quarta-feira, 1 de março de 2017

São Clemente

São Clemente (escola de samba)

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São Clemente
Bandeira do GRES São Clemente.png
GRES São Clemente.png
Fundação25 de outubro de 1961 (55 anos) [1]
Escola-madrinhaBeija-Flor [2]
Cores
 Preto
 Amarelo
SímboloPão de Açúcar
BairroBotafogo [3]
PresidenteRenato Almeida Gomes (Renatinho) [4]
CarnavalescoRosa Magalhães [5]
Intérprete oficialLeozinho Nunes [6]
Diretor de carnavalRicardo Almeida Gomes
Diretor de harmoniaMarquinhos Harmonia [7]
Diretor de bateriaMestres Gil e Caliquinho [8]
Rainha da bateriaRaphaela Gomes [9]
Mestre-sala e porta-bandeiraFabrício Pires e Denadir Garcia [10]
CoreógrafoSérgio Lobato [11]
Desfile de 2017
EnredoOnisuáquimalipanse
[12]
Site oficial
www.saoclemente.com.br
Grêmio Recreativo Escola de Samba São Clemente (ou simplesmente São Clemente) é uma escola de samba brasileira da cidade do Rio de Janeiro, que foi idealizada e fundada por Ivo da Rocha Gomes, João Marinho e Aílton Teixeira.[13]
Sua melhor colocação no Grupo Especial do Carnaval foi o 6° lugar em 1990.
A escola ao longo dos anos notabilizou-se pelos enredos cheios de bom humor e críticas sarcásticas aos mais diversos temas. A São Clemente também possui equipes de futebol de areia de várias categorias, sendo um dos poucos grandes times dessa modalidade a não pertencer ao eixo Copacabana-Leblon.
A sede da São Clemente como instituição sempre esteve no bairro de Botafogo, onde permanece até hoje, bairro este com o qual a agremiação possui profundas ligações. Porém atualmente a quadra para os ensaios da escola está localizada na Avenida Presidente Vargas, na Cidade Nova.
A partir de 1984, com a construção do sambódromo os desfiles da São Clemente passaram a acontecer na Passarela do Samba de onde nunca deixou de desfilar. Em 2017, a escola completa dezoito participações entre as grandes escolas do primeiro grupo, sendo que, por sete vezes consecutivamente.
A constante oscilação entre os principais grupos do carnaval lhe trouxe a alcunha de escola ioiô. Devido aos enredos panfletários da década de 80, a escola também ficou conhecida como o "PT do samba". Na atual década, no entanto, a escola vem tentando imprimir um novo estilo de fazer carnaval.
Um dos grandes nomes da escola é Renato de Almeida Gomes, filho do fundador. Renatinho, como é conhecido, participa ativamente dos desfiles da agremiação desde os dez anos de idade. Já participou da comissão de frente, da ala, foi diretor de bateria, batizada de "Bateria Fiel", durante 17 carnavais, diretor de esporte e vice-presidente até chegar a presidência em 2002. Na sua gestão, iniciada em 2002, a escola conquistou três dos seus cinco títulos, em 2003, 2007 e 2010.

História[editar | editar código-fonte]

