando o desfile, a escola apresentou a Ala das Baianas representando o globo terrestre, num alerta para a preservação ecológica e para a biodiversidade. A ala foi premiada com o Estandarte de Ouro. A Bateria representava robôs, com fantasias de três metros de altura, e também receberam o Estandarte como melhor ala do ano.[193] Mesmo com um desfile diferente ao que estava acostumada a apresentar, a Imperatriz se saiu muito bem, conquistando o 3.º lugar com 269,5 pontos, apenas meio ponto atrás das campeãs Beija-Flor e Mangueira.
- 1999 - "Brasil mostra a sua cara em… Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae."
Patrono da Imperatriz Leopoldinense, Luizinho Drummond foi eleito presidente da LIESA no final de 1998.[236] Nos três anos em que presidiu a Liga, a Imperatriz foi tricampeã do carnaval carioca. Encerrando os desfiles de 1999, a escola voltou a investir em um tema histórico sobre a expedição holandesa comandada por Maurício de Nassau, que trouxe diversos artistas e cientistas que acabaram deixando marcas importantes em Recife e no Brasil, além de terem estudado a fauna e a flora brasileira. Os resultados foram publicados em diversos volumes intitulados "Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae" (Teatro com as coisas naturais do Brasil). A carnavalesca Rosa Magalhães desenvolveu um desfile de requinte, com fantasias luxuosas e alegorias ricas em detalhes. A Comissão de frente, liderada por Fábio de Mello, representava a nobreza holandesa. Em uma das coreografias, os componentes formavam o mapa do Brasil. Em outro momento, lançavam ao ar tecidos em tons verde e amarelo, causando um interessante efeito. As Baianas vieram vestidas de borboletas.[237] Na apuração, a Imperatriz Leopoldinense só perdeu meio ponto, no quesito Alegorias e Adereços e foi a campeã do ano com 269,5 pontos. A Beija-Flor perdeu 0,5 em Evolução e 0,5 em Harmonia, sendo vice-campeã com 269 pontos. Uma grande surpresa, já que a escola de Ramos não era apontada entre as favoritas.[238] Durante a transmissão da apuração, ao vivo pela televisão, foi mostrada a quadra da escola com poucos torcedores, indicando que nem os componentes estavam confiantes no título. Logo após a divulgação, porém, a quadra ficou lotada.[239]
Década de 2000[editar | editar código-fonte]
- 2000 - "Quem descobriu o Brasil, foi seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval."
A Imperatriz Leopoldinense é bicampeã do carnaval pela terceira vez, fato inédito no Sambódromo. Em 2000 todas as agremiações fizeram enredos para comemorar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Quarta escola a desfilar na segunda noite de desfiles, a Imperatriz contou na avenida a história da viagem que levou Cabral a descobrir o Brasil. A Comissão de frente, liderada por Fábio de Mello, representava “os perigos do mundo desconhecido”. Os componentes carregavam adereços e em determinado momento da coreografia se juntavam formando a caravela de Pedro Álvares Cabral, causando grande impacto visual ao complementar o carro abre-alas, que representava as conquistas de D. Manuel, o venturoso.[240] A carnavalesca Rosa Magalhães usou o dourado ao lado de cores fortes, como lilás, rosa-choque e vermelho, principalmente nas primeiras alegorias, que faziam referência ao comércio de Portugal com a Ásia e a África. O último carro alegórico representava a descoberta do Brasil "dois meses depois do carnaval" e trazia a escultura de um rei momo e outra de Lamartine Babo, autor da marchinha que deu nome ao enredo. O famoso compositor carioca - que "desfilava" pela segunda vez na escola (a primeira foi em 1981, quando foi homenageado no desfile campeão "O teu cabelo não nega") - foi considerado um verdadeiro talismã. O samba-enredo foi bem cantado pelos componentes e bem conduzido por Paulinho Mocidade, que estreava na Imperatriz substituindo Preto Jóia, que deixou a agremiação após 9 anos como o intérprete oficial da escola. Foram premiadas com o Estandarte de Ouro a Comissão de Frente, a Ala das Baianas e a ala "Baianinhas".[193] Imperatriz e Beija-Flor lideraram toda a apuração. As duas perderam 0,5 ponto no quesito Mestre-sala e Porta-bandeira. A escola de Nilópolis perderia mais 0,5 ponto no quesito Conjunto e a história do ano anterior se repetiria com a Imperatriz campeã, meio ponto a frente da Beija-Flor.[241]
- 2001 - "Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco… Quero vê descê o suco, na pancada do ganzá."
Com um desfile impecável, a Imperatriz Leopoldinense torna-se a primeira tricampeã da era Sambódromo e do novo século. O quinto título de Rosa Magalhães na agremiação. Quarta escola a se apresentar na segunda noite de desfiles, a Imperatriz realizou um alegre desfile sobre a cachaça.[242] A qualidade das alegorias e a originalidade e malícia do enredo sobre a cana-de-açúcar (que terminaria numa homenagem ao compositor mangueirense Carlos Cachaça), associados ao samba de forte apelo popular que empolgou a escola, foram a receita para o sucesso. A Bateria da agremiação veio fantasiada de cana, causando um bonito efeito de canavial. O último setor da escola veio homenageando a Estação Primeira de Mangueira, como se começasse um mini desfile, com direito a Comissão de frente e ala das baianas. Uma ala com 12 componentes de capa fazia referência à comissão de frente da verde-e-rosa de 1978. Logo após, a ala das baianas da Imperatriz também vestiu verde e rosa.[243] Elymar Santos representou Carlos Cachaça no carro que encerrava o desfile.[244] Curiosamente, a Mangueira desfilou logo após a Imperatriz. O samba-enredo foi bem cantado pelos componentes e por Paulinho Mocidade, numa enérgica atuação que lhe rendeu o Estandarte de Ouro de melhor intérprete do ano.[193] Na apuração, a Imperatriz confirmou o favoritismo, levando nota dez de todos os jurados, em todos os quesitos, e sagrando-se a primeira tricampeã da era Sambódromo.[245] No desfile das campeãs, a escola foi vaiada por torcedores rivais.[246][247]
- 2002 - "Goitacazes… Tupi or not Tupi in a South American Way."
Quinta escola a se apresentar na segunda noite de desfiles, a Imperatriz Leopoldinense, atrás do quarto título seguido, fez o que sabe: um desfile compacto e correto. Falando sobre os índios de Campos e brincando com uma versão tupiniquim do american way of life, a escola recebeu, no início do desfile, algumas vaias de torcedores rivais ainda insatisfeitos com os três campeonatos dos anos anteriores.[248] A Prefeitura de Campos, que teria patrocinado o desfile, ameaçou processar a escola por achar que a cidade não foi retratada no desfile.[249] De fato, Rosa Magalhães optou por abordar os costumes dos índios canibais que viviam na cidade. Associou isto ao Movimento Antropofágico; voou para os personagens Peri e Ceci da obra romântica "O Guarani", da autoria de José de Alencar e que virou ópera de Carlos Gomes; passou por Macunaíma e o Modernismo; por Iracema e o Tropicalismo, e fechou com Carmem Miranda e Chacrinha.[250] A Comissão de frente trouxe quinze bailarinos representando bichos-papões, numa divertida coreografia de Fábio de Mello, e pela décima vez seguida conquistou nota dez de todos os jurados do quesito.[251] A bateria de Mestre Beto fez mais uma apresentação irrepreensível e também levou apenas notas dez.[252] Porém o tetracampeonato não foi possível, terminando na 3.ª colocação.
