Nenê de Vila Matilde
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Se procurar por outro Nenê, veja Nenê.
Nenê de Vila Matilde | |
---|---|
Fundação | 1 de janeiro de 1949 (68 anos) |
Escola-madrinha | Portela |
Cores | |
Símbolo | Águia carregando um pandeiro nas patas |
Bairro | Vila Salete |
Presidente | Rinaldo José de Andrade "Mantega" |
Carnavalesco | Alex Sandro Acosta Fão |
Intérprete oficial | Agnaldo Amaral[1] |
Diretor de harmonia | Rodrigo Martin Camargo |
Diretor de bateria | Marco Antonio David (Mestre Markão) |
Rainha da bateria | Ariellen Domiciano |
Mestre-sala e porta-bandeira | Jefferson Gomes e Janny Moreno |
Coreógrafo | Nildo Jaffer |
Desfile de 2017 | |
Enredo | "Coré Etuba. A ópera de todos os povos, terra de todas as gentes, Curitiba de todos os sonhos." |
Posição de desfile | 6ª - 04:00 25 de Fevereiro |
www.nenedevilamatilde.com |
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Nenê de Vila Matilde é uma das mais tradicionais escolas de samba da cidade de São Paulo.
Foi fundada em 1949 por Alberto Alves da Silva, que foi presidente da escola por 47 anos, até passar o comando da entidade, em 1996, para seu filho, Alberto Alves da Silva Filho, em razão de alguns problemas de saúde. Mesmo assim continuou a desfilar em todos os anos seguintes. Seu Nenê faleceu em 2010[2] deixando vaga a lacuna de grande patriarca do Carnaval de São Paulo e recebendo de todos a admiração merecida por ter construído uma das maiores festas da cidade.
A Nenê possui onze títulos do Carnaval de São Paulo, entre eles dois tricampeonatos. Até 2000 ela foi a escola com mais títulos do carnaval da capital de São Paulo, fato este que corou a escola como "A Campeã do Século" . Em entrevista após o desfile de 2004, seu Nenê declarou que os dois maiores orgulhos que a escola lhe proporcionou foram o desfile na Marquês de Sapucaí no Rio em 1985 e a viagem a Portugal.[3] A Nenê ainda tem orgulho de ser afilhada da Portela, escola do Rio de Janeiro, e ter protagonizado a primeira roda de samba televisada em 1970, quando a TV exibiu para todo o Brasil esse batizado. Também foi a primeira escola de samba a possuir uma quadra coberta, inaugurada em 1968.
A escola foi fundada por um grupo de sambistas que na década de 40 faziam rodas de samba no Largo do Peixe, no bairro da Vila Matilde, Zona Leste de São Paulo. No dia 1º de janeiro de 1949, ao tentar registrar e assinar a ata de fundação, as pessoas que viriam a ser os grandes baluartes da agremiação perceberam que tinham esquecido do mais importante: o nome da escola. Estavam todos muito nervosos com a situação, surgiram algumas ideias, como Unidos do Marapés e Primeiro de Janeiro, mas nenhuma delas agradou a todos. O homem que trabalhava no cartório perguntou quem era aquele negro alto que enquanto todos discutiam o nome da escola tocava o seu pandeiro tranquilamente. Responderam-lhe que era o Nenê. O funcionário então sugeriu que o nome da escola fosse Nenê de Vila Matilde.[4] A Nenê já nasceu como escola de samba, ao contrário de algumas das outras grandes escolas de São Paulo, como Camisa e Vai-Vai, que foram fundadas como cordões. Nos anos 50 e 60, junto com outras escolas da época, como a Lavapés e a Unidos do Peruche, ajudou a criar a identidade do carnaval da cidade propiciando o crescimento dessa festa paulistana.
História[editar | editar código-fonte]
Décadas de 1950 e 1960[editar | editar código-fonte]
Durante os anos de 1949 e 1952 a Nenê desfilou pelos bairros da Zona Leste e do centro de São Paulo ao som de marchinhas da época. A escola só passou a competir no carnaval de 1953. A Nenê ganha seu primeiro título em 1956, quando trouxe para a avenida o primeiro samba-enredo da história do carnaval de São Paulo, Casa Grande e Senzala[5], vencendo pela primeira vez a Lavapés, grande campeã das primeiras disputas de carnaval de São Paulo.[6] Logo depois o seu primeiro tricampeonato é conquistado em 1958, 1959 e 1960. Na década de 1960 a Nenê foi a grande escola da época vencendo em 1963, 1965, 1968, 1969 e 1970 (seu segundo tricampeonato).
Década de 1970[editar | editar código-fonte]
A segunda oficialização do Carnaval de São Paulo acontece em 1968, graças a luta dos sambistas da cidade liderados por Seu Nenê. Essa oficialização chamou a atenção de outras agremiações carnavalescas que não eram escolas de samba naquela fase, porém eram tradicionais na cidade, os Cordões e os Blocos. A Campeã do início da década e considerada "Bicho-papão" e a maior escola em atividade em São Paulo, com a entrada dos cordões em 1972 na disputa como Escolas de Samba, a Nenê perdeu espaço mas continuou sendo uma das protagonistas do carnaval, ficou um bom tempo sem ganhar títulos mas mesmo assim fazendo história. Como em 1975, o ano em que a bateria da Nenê foi a primeira de São Paulo a apresentar coreografias. Em 1979 com o samba "Treze Rei Patuá", que foi apontado como o melhor do Brasil no carnaval daquele ano pelo programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, perdeu por apenas 1 ponto o carnaval.