No começo, os desfiles da São Clemente eram realizados pelas ruas de Botafogo. Sua estreia nos desfiles oficiais das escolas de samba ocorreu em 1962, na Avenida Rio Branco, pelo terceiro grupo. O enredo da escola exaltou as riquezas do Brasil: geografia, vegetação, pedras preciosas, ferro, borracha, café, industria e o petróleo.
No ano seguinte, 1963, a escola iniciou uma trilogia sobre a cidade do Rio de Janeiro. O primeiro enredo exaltou o Rio Antigo, dos tempos dos lampiões a gás, carruagens, tostão e vintém, destacando o Morro do Castelo e o Mosteiro de São Bento. A escola ficou muito próxima do acesso ao segundo grupo, garantido o terceiro lugar
Em 1964, a São Clemente conquistou seu primeiro título no carnaval carioca. O enredo retratou o período de 45 anos, iniciado em 1763, ano em que a sede do Vice-Reino do Brasil foi transferida de Salvador, na Bahia, para a cidade do Rio de Janeiro. Esse período durou até a chegada da família real para o Brasil em 1808. O enredo era baseado no livro O Rio de Janeiro no Tempo dos Vice-Reis, do jornalista e poeta simbolista Luís Edmundo. Na época, o governo patrocinava incontáveis festas populares (festa do divinocavalhadascongadasserração da velha), uma versão brasileira da política do pão e circo romana.
Em 1965, já no segundo grupo, a São Clemente terminou sua trilogia sobre Rio, abordando os quatro séculos de glórias da cidade, através de suas relíquias e memórias, como os bondes, as obras do Mestre Valentim e os carnavais do Zé Pereira.
No carnaval de 1966, a escola conquistou mais um título, com o enredo "Apoteose ao Folclore Brasileiro". O enredo partiu da formação brasileira originada das três raças. Do branco, a herança foi nas danças e na indumentária. Do índio, as lendas e contos. Dos negros africanos, a ampliação e edificação da música, por meio de instrumentos, que mais tarde originaria o samba, além de crendices e superstições que somadas às dos índios e brancos colocam o folclore brasileiro como um dos mais pujantes do mundo. Depois do abre-alas, um painel alegórico aos temas selecionados, e da comissão de frente, formada pela diretoria da escola, cada ala se encarregou de mostrar as regiões brasileiras. O primeiro carro, em homenagem à Região Norte, representou a Lenda da Boiúna (Cobra Grande). Nela, os caboclos da Amazônia acreditavam que uma cobra gigantesca tinha poderes mágicos e recusaram matá-la para evitarem sua própria ruína. O segundo carro foi uma homenagem ao Nordeste, com a representação de Iemanjá. Para representar o terceiro carro, da Região Centro-Oeste, foram trazidas diversas figuras como a do saci pererê, curupira e caipora. O último carro, da Região Sul, trouxe o Negrinho do Pastoreio. As lendas foram acrescidas de outras manifestações regionais, como o maracatu, reisado, boi bumbá, pastoril, Folia de Reis e Pau de Fita, dando maior amplitude ao sentido folclórico de cada região.
Em menos de seis anos após sua fundação, a escola de Botafogo chegou ao primeiro grupo do carnaval carioca, em 1967. Para a sua estreia no hoje denominado Grupo Especial, a escola trouxe as festas e tradições populares do Brasil, inspirada no livro homônimo de Mello Moraes Filho, avô de Vinicius de Moraes. Esse enredo foi sugerido pela cronista Eneida. As festas descritas no desfile foram a do ano-bom (ano novo), a procissão de São Benedito no Lagarto (Sergipe), o carnaval e o casamento na roça. A escola fez referência ao poema Ode a Dois de Julho de Castro Alves, dia caracterizado como a luta efetiva da Independência do Brasil. A escola não se manteve no grupo. A escola foi muito prejudicada pela chuva. O samba, a despeito de ter conquistado o prêmio de melhor samba do ano, não permitiu que houvesse a desejada harmonia e com isso a escola perdeu bastante no conjunto. As alegorias também não se destacaram. Momentos antes do desfile, a escola sofreu com a intervenção do Juizado de Menores que retirou muitos dos seus integrantes mirins por falta de documentação.
De volta ao segundo grupo, em 1968, a São Clemente fez uma apoteose à cultura nacional, exaltando o grande pesquisador Ladislau de Souza Melo Neto (1875-1893), o cientista mais influente do Brasil da época do Segundo Reinado brasileiro, o pintor Pedro Américo, o jurista e político Rui Barbosa e o escritor Machado de Assis.
Em 1969, a escola concorria a uma vaga no Grupo 1, com o enredo Assim Dança o Brasil, mas em virtude dos atrasos, os jurados abandonaram o palanque do julgamento, deixando de julgá-la, assim como as escolas Tupi de Brás de Pina, Império da Tijuca e Independentes do Leblon que encerrariam aquele desfile. O samba-enredo desse desfile, aliás, foi o primeiro a ser reeditado na história do samba, pois seria novamente apresentado em 1981.
Em 1970, a São Clemente encerrou a sua bem sucedida primeira década de existência levando para a Avenida histórias fantásticas como a do sapo aru, uirapuru, saci pererê e o negrinho do pastoreio.
Durante a década de 70, a escola manteve-se em boa parte no segundo grupo, chegando a ser rebaixada para o terceiro grupo em duas ocasiões: em 1978 e em 1980, quando houve uma redução do número de escolas do primeiro e do segundo grupo, que passaram a contar com apenas 8 escola cada um.
Em 1971, a São Clemente exaltou a miscigenação através das três raças formadoras do povo brasileiro: índios nativos, os brancos portugueses e negros vindos da África. O enredo "Beijo das três saudades" era inspirado em poema de Olavo Bilac.
Em 1972, a São Clemente falou das congadas, uma dança que representa a coroação do rei do Congo, surgida com a vinda de povos africanos tornados escravos no Brasil, incorporando-se à cultura brasileira após a abolição da escravatura.
Em 1973, a São Clemente mostrou a lavagem da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, localizada na Sagrada Colina, na península de Itapagipe, em Salvador. O enredo abordou aspectos dos festejos religiosos, como a romaria de fiéis, as tradicionais baianas com seus vasos com água perfumada para lavar as escadarias da igreja e a presença de barracas de comidas típicas.
Em 1974, a São Clemente mostrou o enredo “Sonhos Fascinantes de um jovem adolescente”, passando pela Vila Rica de Chico Rei, a cabocla Jurema do Amazonas e Iemanjá da Lagoa do Abaeté, na Bahia.
Em 1975, a São Clemente homenageou Francisco AlvesAry Barroso e Lamartine Babo, lembrando as músicas que entraram para a história do cancioneiro nacional.
Em 1976, a São Clemente homenageou Recife, terra de Dona Santa, rainha do Maracatu Elefante.
Em 1977,a São Clemente trouxe a ficção do artista, transformando-o em príncipe que voa no cavalo alado, em busca da constelação. Lá, ele a estrela Dalva aponta o caminho de um bosque encantado onde ele viu o casamento do Sr. Mamão com D. Melancia, o traquina saci pererê e o lobisomem. Convidado para um baile de fantasmas no castelo, o artista se depara com vários destaques do Teatro Municipal, até o sol raiar.
Em 1978, a São Clemente exaltou o teatro de revista nas figuras de Walter PintoCarlos MachadoVirginia Lane e Carmen Miranda.
Em 1979,a São Clemente fez sua louvação às rainhas do mar, Iemanjá, das flores, Rosa, e do Maracatu, Dora.
Em 1980, a São Clemente trouxe como enredo a doce ilusão do sambista, que vê sua vida transformada para melhor nos quatro dias de carnaval, para, depois da quarta-feira de cinzas, voltar a sua dura realidade.
O ano de 1980 não tinha sido bom para a São Clemente. Além de cair para o terceiro grupo, a escola perdeu seu fundador Ivo da Rocha Gomes em julho de 1980. Em 1981, a São Clemente pela primeira vez na história do Carnaval reeditou um enredo (Assim Dança o Brasil), graças a astúcia dos seus dirigentes que conseguiram junto a AESCRJ esse direito, pois em 1969 com o mesmo enredo a escola desfilou, mas não foi julgada.
Eram tempos difíceis, mas a escola aproveitou-se da adversidade para se impor no carnaval. E o resultado positivo não tardaria a acontecer. A virada da São Clemente aconteceu através das mãos do carnavalesco Carlinhos D'Andrade, que passou a dar expediente no barracão da escola em 1982, desenvolvendo o enredo sobre o arco-íris, na figura lendária de Oxumaré. No ano seguinte, 1983, levou-a ao vice-campeonato falando sobre a criação da noite, assegurando-lhe o direito de retornar ao segundo grupo em 1984.
A partir de então, a escola se caracterizou por apresentar enredos participantes e de cunho social, que, comprovadamente, a define como uma escola de samba preocupada com a problemática do povo brasileiro. Ousada, crítica, irreverente, política, esses são alguns dos adjetivos que passaram a denominar a escola de Botafogo.
Em 1984, a São Clemente conseguiu ascender ao então primeiro grupo com o enredo Não Corra, Não Mate, Não Morra: O Diabo Está Solto no Asfalto, sobre o caos e a violência no trânsito. A escola encantou as arquibancadas com a história bem humorada do Zeca Passista e os perigos do trânsito. Placas, semáforos, atropelamentos foram genialmente representados em fantasias e o amarelo e preto da escola juntou-se ao vermelho e ao verde em um desfile que levou a escola de volta ao primeiro grupo.