- 2003 - "Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro e a cara de mau…"
Com o dia claro, a Imperatriz Leopoldinense encerrou os desfiles daquele ano. Rosa Magalhães desenvolveu um enredo sobre a pirataria em várias formas e épocas. Tentando se afastar do estigma de só fazer desfiles técnicos e sem empolgação, a escola apostou numa apresentação mais leve, bem-humorada, com fantasias coloridas e um samba-enredo divertido, com apelo popular.[5] A Comissão de frente trouxe um baú com tesouro, e os componentes vestidos de caveiras piratas numa divertida coreografia de Fábio de Mello. O abre-alas trouxe uma caveira coberta de jóias. O consagrado casal de Mestre-sala e Porta-bandeira Chiquinho e Maria Helena, mãe e filho, completavam vinte anos juntos defendendo a escola de Ramos. O terceiro carro fez uma leitura infanto-juvenil do enredo, representando a Terra do Nunca e seus componentes personificados como o Capitão Gancho, a fada Sininho e um Peter Pan voador. A alegoria "Pirataria S.A." criticou a pirataria profissional e apresentou carros, CDs, calçados, brinquedos e outros itens pirateados na sociedade, trazendo ainda dizeres alertando para a situação. A última alegoria, "O pirata do carnaval dos sete mares não tem nada de mal", trouxe à frente a modelo Daniela Sarahyba e, no alto, o cantor Elymar Santos personificando o "pirata do carnaval". As baianas brilharam com uma roupa dourada representando os "Tesouros ambicionados pelos piratas" e foram premiadas com o Estandarte de Ouro. Na classificação oficial, o 4.º lugar.
- 2004 - "Breazail."
Terceira escola a se apresentar na segunda-feira de carnaval, a Imperatriz Leopoldinense cantou a cidade de Cabo Frio tendo como fio condutor a extração de pau-brasil naquela região no período Brasil Colônia, tendo levado nota dez de todos os jurados do quesito Enredo.[253] A palavra "breazail" tem origem celta e significa vermelho, além de lembrar o nome do Brasil.[254] David do Pandeiro foi demitido pelo presidente de honra da escola, Luizinho Drummond, durante o ensaio técnico.[255] Ronaldo Yllê, que era o segundo puxador da Imperatriz, defendeu o samba na avenida. A Comissão de frente trouxe "bruxas alquimistas", que ferviam substâncias no caldeirão, e prenunciava a beleza e a categoria do carnaval de uma Imperatriz muito colorida, especialmente em vermelho, como pedia o enredo.[256] O carro abre-alas trazia a escultura de uma bruxa mexendo um caldeirão. Na viagem proposta pela carnavalesca Rosa Magalhães, a história da cor vermelha nas civilizações celta, chinesa e, claro, brasileira, com a extração do pau-brasil em Cabo Frio. Para isso, trocou o verde e branco pelo vermelho, e mais uma vez competente, se credenciou ao título. A escola foi agraciada com dois prêmios Estandarte de Ouro, com a ala "utopia" sendo escolhida a melhor do ano e Denise Nascimento eleita a melhor passista.[257] Com esse desfile conquistou o 5.º lugar.
- 2005 - "Uma delirante confusão fabulística."
Quinta escola a se apresentar na segunda noite, teve seu desfile atrasado em mais de uma hora pelos problemas acontecidos com a Portela, que havia desfilado anteriormente. A Imperatriz Leopoldinense fez uma homenagem aos 200 anos de nascimento do autor dinamarquês de histórias e contos infantis Hans Christian Andersen e ao escritor brasileiro Monteiro Lobato.[258] Mais um enredo desenvolvido de forma impecável por Rosa Magalhães, resultando em notas dez de todos os jurados de enredo. A comissão de frente ("Príncipes em transformação"), coreografada por Fábio de Mello, trouxe quinze bailarinos representando cisnes e também recebeu nota dez de todo o júri.[259] O carro abre-alas ("Era uma vez...") trazia uma escultura do escritor dinamarquês e uma réplica de um pequeno teatro, de onde a corte do Reino de Fadas saía e evoluía. Outro carro que impressionou pelo preciosismo na confecção foi a alegoria "A Carroça" que representava a história "O Rouxinol e o Imperador da China". Cerca de 200 réplicas de porcelana chinesa feitas de isopor e papel decoravam a alegoria. A roupa das baianas representava "A rainha da neve". Destaque também para a alegoria "O soldadinho de chumbo - O quarto dos brinquedos". Dois carros interligados traziam bailarinas e soldadinhos de chumbo em coreografias que simulavam movimentos de brinquedos de corda. Por fim, uma homenagem ao escritor brasileiro Monteiro Lobato com alas e um carro sobre o "Sítio do Picapau Amarelo".[260] A Imperatriz convidou Mestre Jorjão para auxiliar Mestre Beto e o ponto alto da bateria foi a paradinha no estilo afoxé. O alegre samba-enredo foi bem cantado pelos componentes e pelo público. Encerrou sua apresentação aos gritos de "É campeã!".[261] Na classificação oficial, terminou no 4.º lugar.
- 2006 - "Um por todos e todos por um."
Renovação na bateria da escola com Mestre Jorjão assumindo o comando dos ritmistas, e Luciana Gimenez substituindo Luiza Brunet, que decidiu se afastar do carnaval. Terceira escola a desfilar no domingo de carnaval, a apresentação começou com uma fraca chuva que, no entanto, não trouxe maiores prejuízos à agremiação. Desenvolvido por Rosa Magalhães, o enredo contou a história do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi sob a visão do escritor francês Alexandre Dumas.[262] A comissão de frente de Fábio de Mello trouxe guerreiros com cavalos, que puderam andar pela avenida graças a armações com rodas na estrutura, e foi premiada com o Estandarte de Ouro. Logo atrás, uma ala representando a Corte Francesa apresentava-se fazendo uma coreografia de baile, à frente do carro abre-alas. A seguir, grandes bonecos lembravam o Carnaval de Nice, cidade natal de Garibaldi.[263] A bateria da Imperatriz deu um show a parte, com os ritmistas se agachando na avenida. Um momento marcante do desfile estava reservado para a parte final. Com a saída de seu tradicional casal de mestre-sala e porta-bandeira, Chiquinho e Maria Helena, esta passou a desfilar como destaque da ala das baianas fazendo grande sucesso em sua nova função. Desfilaram pela escola, o ator Murilo Rosa representando Giuseppe Garibaldi e a atriz Joana Balaguer como Anita.[264] Apesar do luxo e requinte costumeiros da escola, o samba-enredo não empolgou o público e os componentes, o que esfriou a apresentação.[265] A escola terminou na 9.ª colocação, ficando de fora do desfile das campeãs e interrompendo um grande período de boas colocações.
- 2007 - "Teresinhaaa, uhuhuuuu!! Vocês querem bacalhau?"