Década de 1980[editar | editar código-fonte]
A década de 1980 chegou e a Nenê volta a viver seus melhores dias. Fez sambas e desfiles até hoje citados como alguns dos melhores de São Paulo: "Axé - O Sonho de Candeia" (1981), "Palmares, raízes da liberdade" (1982), "Gosto é gosto de não se discute" (1983) e "Sagração dos Deuses" (1984). Foi durante esse período que a Nenê conquistou uma de suas maiores glórias, a única bateria que ficou 26 anos consecutivos tirando apenas notas 10. Mas nenhuma dessas glórias foi capaz de trazer títulos para a escola, mesmo com os resultados aparecendo, a escola não conseguia ganhar. Talvez entre 1980-4, a dor maior da escola foi o vice-campeonato de 1982, com alegorias revolucionárias, o samba praticamente entoado por toda passarela a escola perde de forma contestável para a Vai-Vai, causando um dos mais tristes episódios da agremiação. A disputa vai a justiça mais mesmo assim a Nenê não consegue reverter o resultado. Outro ponto alto foi o desfile de 1984, a Nenê mais uma vez revoluciona e traz uma cobra ao estilo "dragão chinês", para representar Oxumaré. A escola foi tão aplaudida a ponto de a crítica apontar novamente a escola entre as grandes favoritas da noite, mais novamente a escola perde, desta vez para a Rosas de Ouro
Em 1985, com o enredo "Quando o cacique rodou a baiana, aí, ó" a Nenê finalmente deixou de bater na trave e após conquistar o seu décimo título com muito louvor, foi convidada para desfilar ao lado de Mocidade Independente de Padre Miguel e Beija-Flor de Nilópolis durante o desfile das campeãs do Rio de Janeiro, na Marquês de Sapucaí. Até hoje a Nenê é a única escola de São Paulo que recebeu esse convite[7] e esse samba é considerado um dos melhores da história do carnaval sendo cantado muito inclusive em rodas de samba cariocas.[carece de fontes]
Em 1986, a escola viveu um dos seus maiores momentos com o enredo Rabo do Foguete, desfile aclamado como o campeão da noite, no carnaval comandado pelo então carnavalesco Ritwylo de Souza, que revoluciona ao trazer um balé clássico na comissão de frente, onde as bailarinas representavam a Dança dos Cosmos,o que acabou encantando a todos no amanhecer da Avenida Tiradentes e ao lado de Camisa Verde e Branco, Rosas de Ouro e Vai-Vai era favorita, porem algumas notas contestáveis novamente, como em samba enredo, acabaram afastando a escola do título alcançando assim o 3º Lugar. Durante os desfiles de 1987, ano de grandes sambas, a Vila foi a última a se apresentar, com um estilo irreverente de desfilar, a escola levantou a Avenida Tiradentes com um samba sobre Pernambuco, e com muito frevo. Apresentando um dos melhores conjunto de fantasias, mais alegorias pequenas e mal acabadas, sucumbiu em um 5º lugar.
No ano de 1988, centenário da abolição da escravatura, a Nenê decidiu não homenagear a comunidade negra, sabendo que a maioria das escolas viria com um tema relacionado. Ao invés disso, a diretoria preferiu falar sobre a Zona Leste de São Paulo, segundo a visão de Paulistinha, um de seus grandes baluartes. No enredo, foi abordada, sob um ponto de vista extremamente positivo, a condição de ser um morador de um lugar tão abandonado. Também foram citados o Largo do Peixe, a fundação da escola, o trem que leva os trabalhadores de Guaianases à Estação Roosevelt e o Corinthians. Devido à falta de destaques sobre os carros, a escola perdeu quatro pontos que a impediram de conquistar o título, porém mesmo assim ficou marcado com um dos maiores desfiles do carnaval de São Paulo.
O ano de 1989 simplesmente é dramático, a Nenê passa por momentos de dificuldades financeiras. Cantando seus quarenta anos de história, e apostando na inspiração afro, característica marcante da escola, passou com uma estética bem duvidosa e com diversos problemas, mais surpreendentemente foi apontada como uma das favoritas, o resultado acabou sendo um honroso 5ª posição.
Década de 1990[editar | editar código-fonte]
Em 1990 a escola viveu seu pior momento até então, ao desfilar sem cinco carros. A falta dos mesmos ocorreu após uma briga entre a diretoria e o carnavalesco, que contratou dois caminhoneiros para estacionar suas carretas na porta do barracão. Devido a isso, a Nenê terminou a disputa em oitavo lugar, a dois pontos do rebaixamento, só não passando ao então Grupo 1 devido ao fato de a Pérola Negra não ter conseguido colocar nenhum carro na avenida, o que lhe causou a perda de 35 pontos. Se os carros da Pérola tivessem entrado no sambódromo, ao invés dela, a Nenê teria sido a rebaixada.
Prometendo a redenção, a escola investe tudo que tem e contrata Tito Arantes, com um carnaval assustador e já bem grandioso para época a escola desfila bem, aos gritos de "Nenê, Nenê", a escola passa, mais a chuva e o malquisto de alguns jurados jogam a escola em um injusto 8º lugar em 1991. No ano seguinte, com Oswaldinho no posto de carnavalesco, a Nenê deu um salto em qualidade das fantasias, teve o samba aclamado, levou o enredo Luz, Divina Luz, mas recebeu notas baixíssimas no quesito alegoria, graças a carros mal acabados novamente e assim acabando na 4ª posição. Nesse mesmo ano surge Baby, uma surpresa nas eliminatórias, onde Armando da Mangueira decide ceder o seu espaço para apresentar essa nova revelação.
Em 1993, a escola decide apostar na coqueluche que invadiu a cidade, que eram carnavalescos estrangeiros. Acabou contratando um cenógrafo de Santiago do Chile, Renatinho, porem a falta de verba, e falta de comunicação prejudicou e muito o contato dele com o pessoal do barracão, no microfone a escola traz sua Diretora de Harmonia Marcia Inayá e Armando da Mangueira como intérpretes, garantiu um quarto lugar, muito festejado pela comunidade com um enredo "Primeiro Desejo", já que a escola teve inúmeros problemas, como a falta de dinheiro e a quebra da grua do Abre-alas, chegou a liderar boa parte da apuração, porem perdendo pontos onde errou de fato. No ano seguinte, a Nenê investiu na revelação Pedrinho Pinotti, além de trazer Dom Marcos para intérprete. Desfilando sob forte chuva, perdeu dois pontos pelo ato falho de não entregar a pasta de explanação de Enredo, e então mesmo fazendo um desfile muito bonito e pouco prejudicado pela chuva, foi claramente prejudicada por jurados pouco preparados para a função e acabou ficando atrás da afilhada Leandro de Itaquera, abraçando a 6ª posição.