Pelo carnaval de 1985 com Quem Casa, Quer Casa, novamente desfilou uma sátira, desta vez, no tocante ao sério problema do déficit habitacional no Brasil. Sua comissão de frente ganhou o Estandarte de Ouro do jornal O Globo. A escola revolucionou o carnaval carioca ao apresentar a sua comissão de frente fazendo evoluções engajadas ao enredo - até então as escolas apresentavam nesse quesito a velha-guarda que tinham a única função de apresentar a escola, permanecendo estática e sem engajamento ao enredo desenvolvido.
De volta ao segundo grupo, a São Clemente entrou na avenida novamente abusando do bom humor e encantou público e jurados com o enredo Muita saúva, pouca saúde, Os males do Brasil são, abordando o descaso com a saúde no Brasil. Destaque para o carro que homenageava o hospital de Brasília, que atendeu Tancredo Neves, em que o paciente tinha seu leito infestado de baratas e tinha formigas até no soro. Um outro carro alegórico simbolizava a diligência da saúde que era puxada por saúvas. A escola ficou com o vice-campeonato.
No carnaval de 1987, a São Clemente retornava ao primeiro grupo com um belo samba, todo em tom menor, composto por Manuelzinho Poeta, Jorge Madeira e Isaías de Paula, este último, ex-interno do SAM (Serviço de Assistência ao Menor). Sua experiência de vida o permitiu expressar nos versos do inspiradíssimo samba sua revolta contra o descaso com as crianças pobres do nosso país. O enredo Capitães do Asfalto era uma réplica análoga a obra de Jorge AmadoCapitães da Areia. Durante o desfile, permeado de ironia na discrepância entre o luxo da vida do menino rico e a miséria da criança que perambula pelas ruas das grandes metrópoles, a São Clemente apresentou um grupo de meninos de rua de verdade. O desfile emocionou a Marquês de Sapucaí e proporcionou um dos melhores momentos da história da escola de Botafogo. Com esse desfile, a São Clemente conseguiu um honroso sétimo lugar, e marcou seu nome definitivamente na história dos desfiles da passarela. Muito antes de se falar em estatuto da criança e do adolescente, a São Clemente saía mais uma vez na vanguarda, e dessa vez, capitaneando o público e a crítica pararam para ver, apreciar e refletir sobre o enredo da escola.
Em 1988, com a violência ganhando as páginas de jornais e com o sucateamento do Estado brasileiro, leniente com esta causa, a São Clemente mais uma vez deu voz ao povo, especialmente o carioca. O enredo Quem avisa amigo é foi um grito de alerta contra a violência. A São Clemente passou com um grande contingente. O sucesso do ano anterior fez com que a escola fosse procurada por pessoas alheias a comunidade e a escola se agigantou. Como uma onda avassaladora, a escola colocou o dedo na ferida, clamando por um basta à violência, de uma forma muito bonita e poética, pouco convencional.
No ano seguinte, com Made in Brazil!!! Yes, nós temos banana, a São Clemente trouxe irreverência ao denunciar a influência econômica e cultural brasileira dentro do mercado internacional, com ênfase na hegemonia norte-americana. O café, a gasolina, o ouro e até os craques do futebol nacional foram abordados em forma de denúncia ao descaso com os produtos genuinamente brasileiros, saqueados a céu aberto e aos olhos complacentes dos governantes. Com um desfile marcado por problemas com carros alegóricos, a superação da escola foi fundamental, num ano em que se prometia o rebaixamento de cinco escolas.
  • 1990 - E o samba sambou
A grande surpresa do carnaval foi a São Clemente, ao fazer um célebre enredo E o samba sambou criticando o carnaval da Sapucaí. Destaque para os componentes da comissão de frente, que vieram com uns bonecos nas mãos, representando a comercialização no samba (compra e venda do quesito Mestre-sala e Porta-bandeira pelos dirigentes das escolas).Na sua coreografia,as fantasias eram jogadas no chão e eram pisoteadas.A fantasia do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira simbolizava bonecos de cordas. A simbologia das fantasias das alas e das alegorias era crítica a modernização do carnaval na era LIESA. A escola liderou a apuração até os dois quesitos junto com a a União da Ilha do Governador, naquele ano que prometia ser uma das maiores zebras da história dos desfiles. Mas,no final da apuração a escola terminou em 6o.lugar, sua melhor colocação até o momento.
  • 1991 - Já Vi este Filme
O enredo ficcional-histórico-futurista, Já Vi este Filme, da São Clemente, mesclava o futuro com a história do Brasil, de forma apocalíptica. A São Clemente fez um desfile compacto. Monique Evans, grávida, brilhou à frente da bateria. O carro abre-alas desfilou, saiu na dispersão e voltou ao desfile para encerrá-lo, dando a impressão que começaria tudo outra vez, como sugeria o enredo. Destacou-se o carro com a Estátua da Liberdade em ruínas, ao melhor estilo Planeta dos Macacos. Pelo desfile apresentado, causou surpresa o rebaixamento da escola, a despeito da ingrata missão de encerrar o desfile de domingo.
  • 1992 - E o salário ó...
Com mais um enredo crítico, dessa vez com relação aos problemas na educação, a São Clemente fez um bom desfile, com fantasias caprichadas e de bom efeito. A comissão de frente, do bom e criativo Gabriel Cortês, veio de palmatória. Eram homens vestidos de "senhoras professoras", que no refrão (E o salário ó…), levantavam a saia e mostravam a bunda na avenida. Alguns personagens da Escolinha do Professor Raimundo desfilaram no último carro da escola. Os carros representavam matérias escolares e tinha uma ala de protesto dos professores por melhores salários.
  • 1993 - O Pão nosso de cada dia
A São Clemente inaugurou no desfile da Marquês de Sapucaí o merchandising do pão, enredo que levou para avenida. De forma irônica, a escola cobriu a avenida com pandeiros, ratinhos e, sobretudo, baianas, representando o trigo, o centeio, o milho e a cevada do "Pão nosso de cada dia".
  • 1994 - Uma andorinha só não faz verão
A São Clemente trouxe um enredo que versava sobre a união dos povos, que pegava carona no "impeachment" de Fernando Collor. Passou pela avenida referências à literatura e a histórias infantis (mosqueteiros, três porquinhos), à música (duplas sertanejas) e à vida pública (passeatas, protestos). O enredo e o samba eram bons, mas a escola apresento um conjunto de alegorias e fantasias irregular, apesar de a fantasia da bateria estar impecavelmente vestida de mosqueteiro.
  • 1995 - O que é, o que é... que não é, mas será?
A São Clemente abriu o Grupo Especial, lembrando da conquista do tetracampeonato de futebol, apostando na recuperação do orgulho brasileiro. Na comissão de frente, foi reproduzido o erro no pênalti de Roberto Baggio, jogador italiano que deu o tetracampeonato ao futebol brasileiro. A escola desfilou com muita empolgação e alegria, mas era evidente a simplicidade de fantasias e alegorias. O abre-alas trouxe São Clemente ladeado por baianas, cuja ala vinha logo a seguir representando a religiosidade. A escola desfilou com simplicidade, mas muita alegria. No centro do carro dos esportes havia uma réplica do capacete de Ayrton Senna, uma homenagem ao ídolo, no qual se destacou Túlio Maravilha. Isadora Ribeiro veio à frente da bateria, que veio multicolorida e representando a moeda Real.
  • 1996 - Se a canoa não virar, a São Clemente chega lá
A São Clemente, respeitando suas cores, colocou as embarcações na avenida, desde as egípcias até as naus portuguesas, e fez um desfile bem animado, repleto de cavalos marinhos, vikings, piratas, carrancas, galeões, velas, cisnes brancos, caravelas e canhões. A comissão de frente era formada por Aqualoucos, que vieram de pés de patos. O abre-alas representava folias marítimas. Uma das alegorias, passou avaria na avenida.
  • 1997 - A São Clemente Botafogo na Sapucaí
A escola contou a história do bairro de Botafogo e um pouco da história da escola que estava completando 35 anos. O desfile foi um dos mais belos momentos da história da São Clemente, pois além do belo visual, a escola teve uma harmonia perfeita. No resultado, três escolas terminaram empatadas: São Clemente, Caprichosos de Pilares e Tradição. Tal fato gerou controvérsia, pois de acordo com o regulamento a Tradição seria considerada a campeã, uma vez que esta fez a pontuação máxima em quesitos, sendo penalizada em dois pontos, pelo número indevido de componentes na ala de baianas. No desempate, entre a Caprichosos e a São Clemente, outro problema foi observado, para que se pudesse eleger a vice-campeã, que subiria ao grupo especial. ambas perderam a mesma quantidade de pontos, nos mesmos quesitos (Comissão de Frente e Fantasias), considerando-se o descarte de notas. Uma última cláusula do regulamento diziam que persistindo tal empate dever-se-ia sortear a escola a ser considerada com melhor classificação. O sorteio foi ao vivo e a bola escolhida foi a da Caprichosos de Pilares. A São Clemente entrou na justiça, alegando suspeita de fraude na classificação. A escola de Botafogo conseguiu uma liminar concedida pelo juiz da 31ª Vara Cível, Carlos Eduardo Moreira da Silva e marcou presença no desfile das campeãs. No entanto, ao longo do ano perdeu os recursos e foi obrigada a amargar mais um ano no Grupo de Acesso.