Em 2007, Preto Jóia volta a ser o intérprete oficial da agremiação. Luciana Gimenez continuou à frente da bateria de Mestre Jorjão. A carnavalesca Rosa Magalhães desenvolveu um enredo que misturava bacalhau, Noruega, mitologia nórdica, Chacrinha e carnaval pernambucano.[266] A Comissão de frente de Fábio de Mello trouxe bailarinos representando criaturas metade homem, metade peixe e desenvolveram uma coreografia utilizando luzes em suas fantasias.[267] O colorido abre-alas ("O Velho Guerreiro, amigo do bacalhau") trazia uma escultura de Chacrinha dentro de um barco com decoração tropical (abacaxis e bananas).[268] Outra alegoria retratava o encontro entre o gelo e o fogo que originou a criação de terras e oceanos, segundo a cultura nórdica.[269] Depois foi mostrado o bacalhau em suas mais diferentes apresentações, desde o peixe pescado em alto mar até a iguaria salgada pelos bascos e servida nos banquetes medievais. Da Noruega para Pernambuco, o desfile terminou em carnaval, homenageando os 100 anos do frevo, comemorados em 2007. As baianas vieram representando as damas do Maracatu. Fechando o desfile, o bloco Bacalhau do Batata - tradicional de Olinda. A animação e a beleza da ala representando o bloco deram a ela o prêmio Estandarte de Ouro de melhor ala de 2007.[270] O samba-enredo não empolgou nem o público, nem os componentes que desfilaram, em sua maioria, sem cantar, recebendo notas baixas em Harmonia.[271] Pelo segundo ano consecutivo, a escola terminou no 9.º lugar.
- 2008 - "João e Marias."
2008 marcou a saída de Fábio de Mello da Imperatriz. Durantes os 15 anos em que foi responsável pela Comissão de Frente da escola, ganhou nota máxima do júri por 12 vezes, nos anos de 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002 e 2005, e levou 5 prêmios Estandarte de Ouro. Retornando aos enredos históricos, a carnavalesca Rosa Magalhães fez o seu melhor: um enredo bem desenvolvido e de extremo bom gosto. Falando sobre as Marias da vida de Dom João VI, a escola foi premiada com o Estandarte de Ouro de melhor enredo do ano. Foi a terceira a se apresentar na segunda-feira de carnaval. A riqueza cromática do desfile, que começava com as cores pastéis da corte de Maria Antonieta, passava pelo bleu, blanc, rouge da Revolução Francesa, pelo verde e amarelo do Brasil e terminava no verde, ouro e branco da Imperatriz, foi uma verdadeira aula de arte da carnavalesca.[272][272] A comissão de frente “Princesas Marias em baile de gala”, da estreante coreógrafa Alice Arja, trouxe homens travestidos de mulher dançando um balé.[273] O final do desfile apresentava a heráldica leopoldinense, com alas representando as estrelas, a coroa e a própria bandeira da escola. Luiza Brunet voltou ao posto de rainha de bateria.[274] O estreante Mestre Marcone foi premiado com o Estandarte de Ouro de revelação do carnaval após o eficiente trabalho de revitalização da bateria da escola, que culminou em notas 10 de todos os jurados.[275] O samba-enredo também levou apenas notas 10, além de ser premiado com o Estandarte de Ouro.[276] Na apuração, Imperatriz e Unidos da Tijuca empataram com 396,5 e a escola tijucana levou a melhor no quesito desempate (comissão de frente), deixando a Imperatriz no 6.º lugar, de volta ao desfile das campeãs após dois anos fora.
- 2009 - "Imperatriz… só quer mostrar que faz samba também!"
No seu cinquentenário, a escola de Ramos resolveu falar sobre a sua própria história através de uma homenagem ao seu bairro. Foi mostrada a formação do bairro de Ramos, os banhos de mar, a criação da Imperatriz Leopoldinense e os seus principais títulos, e uma homenagem ao Cacique de Ramos, Grupo Fundo de Quintal e outros artistas oriundos do bairro. A carnavalesca Rosa Magalhães desenvolveu um desfile alegre, leve e criativo, com fantasias de fácil leitura, o que rendeu o Estandarte de Ouro de melhor ala em 2009 para a ala "os pimpolhos se divertem".[277] A comissão de frente representou a estação de Ramos, com um tripé representando um trem. A excelente apresentação da bateria consolidou Mestre Marcone como um dos melhores daquela época.[278] Desfilaram pela escola Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Beth Carvalho e integrantes do Grupo Fundo de Quintal.[279] Porém, afetada pela crise econômica mundial instaurada no final do ano anterior, a escola apresentou um desfile irregular, sem o luxo e a grandeza dos anos anteriores. A escola apresentou problemas de acabamento e estética em algumas alegorias, como por exemplo, o tripé que homenageava o título de 1989.[208] O carro abre-alas, branco com detalhes em verde fluorescente, também não causou impacto.[280] A escola passou seu aniversário de 50 anos fora do desfile das campeãs, terminando no 7.º lugar.
Década de 2010[editar | editar código-fonte]
- 2010 - "Brasil de todos os deuses."
Após 18 anos à frente da escola (5 títulos e 2 vice-campeonatos), em 2010 Rosa Magalhães deixa a Imperatriz. Max Lopes volta a ser carnavalesco, assim como Dominguinhos do Estácio, que volta a cantar na agremiação após 20 anos. Segunda escola a desfilar no domingo de carnaval, a escola teve problemas com um desfile que tratava da religiosidade do brasileiro. O desfile luxuoso, com alegorias grandes e fantasias pesadas, apresentou diversos problemas.[281] O abre-alas ("A Coroa das Divindades"), todo em branco com detalhes prata, trazia à frente do carro um par de cavalos-alado que tendiam a sair do eixo central da pista, deslizando para as laterais. Ajudantes da escola tentavam com muito esforço manter o carro em linha reta. Outra alegoria, denominada "Terra de Tupã" também teve dificuldades para entrar na avenida. Problemas que acabaram atrapalhando a evolução da escola, que teve que correr no final do desfile e terminou sua apresentação a um minuto do limite previsto.[282] O grande destaque do desfile foi a bateria de Mestre Marcone, numa apresentação impecável com diversas paradinhas e algumas "paradonas" durante as quais o samba era sustentado apenas pelo coro da escola, tendo levado nota dez de todos os jurados. O bonito samba-enredo também levou apenas notas dez dos jurados, além de ser premiado com o Estandarte de Ouro. Na classificação oficial, uma modesta 8.ª colocação.
- 2011 - "A Imperatriz adverte: sambar faz bem a saúde!"
Com Max Lopes como carnavalesco e Dominguinhos do Estácio como intérprete oficial, a Imperatriz Leopoldinense foi a terceira escola a desfilar no domingo de carnaval. Levou a medicina para a Sapucaí, com alegorias grandiosas e fantasias luxuosas, abordando as curas africanas e hindús, os Deuses da Mesopotâmia, a medicina moderna, a alquimia, a ciência médica, medicina medieval, medicina na Grécia e mitologia (Centauro, Deuses Gregos), medicina taoísta (dos países asiáticos), os rituais de magia e curandeirismo, remédios e genéricos, as doenças, a relação entre o banho e o relaxamento, a filosofia da medicina, além de homenagear Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e Vital Brasil. A comissão de frente coreografada por Alex Neoral representou os doutores da alegria (palhaços que se vestem de médicos e visitam crianças em hospitais) e agradou o público com uma divertida apresentação cheia de acrobacias em cima de camas elásticas que representavam macas hospitalares. O carro abre-alas representava o curandeirismo africano e a coroa, símbolo da escola, era formada por grandes chifres de antílopes.[283] Destaque também para a bateria de Mestre Marcone, em mais uma excelente apresentação.[284] Pelo segundo ano consecutivo, o samba-enredo da escola foi premiado pelo Estandarte de Ouro como o melhor do ano. A ala das baianas veio com fantasias nas cores azul, salmão e dourado, representando "os banhos e as poções para relaxar", e também foi premiada com o Estandarte. Na classificação oficial terminou na 6.ª colocação, retornando ao desfile das campeãs após dois anos fora.