No ano de 1995, a escola vem com um samba que nasceu da junção de quatro obras e se tornou um dos mais bonitos da história da Nenê além de contar com um dos refrões mais cantados do Carnaval de São Paulo naquele ano, mesmo sem investir em propaganda nas rádios, seu samba era sempre um dos mais pedidos. No dia do desfile a escola teve problemas na concentração, quando ainda se preparava para entrar na avenida o cronômetro oficial do desfile foi disparado. Sem saber que o desfile já havia sido iniciado oficialmente os componentes da escola não entraram na avenida. Quando deu-se início ao desfile a escola já havia perdido dezessete preciosos minutos e então, devido ao ocorrido, a escola teve que desfilar muito mais rápido para terminar o desfile no tempo determinado, o que gerou vários buracos na evolução.Uma coisa severamente criticada foi o corte do carro de som no fim do desfile quando a última alegoria e velha guarda passou sem o samba e sem a bateria tocando. Ao ser questionada sobre o fato a Liga-SP alegou de que a bateria estava tocando forte demais por isso não foi possível ouvir a sirene que marca o disparar do cronômetro. Mesmo assim a Nenê levantou as arquibancadas, porém as falhas técnicas do desfile foram percebidas pelos jurados, e após uma apuração disputadíssima, onde até o penúltimo quesito a escola era vice-campeã, um 7 em fantasia a jogou para a 6ª posição.
Para o ano de 1996, quando o cacique decide abandonar a presidência, assume Betinho, prometendo modernizar a gestão a agremiação novamente investiu pesado, trazendo do Rio de Janeiro o carnavalesco Joãozinho Trinta. A escolha do enredo, entretanto, foi muito criticada pelos compositores, que consideravam o tema difícil de trabalhar. E graças a diversas brigas e divergências, Joãozinho rompe com a Nenê, assumindo seu estagiário. Devido a diversos problemas de locomoção das alegorias, as asas da Águia tem que ser arrancadas para o carro poder manobras, fora a cabeça de uma das alegorias que caiu de uma de suas alegorias, chegando completamente destruída, o chão joga a escola la para cima e surpreende fazendo 282 pontos, novamente ficando com o sexto lugar.
Para o carnaval 1997 a escola tira o multicampeão da Rosas,Tito Arantes, que desenvolveu aquele que é considerado um dos maiores enredos negros da história dp Carnaval Paulistano. Porem uma grave crise financeira abate a escola, que tem que reciclar todos os tipos de materiais de desfiles passados, e o toque de Midas do Carnavalesco aparece fazendo fantasias maravilhosas com materiais bem baratos a Nenê chega a "CAMPEÃ DA CRITICA CARNAVALESCA", além de "CAMPEÃ DA AUDIÊNCIA MANCHETE" desbancando a Gaviões da Fiel e a Vai-Vai, isso anima a comunidade que depois de muitos anos, concretamente via a chance de sair da fila de 10 anos sem conquistas oficiais. A apuração foi tensa, e a Nenê liderou por 8 quesitos quando notas completamente infundadas em Comissão de Frente e Alegorias, tiraram o campeonato da escola, o que causou um descontentamento grave durante as leitura das notas, gerando brigas entre o então presidente da entidade LigaSP Lauro (Pres. da X-9 Passo de Ouro), Betinho, Dentinho (Pres. Gaviões da Fiel) e Solon Tadeu (Pres. Vai-Vai). A briga não resultou em nada e a Nenê comemorou seu 3º lugar abrindo então caminho para voos mais altos
Muitas mudanças acontecem para o Carnaval de 1998, após se envolver numa briga, Dom Marcos perdeu o posto de intérprete oficial para o auxiliar Baby que assume o posto principal após 6 anos, ja no barracão a escola troca Tito por Vaníria Nejeschi, que havia feito bons trabalhos na Mocidade Alegre em 1996. Num ano em que não houve muito investimento por parte das escolas, já que não havia rebaixamento, Nenê e Vai-Vai levaram mais sério, e fizeram desfiles dignos do Carnaval, sem aparentes problemas e despontaram como favoritas, a escola garantiu um vice-campeonato com um enredo sobre a Estação Primeira de Mangueira, a melhor posição desde 1985. Em 1999, ano do seu cinquentenário, a escola decide investir tudo o que tem, principalmente com pontualidades, em que a escola decide colocar toda força nos erros graves de outros anos, e manter onde tirava nota. Com fantasias luxuosas, e Alegorias imensas, a escola entrou com muita força na avenida, e mesmo com todos problemas, como um carro que nem chegou a ir para Avenida, e o abre alas que teve um problema grave no eixo, a escola foi muito bem avaliada pelo público e pela crítica, ganhou o Troféu Nota 10 (equivalente ao Estandarte de Ouro no carnaval carioca) de melhor escola, e com um samba e bateria contagiantes foi apontada como favorita,porem os problemas relatados pesaram e muito e deu um título praticamente de graça para Gaviões e Vai-Vai que empataram naquele mesmo ano e dividiram o título de campeã do carnaval.
Década de 2000[editar | editar código-fonte]
Em 2000, a escola traz Augusto de Oliveira no lugar de Vaníria Nejeslchi, investe muito mais nas suas alegorias, e antes mesmo do carnaval, muitos ja apontavam-na como uma das favoritas no carnaval dos 500 anos do Brasil, no dia do desfile a Nenê novamente foi ovacionada pelo público do Anhembi e ganhou novamente e na segunda feira o Troféu Nota 10 de melhor escola, mas acabou no terceiro lugar em um dos carnavais mais disputados até então, graças a um erro grave na comissão de frente, quando dois integrantes da comissão acabaram passando sem chapéu. A Rede Globo passava insistentemente o problema nos telejornais, não que isso tenha influenciado, mais acabava dedando onde a escola teve seu ponto falho, perdeu mais uma vez para ela mesma.
Após anos chegando perto,em 2001 a escola já não tem mais o aporte financeiro dos anos anteriores, porem manteve o time e decidiu novamente investir em materiais alternativos, e pontualidades, e graças a isso conseguiu construir um grandioso carnaval, surpreendendo até mesmo a comunidade. No dia do desfile novamente a escola fez muito sucesso com as arquibancadas, com um enredo sobre a negritude finalmente a Nenê conquistava um título que não vinha havia 16 anos, título este que foi dividido com a Vai-Vai. No entanto, caso houvesse o desempate, ela seria considerada campeã sozinha, já que conquistou apenas uma nota 9,5 contra quatro notas 9,5 da Vai-Vai, incluindo uma no critério de desempate de Bateria, mas naquele ano as menores notas de cada quesito eram descartadas.