  • 1998 - Maiores são os poderes do povo. Se Liga na São Clemente!
No ano seguinte, com uma linguagem simples e direta, a São Clemente veio "mordida" e fez um protesto na Avenida, pedindo Justiça. O enredo Maiores são os poderes do povo. Se Liga na São Clemente!, retratava a briga do povo por justiça, falando da luta pelos direitos essenciais: saúde, educação, emprego, moradia. A escola elevou sua voz contra a fome, os baixos salários e a falta de cuidado com o bem-estar social. Na comissão de frente, vinham os "guerreiros de Momo", uma tropa de choque para botar ordem na casa, já que avacalharam com o carnaval. Eles vinham elegantemente vestidos e simulavam um ataque, em alusão aos jurados que prejudicaram a escola no ano anterior. A ala de baianas trouxe o nome da escola sobre o dorso em letras garrafais, mostrando o orgulho de ser clementiano. No carro da discriminação, a atriz Neusa Borges veio de destaque.
  • 1999 - A São Clemente comemora e traz Rui Barbosa para os braços do povo
Desfilando com sua alegria tradicional, a São Clemente abriu o desfile do Grupo Especial, com uma homenagem ao advogado, jornalista, político, diplomata e abolicionista Rui Barbosa. A agremiação realizou um desfile modesto e foi rebaixada para o Grupo de Acesso. Apesar de a escola ter tido uma melhora significativa no quesito fantasia, algumas alegorias pecaram, por falta de ousadia. Rui Barbosa foi retratado em quase todas elas. No carro da abolição, uma das figuras passou avariada.
No carnaval temático dos 500 anos do Brasil, com o enredo "No ano 2000 a São Clemente é Tupi, com Sergipe na Sapucaí", a São Clemente destacou as riquezas culturais, históricas e naturais de Sergipe, dos sítios arqueológicos ao seu fabuloso folclore, questionando os 500 anos do Brasil, de forma respeitosa, incorporando o indígena não como ser exótico, mas como elemento da nossa identidade histórica. Em anos cada vez mais competitivos, a escola fez uma parceria com o governo de Sergipe, fugindo um pouco de seu estilo.
No carnaval de 2001, com fantasias leves, bem-humoradas e claras, o enredo "A São Clemente mostrou e nada mudou nesse Brasil gigante" fez referência aos diversos enredos antigos e críticos da escola. Logo no abre-alas, todo branco e prata, a escola pedia paz em pequenos estandartes que enfeitavam o carro: um enorme balde, com duas garrafas de champanhe, cercado por taças. A festa que a escola levou para a avenida era a resposta aos que fazem do país um lugar nem sempre alegre. Por isso, depois do abre-alas, vinha a dura realidade: a alegoria da favela tinha sinais de trânsito, postes com fios e placas onde se lia "não jogue lixo", além de vasos sanitários que serviam de base para os destaques.
No ano dos enredos comercializados, a São Clemente não fugiu à regra. A São Clemente comemorou os 40 anos de avenida com um tema de alerta para a necessidade de preservação do meio ambiente: "Guapimirim, paraíso ecológico abençoado pelo Dedo de Deus". O alerta veio logo atrás da comissão de frente, com as 180 baianas. A ala desfilou divida com fantasias em duas cores (branco e preto), representando a Baía de Guanabara, suas águas e a poluição. Com carros gigantescos, a escola teve problemas com um deles, que quebrou e os destaques tiveram que desfilar no chão. Era o segundo carro que apresentava os primeiros sinais da presença do homem na região de Guapimirim - que significa "nascente pequena", na língua indígena. Com alguns problemas na evolução, a escola acabou disputando com a Tradição o rebaixamento, levando a pior, talvez por ter sido a primeira a desfilar, posição comumente sacrificada pelos jurados.
No ano seguinte, a São Clemente novamente se sagraria campeã do Grupo de Acesso do carnaval carioca. O último título havia sido conquistado em 1966. A escola obteve nota máxima em todos os quesitos com um belo desfile em homenagem ao município de Mangaratiba. O resultado, porém, foi contestado pelas demais concorrentes.
No ano das reedições, 2004, a São Clemente abriu o desfile e também revisitou, não um enredo, mas sua tradição de carnavais bem-humorados, marcados pela crítica política e social, irreverentes, abandonada nos últimos anos. Sob pressão de deputados e senadores, Milton Cunha foi obrigado a mudar na última hora a escultura que mostrava Tio Sam sentado no Congresso como num vaso sanitário no enredo "Boi voador sobre o Recife - Cordel da galhofa nacional". Prejudicada pela chuva, a irreverência do enredo, que partiu da primeira cobrança de pedágio do Brasil, por Maurício de Nassau, no Recife, para criticar ferozmente os políticos brasileiros, não foi suficiente para manter a escola de Botafogo no Grupo Especial.
No ano seguinte, 2005, apesar de desfilar para arquibancadas quase vazias, no fim de uma chuvosa madrugada, a São Clemente emocionou e divertiu quem ficou para ver "Velho é a vovozinha: a São Clemente enrugadinha e gostosinha", em defesa da pessoa idosa. A escola entrou na Sapucaí com uma enorme escultura de um preto velho no abre-alas e fez referências ao filme Cocoon.
Em 2006 a São Clemente entrou luxuosa e com carros grandes e bem acabados na sua homenagem a dupla Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. A São Clemente arrebatou o estandarte de ouro de melhor escola do acesso, mas ficou apenas com o vice-campeonato.
No ano seguinte, 2007, a São Clemente entrou na avenida disposta a acabar com todos os tipos de preconceitos. O enredo ‘Barrados no Baile’ trouxe hippies, gays, nordestinos, funkeiros, negros e todas as tribos sujeitas a qualquer tipo de discriminação se espalharam por suas 1.400 fantasias. Com 2.500 componentes na Avenida, a São Clemente não cometeu deslizes e conquistou o título do Grupo de Acesso A, que lhe deu o direito de voltar ao Grupo Especial em 2008.[14]
De volta ao Grupo Especial, em 2008, a São Clemente abriu os desfiles com luxo, ao apresentar a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, sob a ótica da mãe do Rei Dom João VI, Dona Maria, "a Louca". O menor tapa-sexo usado no Carnaval levou à fama a modelo Viviane Castro. Os 3,5 cm de pano, no entanto, custaram 0,5 ponto à escola. A Comissão de Verificação das Obrigatoriedades Regulamentares da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro entendeu que a passista estava nua, o que é proibido pelo regulamento. A punição prejudicou a escola, mas não foi a causa de sua queda para o Grupo de Acesso.[15]
No seu retorno ao Grupo de acesso A, em 2009, a São Clemente abriu pela segunda vez o desfile, nesse grupo, com a manutenção do carnavalesco Mauro Quintaes, que iria desenvolver um enredo sobre a malandragem com o carnavalesco Wagner Gonçalves, mas a direção da escola resolveu mudar e trouxe Alexandre Louzada, para desenvolver o carnaval ao lado de Mauro Quintaes, o enredo O Beijo Moleque da São Clemente. A escola foi prejudicada pela organização dos desfiles, já que não liberaram a área de concentração, o que fez com que o desfile sofresse um atraso de mais de 40 minutos. A escola contou a história do primeiro palhaço negro Benjamin de Oliveira. A escola ficou na 4ª colocação com 238,5 pontos, permanecendo no mesmo grupo em 2010.[16]
Em 2010 com o enredo Choque de Ordem na folia a São Clemente fez uma exibição correta e segura e sagrou-se campeã do Grupo de Acesso ganhando nota 10 em todos os quesitos, com exceção de um 9,7 para mestre-sala e porta-bandeira que fora decartado. Com xerifes na bateria, a escola mesclou as ações do Choque de Ordem coordenado pela atual gestão da Prefeitura do Rio de Janeiro e situações do carnaval contemporâneo. O abre-alas representou a Copacabana dos anos 50. Mas o grande destaque foi um enorme gato, que fez alusão às ligações clandestinas de luz e água.[17]
No ano em que completa o seu jubileu de ouro, 2011, a São Clemente contratou o carnavalesco Fábio Ricardo, revelado na Acadêmicos da Rocinha, e um dos mais promissores, que faz sua estreia solo no grupo Especial. O enredo escolhido fez uma homenagem aos monumentos da cidade maravilhosa intitulado "O meu, o seu, o nosso rio, abençoado por deus e bonito por natureza". Apesar de ter apresentado um carnaval de qualidade, a escola não obteve boas notas do juri oficial,conseguindo o 9° lugar.
Para 2012, a escola não levará um enredo sobre o seu cinquentenário. O carnavalesco Fábio Ricardo prepara o enredo sobre os grandes musicais. O enredo foi considerado o melhor carnaval que a escola já fez. Seu desfile foi luxuoso com grandes surpresas, entre elas um violinista no meio da bateria e uma mulata inflável. Com isso ficando em 11ª lugar e permanecendo no especial.
Em 2013, a escola continuou com seus grandes alicerces, o carnavalesco Fábio Ricardo,[18] que havia recebendo propostas de outras escolas, como Imperatriz e Mangueira, alem de continuar com as parcerias financeiras que em 2012 renderam ótimos frutos á escola; no carnaval apresentou na avenida o enredo "Horário Nobre" que lembrou muitas novelas da Rede Globo, conquistando a 10.ª colocação e se mantendo no Grupo Especial.
Para 2014, a escola anunciou seu enredo, sobre as favelas, cuja sinopse foi idealizada pelo compositor André Diniz. O desenvolvimento do enredo inicialmente seria realizado por Bia Lessa e Gringo Cardia, que devido não sair patrocínio, largaram a escola. e chegou-se a negociar com Roberto Szaniecki para ocupar sua vaga[19], mas não indo em frente. optando pelo Núcleo Criativo da escola [20], formado por Roberto Gomes, Tiago Martins, Muqueca e Ricardo Gomes[21], que com a participação do mago das cores Max Lopes[22] e feito junto com João Vítor, Muqueca e Tiago Martins[23][24].
Em 2015 a escola apresentou o enredo "A Incrível História do Homem que só tinha medo da Matinta Pereira,da Tocandira e da Onça Pé de Boi." Idealizado pela carnavalesca Rosa Magalhães,um dos melhores desfiles da noite e apontado por muitos como uma das cabeças da apuração. Com nota máxima nos quesitos Bateria e Mestre Sala e Porta Bandeira e três notas dez e um 9.8 de enredo,a escola da Zona Sul terminou em um bom 8° lugar superando as dificuldades dos anos passados. A escola também ganhou prêmios como Melhor Enredo e Melhor Desfile de 2015.
Para 2016 renovou com a carnavalesca Rosa Magalhães que apresentou o enredo "Mais de Mil Palhaços no Salão" falando dos palhaços. No dia do desfile o segundo carro, em que veio a carnavalesca, teve um problema com as luzes e desfilou apagado. Mas como era uma alegoria de cor clara, não ficou tão prejudicada. O terceiro carro também teve problema no chassi e parou de andar, criando um buraco no meio da avenida. A rainha da bateria, Raphaela Gomes, caiu durante o desfile. Na apuração a escola ficou em 9° lugar.