- 2012 - "Jorge, amado Jorge."
Com a continuidade de Max Lopes como carnavalesco e Dominguinhos do Estácio como intérprete oficial, a Imperatriz Leopoldinense escolheu como tema o escritor Jorge Amado. Mestre Marcone se desligaria da escola após uma briga com o presidente Luizinho Drummond. Ele seria assassinado em maio de 2012.[285] Em seu lugar a escola aposta novamente na prata da casa, efetivando como novo diretor de bateria Mestre Noca,[286] que no mesmo ano foi premiado com o Estandarte de Ouro de revelação do carnaval.[287]Terceira escola a desfilar no domingo de carnaval, a Imperatriz sofreu com alguns problemas em seu desfile.[288] A comissão de frente, coreografada por Alex Neoral, trouxe um carrossel para a avenida representando "Capitães de Areia", uma das obras do escritor homenageado. O abre-alas, todo prateado, representava "o mar de Yemanjá e a coroa de Oxalá". O segundo carro, que representava a Igreja do Bonfim, teve problemas para entrar na avenida e algumas alas tiveram que passar à frente, o que comprometeria a evolução e o conjunto da escola. O último carro, que representava o Pelourinho, passou pela avenida com uma das casas que representava o local parcialmente tombada.[289] Problemas que resultaram num péssimo 10.º lugar, o pior resultado da escola desde 1988.
- 2013 - "Pará - O Muiraquitã do Brasil. Sob a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia."
Um ano de renovação para a escola, após o péssimo resultado do ano anterior. Uma eleição, em abril de 2012, determinou mais um mandato do presidente Luizinho Drummond.[290] O carnavalesco Max Lopes saiu da agremiação, e para seu lugar, uma Comissão de Carnaval foi formada por Cahê Rodrigues, Mário e Kaká Monteiro.[291]Wander Pires foi contratado para auxiliar Dominguinhos do Estácio no carro de som. Luiza Brunet foi destituída do cargo de rainha da bateria após 17 anos a frente dos ritmistas.[292] A atriz Cris Vianna assumiu o posto. Quinta e penúltima escola a desfilar na segunda noite de desfiles, a Imperatriz fez uma correta e bonita apresentação sobre o Estado do Pará. A comissão de frente, coreografada por Alex Neoral, representava ancestrais de indígenas paraenses. A cantora Fafá de Belém participou da comissão representando a mãe natureza e carregando a bandeira do Pará. O abre-alas trouxe a coroa, símbolo da escola, confeccionada com 2 mil metros cúbicos de alumínio, girando em meio a uma floresta.[293] Outros carros representaram o Theatro da Paz e o Mercado Ver-O-Peso. Fafá de Belém desfilou duas vezes, na comissão de frente e no último setor, que representava o Círio de Nazaré.[294] O desfile contou também com a participação dos paraenses Beto Barbosa, Dira Paes, Pinduca e as protagonistas do filme Tainá - a origem. A cantora Gaby Amarantos foi destaque no carro "Pará Tecnoshow", que trazia um grande telão de LED.[295] Phelipe Lemos foi premiado como o melhor Mestre-sala do ano pelo Estandarte de Ouro, que também premiou Zé Katimba como personalidade do ano.[296] Com esse desfile, a escola se redimiu do ano anterior, conquistando o 4.º lugar e garantindo o retorno ao desfile das campeãs.
- 2014 - "Arthur X – O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz."
Em 2014, a escola dispensou o intérprete Dominguinhos do Estácio, ficando apenas com Wander Pires, que completa seu segundo ano na escola. Cahê Rodrigues se manteve como carnavalesco. O cantor Elymar Santos pela primeira vez ganhou uma disputa de samba-enredo na sua escola do coração.[297] Penúltima escola a desfilar na segunda noite de desfiles, a agremiação homenageou o ex-Jogador Zico, que completou 61 anos exatamente no dia do desfile, em 3 de março de 2014.[298] A comissão de frente, coreografada por Deborah Colker, trouxe o sonho dos meninos pelo futebol. O abre-alas representava um jogo de totó gigante. Cerca de 500 bolas estilizadas com a assinatura de Zico foram distribuídas ao público. Desfilaram pela escola o ator Thiago Lacerda, o esportista Nalbert, os jogadores Roberto Dinamite, Roberto Rivellino, Paulo Cesar Caju, Júnior, Deco, Edmundo, entre outros.[299] O homenageado e aniversariante do dia, Zico, veio no último carro com uma roupa rubro-negra, capa com a bandeira da Imperatriz, e a coroa, símbolo da escola.[300] O mestre-sala Phelipe Lemos levou seu segundo Estandarte de Ouro consecutivo, enquanto a ex-porta-bandeira Maria Helena foi eleita a personalidade do ano pelo júri do Jornal O Globo.[301] Com esse desfile a escola conquistou a 5.ª colocação.
- 2015 - "Axé-Nkenda - Um ritual de liberdade - E que a voz da liberdade seja sempre a nossa voz."
Em 2015, a escola demitiu o intérprete Wander Pires devido a uma discussão com o cantor Elymar Santos no desfile das Campeãs de 2014, e também por ter cantado rouco no desfile principal.[302] Para ocupar seu lugar, a escola contratou o intérprete Nêgo.[303] Quinta escola a desfilar na segunda noite de desfiles, a Imperatriz levou para a avenida um enredo sócio-político sobre a cultura negra e a luta contra o preconceito racial, tendo como fio condutor a África; e um tributo a Nelson Mandela. O enredo foi escolhido após o caso de racismo sofrido pelo jogador brasileiro Daniel Alves, durante uma partida entre Barcelona e Villareal pelo Campeonato Espanhol. O samba-enredo escolhido tinha a frase "uma banana para o preconceito", em referência ao ato do jogador de comer a banana lançada a ele em campo.[304] Tentando fugir da estética comumente utilizada em enredos-afro, o carnavalesco Cahê Rodrigues optou por um desfile colorido inspirado em um projeto social africano.[305] A Comissão de frente ("Os Madiba em ritual de liberdade"), liderada pelo coreógrafo Fábio de Mello, representava um ritual do Clã Mandiba, ao qual Mandela pertenceu, e foi premiada com o Estandarte de Ouro. Foi o sétimo Estandarte de Fábio (6 só com a Imperatriz), e o oitavo da escola nesse quesito. O abre-alas trouxe a coroa, símbolo da escola, estilizada com estampas tribais africanas, em meio a uma savana multicolorida em tons cítricos. Desfilaram pela escola, a jornalista Glória Maria, as atrizes Elisa Lucinda, Adriana Lessa e Isabel Fillardis, o ator Antônio Pitanga, e o jogador Zico (homenageado no ano anterior).[306] O desfile rendeu à Imperatriz os prêmios Estandarte de Ouro de melhor escola, de melhor samba-enredo e de melhor comissão de frente.[36] No resultado oficial, a escola terminou em 6.º lugar.