Em 2002, com um samba de forte crítica social e que fazia referências ao MST, a Nenê foi a última a desfilar na primeira noite de desfile. Lecy Brandão deu o grito de guerra na concentração, junto com os puxadores, sendo este o último ano em que ela desfilou no carnaval paulistano, antes de se tornar comentarista do desfile. Apontada como uma das favoritas, a Nenê conquistou sua vaga no desfile das campeãs com um quarto lugar, devido a um problema na comissão de frente e em uma das alegorias.
No ano de 2003 a Nenê levou para o Anhembi um enredo sobre Ziraldo. Também muito aplaudida pelo público a escola ficou novamente com o quarto lugar.
Em 2004. a escola decide renovar seu staff, Augusto de Oliveira é contratado pela Barroca Zona Sul, e então chega o consagradíssimo Raul Diniz, contando com muito apoio do MAM, além da colônia boliviana, a escola faz um desfile extremamente luxuoso e bonito, além de apresentar uma evolução maravilhosa, levantou o povo e se encaixou no grupo de favoritas novamente, num ano que São Paulo era obrigação de enredo a escola trouxe algo alternativo para fugir da mesmice e contar a história da Arte na cidade. A escola falou sobre a Bienal de Arte de São Paulo, quase belisca um surpreendente título, se não tivesse perdido pontos em melodia e fantasia.
Já em 2005, Raul Diniz sai, e então chega o carnavalesco Chico Spinoza que decide contar sobre o símbolo que tanto a comunidade amou e adotou de sua madrinha Portela. A escola apresentou um bom samba, que animou as arquibancadas. Foi bem esteticamente e a bateria chamou a atenção dos críticos como a melhor da noite. Baby, o puxador da Nenê naquele ano, ganhou o Troféu Nota 10 de melhor intérprete. Mas surpreendendo a todos a Nenê só ficou no nono lugar. Betinho (presidente da Nenê) e Solon Tadeu (presidente da Vai-Vai) entraram em conflito com Alexandre Ronda (presidente da Império de Casa Verde, campeã daquele ano) pois acreditaram que o comentário feito por Alexandre de que "Tradição não ganha o carnaval" teria sido provocativo.
Em 2006, graças ao péssimo resultado, a escola decide investir em novidades, e ve num moreno franzino, a esperança de trazer de volta os grandes desfiles do começo da década, André Machado, vindo da Imperador do Ipiranga. De olho na Bahia a escola decide criar o enredo "Ópera Negra da Nenê, É Lídia de Oxum" a escola vinha com um dos melhores sambas do ano. Porem diversos problemas abrangeram a escola, como um calote que ganhou do Governo da Bahia, além de ser uma das últimas a receber a verba Municipal, o que acabou atrasando todo barracão, que contava com o dinheiro para conclusão das alegorias, já que os lucros da quadra eram revertido para as fantasias. E o que vimos foi diversos problemas nas alegorias, e um carnaval muito incompleto o que prejudicou o desfile, erros de harmonia, e de bateria acabaram levando à sua pior colocação até então, um 12º lugar, chegando a estar entre as rebaixadas durante uma boa parte da apuração. Essa salvação do rebaixamento acabou sendo dura, e não rendeu comemoração, uma tristeza velada por ver uma coirmã tão querida por toda comunidade matildense o Camisa Verde e Branco empatar com a Nenê e ter que cair, além da Acadêmicos do Tatuapé e Gaviões da Fiel que até ala tinha dentro da escola nos Anos 80.
Buscando a reabilitação a Nenê chegou ao carnaval de 2007 apostando na tradição, decide isentar André Machado, e lhe da mais um ano, faz um enredo patrocinado, e traz de volta Mestre de Bateria Claudemir Romano (1984-1998), e então o já consagrado Royce do Cavaco, para o lugar do Baby que vai para a Unidos de Vila Maria, além da promessa de modernização da diretoria, que departamentalizado funções. O carnavalesco então decide vir com toda a escola vestida predominantemente de azul e branco (um sonho de Seu Nenê), com a ala das passistas atrás da bateria, com carros pequenos para os padrões de hoje, mas bem acabados, e com um samba alegre. Além de um desfile bom, a escola levantou a arquibancada que esperou até o amanhecer para vê-la e ficou no sétimo lugar muito estranho.
Em 2008, a Nenê tenta entrar definitivamente para nova era de alegorias imensas, apostou num enredo sobre o Brasil, André Machado vai para a Império e volta Augusto de Oliveira cantando no sambódromo Câmara Cascudo e o folclore brasileiro. Pela primeira vez desde a fundação, Seu Nenê, com problemas de saúde, não desfilou, e como numa homenagem a seu patriarca a comunidade da Vila Matilde cantou o samba com garra, evoluiu com leveza, com a ajuda do amanhecer e mais um show da bateria a Nenê foi citada como uma das favoritas ao título, superando de longe o desfile anterior, mas ficou somente no oitavo lugar, graças a um erro do carnavalesco, e da última alegoria que não estava terminada. Se as regras do ano anterior ainda estivessem em vigência, a Nenê terminaria o carnaval 2008 em quarto lugar.
Em 2009 a escola apostou mais uma vez na sua própria história. Nesse ano a Nenê cantou o seu jubileu de diamante, os 60 anos de uma das mais tradicionais escola de samba do Brasil. Com um samba e o enredo digno de Nenê escolhido pela comunidade, não tinha como escultar e ficar parado, a Nenê veio com Lucas Pinto, como seu carnavalesco e esperava voltar a estar no topo do carnaval de São Paulo. No desfile, um empecilho: uma das alegorias da escola emperrou, atrapalhando vários quesitos, principalmente a Evolução. Também foi um desfile sem apoio financeiro, o que ficou nítido em alegorias e fantasias, sendo assim pela primeira vez em sua história, a escola da Zona Leste desfilaria no Grupo de Acesso, no ano de 2010.