Segmentos[editar | editar código-fonte]

O atual casal de Mestre-sala e Porta-bandeira da escola, Fabrício Pires e Denadir Garcia, no desfile de 2016.

Presidência[editar | editar código-fonte]

Presidentes
NomePeríodoReferência
Ivo da Rocha Gomes25/10/1961 - 24/07/1980[25]
Ivan da Silva Vasconcelos24/07/1980 - 12/06/1981[25]
George Avelino12/06/1981 - 12/06/1984[25]
Ivan da Silva Vasconcellos12/06/1984 - 11/06/1987[25]
Ricardo Almeida Gomes11/06/1987 - 2007[25]
Renato de Almeida Gomes2008 - atualmente[25]

Intérpretes[editar | editar código-fonte]

CarnavaisIntérprete oficialReferências
1975Cardoso[26]
1979Izaías de Paula[27]
1981Nando[28]
1984Geraldão[29]
1985Izaías de Paula[27]
1986Geraldão[29]
1987–1988Izaías de Paula[27]
1989Geraldão[29]
1990Izaías de Paula[27]
1991–1992Sidney Moreno[30]
1993Quinho[31]
1994–1995Vaguinho[32]
1996Nego Lindo[33]
1997Márcio Souto[34]
1998David do Pandeiro[35]
1999Serginho do Porto[36]
2000Rixxah[37]
2001–2004Anderson Paz[38]
2005Clóvis Pê[39]
2006–2009Leonardo Bessa[40]
2010–2015Igor Sorriso[41]
2016–presenteLeozinho Nunes[42]
O casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, Bira e Denadir Garcia, no desfile de 2012 da São Clemente.