- 2016 - "É o amor... que mexe com a minha cabeça e me deixa assim... – Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil."
Para o ano de 2016, a escola promoveu algumas mudanças em seus segmentos. O intérprete Nêgo foi substituído por Marquinhos Art'Samba, egresso da Unidos de Padre Miguel.[307] Na direção de bateria, Mestre Noca deu lugar a Mestre Lolo, egresso da União do Parque Curicica.[308] Na comissão de frente, Deborah Colker retornou à escola, substituindo Fábio de Mello.[309] O mestre-sala Rogerinho substituiu Phelipe Lemos, que foi contratado pela Vila Isabel.[310] O enredo, em homenagem à dupla Zezé Di Camargo & Luciano, sofreu preconceito entre os componentes da escola e sambistas em geral por tratar do gênero sertanejo.[311] Segundo o carnavalesco Cahê Rodrigues, o enredo passou a ser mais aceito após a escolha do samba-enredo. O samba, de Zé Katimba, Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge e Moisés Santiago, foi amplamente elogiado pela crítica carnavalesca e garantiu nota máxima dos jurados oficiais para a escola.[312][313][314] A Imperatriz foi a quinta escola a se apresentar na segunda noite de desfiles.[315] A comissão de frente apresentava componentes com roupas country coloridas, numa divertida coreografia utilizando um gigantesco chapéu de palha.[316] O casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, Rogerinho e Rafaela Theodoro, representava o casamento na roça.[316] Após o casal, a dupla Chitãozinho & Xororó desfilou como destaque no tripé "Porteira da fazenda".[314] Após o tripé, a ala das baianas representava "girassóis da roça". No meio da ala, um tripé representava uma abelha, onde a cantora Paula Fernandes desfilou como destaque.[314] O carro abre-alas simbolizou o universo caipira, com a coroa - símbolo da escola - ornamentada com representações de grãos de milho. A bateria da escola desfilou fantasiada de "caipira pirapora", e conquistou nota máxima do júri oficial, na estreia de Mestre Lolo.[48] A rainha de bateria, Cris Vianna, representou a "Rainha Sertaneja".[316] A cantora Lucy Alves integrou o carro de som da escola, tocando sanfona. Zico, Isabel Fillardis, Alexandre Pires, entre outros artistas, desfilaram em uma alegoria em formato de viola, toda decorada com 120 violões de verdade, e touros mecânicos.[317] Em outra alegoria, que representava a casinha em que a dupla morava em Goiás, os atores Dira Paes e Ângelo Antônio interpretaram os pais da dupla, o mesmo papel que os dois desempenharam no filme "2 Filhos de Francisco".[314] O penúltimo carro lembrou as conquistas da dupla. Desfilaram na alegoria, Zilu, Wanessa, Camila e Igor Camargo.[316] Zezé Di Camargo, Luciano e o pai dos dois, Francisco, desfilaram como destaque no último carro, que representava o maior sucesso da dupla, a música "É o amor".[316] Com esse desfile, a escola conquistou a 6.ª colocação.[48]
Cronologia[editar | editar código-fonte]
Ano | Colocação | Grupo | Enredo | Carnavalescos | Ref. |
---|---|---|---|---|---|
1960 | 6.º Lugar | 3 (AESB e CBES) | Homenagem à Academia Brasileira de Letras (Samba-enredo composto por Raymundo dos Santos Martins) | Amaury Jório, Leonam Martins e Oswaldo Pereira | [318] [319] |
1961 | Campeã | 3 (AESB e CBES) | Riquezas e maravilhas do Brasil (Samba-enredo composto por Raymundo dos Santos Martins) | Amaury Jório | [320] [321] |
1962 | 5.º Lugar | 2 (AESB e CBES) | Rio no século XVIII, Apoteose a Carlos Gomes de Andrade, o Conde de Bobadela (Samba-enredo composto por Raymundo dos Santos Martins) | Amaury Jório | [322] [323] |
1963 | 3.º Lugar | 2 (AESB e CBES) | As Três Capitais (Samba-enredo composto por Maurílio da Penha Aparecida e Silva "Bidi") | Amaury Jório e Maurílio Aparecida e Silva "Bidi" | [324] [325] |
1964 | Vice-campeã | 2 (AESB e CBES) | A favorita do Imperador, Marquesa de Santos (Samba-enredo composto por Maurílio da Penha Aparecida e Silva "Bidi") | Armando Iglesias, Antônio Carbonelli e Paulo Freitas | [326] [327] |
1965 | 10.º Lugar | 1 (AESB e CBES) | Homenagem ao Brasil no IV Centenário do Rio de Janeiro (Samba-enredo composto por Mathias de Freitas) | Armando Iglesias, Antônio Carbonelli e Paulo Freitas | [328] [329] |
1966 | Vice-campeã | 2 (AESEG e CBES) | Monarquia e Esplendor da História (Samba-enredo composto por Mathias de Freitas) | Armando Iglesias, Antônio Carbonelli, Paulo Freitas e Walter Pinto da Silva | [330] [331] |
1967 | 9.º Lugar | 1 (AESEG e CBES) | A vida poética de Olavo Bilac (Samba-enredo composto por Maurílio da Penha Aparecida e Silva "Bidi") | Ary Reis e Júlio Matos | [332] [333] |
1968 | Vice-campeã | 2 (AESEG e CBES) | Bahia em festa (Samba-enredo composto por Maurílio da Penha Aparecida e Silva "Bidi") | Departamento Cultural e de Carnaval | [109] [334] |
1969 | 8.º Lugar | 1 (AESEG e CBES) | Brasil, flor amorosa de três raças (Samba-enredo composto por Carlinhos Sideral e Mathias de Freitas) | Departamento Cultural e de Carnaval | [335] [336] |
1970 | 6.º Lugar | 1 (AESEG e CBES) | Oropa, França e Bahia (Samba-enredo composto por Carlinhos Sideral e Mathias de Freitas) | Departamento Cultural e de Carnaval | [337] [338] |
1971 | 7.º Lugar | 1 (AESEG e CBES) | Barra de Ouro, Barra de Rio, Barra de Saia (Samba-enredo composto por Niltinho Tristeza e Zé Katimba) | Departamento Cultural e de Carnaval | [339] [340] |