Década de 2010[editar | editar código-fonte]
Após um ano triste em 2009 a escola investe pesado para 2010 pela primeira vez desfilando no Grupo de Acesso de São Paulo, a Nenê trouxe como enredo A água nossa de cada dia. A pureza da Águia é a essência de nossas vidas!. A escola foi a mais esperada da noite e o Sambódromo do Anhembi ficou lotado (um fato raro no Grupo de Acesso) para ver a passagem da escola. A escola foi a única que conseguiu levantar as arquibancadas, passando com o melhor conjunto visual e um dos melhores sambas do grupo. Seu favoritismo ao final do desfile foi confirmado com o título e a escola retornou para o Grupo Especial.
Para o carnaval de 2011 trouxe um enredo sobre o sal: "Salis Sapientiae - Uma história do mundo". Sendo a primeira a desfilar na segunda noite de Carnaval, abordando o descobrimento do sal, o sal na bíblia, o sal na culinária, as bodas de sal da escola e finalizando com uma grande homenagem a Seu Nenê, o fundador da escola da Zona Leste. Porem gravíssimos problemas nas alegorias, a troca de alas graças a um carro que atrapalhava a entrada da escola no Anhembi, complicou a escola, que caiu novamente pro acesso. Mais nem tudo foi tristeza na sua volta, a escola ganhou 4 troféus Nota 10, e assim, garantiu a segunda posição de escola mais premiada pelo Jornal Diário de São Paulo.
Para 2012, após cinco anos a frente do carro de som da escola, Royce do Cavaco se transferiu para a X-9 em seu lugar a direção da Nenê trouxe Celsinho que estava na Camisa Verde e Branco. A Nenê levou um tema afro para a avenida com o enredo imaginário sobre uma festa afro promovida por Xica da Silva em que vários personagens importantes para a história dos negros do país são recebidos por ela em um palácio (a sede da escola). O desfile correu bem, parte do Sambódromo lotou para receber a escola que saiu como favorita, ganhando cinco Prêmios Melhor do Acesso, entre eles o de Melhor Escola. Na apuração a escola foi consagrada a campeã sem surpresas, e conseguiu o acesso para o Grupo Especial ao lado de uma coirmã da Zona Leste, a Acadêmicos do Tatuapé.
Para 2013, de volta ao Grupo Especial, a escola abordou o enredo : "Da Revolta dos Búzios a atualidade. A Nenê canta a igualdade!". A Nenê abriu a 2ª noite dos desfiles e fez uma apresentação bonita e empolgante. Empatou em número de pontos com a Gaviões da Fiel e com a X-9 Paulistana. No desempate, ficou na frente das duas escolas, ficando assim com o 08º lugar, o que lhe garantiu a permanência no Grupo Especial.
Para 2014, a Nenê deu umas alfinetadas no amor contando exatamente da questão de amores proibidos e sedução que acaba levando a traição. Esse é o enredo que a Escola da Zona Leste apresentou. A escola fez um carnaval suntuoso, principalmente quando comparado aos anos recentes da escola, parecendo disposta a brigar por colocações mais altas. No entanto, o desfile terminou com um extremamente modesto 12º lugar, sendo que a escola, por muito tempo, durante a apuração, ficou em último e penúltimo lugar, perigando voltar ao Acesso novamente.
Em 2015, a escola veio com um enredo afro "Moçambique - A Lendária terra do Baobá sagrado!". A agremiação fez um desfile impactante e luxuoso, destaque também para o seu Samba Enredo que era um dos melhores do ano, a Nenê empolgou o público. Durante quase toda a apuração a Nenê de Vila Matilde permaneceu em primeiro lugar, porém perdeu pontos nos quesitos Evolução e Fantasia, o que derrubou a escola para o 7º lugar, sendo esta a sua melhor colocação desde que subiu para o Grupo Especial em 2013.
Em 2016, a escola trouxe uma homenagem à atriz e dançarina Cláudia Raia, com o enredo:"Nenê apresenta seu musical: Rainha Raia nas Asas do Carnaval", apesar de ter feito um desfile totalmente técnico, com muito luxo e muita garra da comunidade, o acabamento de alegorias e fantasias não satisfizeram os jurados, a evolução e a harmonia da escola também não agradaram aos jurados. O resultado desse desagrado geral dos jurados foi refletido em um 9º lugar, duas posições inferiores ao desfile de 2015.
Símbolos[editar | editar código-fonte]
Os símbolos da escola são herdados de sua madrinha, a Portela. As cores da escola são o azul e o branco e seu símbolo maior é a águia, que passaram a ser utilizados na década de 1970.
Segmentos[editar | editar código-fonte]
Presidentes[editar | editar código-fonte]
Nome | Mandato | Ref. |
---|---|---|
Seu Nenê | 1949-1996 | [8] |
Betinho | 1997-2010 | [9] |
Rinaldo José de Andrade "Mantega" | 2010-atualidade | [10] |
Presidentes de honra[editar | editar código-fonte]
Nome | Mandato | Ref. |
---|---|---|
Seu Nenê | 1996-4 de outubro de 2010 | [11] |
Betinho | 2010-17 de setembro de 2014 | [12] |
cargo vago | 17 de setembro de 2014-atualidade |
Diretores[editar | editar código-fonte]
Ano | Diretor de Carnaval | Diretor geral de harmonia | Mestre de bateria | Ref. |
---|---|---|---|---|
2013 | Renato Sudário | [13] | ||
2014 | Lúcia Helena | Marcio Telles | Renato Sudário | [14] |
2015 | Lucia Helena | Marcio Telles | Markão | [15][16][17] |
2016 | Rodrigo Camargo | Markão |
O primeiro Mestre de Bateria da escola foi o próprio Seu Nenê e os melhores passaram ou nasceram na escola, nomes como: Mestre Nicolau de Paula (Mestre Nicolau), Mestre Laudelino Lagrila (Mestre Lagrila), Mestre Valdivino ((Mestre Divino) que até hoje é considerado o melhor mestre de bateria da cidade), Mestre Claudemir Romano (Mestre Claudemir), Mestre Pascoal, Mestre Pelegrino e Mestre Renato Sudário. Atualmente é dirigida pelo Mestre Markão.