Comissão de frente[editar | editar código-fonte]

A bateria da São Clemente é denominada "Fiel Bateria". Imagem do desfile de 2016.[8]
A "Fiel Bateria" da São Clemente no desfile de 2003, ano em que a escola foi campeã do Grupo de Acesso.
A atual rainha de bateria da São Clemente, Raphaela Gomes, no desfile de 2015. Raphaela é filha do presidente da escola, Renato Gomes.[43]
Raphaela Gomes no desfile de 2014, em sua estreia como rainha de bateria.[44]
Comissão de frente
Coreógrafo(a)PeríodoReferência
Gabriel Cortes1990 - 2001[45][46]
Paulo Medeiros2002[47]
Gabriel Cortes e Paulo Medeiros2003[48]
Roberto Lima2004[49]
Luis Monteiro2005[50]
Ângela Salles2006 - 2007[51][52]
Caio Nunes2008 - 2012[53][54]
Renato Vieira2013[55]
Regina Sauer2014[56]
Luís Arrieta2015[57]
Sérgio Lobato2016 - atualmente[58]

Mestre-sala e Porta-bandeira[editar | editar código-fonte]

Mestre-sala e Porta-bandeira
CasalPeríodoReferência
Ivanildo e Vera1962 - 1965[59][60]
Ivanildo e Maria Emília1966 - 1967[61][62]
Calisto e Neuza1968[63]
Carlos Alberto e Maria Emília1969 - 1971[64][65]
Carlos Alberto e Ana1972 - 1973[66][67]
Risada e Maria Emília1974 - 1976[68][69]
Pelé e Zaíra1977[70]
Augustinho e Maria Emília1978[71]
Pelé e Zaíra1979 - 1980[72][73]
Risada e Vera1981[74]
Sabino e Mariazinha1982 - 1983[75]
Amauri e Mariazinha1984[76]
Ruy Geléia e Mariazinha1985[77]
Ruy Geléia e Rosângela1986[78]
André e Vera Lúcia1987 - 1990[79][45]
André e Patrícia1991[80]
Robertinho e Tidinha1992[81]
Carlinhos de Jesus e Stelinha Cardoso1993[82]
Paulo César e Viviane1994[83]
Ronaldinho e Taninha1995[84]
Eduardo e Gleice Simpatia1996[85]
Amendoim e Rute Alves1997[86]
Amendoim e Cristiane1998[87]
Amendoim e Cíntia1999[88]
Sidcley e Cíntia2000[89]
Marcelinho e Cíntia2001[46]
Marcelinho e Gleice Simpatia2002 - 2003[47][48]
Paulo Roberto e Gleice Simpatia2004[49]
Marcelo Jorge e Danielle Soares2005 - 2008[50][53]
Marcelo Jorge e Simone2009[90]
Marcelinho e Jaqueline2010[91]
Bira e Jaqueline2011[92]
Bira e Denadir Garcia2012[54]
Fabrício Pires e Denadir Garcia2013 - atualmente[55]

Bateria[editar | editar código-fonte]

A bateria da São Clemente é denominada "Fiel Bateria".[8]

Mestres[editar | editar código-fonte]

Direção de bateria
DiretoresPeríodoReferência
Mestre Ivo da Rocha Gomes1962 - 1964[59][93]
Mestre Jorge de Andrade1965 - 1968[60][63]
Mestre Vicente Lino Coelho
("Tio Vivi")
1969 - 1987[64][79]
Mestre Renatinho1988 - 1999[94][88]
Mestres Renatinho e Tião Belo2000 - 2002[89][46]
Mestres Renatinho e Gil2003[48]
Mestre Gil2004 - atualmente[49][91]
Mestres Gil e Caliquinho2011 - atualmente[92]

Rainhas[editar | editar código-fonte]

Rainhas de bateria
NomePeríodoReferência
Cláudia Egyto1987 - 1988[95][96]
Monique Evans1988 - 1991[97]
Isadora Ribeiro1995[95]
Solange Gomes1997 - 1999[98]
Bruna Almeida2000 - 2013[99][100]
Raphaela Gomes2014 - atualmente[101]

Direção[editar | editar código-fonte]

Carnaval[editar | editar código-fonte]

Direção de carnaval
DiretoresPeríodoReferência
Marco Antonio dos Santos1995[84]
Ricardo de Almeida Gomes1998[87]
Roberto de Almeida Gomes1999 - 2002[88][47]
Ricardo de Almeida Gomes2003 - 2013[48][55]
Roberto de Almeida Gomes2014[102]
Ricardo de Almeida Gomes2015 - atualmente[57][103]

Harmonia[editar | editar código-fonte]

Direção de harmonia
DiretoresPeríodoReferência
Marquinhos Harmonia1987 - 1988[79][104]
Marco Antonio dos Santos1995[84]
Roberto de Almeida Gomes1998[87]
Marco Antônio dos Santos1999[88]
Marquinhos Harmonia2000 - atualmente[89]

Carnavais[editar | editar código-fonte]