1972 | 4.º Lugar | 1 (AESEG e CBES) | Martim Cererê (Samba-enredo composto por Gibi e Zé Katimba) | Departamento Cultural e de Carnaval | [37] [341] |
1973 | 5.º Lugar | 1 (AESEG e CBES) | ABC do carnaval à maneira da literatura de cordel (Samba-enredo composto por Gilson Russo da Silva "Caxambú" e Nelson Lima) | Departamento Cultural e de Carnaval | [38] [342] |
1974 | 6.º Lugar | 1 (AESEG) | Réquiem por um sambista, Silas de Oliveira (Samba-enredo composto por Cosme, Damião e Guga) | Departamento Cultural e de Carnaval | [343] [344] |
1975 | 8.º Lugar | 1 (AESEG) | A Morte da Porta-estandarte (Samba-enredo composto por Denir Lobo, Gilson Russo da Silva "Caxambú", Nelson Lima e Walter da Imperatriz) | Departamento Cultural e de Carnaval e Fernando Leão | [345] [346] |
1976 | 8.º Lugar | 1 (AESCRJ) | Por mares nunca dantes navegados (Samba-enredo composto por Gigi, Guga e Sereno) | Edson Machado | [347] [348] |
1977 | 9.º Lugar | 1 (AESCRJ) | Viagens fantásticas às terras de Ibirapiranga (Samba-enredo composto por Carlinhos Madrugada, Nelson Lima e Walter da Imperatriz) | Max Lopes | [349] [350] |
1978 | Vice-campeã | 2 (AESCRJ) | Vamos brincar de ser criança (Samba-enredo composto por Aranha, Guga, Tuninho Professor, Sereno e Zé Katimba) | Max Lopes | [351] [352][353] |
1979 | 7.º Lugar | 1A (AESCRJ) | Oxumarê, a lenda do arco-íris (Samba-enredo composto por Darcy do Nascimento, Dominguinhos do Estácio e Gibi) | Caetano Costa e Mário Barcellos | [84] [354] |
1980 | Campeã | 1A (AESCRJ) | O quê que a Bahia tem? (Samba-enredo composto por Darcy do Nascimento e Dominguinhos do Estácio) | Arlindo Rodrigues | [355] [356] |
1981 | Campeã | 1A (AESCRJ) | O teu cabelo não nega (Samba-enredo composto por Gibi, Serjão e Zé Katimba) | Arlindo Rodrigues | [357] [358] |
1982 | 3.º Lugar | 1A (AESCRJ) | Onde canta o sabiá (Samba-enredo composto por Darcy do Nascimento, Dominguinhos do Estácio e Tuninho Professor) | Arlindo Rodrigues | [86] [359] |
1983 | 4.º Lugar | 1A (AESCRJ) | O Rei da Costa do Marfim visita Xica da Silva em Diamantina (Samba-enredo composto por Carlinhos Boemia, Mathias de Freitas e Nelson Lima) | Arlindo Rodrigues | [360] [361][362] |
1984 | 4.º Lugar | 1A (Segunda-feira) (AESCRJ) | Alô mamãe (Samba-enredo composto por Alvinho, Guga, Tuninho Professor e Velha) | Lícia Lacerda e Rosa Magalhães | [363] [364] |
1985 | 8.º Lugar | 1A (LIESA) | Adolã, a cidade mistério (Samba-enredo composto por Amaurizão, Carlinhos Sideral, Doutor e Guga) | João Felício, José Félix e Arlindo Rodrigues | [365] [366] |
1986 | 8.º Lugar | 1A (LIESA) | Um jeito para ninguém botar defeito (Samba-enredo composto por Guga, Jurandir, Niltinho Tristeza e Tuninho Professor) | Fernando Alvarez | [367] [368] |
1987 | 6.º Lugar | 1 (LIESA) | Estrela Dalva (Samba-enredo composto por Bil Amizade, Guga, Niltinho Tristeza e Zé Katimba) | Arlindo Rodrigues | [369] [370] |
1988 | 14.º Lugar | 1 (LIESA) | Conta outra que essa foi boa (Samba-enredo composto por David Corrêa, Gabi, Guga e Zé Katimba) | Luiz Fernando Reis | [371] [372] |
1989 | Campeã | 1 (LIESA) | Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós! (Samba-enredo composto por Jurandir, Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho) | Max Lopes | [373] [374] |
1990 | 4.º Lugar | Especial (LIESA) | Terra Brasilis, o que se plantou deu (Samba-enredo composto por Baianinho, Jorginho da Barreira, Preto Jóia, Tuninho Petróleo, e Zé Katimba) | Max Lopes | [375] [376] |
1991 | 3.º Lugar | Especial (LIESA) | O que é que a banana tem? (Samba-enredo composto por Flavinho, Guará da Empresa, Guga, Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Tuninho Professor) | Viriato Ferreira | [377] [378] |
1992 | 3.º Lugar | Especial (LIESA) | Não existe pecado do lado de baixo do Equador (Samba-enredo composto por Edinho, Jurandir, Nilson Melodia e Tuninho Professor) | Rosa Magalhães | [379] [380] |
1993 | Vice-campeã | Especial (LIESA) | Marquês que é Marquês do sassarico é freguês (Samba-enredo composto por Alexandre D'Mendes, Alvinho, Aranha e Márcio André) | Rosa Magalhães | [381] [382] |
1994 | Campeã | Especial (LIESA) | Catarina de Médicis na Corte dos Tupinambôs e Tabajeres (Samba-enredo composto por Alexandre D'Mendes, Alvinho, Aranha e Márcio André) | Rosa Magalhães | [383] [384] |
1995 | Campeã | Especial (LIESA) | Mais vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube… lá no Ceará! (Samba-enredo composto por César Som Livre, Eduardo Medrado, João Estevam e Waltinho Honorato) | Rosa Magalhães | [385] [386] |
1996 | Vice-campeã | Especial (LIESA) | Imperatriz Leopoldinense honrosamente apresenta "Leopoldina, a Imperatriz do Brasil" (Samba-enredo composto por Carlinhos China, Demarco, Dominguinhos do Estácio e Jurandir) | Rosa Magalhães | [387] [388] |
1997 | 6.º Lugar | Especial (LIESA) | Eu sou da lira, não posso negar (Samba-enredo composto por Amaurizão, Chopinho, Tuninho Professor e Zé Katimba) | Rosa Magalhães | [389] [390] |
1998 | 3.º Lugar | Especial (LIESA) | Quase no ano 2000… (Samba-enredo composto por Darcy do Nascimento, Flavinho, Guga e Preto Jóia) | Rosa Magalhães | [391] [392] |
1999 | Campeã | Especial (LIESA) | Brasil, mostra a sua cara em… Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae (Samba-enredo composto por Cesar Som Livre, Eduardo Medrado, João Estevam e Waltinho Honorato) | Rosa Magalhães | [393] [394] |