Coreógrafo[editar | editar código-fonte]
Ano | Nome | Ref. |
---|---|---|
2014-2015 | Marcio Telles e Nildo Jaffer | [17] |
2016 | Nildo Jaffer - atual |
Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira[editar | editar código-fonte]
Ano | Nome | Ref. |
---|---|---|
2014 | André Guedes e Janny Moreno | [17] |
2015 | Jefferson Gomes e Janny Moreno | |
2016 | Jefferson Gomes e Janny Moreno | |
2017 | Jefferson Gomes e Janny Moreno |
Bateria[editar | editar código-fonte]
A bateria da Nenê de Vila Matilde é uma das mais respeitadas do Brasil. A escola passou 26 anos consecutivos levando somente notas 10 no quesito bateria durante as décadas de 60, 70 e 80. Ao desfilar em 1985 na Marquês de Sapucaí a bateria da Nenê influenciou algumas baterias cariocas, como a histórica bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, fazendo com que seus mestres acelerassem o andamento dos sambas nos anos seguintes. A bateria da escola sempre ditou as tendências do samba na cidade tendo como característica principal seus surdos de terceira e sua batida de caixa. Graças a essa junção de elementos o som inconfundível da bateria da Nenê é conhecido como "culungudum". A bateria possui um samba alusivo, chamado Chegou a Bateria da Nenê, e já foi apelidada de Batucada da Vila e Pura Cadência, porém é mais conhecida como a Bateria de Bamba.
Corte de bateria[editar | editar código-fonte]
A Nenê pouco utilizou famosas e celebridades a frente de sua bateria, pois geralmente são escolhidas por concursos internos. Nomes como Simone Sampaio, Camila Silva e Déborah Caetano[18], foram lançados ao estrelato do Carnaval do Brasil pela escola da Zona Leste.
Período | Rainhas | Madrinhas | Diva | Ref |
---|---|---|---|---|
2006 e 2008 | Roberta Kelly | |||
2007 | Camila Silva | |||
2009 | Simone Sampaio | |||
2010 | Déborah Caetano | Ângela Bismarchi | ||
2011 | Kimberlyn Muriel | Ângela Bismarchi | [19][20] | |
2012 | Déborah Caetano | |||
2013 | Déborah Caetano | Adriana Bombom | [21] | |
2014 | Déborah Caetano | |||
2015 | Ariellen Domiciano | Roberta Kelly | Lívia Andrade | [17][22] |
2016 | Ariellen Domiciano | |||
2017 | Ariellen Domiciano |
[editar | editar código-fonte]
Ano | Colocação | Grupo | Enredo | Carnavalesco | Intérprete | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|
1949 | Especial | Casinha Branca | Popó | |||
1950 | Especial | Normalista | Popó | |||
1951 | Especial | Amor de Madalena | Popó | |||
1952 | Especial | Homenagem a Chico Viola | Popó | |||
1953 | 3º lugar | Especial | Tabuleiro da Baiana | Popó | ||
1954 | Vice-campeã | Especial | Zumbi dos Palmares | Popó | ||
1955 | 3º lugar | Especial | Tabuleiro da Baiana | Popó | ||
1956 | Campeã | Especial | Casa Grande e Senzala Compositores: Paulistinha . | Popó | ||
1957 | Vice-campeã | Especial | Lei Áurea | Popó | [23] | |
1958 | Campeã | Especial | O Grito do Ipiranga | Popó | ||
1959 | Campeã | Especial | Chica da Silva | Popó | ||
1960 | Campeã | Especial | O Despertar de um Gigante | Popó | ||
1961 | Vice-campeã | Especial | A Marquesa de Santos | Popó | ||
1962 | Vice-campeã | Especial | A Escrava Isaura | Tokio e Paulistinha | ||
1963 | Campeã | Especial | Enaltecendo Uma Raça | Tokio e Paulistinha | ||
1964 | Vice-campeã | Especial | Paes Leme - O Bandeirante | Francisco Lucrécio e Paulistinha | ||
1965 | Campeã | Especial | Mundo Encantado de Monteiro Lobato | Tokio e Paulistinha | ||
1966 | Vice-campeã | Especial | José do Patrocínio | |||
1967 | Vice-campeã | Especial | Tronco do Ipê | |||
1968 | Campeã | Especial | Vendaval Maravilhoso | |||
1969 | Campeã | Especial | Com Recife Antigo no Coração | Armando da Mangueira | ||
3º lugar | Santos | |||||
1970 | Campeã | Especial | Pauliceia Desvairada | Armando da Mangueira | ||
1971 | 3ºlugar | Especial | O Brasil em Festa no Sonho de Aladino | |||
1972 | 4º lugar | Especial | Olhai o Progresso de São Paulo | |||
1973 | 7º lugar | Especial | São Paulo na Academia Brasileira de Letras | |||
1974 | 4º lugar | Especial | Samba, Carnaval e Flores | |||
1975 | 4º lugar | Especial | Exaltação às Raças de um Brasil Gigante Compositores: Armando da Mangueira | Armando da Mangueira | ||
1976 | 6º lugar | Especial | Carrancas do Rio São Francisco Compositores: Clarim. | Clarim | ||
1977 | 5ºn lugar | Especial | Fatos Marcantes da História do Brasil Compositores:Astrogildo Silva. | Elias de Lima | ||
1978 | 5º lugar | Especial | O Sonho do Rei Negro Compositores: João Dionísio e Bom Cabelo. | Elias de Lima | ||
1979 | 3º lugar | Especial | Treze, Rei, Patuá Compositores: Armando da Mangueira. | Armando da Mangueira | ||
1980 | 5º lugar | Especial | Magnitude de Uma Raça Compositores: Osvaldinho Babão, Coquinho e Pirulito. | Armando da Mangueira | ||
1981 | 4º lugar | Especial | Axé, Sonho de Candeia Compositores: Armando da Mangueira. | Armando da Mangueira | ||