Carnavais da São Clemente
AnoColocaçãoGrupoEnredoCarnavalescoRef.
19624ºlugar3Riquezas do Brasil
Compositor: Carlos Correa Lopes
Gabriel e Dario[105]
19633ºlugar3Rio de Antanho
Compositores: Carlos Correa Lopes e Robertinho Devagar.
Augusto Henrique
1964Campeã3Rio dos vice-reis
Compositores: Adilton Luz, Zezinho e Walter.
Ivo da Rocha Gomes
19653ºlugar2Relíquias e memórias do Rio
Compositores: Adilton Luz, Zezinho e Walter.
Ivo da Rocha Gomes
1966Campeã2Apoteose ao folclore brasileiro
Compositores: Carlos Correa Lopes e Robertinho Devagar.
Ivo da Rocha Gomes
196710ºlugar1Festas e tradições populares do Brasil
Compositores: Paulo Granada, Leônidas de Araújo, Barata e Chocolate.
Renato Miguez e Dedé
19687ºlugar2Apoteose à cultura nacional
Compositor: Chocolate.
Ivo da Rocha Gomes
1969Não foi julgada2Assim dança o Brasil
Compositores: Dario Marciano, Lorival Boa Memória e João Carlos Grilo.
Ivo da Rocha Gomes
19709ºlugar2Histórias fantásticas
Compositores: Dario Marciano e Lorival Boa Memória.
Ivo da Rocha Gomes
19715ºlugar2O beijo de 3 saudades
Compositores: Ivo da Rocha Gomes e João Carlos Grilo.
Ivo da Rocha Gomes
19725ºlugar2Danças de um povo livre
Compositores: Ivo da Rocha Gomes e João Carlos Grilo.
Ivo da Rocha Gomes
19737ºlugar2Momentos inesquecíveis de Tapoagipe
Compositores: Sidney da Conceição e Natal.
Ivo da Rocha Gomes
197411ºlugar2Sonhos fascinantes de um jovem adolescente
Compositores: Ouvídio e Filinho.
Ivo da Rocha Gomes
19755ºlugar2Quem quebrou meu violão - Taí, Taí, Tra-Lá-Lá
Compositores: Boca Rica, Wanderley Caramba, Risada e Jorge Canário.
Ivo da Rocha Gomes e Carlos Gil
197610ºlugar2Recife, nosso amor distante
Compositores: Sidney da Conceição, Natal e Ouvidio.
Ivo da Rocha Gomes
197710ºlugar2Acredite se quiser
Compositores: Chocolate, Zé Prego e Siri.
Ivo da Rocha Gomes
19789ºlugar2Apoteose ao teatro de revista
Compositor: Chocolate.
Ivo da Rocha Gomes
19795ºlugar2-ALouvação às 3 rainhas
Compositores: Ivo da Rocha Gomes e Izaías de Paula.
Ivo da Rocha Gomese Ricardo Ayres
19809ºlugar1-BA doce ilusão do sambista
Compositores: Ivo da Rocha Gomes e João Carlos Grilo.
Ivo da Rocha Gomes
19813ºlugar2-AAssim dança o Brasil
Compositores: Dario Marciano, Lorival Boa Memória e João Carlos Grilo.
Ivo da Rocha Gomes
19822ºlugar2-AAs intocáveis tempestades de Dam
Compositores: Wilson Magnata, Marino e Ivanildo.
Carlinhos Andrade
19833ºlugar2-ACriação da noite
Compositores: João Carlos Grilo, Serginho e Chocolate.
Carlinhos Andrade
19844ºlugar1-BNão corra, não mate, não morra - O diabo está solto no asfalto
Compositores: Rodrigo e Geraldão.
Carlinhos D'Andrade e Paulo Vasconcellos
198515ºlugar1-AQuem casa quer casa
Compositores: Rodrigo, Izaías de Paulo e Helinho 107.
Carlinhos D'Andrade e Roberto Costa
1986Vice-Campeã1-BMuita saúva, pouca saúde, os males do Brasil são
Compositores: Helinho 107, Mais Velho e Nino.
Carlinhos D'Andrade e Roberto Costa
198710ºlugar1Capitães do asfalto
Compositores: Izaias de Paula, Jorge Moreira e Manuelzinho Poeta.
Carlinhos D'Andrade e Roberto Costa
198810ºlugar1Quem avisa amigo é
Compositores: Izaias de Paula, Helinho 107 e Chocolate.
Carlinhos D'Andrade e Roberto Costa
198913ºlugar1Made in Brazil, yes nós temos banana
Compositores: João Carlos Grilo, Ricardo Goes, Ronaldo Soares e Sérgio Fernandes.
Carlinhos D'Andrade
19906ºlugarEspecialE o samba sambou
Compositores: Helinho 107, Mais Velho, Chocolate e Nino.
Carlinhos D'Andrade, Roberto Costa e César Azevedo
199113ºlugarEspecialJá vi este filme
Compositores: Manoelzinho Poeta, Jorge Moreira, Severo, Jorge Melodia e Haroldo Pereira.
Carlinhos D'Andrade, Roberto Costa e César Azevedo
19927ºlugarAcessoE o salário ó!
Compositores: Chocolate, Helinho 107, Maurício, Ricardo e Ronaldo.
Luiz Fernando Reis e José Félix
19937ºlugarAcessoO Pão Nosso de Cada Dia
Compositores: Helinho 107, Chocolate, Ricardo, Ronaldo e Maurício.
José Félix e Roberto Costa
1994Vice-CampeãAcessoUma andorinha só não faz verão
Compositores: Dedeco, Cesar Neguinho e Buda
Roberto Costa
199517ºlugarEspecialO que é, o que é... que não é, mas será?
Compositores: Helinho 107, Cláudio Filé, Vaguinho e Leonardo Alegria (Waguinho)
Luiz Fernando Reis
19963ºlugarASe a canoa não virar a São Clemente chega lá
Compositores: Henrique Damião, Maurílio Faria e Flávio Oliveira.
Roberto Costa e Jaime Cezário
19973ºlugarAA São Clemente Botafogo na Sapucaí
Compositores: Ricardo Góes, Ronaldo Soares, Chocolate, Fernando de Lima e Nivaldo.
Jaime Cezário
1998Vice-CampeãAMaiores são os poderes do povo - Se liga na São Clemente!
Compositores: Ricardo Góes, Ronaldo Soares, Chocolate e Fernando de Lima.
Jaime Cezário
199914ºlugarEspecialA São Clemente comemora e traz Rui Barbosa para os braços do povo
Compositores: Ricardo Góes, Ronaldo Soares, Chocolate e Antônio
Jaime Cezário
20004ºlugarANo ano 2000, a São Clemente é Tupi com Sergipe na Sapucaí
Compositores: Helinho 107, Cláudio Filé, Reginaldo Bessa e Leonardo Alegria
João Luiz de Moura e Sônia Regina
2001Vice-CampeãAA São Clemente falou e nada mudou nesse Brasil gigante
Compositores: Rodrigo Índio, Eugênio Leal, Fabinho e Paulo Renato
Sônia Regina
200214ºlugarEspecialGuapimirim, paraíso ecológico abençoado pelo Dedo de Deus
Compositores: Rodrigo "Índio", Eugênio Leal, Fabinho, Paulo Renato e Anderson Paz
Sônia Regina, Lane Santana, Alberto Rashyd e Nonato Trinta
2003CampeãAMangaratiba - Uma história de luta para todos que amam a terra e a liberdade
Compositores: Alexandre Araujo, Diego Mendes e Rodrigo Telles
Lane Santana
200414ºlugarEspecialBoi Voador Sobre o Recife: O Cordel da Galhofa Nacional
Compositores: Jorge Melodia, Noronha, Marcos Zero e Cesar Ouro
Milton Cunha
20053ºlugarAVelho é a Vovozinha: A São Clemente Enrugadinha e Gostosinha
Compositores: Diego Mendes, Alexandre Araújo, Rodrigo Telles, Júnior Duarte, Armandinho do Cavaco e Eugênio Leal
Milton Cunha
2006Vice-CampeãADe Gonzagão a Gonzaguinha: Em Vida de Viajante
Compositores: Rodrigo Índio, Fabio Rossi, Ronaldo Soares, Ricardo Góes e Cláudio Filé
Renato Lyra, Tatiana Santos, Fábio Santos, Bráulio Malheiro e Rodrigo Sampaio
2007CampeãABarrados no baile
Compositores: Alemão do Táxi, Carlinhos da Penha, Maninho, Gil Melodia e Jassa
Fábio Santos e Edward Moraes
200812ºlugarEspecialO Clemente João VI no Rio: A Redescoberta do Brasil
Compositores: Helinho 107, Ricardo Góes, Naldo, Cláudio Filé, Armandinho do Cavaco e Marcelo Santa Clara
Milton CunhaMauro Quintaes e Fábio Santos
20094ºlugarAcessoO Beijo Moleque da São Clemente
Compositores: Rodrigo Indio, Alexandre Araujo, Fabio Rossi, Rodrigo Telles e Armando Daltro
Mauro Quintaes e Alexandre Louzada
2010CampeãAcessoChoque de Ordem na folia
Compositores: Luiz Carlos Ribeiro, Marquinhos Gravino, Alex Jouber, Rubinho Salomão e Marcelo D. Noite
Mauro Quintaes
20119°lugarEspecialO seu, o meu, o nosso Rio, abençoado por Deus e bonito por natureza
Compositores: Ricardo Góes, Ronaldo Soares, FM, Grey, Serginho Machado, Flavinho Segal, Helinho 107, Claudio Filé, Armandinho do Cavaco, Nelson Amatuzzi, Fabio Portugal, Rodrigo Maia, Júnior Fionda, J.J. Santos e Xandão2011
Fábio Ricardo
201211°lugarEspecialUma aventura musical na Sapucaí
Compositores: Flavinho Segal, FM, Grey, Guguinha, Marcos Antunes, Ricardo Góes, Serginho Machado e Vânia.
Fábio Ricardo
201310°lugarEspecialHorário nobre
Compositores: Beto Savana, Fábio Portugal, Floriano do Caranguejo, Gabrielzinho Poeta, Guguinha, Nelson Amatuzzi, Victor Alves
Fábio Ricardo[55]
201411ºlugarEspecialFavela
Compositores: Anderson, Flavinho Segal, FM, Grey, Ricardo Góes, Serginho Machado
Max Lopes, Tiago Martins, João Vítor e Bruno César[20][21][23][102][24][22]
20158°lugarEspecialA incrível história do homem que só tinha medo da Matinta Perera, da Tocandira e da Onça Pé de Boi
Compositores: Diego Estrela, Hugo Bruno, Leozinho Nunes, Ronni Costa, Victor Alves e W. Machado
Rosa Magalhães[106][57]
20169º lugarEspecialMais de mil palhaços no salão
Compositores: Alexandre Araujo, Amado Osman, Armando Daltro, Davi Dias, Fabio Rossi, Rodrigo Índio, Rodrigo Telles e Vinícius Nagem
Rosa Magalhães[107]
2017EspecialOnisuáquimalipanse
Compositores: Toninho Nascimento, Luiz Carlos Máximo, Anderson Paz, Gustavo Albuquerque, Camilo Jorge e Marcelo SP
Rosa Magalhães[108][12]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Títulos da São Clemente
DivisãoTítulosCarnavaisReferência
Trophy (transp. Simón Bolívar Cup).pngGrupo 2
(Atual Série A)
41966200320072010[109]
Trophy (transp. Simón Bolívar Cup).pngGrupo 3
(Atual Série B)
11964[110][109]
A escola conquistou o seu primeiro título de campeã no carnaval de 1964, no Grupo 3, com o enredo "Rio dos vice-reis". Dois anos depois, em 1966, foi campeã do Grupo 2, com o enredo "Apoteose ao folclore brasileiro". Conquistou outros três títulos de campeã do Grupo 2, nos anos de 2003, 2007 e 2010 - período em que ficou conhecida como "escola ioiô" pela constante oscilação entres os grupos Especial e de Acesso. No Grupo Especial, sua melhor colocação foi um sexto lugar, no carnaval de 1990, com o enredo "E o samba sambou".[109]