2000 | Campeã | Especial (LIESA) | Quem descobriu o Brasil, foi seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval (Samba-enredo composto por Amaurizão, Chopinho, Guga, Marquinhos Lessa, e Tuninho Professor) | Rosa Magalhães | [395] [396] |
2001 | Campeã | Especial (LIESA) | Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco… Quero vê descê o suco na pancada do ganzá (Samba-enredo composto por Guga, Marquinhos Lessa e Tuninho Professor) | Rosa Magalhães | [397] [398] |
2002 | 3.º Lugar | Especial (LIESA) | Goitacazes... Tupi or not Tupi in a South American Way (Samba-enredo composto por Guga, Marquinhos Lessa e Tuninho Professor) | Rosa Magalhães | [104] [399] |
2003 | 4.º Lugar | Especial (LIESA) | Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro e a cara de mau (Samba-enredo composto por Brandãozinho, Darcy do Nascimento, Jorge Rita e Rubens Napoleão) | Rosa Magalhães | [400] [401] |
2004 | 5.º Lugar | Especial (LIESA) | Breazail (Samba-enredo composto por Carlos de Olaria, Guga, Jeferson, Me Leva e Veneza) | Rosa Magalhães | [402] [403] |
2005 | 4.º Lugar | Especial (LIESA) | Uma delirante confusão fabulística (Samba-enredo composto por Evaldo Ruy, Jorge Artur, Jorginho, Josimar e PC) | Rosa Magalhães | [79] [404] |
2006 | 9.º Lugar | Especial (LIESA) | Um por todos e todos por um (Samba-enredo composto por Amaurizão, Maninho do Ponto, Niltinho Tristeza e Tuninho Professor) | Rosa Magalhães | [405] [406] |
2007 | 9.º Lugar | Especial (LIESA) | Teresinhaaa, uhuhuuu!!! Vocês querem bacalhau? (Samba-enredo composto por Aliomar, Merrenga, Bill Amizade, Lula Inspiração, Sobrinho e Xande) | Rosa Magalhães | [60] [407] |
2008 | 6.º Lugar | Especial (LIESA) | João e Marias (Samba-enredo composto por Carlos Kind, Di Andrade, Jorge Arthur, Josimar e Valtenci) | Rosa Magalhães | [408] [409] |
2009 | 7.º Lugar | Especial (LIESA) | Imperatriz… Só quer mostrar que faz samba também! (Samba-enredo composto por Carlos Kind, Di Andrade, Jorge Arthur, Josimar e Valtenci) | Rosa Magalhães | [410] [411] |
2010 | 8.º Lugar | Especial (LIESA) | Brasil de todos os deuses (Samba-enredo composto por Flavinho, Gil Branco, Guga, Jeferson Lima e Me Leva) | Max Lopes | [412] [413] |
2011 | 6.º Lugar | Especial (LIESA) | Imperatriz adverte: sambar faz bem à saúde! (Samba-enredo composto por Drummond, Flavinho, Gil Branco, Me leva e Tião Pinheiro) | Max Lopes | [414] [415] |
2012 | 10.º Lugar | Especial (LIESA) | Jorge, amado Jorge (Samba-enredo composto por Alexandre D’Mendes, Cristovão Luiz, Jeferson Lima, Ribamar e Tuninho Professor) | Max Lopes | [416] [417] |
2013 | 4.º Lugar | Especial (LIESA) | Pará - O Muiraquitã do Brasil - sob a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia (Samba-enredo composto por Drummond, Gil Branco, Maninho do Ponto, Me Leva e Tião Pinheiro) | Cahê Rodrigues, Kaká Monteiro e Mário Monteiro | [65] [418] |
2014 | 5.º Lugar | Especial (LIESA) | Arthur X – O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz (Samba-enredo composto por Elymar Santos, Gil Branco, Guga, Me Leva e Tião Pinheiro) | Cahê Rodrigues | [419] [420] |
2015 | 6.º Lugar | Especial (LIESA) | Axé-Nkenda - Um ritual de liberdade - E que a voz da liberdade seja sempre a nossa voz (Samba-enredo composto por Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge, Marquinho Lessa e Zé Katimba) | Cahê Rodrigues | [81] [421] |
2016 | 6.º lugar | Especial (LIESA) | "É o amor... que mexe com a minha cabeça e me deixa assim..." – Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil (Samba-enredo composto por Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Zé Katimba) | Cahê Rodrigues | [315] [422] |
2017 | Especial (LIESA) | Xingu - O Clamor Que Vem da Floresta (Samba-enredo composto por Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna) | Cahê Rodrigues | [423] |
Títulos[editar | editar código-fonte]
Títulos da Imperatriz Leopoldinense | |||
---|---|---|---|
Grupo | Títulos | Temporadas | |
Especial | 8 | 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001 | |
3 | 1 | 1961 |
Premiações[editar | editar código-fonte]
Estandarte de Ouro[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Estandarte de Ouro
Ver também: Anexo:Lista dos vencedores do Estandarte de Ouro
Estandartes de Ouro do GRES Imperatriz Leopoldinense | |||
---|---|---|---|
Categoria | Total | Ano | Referências |
Escola | 2 | 1996 e 2015 | [36][424] |
Comunicação com o público (Categoria extinta em 1984) | 1 | 1981 | [424] |
Samba-enredo | 6 | 1989, 1996, 2008, 2010, 2011 e 2015 | [36][425][426] |
Enredo | 2 | 1980 e 2008 | [427] |
Intérprete | 2 | 1993 e 2001 | [428] |
Porta-bandeira | 2 | 1988 e 1994 | [429] |
Mestre-sala | 5 | 1985, 1987, 1993, 2013 e 2014 | [430][431][432] |
Passista feminino | 2 | 1986 e 2004 | [433] |
Passista masculino | 1 | 1980 | [434] |
Comissão de frente | 8 | 1983, 1986, 1993, 1995, 1997, 2000, 2006 e 2015 | [36][435] |
Ala das baianas | 8 | 1993, 1994, 1995, 1997, 1998, 2000, 2003 e 2011 | [436] |
Ala | 7 | 1972, 1992, 1998, 2000, 2004, 2007 e 2009 | [437] |
Revelação | 3 | 2008, 2012 e 2017 | [438] |
Personalidade | 4 | 1993, 2013, 2014 e 2017 | [431][432][439] |
Personalidade feminina (Categoria unificada para "Personalidade" a partir de 1988) | 1 | 1984 | [440] |
Ala de crianças (Categoria extinta em 1994) | 1 | 1994 | [441] |
Outros prêmios[editar | editar código-fonte]
Outros prêmios recebidos pelo GRES Imperatriz Leopoldinense.