1982 | Vice-campeã | Especial | Palmares, Raíz da Liberdade Compositores: Armando da Mangueira e Jangada. | Édson Machado | Armando da Mangueira e Jorginho | |
1983 | 3º lugar | Especial | Gosto é Gosto e Não se Discute Compositores: Armando da Mangueira, Oswaldo Arouche e Biguinho. | Armando da Mangueira e Jorginho | ||
1984 | 3º lugar | Especial | Sagração dos Deuses Compositores: Armando da Mangueira. | Gugu | Armando da Mangueira e Jorginho | |
1985 | Campeã | Especial | O Dia Que o Cacique Rodou a Baiana Ai Ó Compositores: Paulinho da Matilde e Ala Jovem. | Geraldo Cavalcante | Armando da Mangueira | |
1986 | 3º lugar | Especial | Rabo do Foguete Compositores: Armando da Mangueira. | Rytwilo Rômulo | Armando da Mangueira | |
1987 | 5º lugar | Especial | Pernambuco: Leão do Norte Compositores: Armando da Mangueira, Miguelzinho da Vila, Pilica, Filé, Lume e Ricardo. | Édson Machado | Armando da Mangueira | |
1988 | 4º lugar | Especial | O Poeta Falou (Zona Leste Somos Nós) Compositores: Marco Antônio. | Comissão de Carnaval | Chuveiro e Betão | |
1989 | 5º lugar | Especial | Eu Tenho Origem Compositores: Ney do Cavaco, Filé e Ricardo | Comissão de Carnaval | Chuveiro e Betão | |
1990 | 8º lugar | Especial | Respeito é Bom e Eu Gosto Compositores: Ney do Cavaco, Filé, Ricardo e Jovilson. | Antônio Carlos do Salgueiro | Armando da Mangueira Dom Marcos | |
1991 | 7º lugar | Especial | Tudo Mentira... Será Que É? Compositores: Wagner Santos. | Tito Arantes | Armando da Mangueira Dom Marcos | |
1992 | 4º lugar | Especial | Luz, Divina Luz Compositores: Santaninha, Baby, Clóvis, Rubens Gordinho e Barbosinha. | Osvaldinho | Armando da Mangueira Baby | |
1993 | 4º lugar | Especial | Primeiro Desejo Compositores: Santaninha, Baby, Clóvis, Rubens Gordinho e Barbosinha. | Renatinho | Armando da Mangueira Baby Marcia Ynaiá | |
1994 | 6º lugar | Especial | Pira Iqué - Mistério e Magia Compositores: Panda, Mosquitinho, J.Reis e Juarez. | Pedro Luis Pinotti | Dom Marcos e Panda | |
1995 | 6º lugar | Especial | Eu Te Amo Compositores: Dom Marcos, Adelson, Rubinho, Marcão, Cizão,Edinho, J.Reis, Panda, Wagner, Mosquitinho, Adil, Rose e Eduardo | Pedro Luis Pinotti | Dom Marcos, Rose e Panda | |
1996 | 6º lugar | Especial | Comunicação Compositores: Elzo e Canuto. | Joãozinho Trinta | Dom Marcos e Panda | |
1997 | 3º lugar | Especial | Narciso Negro Compositores: Dom Marcos, Marco Antônio, Nilton da Flor, Mikal,Vado e Zé Carlos. | Tito Arantes | Dom Marcos e Marco Antonio | |
1998 | Vice-campeã | Especial | Sementes do Samba. União de Gente Bamba Compositores: Santaninha, Baby, Clóvis, Rubens Gordinho e Barbosinha. | Vaníria Nejelschi | Baby Panda | |
1999 | 3º lugar | Especial | Voa Águia, Voa que Sampa é Toda Tua Compositores: Santaninha, Baby, Clóvis e Rubens Gordinho. | Vaníria Nejelschi | Baby Panda | |
2000 | 4º lugar Empate com Rosas de Ouro e Mocidade Alegre. | Especial | Por Que Me Orgulho de Ser Brasileiro? Compositores: Santaninha, Baby, Clóvis e Rubens Gordinho. | Augusto de Oliveira | Baby Panda | |
2001 | Campeã Empatada com aVai-Vai. | Especial | Voei, Voei, na Vila Aportei, Onde Me Deram a Coroa de Rei Compositores: Santaninha, Baby, Clóvis e Rubens Gordinho. | Augusto de Oliveira | Baby Panda Santaninha | |
2002 | 4° lugar | Especial | Em Não Se Plantando, Tudo Nos Dão?... Não!!! Compositores: Paulinho Sampagode, Fabiano Sorriso, Pedrinho Sem Braço, Edy, Santaninha, Baby, Clóvis e Rubens Gordinho. | Augusto de Oliveira | Baby Panda Marco Antonio | |
2003 | 4° lugar | Especial | É Melhor Ler. O Mundo Colorido de um Maluco Genial Compositores: Paulinho Sampagode, Fabiano Sorriso, Pedrinho Sem Braço e Edy. | Augusto de Oliveira | Baby Panda | |
2004 | 4º lugar | Especial | A Águia Voa Para o Futuro, Que Legal, É a Bienal no Carnaval! São Paulo 450 anos Compositores:Santaninha, Baby, Rubens Gordinho e Marcelo Abreu. | Raul Diniz | Baby Panda Santaninha | |
2005 | 9º lugar | Especial | Um Voo da Águia Entre Dois Mundos Compositores:Marco Antônio. | Chico Spinoza | Baby Panda Santaninha | |
2006 | 11º lugar | Especial | Mamma Bahia - Ópera Negra, Lídia de Oxum Compositores: Santaninha, Rubens Gordinho, Rafael, Renato, Teco, Juninho, Clóvis e Baby. | André Machado | Baby | |
2007 | 7º lugar | Especial | A Águia Radiante Com Um Pioneiro Das Comunicações. João Jorge Saad, 70 Anos de Conquistas e Realizações Compositores: Santaninha, Fabiano Sorriso, Paulinho Sampagode e Gonçalves. | André Machado | Royce do Cavaco | |
2008 | 8º lugar | Especial | Um Voo da Águia Como Nunca Se Viu!! Também Somos Folclore do Nosso Brasil Compositores: Adriano Bejar, Nenê e Sulu. | Augusto de Oliveira | Royce do Cavaco | |
2009 | 13º lugar | Especial | 60 Anos - Coração Guerreiro, A Grande Refazenda Do Samba Compositores: Cláudio Russo, J. Velloso, Marquinhos, Ney do Cavaco e Cláudio Tricolor. | Lucas Pinto | Royce do Cavaco | |