Premiações[editar | editar código-fonte]

Estandarte de Ouro[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Estandarte de Ouro
Estandartes de Ouro do GRES São Clemente
CategoriaTotalAnoReferência
Escola
(Grupo 2)
12006[111]
Enredo31985, 2015, 2017[112][113]
Comissão de frente21985, 1987[114]
Mestre-sala11995[115]
Passsista feminino12017[116]
Passista masculino22013, 2016[117][118]
Revelação12011[119][120]
Ala21989, 2015[121][113]
Ala de crianças
(Categoria extinta em 1994)
11990[122]

Outros prêmios[editar | editar código-fonte]

Outros prêmios recebidos pelo GRES São Clemente.
AnoPrêmioCategoria / premiadosRef.
2000S@mba-NetConjunto alegórico[123][124]
Ala ("Cangaceiros")
2001S@mba-NetMelhor desfile[125][126]
Samba-enredo
("A São Clemente falou e nada mudou nesse Brasil gigante" - Compositores: Eugênio Leal, Fabinho Tamborim, Paulo Renato e Rodrigo Índio)
Melhor comunicação com o público
Ala ("Bebês abandonados no lixo")
2004Troféu Jorge LafondCarnavalesco (Milton Cunha)[127]
2005S@mba-NetBateria (Diretor: Mestre Gil)[128]
Ala ("Dentadura")
Ala de passistas
Troféu Jorge LafondHarmonia (Diretor responsável: Marquinhos Harmonia)[129]
2006S@mba-NetIntérprete (Leonardo Bessa)[130][131]
Ala das baianas
Destaque de luxo (Raí Menezes)
Troféu Jorge LafondPorta-bandeira (Danielle Soares Reis)[132]
Conjunto de alegorias
Harmonia (Diretor responsável: Marquinhos Harmonia)
Plumas & PaetêsCarnavalesco do Grupo de Acesso A (Fábio Santos)[133]
2007Troféu Jorge LafondMelhor escola[134]
S@mba-NetDestaque de luxo (Raí Menezes)[135]
Plumas & PaetêsFigurinista (Fábio Santos)[136]
Troféu ParangoléEdward Soares Moraes e Fábio dos Santos Oliveira (Pela coerência estética da obra)[137]
2009Troféu Jorge LafondAla das baianas[138]
2010Estrela do CarnavalMelhor desfile do Grupo de Acesso A[139]
S@mba-NetAla das baianas[140][141]
Ala de passistas
Troféu Jorge LafondPorta-bandeira (Jacqueline Gomes)[142]
Comissão de frente (Coreógrafo: Caio Nunes)
Plumas & PaetêsDiretor de carnaval (Ricardo Almeida Gomes)[143]
2011Gato de PrataRevelação (Igor Sorriso)[144]
Troféu Jorge LafondPersonalidade (Igor Sorriso)[145]
2012Estrela do CarnavalIntérprete (Igor Sorriso)[139][146]
Revelação (Claudia Mota - coreógrafa da comissão de frente)
Tupi Carnaval TotalIntérprete (Igor Sorriso)[146]
S@mba-NetAla de passistas[147][148]
Gato de PrataCarnavalesco (Fábio Ricardo)[149]
Harmonia (Diretor responsável: Marquinhos Harmonia)
Plumas & PaetêsFigurinista (Fábio Ricardo)[150]
Escultor (Rossy Amoedo)
Destaque performático (Thiago Martins)
2013Plumas & PaetêsFigurinista (Fábio Ricardo)[151]
Costureiro (João Victor)
Troféu Jorge LafondPersonalidade (Renato Almeida Gomes - presidente da escola)[152]
2015SRZD-CarnavalMelhor escola[153]
Carnavalesca (Rosa Magalhães)
Tupi Carnaval TotalCarnavalesca (Rosa Magalhães)[154]
Estrela do CarnavalEnredo ("A incrível história do homem que só tinha medo da Matinta Perera, da Tocandira e da Onça Pé de Boi")[155]
Carnavalesca (Rosa Magalhães)
Intérprete (Igor Sorriso)
Ala das baianas
Conjunto de fantasias
Gato de PrataEnredo ("A incrível história do homem que só tinha medo da Matinta Perera, da Tocandira e da Onça Pé de Boi")[156]
Harmonia (Diretor responsável: Marquinhos Harmonia)
Intérprete (Igor Sorriso)
S@mba-NetMelhor escola[157][158][159]
Intérprete (Igor Sorriso)
Troféu Jorge LafondHomenagem especial (Marquinho Harmonia - diretor de harmonia)[160]
2016Estrela do CarnavalRevelação (Leozinho Nunes)[161]
Prêmio MachineTorcida Organizada (La Pandil

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