Ano | Prêmio | Categoria / premiados | Ref. |
---|---|---|---|
1966 | Cidadão Samba | Murilo da Penha Aparecida e Silva ("Bidi") | [442] |
2003 | Tamborim de Ouro | Ala das baianas | [443] |
2004 | Tamborim de Ouro | Ala mirim | [444] |
2005 | Tamborim de Ouro | Ala mirim | [445] |
2006 | Tamborim de Ouro | Personalidade (Rosa Magalhães) | [446] |
2007 | Tamborim de Ouro | Ala das baianas | [447] |
2008 | Tamborim de Ouro | Samba-enredo ("João e Marias" - Compositores: Carlos Kind, Di Andrade, Jorge Arthur, Josimar e Valtenci) | [448] |
Rádio Manchete | Samba-enredo ("João e Marias" - Compositores: Carlos Kind, Di Andrade, Jorge Arthur, Josimar e Valtenci) | [449] | |
Estrela do Carnaval | Samba-enredo ("João e Marias" - Compositores: Carlos Kind, Di Andrade, Jorge Arthur, Josimar e Valtenci) | [450] | |
Bateria (Diretor: Mestre Marcone) | |||
2009 | Tamborim de Ouro | Ala mirim | [451] |
Estrela do Carnaval | Ala das baianas | [452] | |
Rádio Manchete | Porta-bandeira (Verônica Lima) | [453] | |
2010 | Rádio Manchete | Samba-enredo ("Brasil de todos os deuses" - Compositores: Flavinho, Gil Branco, Guga, Jeferson Lima e Me Leva) | [454] |
Gato de Prata | Samba-enredo ("Brasil de todos os deuses" - Compositores: Flavinho, Gil Branco, Guga, Jeferson Lima e Me Leva) | [455] | |
Plumas & Paetês Cultural | Compositores (Flavinho, Gil Branco, Guga, Jeferson Lima e Me Leva) | [40] | |
Mestre de bateria (Mestre Marcone) | |||
Historiador / Pesquisador (Marcos Roza) | |||
2011 | Tamborim de Ouro | Ala mirim | [456] |
Estrela do Carnaval | Revelação (Mestre-sala Phelipe Lemos) | [457] | |
Tupi Carnaval Total | Comissão de frente (Coreógrafo: Alex Neoral) | [458] | |
Gato de Prata | Samba-enredo ("Imperatriz adverte: Sambar faz bem à saúde!" - Compositores: Drummond, Flavinho, Gil Branco, Me Leva e Tião Pinheiro) | [459] | |
Bateria (Diretor: Mestre Marcone) | |||
Destaque (Wanessa Oliveira) | |||
Originalidade (Maria Rosa) | |||
Plumas & Paetês Cultural | "Eu sou o samba" (Maria Helena e Chiquinho) | [460] | |
2012 | Tamborim de Ouro | Ala mirim | [461] |
Gato de Prata | Revelação (Mestre Noca) | [39] | |
Ala das baianas | |||
2013 | SRZD-Carnaval | Comissão de frente (Coreógrafo: Alex Neoral) | [462] |
Ala das baianas | |||
Estrela do Carnaval | Comissão de frente (Coreógrafo: Alex Neoral) | [463] | |
Tupi Carnaval Total | Comissão de frente (Coreógrafo: Alex Neoral) | [464] | |
S@mba-Net | Ala das baianas | [465] | |
Apoteose do Samba | Rainha de bateria (Cris Vianna) | [466] | |
Gato de Prata | Carnavalesco (Cahê Rodrigues) | [34] | |
Intérprete (Wander Pires) | |||
Mestre-sala (Phelipe Lemos) | |||
Comissão de frente (Coreógrafo: Alex Neoral) | |||
Direção de harmonia (Guilherme Nóbrega) | |||
Personalidade (Simone Drumond) | |||
Originalidade (Índia Tainá) | |||
Homenagem especial (Torcida Organizada Nação Leopoldinense) | |||
Plumas & Paetês Cultural | Coreógrafo (Alex Neoral) | [41] | |
Diretor de carnaval (Wagner Tavares de Araújo) | |||
Melhor destaque de luxo masculino (Nelcimar Pires) | |||
Maquiador artístico (Ricardo Denis) | |||
Carpinteiro (Arapuã) | |||
Cidadão Samba | Zé Katimba | [467] | |
2014 | Tupi Carnaval Total | Melhor Escola | [468] |
Carnavalesco (Cahê Rodrigues) | |||
Comissão de frente (Coreógrafa: Deborah Colker) | |||
Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira (Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro) | |||
SRZD-Carnaval | Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira (Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro) | [469] | |
Estrela do Carnaval | Comissão de frente (Coreógrafa: Deborah Colker) | [470] | |
S@mba-Net | Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira (Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro) | [471] | |
Troféu Jorge Lafond | Homenagem especial (Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro) | [472] | |
Apoteose do Samba | Ala das baianas | [473] | |
Gato de Prata | Mestre-sala (Phelipe Lemos) | [35] | |
Porta-bandeira (Rafaela Theodoro) | |||
Destaque (Simone Drumond) | |||
Personalidade (Maria Helena) | |||
2015 | Tamborim de Ouro | Enredo ("Axé Nkenda - Um ritual de liberdade - E que a voz da liberdade seja sempre a nossa voz") | [474] |
Homenagem especial (Porta-bandeira Maria Helena) | |||
SRZD-Carnaval | Diretor de harmonia (Júnior Escafura) | [475] | |
Tupi Carnaval Total | Rainha de bateria (Cris Vianna) | [476] | |
S@mba-Net | Samba-enredo ("Axé-Nkenda - Um ritual de liberdade - E que a voz da liberdade seja sempre a nossa voz" - Compositores: Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge, Marquinho Lessa e Zé Katimba) | [477] | |
Ala das baianas | |||
Gato de Prata | Samba-enredo ("Axé-Nkenda - Um ritual de liberdade - E que a voz da liberdade seja sempre a nossa voz" - Compositores: Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge, Marquinho Lessa e Zé Katimba) | [478] | |
Rainha de bateria (Cris Vianna) | |||
Ala de passistas masculinos | |||
2016 | Tamborim de Ouro | Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira (Rogerinho Dornelles e Rafaela Theodoro) | [479] |
Troféu Sambista | Samba-enredo
("É o amor... que mexe com a minha cabeça e me deixa assim... – Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil" - Compositores: Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Zé Katimba)
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Gato de Prata | Samba-enredo
("É o amor... que mexe com a minha cabeça e me deixa assim... – Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil" - Compositores: Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Zé Katimba)
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Velha guarda | |||
Troféu Bateria | Melhor "paradinha"/bossa (Bossa do refrão + cabeça do samba) | [484] | |
Revelação (Mestre Lolo) | |||
Plumas & Paetês Cultural | Aderecista (Edward Moraes) | [485] | |
Machine - Bastidores do Carnaval Carioca | Torcida Organizada (Nação Leopoldinense) | [486] |
Quadra[editar | editar código-fonte]
Inicialmente, seus ensaios eram realizados na Rua Paranhos, n.º 227, na casa de Pedro Alcântara Diniz. Depois passou para o n.º 315, onde funcionava o Clube Paranhos. Foi o presidente Antonio Carbonelli que retirou a Imperatriz do seu local de ensaio no Clube Paranhos e trouxe para rua Professor Lacé, n.º 235, próximo a estação de Ramos - onde se encontra até hoje.[487] Ao chegar à Imperatriz, Luiz Pacheco Drummond comprou a quadra, lavrando a escritura definitiva em nome da Escola.[488] No ano de 2010, a quadra foi reformada em parceria com a Prefeitura do Rio.[489] As reformas incluíram a construção de dois palcos (um principal e outro para a bateria), construção de camarotes, construção de rampas de acesso, substituição da antiga cobertura da quadra por uma estrutura metálica e a construção de uma quadra poliesportiva.[490] A quadra foi reaberta no domingo, dia 19 de dezembro de 2010, numa festa com a presença de integrantes de outras agremiações.[491]
Centro de Cultura
Em julho de 2014, foi inaugurado, na quadra da escola, o Centro de Cultura Dr. Oswaldo Macedo. O nome é em homenagem a um dos primeiros presidentes da Imperatriz, que implantou o Departamento Cultural e de Carnaval na Escola.[492] O lugar abriga exposições e projetos audiovisuais sobre os carnavais da Imperatriz Leopoldinense.[493] A visitação é aberta ao público, nos dias em que a quadra estiver operante.[494]
Torcida[editar | editar código-fonte]
Em 6 de março de 2010, foi fundada a Nação Leopoldinense, a torcida organizada da Imperatriz Leopoldinense. Nesta data, a escola completava 51 anos. A ideia da criação surgiu por meio de uma comunidade de torcedores em uma rede social. O nome e o símbolo da torcida foram escolhidos, através de votação, durante a primeira reunião. O mascote da Nação Leopoldinense é um papagaio chamado Leopoldo. Desde sua fundação, o grupo acompanha a escola em eventos e ensaios. Na edição de 2013 do Troféu Gato de Prata, a Nação Leopoldinense foi homenageada junto à torcidas organizadas de outras escolas.[495]
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