2010 | Campeã | Acesso | A Água Nossa de Cada Dia. A Pureza da Águia é a Essência de Nossas Vidas! Compositores: Cláudio Russo, J. Velloso, Marquinhos, Ney do Cavaco e Cláudio Tricolor. | Delmo de Moraes | Royce do Cavaco | [24] |
2011 | 13º lugar | Especial | Salis Sapientiae - Uma História do Mundo Compositores: Santaninha, Tonn Queiroz, Anderson Vaz, Fabiano Sorriso, Marquinhos, Cláudio Russo e J. Velloso. | Delmo de Moraes | Royce do Cavaco | [10][25] |
2012 | Campeã | Acesso | Chica Convida - No Palácio da Nenê, a Festa é para Você Compositores: Dom Álvaro, Beto do Cartório, Rodrigo Pezão Lucas B e Belão. | Fernando Dias | Celsinho | [26] |
2013 | 8º lugar | Especial | Da Revolta dos Búzios a atualidade. A Nenê canta a igualdade! Compositores: Cláudio Russo, J.Velloso, Ney do Cavaco, Marquinhos e Dr. Medina . | Eduardo Caetano, Rafael Condé e Magoo | Celsinho | [27] |
2014 | 12º lugar | Especial | Paixões proibidas e outros amores Compositores: Moisés Santiago, Luciano Rosa, Gabriel Cacique, Marcelo Careca e Nilson Feijão. | Magoo | Agnaldo Amaral | [28] |
2015 | 7º lugar | Especial | Moçambique - A Lendária terra do Baobá sagrado! Compositores:Afonsinho, Rubens Gordinho, Dedé, D'Malva e Jair Brandão. | Magoo | Agnaldo Amaral[1] | [17][29] |
2016 | 9º lugar | Especial | Nenê apresenta seu musical: Rainha Raia nas Asas do Carnaval Compositores: KasKa, Silas Augusto, Zé Paulo Sierra, Vitão, Sandrinho, Juninho Da Vila e Claudio Mattos. | Roberto Szaniecki | Agnaldo Amaral | |
2017 | 14º Lugar | Especial | Coré Etuba. A ópera de todos os povos, terra de todas as gentes, Curitiba de todos os sonhos Compositores: Kaska, Silas Augusto, Zé Paulo Sierra, Vitão, Juninho da Vila, Léo do Cavaco, Sandrinho e Luís Jorge | Alex Fão | Agnaldo Amaral | [30] |
Premiações[editar | editar código-fonte]
Títulos[editar | editar código-fonte]
Títulos da Nenê de Vila Matilde | |||
---|---|---|---|
Grupo | Total | Temporadas | |
Grupo Especial | 11 | 1956, 1958, 1959, 1960, 1962, 1965, 1968, 1969, 1970, 1985 e 2001 | |
Acesso | 2 | 2010 e 2012 |
Troféu Nota 10[editar | editar código-fonte]
O Troféu Nota 10 é uma premiação criada pelo jornal Diário de São Paulo para os melhores do Carnaval de São Paulo. É equivalente ao Estandarte de Ouro do Rio de Janeiro. Foi criado em 1999 e sua principal premiação é a de "Melhor Escola", premiação essa que a Nenê recebeu em duas ocasiões, nos anos de 1999 e 2000.
A Nenê é a terceira maior vencedora do troféu, tendo recebido 31 premiações em vários quesitos no Grupo Especial e de Acesso.
Grupo Especial[editar | editar código-fonte]
- Melhor Escola: 1999 e 2000.
- Samba-Enredo: 2009 e 2011.
- Melodia: 1999, 2000, 2001 e 2002,
- Letra do Samba: 2000.
- Harmonia: 1999, 2000 e 2004.
- Evolução: 1999, 2000 e 2011.
- Enredo: 2000 e 2002.
- Velha-Guarda: 2009, 2013 e 2014.
- Intérprete: 2005 com Baby, 2009 e 2011 com Royce do Cavaco.
- Ala das Baianas: 2000, 2001 e 2011.
- Sambista Nota 10: 2002 e 2013.
- Destaque de Alegoria: 2013.
Grupo de Acesso[editar | editar código-fonte]
- Samba-Enredo: 2010.
- Bateria: 2012.
Prêmio SRZD[editar | editar código-fonte]
O Prêmio SRZD passou a ser entregue pelo site do jornalista Sidney Rezende em 2014. Na sua edição de estreia a Nenê ganhou um troféu através de sua velha guarda, premiada na categoria Raiz do Samba[31]. Já na segunda edição recebeu os prêmios de Samba-Enredo e Revelação, com seu primeiro Mestre-Sala[32].
- Samba-Enredo: 2015.
- Revelação: 2015 com Jefferson Gomes (Mestre-Sala).
- Raíz do Samba: 2014 com a Velha Guarda.
Troféu São Paulo 450 anos[editar | editar código-fonte]
O Troféu São Paulo 450 anos foi uma premiação oferecida pela prefeitura de São Paulo no ano de 2004, avaliando as escolas em 10 quesitos em um prêmio comemorativo aos 450 anos da cidade. A Nenê recebeu o troféu no categoria Samba no Pé[33].
Concurso Nacional de Sambas-Enredo do Fantástico[editar | editar código-fonte]
A Nenê foi vencedora em 1979 desse tradicional concurso promovido pela Rede Globo no final da década de 70 e início da década de 80, vencendo escolas paulistas e cariocas no programa Fantástico com o samba-enredo Treze, Rei, Patuá[34].
Melhor do Acesso[editar | editar código-fonte]
Oferecido pela Equipe Melhor do Acesso e pelo site SASP (Sociedade Amantes do Samba Paulista), o Prêmio Melhor do Acesso elege os melhores do Grupo de Acesso em cada categoria. A Nenê só esteve no Grupo de Acesso em 2010 e 2012, por isso, só concorreu ao prêmio duas vezes.
- Melhor Escola: 2012.
- Bateria: 2010.
- Harmonia: 2010 e 2012.
- Mestre-Sala e Porta-Bandeira: 2012 com Rúbia e Tito.
- Velha Guarda: 2010.
- Ala das Baianas: 2012.
- Melhor Destaque: 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário